Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Entrada Para a Câmera Secreta


Notas iniciais do capítulo

Ok, esse capítulo ficou um pouco grandinho. Vou tentar evitar nos próximos, prometo :D



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CAPÍTULO 3

No dia seguinte, contudo, eles não foram ver A Murta Que Geme, pois um outro assunto tomou conta dos pensamentos dos alunos.

—Exames? Vamos ter exames?! –Rony exclamou inconformado.

—Exatamente, senhor Wesley. O professor Dumbledore me pediu que continuasse a escola o mais normalmente possível, e isso, claro, inclui fazer todos os exames. Tenho certeza que se prepararam muito bem para os exames finais.

Harry e Rony se encararam tristes. Nenhum dos dois sabiam coisas que lhe fossem úteis nos exames e seria impossível estudar para todos já que começariam em uma semana.

—A segunda notícia que tenho a dar é que as mandrágoras estão prontas para serem colhidas. Logo, as poções ficarão prontas e as vítimas voltarão ao normal!

Harry e Rony se entreolharam alegres, depois, os dois se voltaram para Amy, que estava uma carteira atrás.

—Assim as vítimas vão poder nos dizer quem os atacou. Não precisamos falar com a Murta! -Rony exclamou baixinho para o amigo.

Harry tinha falado sobre a Murta ser a aluna morta 50 anos atrás com Rony naquela manhã. Rony ficou perplexo por não terem descoberto isso antes e não via a hora de ir com Harry e Amy ao banheiro feminino falar com ela.

—Mesmo assim, quero dar uma palavrinha com ela sobre isso.

—Mas Harry, os corredores estão sendo vigiados, principalmente perto da ala hospitalar.

—Por isso tenho uma capa da invisibilidade, Ron.

Rony sorriu para o amigo. Se tivessem a chance, falariam com a Murta.

—Essa tal de Amy é piradinha, não acha? Por fugir do castelo e seguir a gente ontem. Mas a garota é esperta. Não como Hermione, isso eu acho difícil alguém ser, mas esperta. Gosto dela. –Rony disse num sussurro para o amigo.

—Sim, ela é legal- Harry concordou.

—Potter! Wesley! Não estou vendo seus coelhos virarem chinelos! Vamos, vamos! –advertiu a professora McGonagall da frente da sala.

—Sim senhora. –Harry disse e os dois se voltaram para seus coelhos.

Dois dias depois, surgiu a oportunidade de irem ao banheiro da Murta.

Os alunos da grifinória estavam sendo levados para a aula de História da Magia pelo Lockhart, quando o professor disse:

—Bobagem esse negócio de nós professores temos que levá-los às aulas ainda. O perigo já passou, Hagrid já foi preso e percebam, não houve ataques desde então.

—Esta certo professor. –Harry disse, o que quase fez Rony derrubar seus livros. Harry lançou um olhar de “colabore” ao ruivo, que entendeu imediatamente.

—Isso mesmo professor. É bobagem. Você poderia nos deixar aqui, aliás, só falta mais um corredor.

—Acho que farei isso mesmo, Wesley. Afinal, tenho cartas para responder, muitas, muitas cartas. Até mais tarde, meninos.

E voltou desfilando pelo corredor, a capa verde voando atrás dele.

—Mané- Rony falou.

—Vamos- Harry chamou. Ele andou mais a frente e fez um som com a garganta perto de Amy e Lilá.

Amy olhou curiosa para Harry e logo entendeu o que iriam fazer.

—Hã, Lilá, vai na frente, eu preciso falar com uma menina da Lufa Lufa logo ali.

Amy ficou para trás junto com os meninos, e os três seguiram para o corredor do banheiro.

—Podem parar aí, os três! –ouviram McGonagall falar.

Os três pararam de súbitos e viraram lentamente.

—Onde pensam que vão? –a professora se aproximou dos três, a expressão brava.

—Nós, íamos... íamos...- Rony gaguejou.

