Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 27
Capítulo 2 - Na Ordem, parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!

Mais um capítulo pra vocês!!

Beijos



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CAPÍTULO 2

—Então você está aqui também? -Harry perguntou bravo.

Amy observou a aparência do amigo antes de responder. Ele parecia alguns centímetros mais alto, o cabelo estava um pouco mais comprido, o rosto mais expressivo e os ombros um pouco mais largos. Os olhos tinham leves olheiras, como se não dormisse bem há algumas noites, mas sua cor verde continuava tão viva e linda como sempre.

Ao ver o amigo bravo com ela pela primeira vez, quis pedir desculpas e gritar com ele ao mesmo tempo, pois a culpa dele ficar sozinho o mês inteiro não era nem dela, nem de Rony ou Hermione. Mas compreendeu que ele devia estar muito bravo com tudo. A única coisa que conseguiu fazer foi cruzar o quarto e abraça-lo. Seu cheiro pareceu invadir os pulmões de Amy. Ele demorou um pouco para colocar seus braços em volta dela, mas quando o fez, apertou a amiga com força e respirou fundo tentando se acalmar.

—Você está bem? -Amy perguntou ao se afastar dele.

Harry apenas assentiu com a cabeça. Apesar de mais calmo, ainda estava bravo com tudo. Hermione e Rony pareciam aliviados por ele não estar mais gritando.

—Hermione e Rony tem razão, Harry. Queríamos te contar o que estava acontecendo, onde estávamos, queríamos que estivesse aqui com a gente, mas Dumbledore, sei lá por quais motivos, não deixou. Sentimos muito mesmo. -Amy disse com calma.

—Sentimos de verdade, cara. -Rony acrescentou depressa.

—Que lugar é esse, afinal de contas? -Harry perguntou depois de respirar fundo.

—É a sede da Ordem da Fênix. É uma sociedade secreta, fundado por Dumbledore para lutar contra Você Sabe Quem da ultima vez. Eles estão reunindo o pessoal novamente, agora que ele voltou. -Hermione disse depressa.

—E Voldemort? O que ele está fazendo? -Harry perguntou.

—Já disse, não sabemos. Não podemos sequer chegar perto das reuniões. -Rony disse.

—Até agora só limpamos a casa para torná-la o mínimo habitável novamente. -Amy disse sem muita emoção na voz.

—Não tem sido exatamente legal… -  Rony disse.

Eles contaram várias coisas para Harry: sobre Snape estar na ordem, sobre a briga feia de Percy com a família, como o Profeta Diário estava detonando com a imagem de Harry e Dumbledore, sobre o Monstro que vivia xingando eles… até que a reunião que estava tendo na cozinha acabou e a Sra. Weasley chamou para a janta.

Foi uma refeição divertida. Tonks mudava seu nariz toda hora para fazer Hermione e Gina rirem, Mundungo contava alguns dos seus crimes, o que deixava a Sra. Weasley muito brava. Quando a maioria já tinha conversado bastante e acabado de comer, Molly mandou todos para a cama, mas Sirius pediu um momento.

—Acho que Harry tem perguntas para fazer.

—O que? Vão responder as perguntas do Harry? Tentamos tirar informações de vocês o mês inteiro! -Fred exclamou indignado.

—Bem, isso foi uma decisão dos pais de vocês. Harry, no entanto… -disse Sirius, mas a Sra. Weasley o cortou.

—Não cabe a você decidir o que é bom para Harry, Sirius. Já se esqueceu o que Dumbledore disse sobre Harry não precisar ficar sabendo mais do que o necessário?

—Não tenho a intenção de contar mais do que o necessário, o garoto tem mais direito do que a maioria aqui… -disse Sirius.

—Não, ele não tem não! Ele só tem quinze anos, não é um membro da Ordem!

—Molly, Harry é qualificado…

—Ele não James, Sirius!

—Sei muito bem quem ele é! -Sirius disse alterando a voz.

A cabeça de todos viravam de Molly para Sirius, como se assistissem uma partida de tênis.

—Acho melhor que Harry saiba dos fatos, de alguns pelo menos, por nós. Melhor do que ouvir versões distorcidas de outros mais tarde. -Lupin disse calmamente.

—Já vi que vou perder essa discussão! Pois bem, Fred e Jorge já são maiores de idade então… todos os outros, para a cama! -disse a Sra. Weasley.

Amy, Rony, Hermione e Gina logo começaram a protestar.

