Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 33
Capítulo 8 - Encurralados no Departamento de Mistérios


Notas iniciais do capítulo

Olá olá, voltei. Desculpem a demora de novo, continuo sem internet.
Espero que gostem, por favor comentem esse capítulo!!



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CAPÍTULO 8

Estamos ferrados, foi o que Amy pensou quando  Dumbledore desapareceu no meio do fogo e ela se tocou que Umbridge seria a nova diretora.

Dumbledore tinha arriscado seu cargo para manter Harry em Hogwarts, o que, apesar de nobre, era um pouco desesperador.

No dia seguinte à fuga dele, todo o castelo parecia saber exatamente o que aconteceu, mas apesar da tristeza do diretor não estar mais na escola, foi muito compensador ver Umbridge correr pela escola toda atrás de fogos de artifícios que o gêmeos espalharam.

—Vocês são uns gênios! -Amy disse aos dois quando voltavam para a torre da grifinória.

—Eu sei. -disse Fred com um enorme sorriso.

Os fogos ficaram perdidos por toda a semana em várias partes do castelo, o que tornou os primeiros dias da nova diretora um caos.

Apesar de toda a bagunça, eles continuaram estudando bastante para os exames finais. Rony era o mais atarefado, pois ainda tinha os treinos de quadribol do final da temporada. Infelizmente, Amy ficou até tarde da noite de sexta estudando, e acabou dormindo demais e perdendo a hora do jogo. Nem se deu o trabalho de correr para o campo, pois sabia que, com o time sem Fred, Jorge e Harry, as chances de ganharem eram mínimas. Então aproveitou a calma do salão comunal para acabar seus deveres e estudar, e conseguiu com muito alívio. Algumas horas depois, o retrato da entrada se abriu numa explosão de gritos e comemorações. Pelo visto, tinham ganhado o jogo. Mas quando Harry e Hermione se aproximaram dela, não estavam exatamente felizes.

—Precisamos conversar. -Hermione disse, enquanto Harry foi chamar Rony.

—O que aconteceu? -Amy perguntou, quando os meninos voltaram.

—Hagrid contou um segredo para nós. -Hermione disse e começou a relatar como ela e Harry entraram com Hagrid na floresta proibida e conheceram o irmão gigante de Hagrid.

—Ta de brincadeira?! Hagrid está escondendo um gigante? -Amy falou chocada.

—Fala baixo! -Hermione disse. - Pois é. E se Umbridge demitir Hagrid, teremos que… bem… ensinar inglês para ele. Harry e eu prometemos.

Amy olhou para os amigos, depois olhou para Rony, e os dois começaram a rir muito.

—Bem, boa sorte com as aulas. Amy e eu não prometemos nada - Rony disse e os dois voltaram a rir sob os olhares de reprovação de Harry e Hermione.  

Os exames não foram tão ruins como ela pensou que seriam, apesar de toda a pressão na hora de fazê-los. Amy e Hermione estavam sentadas na beira da escada, comentando o teste de História da magia que tinham acabado de fazer, enquanto esperavam os meninos terminarem a prova. Gina e Luna vinham em sua direção, quando as portas do salão principal se abriram e Harry saiu apressado, apertando a cicatriz, os olhos cheios de terror.

—Harry?! Está tudo bem? –Amy e Hermione se levantaram ao ver o rosto preocupado dele. Rony saiu da sala apressado, a expressão preocupada, e se juntou à eles.

—Ele está com Sirius. Voldemort... no Departamento de Mistérios. Eu vi, acabei de ver... está torturando ele, quer que Sirius apanhe alguma coisa... precisamos ir para lá agora!

—O que? –Amy exclamou.

—Mas... Harry, como Voldemort pegou Sirius?

—Eu lá sei, Hermione! Mas eu vi, vi os dois, precisamos fazer algo! – ele disse urgente.

—Harry, isso, isso não faz sentido! Sirius e Voldemort são os bruxos mais procurados no mundo, como eles estão no Ministério às cinco horas da tarde? -disse Amy.