—Ver Hermione, professora. –Harry soltou. Rony, Amy e a professora olharam para ele. –Queríamos vê-la, falar que a poção já esta quase pronta, e que logo ela voltará ao normal. Faz tempo que não a vemos, senhora.

A professora continuou a olhar fixo para eles, depois desviou os olhos para Amy, uma peça nova naquela turma.

—Hã, Hermione me ajudou com as matérias antes de ser petrificada, professora, e eu não tive a chance de agradecê-la. Pensei que seria nobre ir visitá-la pelo menos uma vez, ela foi tão gentil comigo. –Amy logo mentiu.

Os três torceram para que a mentira funcionasse. Após alguns segundos de seu olhar severo, a professora suspirou e deu de ombros.

—Entendo que queiram ver a senhorita Granger, meninos. E... lógico que vocês podem ir à ala hospitalar. Digam à Madame Ponfrey que tem a minha permissão.

—Obrigada, professora.

Os três suspiraram aliviados quando ela deixou o corredor.

—Foi uma boa mentira.- Rony disse à Harry e Amy.

Não havia escolha, agora, a não ser ir à ala hospitalar. Disseram à Madame Pomfrey eu tinham permissão e logo se dirigiram à cama de Hermione. Amy não tinha visto ninguém petrificado ainda, e seu estômago embrulhou com a visão da menina. Ela nunca tinha trocado mais de três palavras com Hermione, mas reconhecia como ela era uma boa pessoa e muito inteligente.

—Acha que ela viu quem atacou? –Amy perguntou.

—Espero que sim. Estaremos perdidos se nenhuma das vítimas viu o herdeiro, voltaríamos à estaca zero, ou quase isso. –Rony disse e se sentou ao lado da amiga.

—O que é isso, Harry?

Harry não prestava atenção no que os amigos falavam, fitava a mão da amiga que tinha um papel preso. Depois de se certificar que a enfermeira não estava olhando, tirou delicadamente o papel da mão petrificada.

—O que é isso? –Rony e Amy se aproximaram.

Era uma página rasgada de um velho livro, onde tinha informações sobre uma criatura chamada basilisco.

—É isso! –Harry disse eufórico.

—Ela descobriu!- Amy disse maravilhada.

—Como? –Rony juntou as sobrancelhas em dúvida.

—Rony, é isso! O monstro da câmara é um basilisco, uma cobra gigante! É por isso que eu posso ouvi-lo por que falo a língua das cobras.

—O que? Você pode ouvir o monstro? –Amy pareceu chocada com essa informação.

—Mas Harry, aqui fala que o bicho mata só de olhar em seus olhos. Como ninguém morreu ainda?

—Porque... Porque... ninguém olhou diretamente nos olhos dele. Hermione foi encontrada com um espelho, lembra? Ela já devia saber quando foi atrás de informações. E Colin tinha a câmera fotográfica. Ele viu o monstro através da lente da câmera. E madame Norrra... tinha água no chão naquela noite. Ela viu o reflexo na água. E Justino... Justino…

—Viu através do Nick Quase Sem Cabeça! –Amy exclamou.

—Isso! E se lembra que os galos de Hagrid foram mortos no começo do ano? O herdeiro deve ter matado. E as aranhas fogem do basilisco. Tudo se encaixa!

—Mas como uma cobra enorme se deslocaria pelo castelo? Alguém teria visto! –Rony perguntou.

—Ela respondeu essa também. –Amy apontou para o canto da página onde estava escrito uma pequena palavra à tinta.- Canos. Ele se desloca pelos canos. Então a entrada da Câmara Secreta poderia muito bem ser num banheiro.

—O banheiro da Murta Que Geme!- exclamaram Harry e Rony.

Os três ficaram em silêncio por um minuto, a excitação percorrendo por todos seus corpos. Tinham finalmente descoberto alguma coisa que poderia dar um fim nos ataques.

—Temos que contar aos professores. Eles saberão o que fazer. –Amy disse

—Vamos para a sala dos professores. O sinal do intervalo vai bater logo. –Rony disse.