—Sra. Weasley, eu quero saber o que está acontecendo, não é justo…! -Amy falava.

—Harry vai contar tudo para mim, Amy e Hermione de qualquer forma! -Rony dizia.

—Molly, eu sei que você se importa com eles, mas Amy, Hermione e Harry não são seus filhos, não pode decidir assim… - a voz de Sirius se sobressaiu em cima dos garotos.

—É como se fossem! -disse a Sra. Weasley.

—Não é não! - disse Amy mais alto e chamando a atenção de todos. - Sra. Weasley, sei que você se preocupa com a gente, mas minha mãe está morta, os pais de Harry estão mortos e nada pode mudar ou substituir isso, nem o cuidado e carinho que você tem por nós!

Molly pareceu um pouco sem jeito  e chocada com as palavras e a expressão da menina.

—Ah, querida, eu não… eu não quis dizer isso. Claro que seus pais são insubstituíveis…

Houve um silêncio um tanto constrangedor entre os presentes, e Amy por um momento até se sentiu mal pelas palavras que disse, mas logo percebeu que era a verdade, era o que sentia, e que não adiantava esconder isso.

—Se Dumbledore disse que Harry deve saber apenas o necessário, devemos seguir isso. Ele tem seus motivos. Não mais que o necessário. - disse a Sra. Weasley, mas ela não parecia tão certa do que falava.

—Tudo bem, então. -disse Sirius - Harry, o que você quer saber?

—Onde está Voldemort? O que ele está fazendo? Estive pegando jornais nos lixos trouxas, não li nada sobre morte… -Harry disse.

—É porque não houve nenhuma morte ainda. Voldemort não quer chamar a atenção. Seu retorno não foi bem como ele planejou. Você atrapalhou tudo, ainda bem. -Sirius disse.

—Eu? Porque? -Harry perguntou.

—Porque, graças à você, Dumbledore soube do retorno dele imediatamente. -disse Lupin.

—E como isso ajudou? -Harry perguntou.

—Tá brincando? Dumbledore é o único bruxo que Voldemort temeu a vida toda, o único capaz de duelar com ele. -respondeu Gui.

—E graças à você, Dumbledore pôde reunir a Ordem da Fênix uma hora depois do seu retorno. O diretor tem idéias bem precisas de como Voldemort irá agir, e a Ordem está fazendo de tudo para que esses planos não se concretizem. Estamos tentando recrutar o máximo de pessoas possíveis para nossa causa, mas está sendo realmente difícil convencê-las. -disse o Sr. Weasley.

—Porque? -Harry perguntou.

—Por causa da atitude do Ministério. -disse Sirius. - Cornélio não mudou de opinião desde aquela noite no Torneio. Ele se recusa a acreditar em tudo o que aconteceu.

—Mas porque? Por que ele está sendo tão estúpido? Se Dumbledore...-Harry disse desesperado.

—Exatamente aí, Harry. Dumbledore. O ministro teme que Dumbledore queira pegar seu cargo. Cornélio se acostumou com o poder e não quer largá-lo por nada. Acha que você e Dumbledore estão mentindo, inventando tudo. -disse Lupin.

—Isso é ridículo! Como ele pode acreditar que estou inventando tudo isso? -Harry perguntou indignado.

—Por que assumir a verdade é causar pânico e desestabilizar o ministério todo. -Amy disse com as sobrancelhas juntas.

—Exatamente. Cornélio teria que lidar com um verdadeiro inferno na terra se anunciasse que Voldemort voltou. -disse Lupin. -Mas apesar de tudo, estamos conseguindo convencer algumas pessoas.

—Em todo o caso, reunir seguidores é só um dos planos dele. Ele tem interesses em conseguir outras coisas, coisas que só conseguirá se for discreto. -disse Sirius. Quando todos ficaram em silêncio, com cara de dúvida, ele continuou. - Uma arma. Algo que ele não tinha da última vez.

Houve um silêncio de exaltação entre meninos, todos esperando Sirius falar alguma coisa.

—O que é? - Harry perguntou ansioso.

—Chega! É o suficiente, Sirius. Qualquer coisa que conte a mais para ele é como convidá-lo a entrar na Ordem! - disse a Sra. Weasley.

—Ótimo! Eu quero entrar, quero lutar! -disse Harry.

—Não pode, Harry. Você é muito jovem, a Ordem é só para quem já terminou a escola. - disse Lupin.

