Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 31
Capítulo 6 - Pseudo Beijo


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá!!! Mais um capítulo para vocês!! Até lá embaixo!



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CAPÍTULO 6

Amy andou depressa pelos corredores do castelo. O sol parecia que ia romper no céu a qualquer momento, mas ela não se importou de ir falar com o diretor àquela hora. Por sorte, quando estava se aproximando da estátua que protegia a passagem para seu escritório, Snape apareceu apressado e disse a senha. Amy se escondeu atrás de um pilar e esperou o professor descer, o que não demorou nem dez minutos. Quando Snape se afastou o suficiente, Amy disse a senha (delícia gasosa) e subiu as escadas. A grande porta de madeira surgiu à sua frente, e Amy bateu duas vezes com um pouco de força.

—Entre. -convidou Dumbledore calmamente. -Ah, Srta. Green. Sabe, achei mesmo que viria me ver a qualquer momento essa noite.

—Atrapalho, senhor?

—De forma alguma. Severo acabou de me trazer notícias que tudo o que poderia ser feito por nós para Arthur já foi feito.

—Ele vai ficar bem?

—Com o tempo, tenho certeza que sim. -disse o diretor. Não foi bem a resposta que Amy esperava. De repente, a situação de Arthur pareceu mais grave do que ela imaginava.

—A professora McGonagall disse que… bem… que Harry viu o ataque da cobra no Ministério… professor, como ele está fazendo isso? Como Harry está entrando na cabeça de Voldemort, como pôde ter visto a cobra..?

—Estou aqui há horas me fazendo a mesma pergunta, Srta. Green. Tenho meus palpites, mas nada muito concreto que vale a pena ser compartilhado.

—Bem, o senhor pode tentar! -Amy disse com esperança. Um palpite de Dumbledore não era qualquer coisa.

—Prefiro que não. Ainda não, pelo menos.

Amy respirou fundo. Não sabia porque ainda se iludia pensando que conversar com Dumbledore tiraria suas dúvidas.

—O que o senhor Weasley estava fazendo de madrugada no Ministério? Era algum trabalho para a Ordem?

—Sim. -disse calmamente.

—Tem a ver com o que Voldemort quer? A arma…

—Prefiro não comentar nada sobre as atividades da Ordem, Amy.

Amy olhou indignada para o professor.

—Porque? Por que estão deixando a gente no escuro assim?

—Asseguro que é para o seu bem e o de Harry também.

—Bem, mas não parece! O senhor só tem ignorado ele o ano todo, mesmo depois de tudo que aconteceu! Eu não entendo porque não querem nos contar as coisas que Voldemort anda fazendo se, afinal, quem vai duelar com ele é o Harry. -Amy disse, perdendo um pouco a calma.

—Se depender de mim, isso não será necessário...

—Mas não depende do senhor, não é mesmo? Ano passado, apesar dos esforços, Voldemort tirou Harry de sua caixinha de segurança, então quem garante que ele não fará de novo esse ano? Ou no próximo? Professor, eu não acho que Voldemort quer saber de enfrentar o senhor ou a Ordem. Ele quer Harry e fará de tudo para estar sozinho com ele novamente. E se isso acontecer, como é melhor para Harry não saber das coisas?

—Srta. Green… você está certa em todas as suas palavras, mas… há coisas que Harry não deve ficar sabendo. Acredite em mim, eu só quero aliviar o peso que ele carrega nas costas. Sei que se preocupa e entendo sua angústia nessa noite. Mas peço que confie em mim e no que estou fazendo. -Dumbledore disse calmamente.

Não tinha jeito, aqueles olhinhos azuis por trás dos óculos meia lua inspiravam muita confiança em Amy, apesar de toda a relutância do diretor em esconder as coisas.

—Claro, professor. -ela disse derrotada.

Dumbledore deu um leve sorriso para a garota.

—Se você quiser, nas férias de Natal, posso arranjar um portal para Londres, para chegarem mais rápido e verem seus amigos. Tenho certeza que Harry deve estar precisando de você agora. Mas somente, nas férias de natal. Não podemos arriscar mais suspeitas para o que aconteceu essa noite.

—Seria ótimo, professor. Obrigada. -Amy disse sem muita emoção na voz, encarando o nascer do sol na janela.

 

Ela só voltou a ver os amigos quatro dias depois, quando ela e Hermione pegaram a chave de portal na sala do diretor e foram parar direto na casa de Sirius. As duas aterrissaram na cozinha, onde ele esperava.