—Eu não sei, só sei que temos que ajudar Sirius, Amy! -ele gritou.

—Harry, escuta um momento… Amy está certa, isso não faz sentido! E se Voldemort manipulou a visão? -Hermione disse.

—Isso, Harry. Voldemort te conhece, sabe que você iria correndo salvá-lo! -Amy disse. Como Dumbledore pediu, Amy insistia todo dia com Harry para ele treinar oclumência, mas ele não parecia estar se dedicando, nem quando parou de fazer aulas com Snape (por um motivo que Amy não fazia ideia).

—E se não manipulou? Não posso deixar ele morrer! - Harry.

—Lógico que não! Mas antes, precisamos confirmar se isso é verdade, só isso.  Podemos falar com McGonagall… -Amy disse.

—Isso! -Hermione exclamou.

—Ela não está no castelo. - disse Gina.

—O que?

—Alguma aluna do quinto ano precisava falar com ela, e disseram que ela não estava no castelo. Não sei o que aconteceu. -Gina disse dando de ombros.

—O que faremos? Sem McGonagall e Dumbledore? - perguntou Rony.

—Podemos usar a sala da Umbridge! Ela falou que todas as chaminés estão sendo vigiadas, menos a dela. -Harry disse.

—Ficou louco? -Hermione disse, dando um passo para trás.

—Hermione, é a nossa única opção! Se não, vamos agora para o ministério verificar! - Harry disse.

Amy sentiu seu estômago embrulhar. A idéia de Voldemort ter Sirius como prisioneiro era bastante assustadora, e ela entendia angústia do amigo. Mas Amy se lembrou das palavras de Dumbledore, como Harry fechar sua mente para essas visões era a coisa mais importante no momento. Talvez fosse tudo uma cilada. Mas e se não fosse?

—Ok… ok… podemos distrair a Umbridge e entrar na sala dela. Mas temos que ser rápidos e cautelosos. Se ela pegar algum de nós e nos forçar a beber o soro da verdade, está tudo perdido! -Amy disse com calma.

—Desculpem, mas… Quem é Sirius? - disse Luna de repente, lembrando ao grupo que ela estava ali.

—Padrinho do Harry. -Amy falou ao mesmo tempo que Rony disse “o cachorro do Harry”, o que deixou Luna com uma cara muito confusa. -Não importa! Rony, Gina, digam alguma coisa à Dolores, qualquer coisa para levá-la bem longe da sala dela. Eu, Hermione, e… ah, Luna… e Luna, ficaremos vigiando os corredores enquanto Harry entra em contato com o Largo Grimmauld, ok?

Todos concordaram com um ok e foram fazer o que deviam. Gina e Rony saíram por uma direção e Amy, Luna, Hermione e Harry por outra. Assim que verificaram que Umbridge não estava na sala, Hermione abriu com um Alohomora e Harry entrou.

—Seja rápido! -Amy alertou e foi para o final do corredor ficar de guarda.

Hermione e Amy estavam na outra ponta, e Amy rezava para Rony e Gina terem dado uma bela de uma distração para Umbridge. Tinham se passado uns dois minutos, Amy olhou o corredor na direção das meninas, quando alguém agarrou sua mão que segurava a varinha e a torceu para trás e segurou sua nuca. Ela gritou com a torção do braço e soltou a varinha por reflexo.

—Vocês se ferraram, Green. - a voz de Malfoy disse perto de seu ouvido.

—Você… - ela tentou falar, mas viu Crabbe e Goyle no final do corredor segurando Hermione e Luna também. Dolores Umbridge estava bem atrás deles, indo presunçosa em direção à sala dela.

Malfoy pegou a varinha de Amy no chão e a empurrou para a sala. Crabbe e Goyle fizeram o mesmo com as meninas. Quando entraram, Umbridge mantinha Harry no chão, puxando seus cabelos para trás ao máximo e o chamava de tolo.