Sirius encolheu os ombros e não argumentou. A Sra. Weasley chamou seus filhos e Hermione para a cama. Amy e Harry se olharam, sabiam que ela não os chamaria depois do que Amy falou, mas resolveram ir mesmo assim para não gerar confusões.

Hermione, Gina e Amy tiveram que ir imediatamente para o quarto. Vestiram os seus pijamas e esperaram a Sra. Weasley sair do corredor para poderem conversar em paz.

—Bem, eles não disseram muita coisa que não poderíamos ter adivinhado, não é mesmo? -Hermione disse baixinho. - Só o que contaram foi sobre essa tal arma. O que vocês acham que pode ser?

—Talvez algo que possa matar pessoas em massa? -Gina falou.

—Acho que não. Sirius disse que é algo que ele não tinha da última vez. Ele tem um exército para matar as pessoas, não precisa de uma arma. Além disso, ele precisa de seguidores, não gente morta. -Amy disse.

Hermione ia falar algo, mas ouviram a Sra. Weasley voltar ao corredor e ficaram quietas. Logo caíram no sono.

Eles trabalharam duro na limpeza da casa nos dias seguintes. A única diversão da menina eram os produtos que Fred e Jorge estavam fabricando em segredo da mãe. Amy não sabia da onde eles tinham tirado tanto ouro para comprar os materiais, mas também não perguntou. Apesar do trabalho, estava sendo bem mais divertido ter Harry com eles agora, pois os setes podiam se divertir sem ter que pensar que Harry estava bravo com eles. Apesar de verem várias pessoas entrando e saindo da Ordem a todo momento, a única pessoa que ela tinha contato mesmo era a Sra. Weasley e Sirius, o que deixava sua fonte de informações muito limitada. Sirius parecia realmente magoado por ter que ficar na casa sem participar das coisas e Amy até viu uma pontinha de felicidade quando Harry perguntou se ele poderia morar com o padrinho se fosse mesmo expulso de Hogwarts.

O dia do julgamento de Harry se aproximou realmente rápido. Ele não pareceu nervoso até a noite anterior, quando a Sra. Weasley lhe entregou suas roupas mais formais passadas. Amy não quis comentar nada com o amigo para não deixá-lo mais nervoso. Ela, Harry, Rony e Hermione ficaram jogando um velho e bom poker (demorou bastante, mas Amy conseguiu explicar aos amigos como o jogo trouxa funcionava), o que foi muito divertido, mas tiveram que ir dormir logo pois Harry precisava acordar cedo.

Quando Amy acordou no dia seguinte, Harry e o Sr. Weasley já tinham saído para o ministério. Hermione e a Sra. Weasley pareciam bem tensas no café da manhã. Amy e Rony não estavam tão preocupados, eles sabiam que Dumbledore daria um jeito nas coisa. Ela resolveu ir procurar os gêmeos, o clima na cozinha estava com muita preocupação no ar.

Amy bateu duas vezes na porta antes de Jorge falar para ela entrar. O quarto tinha um forte cheiro de doce, e havia embalagens por todos os lados.

—Posso ficar aqui? Tá todo mundo preocupado demais lá embaixo.

—Claro, Amy. Mi casa és tu casa. -Fred disse abriu os braços.

Amy riu e jogou uma caixa de papelão nele.

—Então… a loja de logros ta indo pra frente, não?  Onde vocês conseguiram ouro pra tudo isso?  

—Não faça essa pergunta, Amélia, e não teremos que mentir pra você. -Jorge disse.

—Sua mãe vai matar vocês.

—Não se estivermos ricos. - disse Fred.

Amy revirou os olhos para eles. Eles passaram o dia todo testando os produtos. Fred e Jorge se revezavam em comer os doces, Amy não comeu nenhum para não arriscar.

—Papai e Harry devem chegar a qualquer hora. -Fred disse depois de algumas horas.

—Espero que sim, quero saber como foi o julgamento. -Amy disse.

—Você não parece preocupada. -Fred disse.

—Não estou, só quero saber como foi, quem estava lá, o que falaram… Adoraria ouvir as desculpas do Cornélio para dois dementadores terem atacado um estudante no subúrbio trouxa. - Amy disse.

—Ou Harry foi expulso de Hogwarts e terá que morar nessa terrível casa com Sirius. -Jorge disse.

—Ele não foi expulso. -Amy disse.

—Ta falando isso porque você não gostaria de morar aqui com eles, Amy? -Jorge disse e deu um sorrisinho.

—O que? -Amy perguntou, não entendendo as palavras do amigo.  