Os três correram para a sala dos professores e esperaram ansiosos, mas o sinal não tocou. Ao invés disso, a voz da Professora McGonagall foi ouvida em todo o castelo: Todos os alunos voltem imediatamente para o dormitório de suas casas. Todos os professores imediatamente na sala dos professores.

—Não, não outro ataque. Não agora. –Harry disse

Ouviram passos ecoando pelos corredores.

—Entrem, rápido! –Amy empurrou os dois meninos para dentro da sala e abriu a porta de um pequeno armário de vassouras. –Entrem!

—Por que vamos nos esconder? –Rony questionou, já entrando no pequeno quarto.

—Pra saber o que aconteceu. Rápido, entra, Harry!

Harry, sem opções, entrou no quartinho. Nem deu tempo deles se ajeitarem e já ouviram o som da porta se abrindo e os professores entrando na sala.

—Minerva, o que aconteceu? Outro ataque? –eles ouviram a voz sebosa de Snape falar.

—Pior, muito pior, Severo. Aconteceu o que mais temíamos. O monstro levou uma aluna para dentro da Câmara Secreta. O herdeiro deixou uma mensagem. O corpo dela jazerá na câmara para sempre.

O trio ouviu os sons de preocupação e surpresa dos professores, enquanto seus próprios corpos se arrepiaram com a notícia.

—Quem o monstro levou, Minerva?

—Gina Wesley. –anunciou a professora.

Amy sentiu o corpo de Rony escorregar lentamente para o chão dentro do armário. Por um segundo, ela esqueceu como se respirava. Harry parecia tão apavorado quanto Rony. Ela colocou a mão em seu ombro e olhou em seus olhos, numa tentativa inútil de acalmá-lo.

Eles ouviram Lockhart entrarem na sala, e os professores lhe deram a falsa missão de salvar Gina e destruir o monstro. Depois disso, Minerva pediu para que os professores preparassem os alunos para a partida de Hogwarts, o quanto antes. Enfim, todos eles saíram para cumprir seus deveres, e o trio saiu do quartinho assim que a sala ficou vazia.

Rony desmoronou em uma das poltronas e Harry se sentou no pequeno sofá.

—Por que o herdeiro levaria Gina para a Câmara? Ela é puro sangue! –Amy disse após um tempo que ficaram em silêncio.

—Ela sabia de alguma coisa. Talvez quem era o herdeiro. Ela tentou nos contar, lembra Harry? Por que não a ouvimos? –Rony se lamentou. Ele parecia a beira de lágrimas. –Vai ser minha culpa se ela morrer. Eu ignorei o que ela tinha a dizer.

—Não diga isso Rony- Amy se ajoelhou na frente do colega e segurou suas mãos- Gina vai ficar bem. Nós sabemos a entrada da Câmara agora. Sabemos o que tem lá dentro. E o herdeiro não sabe que sabemos. Vamos conseguir ajuda e vamos resgatá-la, ok?

Rony concordou com a cabeça. Amy olhou para Harry e recebeu um aceno positivo também.

—Nós podemos contar o que sabemos para Lockhart. Talvez ajude-o. -Rony disse esperançoso.

Amy não gostou da ideia de contar com o pior professor da escola, mas Rony e Harry pareceram tão esperançosos em finalmente fazer alguma coisa e não ficar simplesmente parados ali que ela apenas seguiu os meninos. Correram pelo castelo e por sorte não trombaram com nenhum professor. Chegaram ofegantes e ansiosos na porta de Lockhart.

—Professor! Nós temos algumas informações que podem... ajudá-lo.

A voz de Rony morreu quando viu a cena à frente. A sala estava toda revirada e na mesa havia uma enorme mala com roupas, objetos e os livros de sua autoria.

—O senhor vai a algum lugar? –Harry perguntou confuso.