—Por que você está na minha sala?! -perguntou a diretora, sacudindo Harry.

—Queria minha vassoura de volta - Harry disse com dificuldade.

—Mentira! Estava tentando falar com Dumbledore, não estava? Onde ele está? Onde ele está? -ela perguntou de forma histérica.

—Eu não sei! Juro! -disse Harry.

Nessa hora, Pansy Parkinson e mais dois alunos da sonserina entraram na sala empurrando Gina, Rony e Neville.

—Eles que estavam tentando distraí-la, diretora. - disse Pansy gloriosa, com a mão na nuca de Gina.

—Ótimo, ótimo. Pelo visto Hogwarts vai se livrar de um bom número de ralés essa noite. -disse a diretora e Amy sentiu Malfoy rir atrás dela. - Pansy, vá buscar o professor Snape, agora!

Amy arregalou os olhos levemente. Como não pensaram em Snape?! Ele era um membro da Ordem, com certeza tinha meios mais eficazes de entrar em contato com eles. Amy viu o mesmo pensamento passar pelos olhos de Harry e Hermione. Alguns minutos depois, Pansy abriu a porta e a segurou para o professor entrar. Olhou com indiferença para os estudantes que se debatiam, mas Amy sentiu um certo alívio de ver ele ali.

—Mandou me chamar, diretora? -ele disse seco.

—Snape, preciso do soro da verdade. Você tem mais, não tem?

—Creio que lhe trouxe o último frasco para usar em Potter.

—Consegue preparar mais?

—Em um mês.

Harry mantia os olhos muito fixos no professor, como se quisesse lhe transmitir algum pensamento. O pulso de Amy doía nas mãos de Malfoy, de tanto que ele apertava. Seus colegas pararam de tentar inutilmente sair do aperto das mãos dos alunos da sonserina.

—Um mês? Preciso para hoje! Acabei de apanhar Potter tentando se comunicar com alguém na minha chaminé. - a diretora disse nervosa.

—Mesmo? -Snape finalmente pareceu demonstrar algum interesse no que acontecia, e olhou de Harry para Amy. - Sinto muito não poder ajudar.

Snape se virou para sair e o coração de Amy quase veio à boca; a única forma de se comunicarem com a ordem estava deixando a sala naquele momento.

—Ele pegou o Almofadinhas! Está com ele depois da porta! -Harry gritou de repente. Snape parou com a mão na maçaneta.

—Almofadinhas? Do que ele está falando? -perguntou Dolores.

Snape olhou fixamente para Harry.

—Não tenho idéia. -disse e saiu da sala.

Amy sentiu um grande desconforto no estômago. Se Harry estava falando aquilo, era porque não tinha conseguido falar com Sirius na Ordem, mas ele tinha ficado tempo o suficiente na lareira para não ter conseguido fazer contato com o Largo Grimmauld. Contudo, Snape faria algo, não faria? Não deixaria Sirius nas mãos de Voldemort, mesmo com suas divergências.

—Muito bem, muito bem. Não vejo outra opção, Potter. Você não me deixa escolha. A maldição cruciatus irá fazer você soltar a língua.

—O que?! - Amy gritou.

—Calada, Green! - Malfoy não esperou para tapar a boca de Amy com a mão.

Umbridge apontou a varinha para Harry, que não estava com nenhum pingo de medo ao encará-la.

—Não! -Hermione gritou. - Está bem! A gente conta!

—Onde está Dumbledore? -perguntou a diretora, abaixando a varinha.

—Não. Nós realmente não sabemos. Mas sabemos onde está a arma secreta de Dumbledore. -Hermione disse.

Todos os colegas olharam confusos para ela, mas por sorte, a diretora não percebeu isso.

—Está na floresta proibida. Posso te levar lá. -Hermione disse. O lugar não pareceu agradar em nada Dolores.

—Ok, ok. Vamos levar o Potter, só para garantir. -disse a professora e o levantou pelos braços.

Os três saíram da sala, Harry e Hermione na frente.