—Ah, você sabe. Onde Harry está, você está também, mais que Rony e Hermione. Parecem até um casal. -Fred disse.

—É, um casal igual vocês e o Lino. -Amy disse erguendo as sobrancelhas.

—Ah, qual é Amy. Já percebemos o jeito que vocês dois se olham! -Fred disse.

—Que jeito?! -Amy elevou a voz confusa. Pensou que era só uma palhaçada dos gêmeos para deixar ela sem graça. - Querem saber, eu não quero ouvir, vocês só falam besteiras.

Jorge deu um sorrisinho e ia falar alguma coisa, mas os três ouviram alguns gritos de felicidade no andar de baixo.

—Eu sabia que você ia conseguir, eu sabia! - dizia Rony na cozinha.

—Chegaram! - disseram os gêmeos começaram a descer as escadas gritando “Ele conseguiu! Ele conseguiu!”.

Amy desceu as escadas correndo também. O pessoal estava todo envolta de Harry, comemorando e parabenizando-o. Amy parou nas escadas e sorriu para o amigo, que sorriu de volta extremamente feliz. Para a surpresa de Amy, o que parecia menos feliz ali era Sirius, que apesar de sorrir, tinha uma expressão estranha nos olhos. Depois que Harry contou com detalhes como foi a audiência para Amy, Rony e Hermione, todos foram dormir felizes e de barriga cheia depois do caprichoso jantar que a Sra. Weasley fez naquela noite.

As cartas de Hogwarts chegaram alguns dias depois, quando Amy estava no quarto com Gina e Hermione. Gina escrevia uma carta para Dino Thomas, mas parou ao ouvir o gritinho de Hermione.

—O que foi? - perguntaram Gina e Amy ao mesmo tempo.

Hermione deu pulinhos de alegria e balançou um distintivo na frente das meninas. Seu rosto era pura empolgação.

—Sou a nova monitora, sou a nova monitora! - ela disse pulando de felicidade.

Gina arrancou o objeto da mão dela e analisou de boca aberta.

—Hermione, parabéns! - Amy disse e abraçou a amiga.

—Aposto que Harry ganhou uma também! - ela disse e as três saíram correndo para o quarto dos meninos.

Mas quando entraram, quem estava com o objeto em mãos e um sorriso no rosto era Rony, e não Harry. Rony ficou vermelho quando Hermione duvidou que a carta fosse mesmo para ele, e não para Harry, e Amy e Gina se olharam com um risinho no rosto. Amy atravessou o quarto em dois pulos e abraçou o amigo, extremamente feliz por ele. Quando a Sra. Weasley ficou sabendo, foi uma festa só, até se apressou para ir ao Beco Diagonal e comprar um presente para Rony. Durante a tarde, quando os ânimos se acalmaram um pouco, Amy estava voltando para o seu quarto quando viu Harry sentado na cama, observando fixamente o chão. Ele estava com a cara meio emburrada, as sobrancelhas juntas, como se tivesse pensando em algo que desaprovasse. Amy se perguntou se ele estaria questionando a escolha de Dumbledore para monitor, afinal, eles sabiam que o diretor confiava muito em Harry. Ela não tinha certeza se o amigo estava pensando aquilo ou não, mas entrou correndo no quarto e pulou na cama dele, puxando ele consigo.

—Ai… Amy! -Harry disse ao tentar se livrar dos braços da menina.

Ele se sentou na cama com uma cara de reprovação mas um pequeno sorriso também, o que fez Amy dar uma risadinha.

—Então, tá aliviado também? -ela perguntou, ainda deitada na cama.  

—Aliviado com o que? - ele perguntou.

—Com a certeza de que não receberemos nenhuma detenção de monitores da Grifinória esse ano. Sabe, Percy quase me pegou uma noite, enquanto eu andava pelo castelo no segundo ano.

—O que você estava fazendo andando de noite pelo castelo?

—Seguindo dois idiotas que estavam indo para a Floresta Proibida. -ela disse.

Harry soltou um risinho com a lembrança e deitou ao lado de Amy. A menina se ajeitou na cama para os dois caberem. Harry colocou um braço atrás da cabeça e encarou o teto.

—Você não parece feliz. - Amy disse após observar o amigo alguns instantes.

—Lógico que estou feliz por Rony. - Harry disse.

—Não me refiro ao Rony… tem alguma coisa te incomodando Harry? Você está bem?