—Meninos! Ah... sim, sim, infelizmente. Fui chamado para resolver um caso, algo urgente, urgentíssimo. Vocês sabem, não podemos falar não para essas coisas.

—Mas... e a minha irmã?

—Ah, é uma pena, uma pena mesmo, eu sinto muitíssimo por ela.

—Eu não acredito. O senhor está fugindo! –Amy falou incrédula-

—E todas aquelas coisas que escreveu nos seus livros? Não pode fugir agora! –Rony disse.

—Os livros, às vezes, podem conter algumas... pequenas mentiras. Mas felizmente, meninos, uma coisa que sou bom é em feitiço da memória, que, infelizmente, terei que lançar em vocês...- o professor ergueu sua varinha, mas três já estavam apontadas para ele.

Ele engoliu em seco e abaixou a varinha lentamente. Amy arrancou a varinha da sua mão e apontou sua própria para o homem.

—Você é um completo inútil, não é? Gina Wesley estaria perdida se dependesse do senhor. Por sorte, sabemos onde fica a entrada da Câmara Secreta e o senhor vem conosco.

—Na... na... na... Câmera Se... secreta? Mas, mas…

—Anda! –Harry disse e apontou a varinha para o professor.

Desceram as escadas e seguiram pelos corredores escuros e vazios até o banheiro feminino. Harry empurrou o professor para dentro, que parecia estar com medo e raiva ao mesmo tempo. Murta apareceu em cima do terceiro boxe, o olhar curioso passou para o de decepção quando viu quem era.

—Ah, são vocês. De novo. O que querem agora? –ela perguntou.

—Saber como você morreu- Harry disse.

A expressão de Murta mudou na hora, como se tivessem lhe feito um elogio.

—Aah, foi horroroso! Eu estava aqui, bem nesse boxer, chorando da desgraça da minha vida. Foi quando ouvi a voz de um menino, falando uma língua estranha. Ele não poderia estar aqui, é o banheiro feminino, e quando eu saí do boxe para falar pra ele ir embora eu... morri.

—O que? Simples assim? Como? –Harry perguntou.

—Não faço ideia. Só me lembro de ver dois olhos grandes e amarelos bem ali, perto da pia. – e apontou com a cabeça para a gigante pia do banheiro.

Os quatro se viraram para a pia e Harry se aproximou dela, observando tudo até que achou o pequeno desenho de uma cobra.

—Acho... acho que é isso. Essa é a entrada.

—Fala alguma coisa Harry. Em língua de cobra.

Harry quis contestar, mas olhou para o desenho e se concentrou. Então ele disse algo, numa voz rouca, uma palavra curta e estranha. A pia começou a se mexer, se abrir e revelou um enorme cano. Amy sentiu um frio na espinha e Lockhart parecia que ia desmaiar de pavor. Todos ficaram em silêncio por alguns segundos, até que Amy apontou sua varinha para o professor.

—Você primeiro.

—O que? Mas... mas... qual a necessidade disso?–ele disse apavorado.

—Não confiamos em você. Se formos e deixarmos o senhor para trás, dirá que morremos numa tentativa louca de salvar Gina, então, o senhor vai na frente.- e espetou o professor para que andasse até a pia.

—Meninos, não acham que seria melhor se…

Harry cutucou com força o professor e ele escorregou pelo cano. Amy se posicionou para descer, mas Harry segurou seu braço.

—Tem certeza que não quer ficar e chamar os professores? Lá embaixo será mais perigoso do que a floresta proibida, talvez.

Amy sorriu com a preocupação do menino.

—Bom, então acho que dessa vez minhas expectativas serão atendidas. Pode esperar aqui em cima se estiver com medo, Potter.- e escorregou pelo cano.

—Viu o que eu disse? Maluca- Rony disse e pulou no cano.

Harry sentiu um frio na barriga, inspirou fundo e seguiu o amigo.


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Notas finais do capítulo

Eaiii, o que acharam?? Comentem, por favor, nunca pedi nada!!
Até o próximo capítulo!!



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