—Pensou que eram espertos, não é? Pensaram que iam se livrar de mais uma? -Malfoy disse triunfante - Não dessa vez. Você e seus amigos nunca mais pisarão em Hogwarts, Green.

—Cala a boca, Malfoy. - disse Gina do outro lado da sala.

—Não se intrometa, Weasley!

—Deixa ele falar, Gina! É a carência, acontece quando sua família não liga pra você e seus amigos são mais imbecis que uma port… -Amy começou a falar, mas Malfoy a puxou para trás e Amy deu de costas na parede. O garoto ergueu a varinha, furioso.

—Não acho que a diretora vai se importar se eu fizer você pagar por tudo o que disse. -ele disse, virando a varinha na mão.

Enquanto o garoto falava, Amy localizou sua varinha sob a capa de estudante dele. Ela foi muito rápida: abaixou a varinha de Malfoy com uma mão e pegou a sua em seguida. Malfoy cambaleou para trás, mas conseguiu manter sua varinha em mãos. Amy foi mais rápida.

—Petrificus Totalus! -ela gritou e apontou a varinha para Malfoy.

O garoto caiu duro na hora, e graças a Deus, seus amigos não ficaram parados olhando. Todos agiram rápido em frente à paralização dos alunos da sonserina ao ver Malfoy cair, e lançaram feitiços. Em segundos, todos os alunos da sonserina estavam desacordados no chão, inclusive o que segurava Neville.

—Dale Armada de Dumbledore! - Amy disse, analisando o cenário.

—E agora? -perguntou Neville.

—Achamos Harry e Hermione. -disse Amy.

—Eles foram mesmo para a Floresta Proibida? -perguntou Neville.

—Foram. -disse Rony, trocando olhares com Amy.

—Vamos. -disse Amy e eles correram para a floresta.

Encontraram Harry e Hermione correndo de volta para o castelo, ofegantes e cobertos com um pouco de sangue, mas pareciam bem.

—Como fugiram? - Hermione perguntou.

—Fica pra depois. Precisamos achar um jeito de irmos até Londres. - Harry disse apressado.

 

—Vamos voando, é claro. -disse Luna, olhando sonhadoramente para as árvores.

Amy seguiu seu olhar e não viu nada que pudesse ajudá-los a voar, só mais árvores, mas Harry tinha um brilho no olhar enquanto olhava fixamente para algo.

—Os bichos que puxam as carruagens! -disse Harry, dando alguns passos à frente.

—O que? - perguntou Rony, encarando o nada assim como os outros.

—São chamados testrálios, e acho que foram atraídos por todo esse sangue. -disse Luna, apontando para Harry e Hermione. - De qualquer forma, são muito dóceis e muito bons em direção.

—Luna, não tem nada aí! -Amy disse impaciente.

—Bem… só podem ser vistos por quem já viu a morte. -ela disse calmamente.

Amy ficou confusa por um momento, depois olhou para Harry. Ele parecia mesmo ver algo, e o que Luna tinha acabado de falar fazia sentido: Harry viu Cedrico morrer ano passado, e só começou a ver os bichos esse ano.

—Ela não está inventando, eles estão aqui mesmo! Vamos, ajudo vocês à montarem. -Harry disse.

Demorou uns cinco minutos para todos estarem em cima do seu testrálio. Era muito estranho sentir algo entre as pernas e não conseguir vê-los, um tanto desesperador. Apesar disso, Amy se sentiu muito bem voando. Não era como estar com a vassoura, mas bom do mesmo jeito, apesar do aperto no peito que sentia com a situação.

Tiveram que usar a entrada de visitantes, uma cabine telefônica no meio da rua trouxa. Os setes se espremeram dentro dela, e esperaram que descesse para o Ministério. Amy percebeu que foi um erro terem ido quando viu o enorme saguão de entrada completamente vazio. Não havia um funcionário ou segurança, completamente vazio. Alguma coisa, definitivamente, estava bem errada.  Amy olhou para baixo, e seu colar, que ganhou de presente de Sirius, estava vermelho. Todos seguiram Harry até o elevador, ele era o único que já tinha estado ali. Ela percebeu que tinham chego no corredor que ele sonhou pois sua postura mudou completamente, ficou mais cauteloso.