—Algo me incomodando…? Além do fato de Voldemort está de volta e tramando algo que os outros sabem e não querem me contar? -ele disse meio irônico.

—Sim, além disso. -Amy disse, ignorando o tom de voz dele.

Harry respirou fundo e continuou a olhar o teto. Então, levou a mão à cicatriz e fez uma cara de dor.

—Está doendo? -Amy perguntou depressa.

—É bem comum agora que ele voltou. -ele disse seco.

—Você tem tido sonhos de novo? Visões?

—Não com Voldemort, mas uns sonhos estranhos, sim.

—Tipo o que? 

—Tipo um corredor escuro com uma porta estranha no final.

Amy não soube o que falar. Ela sentia que Harry não estava contando algo, que estava com alguma mágoa dentro de si, mas não queria insistir se ele não queria contar. Ela não podia simplesmente falar para ele não se preocupar; ela estava preocupada apesar de todo o sossego que os rodeava na casa de Sirius.

—Eu pensei no que você falou na cozinha aquela noite… sobre Voldemort ir atrás de mim, e só de mim…

—Está com medo? -Amy perguntou antes dele terminar.

—Não, não disso. Mas você falou outra coisa… você, Rony e Hermione sempre estão comigo, e se qualquer coisa acontecer com…

—Harry, para! -  ela disse, apoiou o cotovelo na cama e olhou séria para ele - Primeiro, eu só falei aquilo para mexer com eles e contarem o que estava acontecendo de verdade. Não que seja mentira, mas… nada vai acontecer com nós! Lembra do que Rony disse na torre de astronomia? Desde que fiquemos juntos, vai dar tudo certo! Nós vamos estar juntos e nada vai mudar isso, entendeu?

Harry a encarou de um jeito estranho. Tinha mais do que gratidão naquele olhar, um pouco de admiração e algo que Amy não tinha certeza do que era, mas gostava pois fazia seus olhos brilharem de uma forma encantadora. Amy sentiu seu estômago formigar por um momento ao pensar em estar ali deitada com Harry. Ela sentiu um enorme impulso de se aproximar mais dele, mas apenas se afastou e se sentou na cama quando ouviu passos subirem as escadas.

—Mamãe voltou com as compras e o jantar sai em vinte minutos. -Gina apareceu na porta e disse.

—Obrigada, Gina. - Harry disse e se sentou na cama também.

—Harry, me promete que você não vai esconder as coisas da gente? Promete que não vai deixar as coisas que te machucam guardadas para você? -Amy disse depois que Gina se afastou.

Harry olhou para baixo, mas concordou com a cabeça. Ela deu um leve sorriso e se levantou para descer para a cozinha.

Estavam todos muito animados com os novos monitores da Grifinória. Vários membros da ordem ficaram para o jantar. Amy se sentou ao lado de Rony, que estava empolgadíssimo com sua nova vassoura que a Sra. Weasley deu em comemoração ao novo cargo. Fred e Jorge ficaram conversavam com Mundungo, enquanto a Sra. Weasley estava ocupada pedindo para Moody dar uma olhada na sala de estar no andar de cima para ver se o que tinha dentro da estante era mesmo um bicho papão. Depois, foi Harry que ficou um bom tempinho falando com o ex-auror. Todos conversavam alegremente, até que ouviram um barulho e um choro vindo do andar de cima. Lupin, Sirius, Moody e Amy foram os únicos que pareceram notar o barulho, e subiram apressadamente para o andar de cima.

Quando Amy entrou na sala, A Sra. Weasley estava agachada num canto, chorando e com a varinha em mãos e Harry estava de pé ao lado dela, olhando com agonia para o chão. Amy seguiu seu olhar e levou um susto. Ali, esticada no chão, estava a própria Amy com os olhos abertos e fixos e sangue saindo de sua boca, claramente morta. Então o corpo de Amy se transformou no corpo de Harry, depois no de Rony. Demorou dois agonizantes segundos para Amy entender que aquele era o bicho papão que a Sra. Weasley mencionou. Ela soluçava ao chorar, enquanto Lupin tentava acalmá-la.

Amy se sentiu levemente enjoada enquanto fechava a porta do seu quarto para ir deitar, cinco minutos depois. Há pouco mais de uma hora tinha falado para Harry que tudo ficaria bem, que eles ficariam bem, mas vendo os corpos dos amigos no chão naquela noite, ela já não estava mais tão convicta disso.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam?? Comentem, adoro ler os comentários de vocês, são tão lindus *-*

Até o próximo capítulo!



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