—Sirius! -ela correu para abraçá-lo. Era impressionante o quão aliviante era ver ele depois de todo aquele tempo e do que aconteceu.

Elas abraçaram a Sra. Weasley também, que já preparava o almoço. Ela pareceu emocionada de ver as meninas ali. Logo subiram para ver os amigos, mas quando entrou no quarto, Harry não estava, apenas Fred, Jorge, Rony e Gina. Amy atravessou o quarto e abraçou Rony com força.

—Como você está? Como seu pai está?-ela perguntou ansiosa.

—Está bem, está fora de perigo. Nós estamos bem, acho que o susto já passou.

—Onde está o Harry? -Hermione perguntou.

Os quatro torceram as bocas.

—Ele está se mantendo distante… -Fred disse.

—O que? Porque? - Amy perguntou.

—Bem.. quando Harry contou o que houve, ele disse que viu tudo do ponto de vista da cobra, como se ele fosse a cobra atacando o papai. Depois no hospital ouvimos uma conversa dos membros da Ordem sobre Voldemort possuir Harry de alguma forma…

—O que? Isso é um absurdo! Harry não está possuído! - Amy exclamou.

—Foi o que eu disse. Afinal, sei como é a sensação. Não fiquei sabendo de Harry sentindo nenhum sintoma como eu quando fui possuída.  -Gina disse, se referindo ao ano em que foi possuída por Tom Riddle.  

—Além disso, ficamos tentando acordá-lo por quase um minuto. Não é como se pudesse se transformar numa cobra gigante e ter atacado papai. -disse Rony.

—Mas ele parece se achar alguém perigoso agora, fora de controle. Fica sozinho no quarto de cima quase o dia todo. -disse Jorge.

—Isso é ridículo! Ah, eu vou falar com ele! -Amy disse e subiu as escadas de dois em dois degraus, até o quarto onde Bicuço estava.

Abriu a porta devagar e lá estava ele, sentado à beira da janela, o rosto calmo enquanto dormia. Novamente ele estava com um pouco de olheiras nos olhos. Aos seus pés, Bicuço estava deitado, e levantou a cabeça quando ela entrou no quarto. Amy se aproximou lentamente, mas Harry acordou do mesmo jeito.

—Oi. -ela disse.

—Quando chegou aqui? -ele perguntou, esfregando os olhos.

—Agora.

Amy se abaixou para sentar ao seu lado, mas ele se afastou.

—Amy, eu não acho que seja…

—Seguro? O que, você vai se transformar numa cobra enorme e me atacar?

Ele ficou irritado com o tom sarcástico que ela usou. Com certeza esses pensamentos tinham o infernizado nos últimos dias, e Amy agora estava fazendo piada disso.

—O pessoal me contou o que você ouviu no hospital. Que você começou a ficar aqui sozinho.

—Contou, foi? Estavam se divertindo falando sobre mim?

—Harry...!

—Deve ser muito divertido mesmo! O menino possuído por Voldemort deve ser meu próximo nome nas manchetes. Acho que até eu vejo alguma graça! -ele disse irônico, mas com muita raiva na voz.

—Harry, você ta entendendo tudo errado...

—Porque você não desce com os outros e me deixa em paz, Amy? Deve ser uma droga estar na minha presença…

—Cala a boca, Potter! - ela estava começando a se irritar com o tom de voz dele. Harry não dava um brecha para ela falar.

—Sério, eu não vou me incomodar. Eu entendo…

—Você não ta entendendo nada pelo visto.

—NÃO! É você que não entende! - ele se levantou bravo e andou até Amy, os olhos furiosos - Eu estava na merda da cabeça da cobra de Voldemort, e todo mundo fala para eu me acalmar, quando eu tenho lembranças de enfiar minhas presas no Sr. Weasley…!

—Me escuta...

Mas ele não deu chance para ela falar. Ele a olhava furioso, e claramente não queria ouvir o que ela tinha a dizer.

—E você chega aqui, achando que tudo é uma brincadeira…

—Eu não acho… Cala a boca e me ouve!

—E  ninguém dá a mínima…!

Army não pensou duas vezes antes de agir, apenas calou a boca do amigo colando seus lábios nos seus.

Harry congelou na mesmo hora. Os lábios dela foram nada gentis contra os deles, pelo contrário, foram duros e agressivos. Amy não queria beijá-lo, queria fazer ele calar a boca. Ela se afastou, Harry a olhou com os olhos surpresos, a boca aberta meio confusa.