—Por aqui. - disse Harry ofegante.

Amy olhou para trás, para o elevador. Não tinha mais volta se passassem daquela porta, essa era a última chance de voltar ou avisar para alguém que estavam ali. Harry abriu a porta, e Amy virou de costas para os amigos, enquanto eles entravam.

—Expecto Patronum! -ela sussurrou.

Uma linda luz prateada saiu de sua varinha e se transformou num cachorro basset, que deu uma volta em torno dela antes de parar na sua frente.

—Vá até a sede da Ordem. Largo Grimmauld, número 12. Estamos no Ministério. Venham rápido, por favor. -Amy disse para o patronum.

Ela não sabia se daria certo, nunca tinha mandado uma mensagem assim antes, só sabia que era possível, mas não sabia se tinha feito as coisas certas. O cachorro saiu pulando pelo corredor e sumiu no buraco do elevador.

—Onde está Amy? -ela ouviu Hermione perguntar lá de dentro.

—Aqui… -ela disse entrando, mas parou de falar ao ver a sala onde estavam.

Era uma pequena sala circular, com cinco portas de madeira ao redor, mais a que eles tinham acabado de passar. Com um estrondo que fez todos pularem, a porta se fechou com força e toda a sala pareceu girar. Amy se desequilibrou mas conseguiu ficar de pé e tão rápido quanto tinha começado, a rotação parou de repente.

—Droga! O que foi isso?- Rony perguntou.

—Acho que é para não acharmos a saída facilmente. - disse Gina.

—Ah é, precisava mesmo complicar, isso aqui tava um tédio. - disse Amy, com ironia. -Harry… qual porta?

Harry olhou atentamente para cada uma das portas,  e apesar de serem exatamente iguais, apontou para uma.

—Essa! Tenho certeza!

—Vamos. -Hermione disse.

Harry abriu a porta e todos entraram numa sala escura que parecia não ter fim, lotada de altas prateleiras, onde estavam inúmeras bolinhas com uma luz branca dentro. As bolinhas eram a única fonte de luz do lugar, o que lançava em todos sombras assustadoras e tornava várias partes um verdadeiro breu. Todos acenderam suas varinhas.

—Corredor noventa e sete. Noventa e sete. -sussurrou Harry e começou a andar depressa, olhando o número das prateleiras.

Os amigos o seguiram, Amy com a varinha em mãos, olhando para trás  e ao seu redor. Ela tinha a terrível sensação que estavam sendo vigiados.

Harry parou de andar e apontou a varinha para os lados, os olhos apavorados.

—Não está aqui! - ele disse aflito.- Não está… era pra estar aqui! - ele gritou.

Amy sentiu seu estômago embrulhar. Claro que não estava ali. Era uma armadilha. Amy olhou para Hermione, a compreensão do que realmente estava acontecendo nos olhos das duas. Amy andou até Harry e segurou o seu braço.

—Precisamos sair daqui. Agora!

—Mas Sirius…

—Sirius não está aqui, Harry! É uma armadilha, sempre foi! Não tinha ninguém no Ministério, está tudo planejado! Nós precisamos ir!

—Mas…

—Harry… tem seu nome no globo! - disse Rony de repente.

Todos se viraram para ele, que olhava um globo branco um pouco acima de sua cabeça. Harry se soltou do aperto de Amy e foi até lá.

—Harry…! -Amy o chamou. Ela apertou a varinha na mão. Agora tinha certeza que alguém os vigiava, mas não consegui ver nada com aquele breu.

—Harry, precisamos ir! Não.. não pegue isso! -Advertiu Hermione.

—Não, Harry. -disse Neville nervoso também.

Mas Harry estendeu a mão e pegou o globo da prateleira mesmo assim. Nada de imediato pareceu acontecer, mas então, uma voz fria e energética falou às costas deles.

—Muito bem, Potter. Agora, muito devagar, me entregue isso.

Vultos escuros surgiram de todos os lados, barrando a passagem dos meninos. Eram cerca de doze Comensais da Morte, muitos com máscaras e todos com as varinhas apontadas para eles. Lúcio Malfoy caminhou calmamente para a luz, o rosto com um sorriso que lembrava muito o do filho, uma mão segurando a varinha e a outra estendida.

Os meninos formaram um círculo, cobrindo a maior área possível, mas estavam em desvantagens numéricas de quase dois para um. Ao lado de Harry e Hermione, Amy apontou a varinha para Malfoy, os olhos calculistas e agressivos nele.

—Entregue a profecia para mim, Potter. -repetiu Lucio.

—Onde está Sirius? -Harry perguntou.

Todos os comensais riram.

—Está na hora de você aprender a diferença entre sonho e realidade, Potter. Black não está aqui, nunca esteve. -Malfoy disse com um sorriso triunfante.

—É melhor você pegar sua dúzia de Comensais da Morte e partirem logo, Malfoy. Os membros da Ordem estão a caminho. -Amy disse feroz.

Uma aguda e estridente risada feminina rompeu pela sala, e uma mulher de longos e armados cabelos pretos e pele pálida apareceu atrás de Malfoy. Amy a reconheceu da foto no jornal: Belatrix.

—A menina sabe brincar. Está ameaçando a gente, queridinha? -ela perguntou e riu novamente. - Quem é essa?

—Essa, Bela, é Amélia Green, fiel amiga do Potter. -Lúcio disse.

—Green, é? E aquele garoto… Neville Longbotton, não é? Como vão seus pais? -perguntou Belatrix.

—Melhor agora que serão vingados! -Neville disse e avançou, mas Rony e Gina o seguraram.

Amy percebeu que eles não tinham acreditado sobre a Ordem está vindo. Por um lado, ela não sabia se aquilo era totalmente verdade, por outro, se o patronum tinha chego ao seu destino, eles teriam que enrolar os comensais até a Ordem chegar.

—Que profecia é essa que estamos falando?  Porque Voldemort a quer? Porque não veio pegar ele mesmo? -perguntou Harry.

Ele se aproximou mais de Amy  e apertou sua mão com força, sem os comensais verem, depois apontou levemente para as prateleiras. Amy entendeu o plano na hora e olhou para os amigos, tentando passar a mensagem com o olhar. Gina e Hermione fizeram um positivo com a cabeça, e Amy fez um pequeno sinal para a direção onde ficava a porta por onde entraram. Tinham que se certificar sobre sua saída dali. Enquanto isso Malfoy falava sobre a profecia nas mãos de Harry.

—... se perguntou porque O Lorde das Trevas quis matar você quando era só um bebê? - falava Malfoy.

—AGORA! - Harry gritou.

Sete vozes diferentes gritaram estupefaça, e uma grande confusão começou. Alguns Comensais saíram voando para as prateleiras, mas outros só desviaram os feitiços.  Antes que os comensais revidassem, as prateleiras cambalearam e começaram a tombar, milhares de profecias se espatifando no chão. Os meninos começaram a correr em direção à porta que entraram, protegendo a cabeça do vidro com os braços. Eles ouviam os comensais correrem e lançar feitiços contra eles. Dois deles apareceram bem ao lado de Hermione e Amy e lançou um feitiço que as arremessou no ar.

Amy sentiu seu corpo bater com força contra uma prateleira e depois caiu no chão, várias profecias caindo sobre ela e cortando seus braços.

—Expelliarmus! -ela ouviu Gina e Harry gritando.

Rony correu até as duas e ajudou a se levantarem. Amy se sentiu tonta, mas sabia que não poderia ficar assim, ou morreria logo.