—Ah, que bom que tenho sua atenção agora, Potter! -ela disse de forma irônica.

Harry fechou a boca e piscou algumas vezes, balançando no lugar. Eles se encaram por alguns segundos.

—Você não manteve sua promessa. -Amy disse chateada. Harry encarou o chão.  -A única coisa que você tinha que fazer era conversar comigo… ou Rony, Hermione, qualquer um de nós! E você não fez! Você preferiu guardar segredo sobre sua mão, não falar com ninguém sobre o que ouviu no hospital… você simplesmente ignorou o fato da gente estar ali pra você!

—Não foi isso… eu não…

—Então o que foi?

—Eu… não sei o que está acontecendo comigo, Amy. -os olhos dele ficaram cheios de lágrimas e sua voz um pouco angustiada - Eu não sei que sou, não sei o que aconteceu aquela noite… se eu sou uma arma para Voldemort… eu…

—Você não é!

—Eu posso ser perigoso, não quero machucar as pessoas, não quero machucar você… eu nunca me perdoaria se te machucasse!

Uma lágrima escorreu pelo rosto dele e então Amy sentiu o peso daqueles pensamentos que o infernizaram durante aqueles quatro dias. Ele passou o tempo todo pensando que era um peão de Voldemort, alguém que poderia atacar os amigos se o Senhor das Trevas assim ordenasse.

Amy ficou extremamente mal pelo amigo.

—Harry… você nunca me machucaria! Você não é uma cobra gigante com presas, você é um menino magricela e cabeludo, com lindos olhos verdes que nunca faria mal a quem você ama. E se tivesse ao menos conversado com seus amigos, como eu te falei, teria descoberto que não teve nenhum sintoma de alguém que foi possuído por Voldemort como Gina teve no nosso segundo ano… ou que Rony ficou tentando de acordar por mais de um minuto enquanto você tinha a visão… seja o que for que aconteceu naquela noite, não é o que você está pensando agora, você não é uma arma de Voldemort!

Harry pareceu um pouco surpreso com as palavras dela.

—Eles falaram isso? Mas… dessa vez foi tão… tão…

—Eu sei. Quero dizer, não sei… mas… pense, Harry. Você não foi possuído e você não saiu da sua cama… E você acha mesmo que Dumbledore deixaria um garoto possuído por Voldemort andar por Hogwarts e pela Sede da Ordem desse jeito?!

Harry ficou alguns minutos pensando, encarando o chão, achando o sentido e verdade nas palavras da amiga.

—Então eu não sou uma arma. -ele disse aliviado.

—Não. Você só é péssimo com promessas.

Ele sorriu levemente e sussurrou um  pedido de desculpas, que Amy aceitou.

—Vamos, vamos ver os outros. Você deve desculpas para eles também. -Amy disse e Harry a seguiu para o andar de baixo.

Eles entraram no quarto onde ainda estavam Hermione, Rony e Gina, que reforçaram o que Amy tinha falado para ele. Todos pareceram aliviados com a volta do amigo e muito mais aliviados quando a Sra. Weasley anunciou que o almoço estava pronto. Amy estava faminta e saía do quarto com os amigos, quando Harry segurou sua mão.

—Obrigado. Mesmo. Não sei o que faria sem você. -ele disse depois que todos saíram, os olhos cheios de carinho e gratidão.

—Não se preocupe. Mas você está me devendo uma. -ela disse.

Ele riu levemente.

—Então… acha mesmo que tenho lindos olhos verdes? -ele disse com um sorriso travesso. Foi um alívio ver aquele sorriso em seu rosto depois de tudo que aconteceu.

—Cala a boca, Potter. -ela disse e começou a sair do quarto, mas ele a puxou pela mão novamente.

—Amy… por que me beijou? -ele perguntou, encarando-a com os olhos ansiosos.

—Pra você calar a boca e me ouvir. Deu certo, não deu? -ela disse com as sobrancelhas erguidas, sendo totalmente sincera.  


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Notas finais do capítulo

NA TRAVE!! QUASE!!

Relaxem, esse não é o primeiro beijo fantástico do casal, ele está reservado nos próximos capítulos!!!

Obrigada a todos que comentaram no capítulo anterior!! Ficou muito animada com o numero de views, gente, socorro. Então se você ainda não ta acompanhando a história ou favoritaram, não percam mais tempo e encham meu coração de mais amor!!! Isso me ajuda muiuuuito a escrever, sério.

Um beijo,até proximo capitulo!



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