—Corram! -Luna gritou.

Amy respirou fundo e voltou ao seu normal. Pegou a mão de Hermione a puxou para junto do grupo, e os sete correram.

—Estupefaça! -Amy gritou e um comensal que corria ao seu lado saiu voando.

—A porta! -Neville gritou quando a porta se tornou visível à frente deles.

Amy puxou Hermione com mais forças, os sete correndo loucamente e lançando feitiços para os lados, enquanto as prateleiras e profecias caiam em cima deles. Eles saíram correndo pela porta e deram para a sala redonda com mais portas.

—Onde? - gritou Gina.

Eles ouviram os comensais da morte se aproximando, então Harry abriu uma porta aleatória e todos entraram correndo. Quando passou, Amy sentiu o chão sumir sob seus pés, e ela e os amigos caírem sobre grandes degraus de pedra, uma enorme escadaria abaixo. Quando chegou ao final, Amy sentiu seu corpo todo doer muito, mas não pensou nisso. Ela olhou ao redor, e estavam numa sala subterrânea, uma parte dela com a escadaria que eles rolaram abaixo e no meio, uma enorme pedra  com um portal vazio no meio.

—Onde diabos estamos? -perguntou Rony, se levantando.

Eles se levantaram devagar, o corpo reclamando da queda que levaram.

—Que vozes são essas? -Harry perguntou, olhando para o portal.

—Que vozes? -Hermione perguntou. Ela tinha cacos de vidro no cabelo, e os braços, mão e rosto tinham pequenos cortes. Amy devia estar assim também.

—No portal. Não estão ouvindo? -Harry disse, segurando a varinha na mão direita e a profecia com força na mão esquerda, andando até o meio da pedra. Os amigos o seguiram.

—Harry, é só um portal vazio… -Gina começou a falar, mas eles ouviram o barulho dos comensais se aproximando.

—Varinhas! - Amy gritou e todos levantaram as varinhas, em direção à porta no alto.

Mas o que rompeu dela foram vários vultos, fumaças, que desceram em sua direção muito rápidos. Tudo ao seu redor ficou escuro e confuso, e Amy não ousou lançar nenhum feitiço com medo de acertar algum colega. Então, ela sentiu sua boca ser tapada e seu corpo ser puxado para trás. Quando conseguiu enxergar de novo, estava nas mãos de Bellatrix, sua varinha no pescoço dela, e todos os seus amigos, menos Harry, na mesma situação.

—Me solta! - Rony gritava enquanto se debatia contra o comensal que o segurava.

Harry olhou ao redor horrorizado, e fixou seu olhar por último em Amy, o medo de ver seus amigos todos nas mãos de comensais evidente em seus olhos. Amy tentou pensar em alguma coisa para salvá-los daquilo, mas tudo o que conseguia pensar era as varinhas contra seu pescoço e as dos seus amigos. Apesar disso, ela mexeu os lábios, falando não entregue para Harry, que ainda tinha os olhos fixos nela. Eles morrendo ou não, Voldemort não podia vencer.

—Você acha mesmo que crianças poderiam contra nós? Teve a audácia de pensar isso? -disse Malfoy se aproximando de Harry, o rosto com um enorme sorriso, enquanto os comensais riam.

Amy teve nojo de cada parte de seu corpo que encostava em Bellatrix, mas não conseguia se mexer, não conseguia pensar como sair dali, só sabia que se precisasse, duelaria até a morte pelos amigos.

—Agora, Harry, me entregue a profecia, ou seus amigos morrem! - disse Malfoy.

—Não entregue, Harry! -Amy gritou, mas o amigo parecia estar prestes a erguer o braço e entregar.

—Ótimo! Quais são suas últimas palavras, então,  Green? -Belatrix disse, apertando a  varinha contra seu pescoço.

Amy olhou ao redor, para seus amigos, para a porta que entraram… e de repente riu de alívio. Todos olharam confusos para ela.

—Últimas palavras? Deviam ter fugido quando tiveram a chance. - ela disse.

Nesse momento, cinco vultos brancos irromperam da porta de entrada e investiram contra os comensais. Amy tinha visto muito bem quem era: Sirius, Lupin, Tonks, Olho Tonto e Quim. Ela aproveitou a distração de Belatrix e lhe deu uma forte cotovelada na costelas, fazendo a bruxa arfar e soltá-la. Amy saiu de perto bem na hora que um vulto branco colidiu contra ela e a derrubou. Era Tonks.Todos os comensais largaram os meninos e uma chuva de feitiços invadiu o espaço. Amy andou agachada até os outros, que tentavam se proteger atrás das pedras, mas ao ver dois comensais atacando Harry, correu para ajudá-lo.

—Impedimenta! - gritou e um dos comensais saiu voando para longe.

Então ela e Harry começaram um duelo com o comensal que sobrou. Eles atacavam e recuavam, até Lupin chegar e ajudá-los.

—Harry, pegue os outros e a profecia e dê o fora daqui! - Lupin gritou e correu para um comensal.

Ele não devia ter feito isso, pois quando saiu, Lúcio encurralou os dois, a varinha erguida e um olhar feroz para eles.

—A profecia, Potter!

E avançou. Eles não tiveram as chance de lançar nenhum feitiço, pois Malfoy alcançou Harry muito rápido e Amy não queria  acertar o amigo por acidente. Ele e Malfoy começaram uma guerra de braços, o homem tentando alcançar a profecia. Amy correu para Harry e tomou a profecia de sua mão, se afastando dos dois. Lúcio soltou Harry imediatamente, e começou a avançar em sua direção, junto com outro comensal. Ela fez o que devia ter feito desde que soube que Voldemort queria aquela merda de bola de cristal: a jogou com toda a força no chão, a bola se quebrando em mil pedacinhos.

Lucio parou horrorizado, mas não teve tempo de reagir muito, pois Harry o lançou para longe com um feitiço. O outro comensal avançou nele, mas Amy não o ajudou, pois viu que Hermione estava em apuros do outro lado da sala, com Bellatrix.

—Pensa que pode me enfeitiçar?! - gritava a bruxa.

Amy correu e quando Bellatrix lançou um feitiço na amiga, Amy o desviou e lançou um expelliarmus, e a varinha de Bellatrix saiu voando para perto do portal.

—A minha amiga não, sua vadia! - Amy disse com fúria na voz e no olhar.

Bellatrix mostrou os dentes e correu para apanhar a varinha. Amy correu também, e as duas chegaram juntas à varinha, e se estapearam para pegá-la primeiro. Ela só não contava que Bellatrix tirasse um punhal do meio das vestes e cravasse no alto da coxa de Amy.

Amy sentiu uma dor insuportável e um choque correu por todo o seu corpo. Ela gritou e levou a mão ao machucado, sentindo o sangue quente jorrar pela perna. Seu grito atraiu Sirius e Harry que estavam perto e foram logo socorrê-la. Sirius assumiu o duelo e Harry se abaixou ao lado de Amy, analisando sua ferida.

—Vamos! - ele disse e começou a ajudá-la a se levantar, mas ambos paralisaram quando Sirius começou a rir.

—Vamos, você pode fazer melhor do que isso! -ele gritou, sorrindo para Belatriz.

E ainda sorria quando o próximo jato de luz o atingiu bem no peito, e o fez cambalear para trás. O tempo pareceu passar lentamente, e Amy e Harry viram o repentino medo e surpresa nos olhos de Sirius quando ele caiu de costas no portal vazio.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
MEU CORAÇÃO!! SIRIUUUUUUUUUUS!!!! :( :(

Eai mores, o que acharam?? Comentem, amem, sigam a fanfic, quero saber o que está passando no coração de vocês!!
Próximo capítulo é o meu favorito da historia, socorro, chega logo!!! (já sabem o que vem pela frente, né?)

Beijos até o proximo (mal vejo a hora)



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