Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 24
Capítulo 10 - A Terceira Tarefa


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer, só sentir.



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CAPÍTULO 10

No dia seguinte Harry recebeu uma carta de Sirius. O padrinho pareceu bravo com a ideia de Amy e Harry andarem sozinhos de noite em Hogwarts por ser muito perigoso considerando as circunstâncias.

—Quem ele pensa que é pra me dar lição sobre andar por Hogwarts? Ele ajudou a fazer o Mapa do Maroto! -Harry disse depois que leu a carta.

—Ele está certo, Harry. Sirius só está preocupado com você. Tem alguém tentando te matar, não é inteligente ficar dando bobeira por aí! -Hermione disse.

Durante as tardes, os quatro ficavam em alguma sala vazia treinando feitiços com Harry. Rony era sempre o estuporado, e Amy e Hermione ajudavam com feitiços de defesa e alguns de ataque, mas no final, sempre ficavam Amy e Harry duelando.

—Não podemos sequestrar a Madame Nor-r-ra? Estou ficando dolorido de tanto cair já. -Rony disse enquanto ele, Harry e Amy iam para a  aula de Adivinhação.

A sala parecia uma sauna, pois o verão já se aproximava e a professora sempre deixava a lareira acesa. A aula estava sendo tão entediante quanto as outras. Amy odiava que Hermione tinha desistido dessa matéria, gostaria de ter a companhia da amiga naquele tédio todo. Ela olhava sem parar para a bola de cristal no centro da mesa. Rony já estava babando em seu sono e Harry parecia que capotaria a qualquer momento. Olhando para a névoa dentro da bola de cristal, Amy recordou do sonho que teve algumas noites atrás… ela balançou a cabeça tentando esquecer a imagem de Bartô Crouch morto em cima dela, ou a imagem de Voldemort e a luz verde…

Estava perdida em pensamentos quando Harry caiu no chão de repente e começou a gritar.

—Harry? -Amy e Rony se levantaram ao mesmo tempo e foram até o amigo.

Ele gritava e apertava a cicatriz na testa. Parecia estar dormindo, tendo um pesadelo.

—Harry? Harry? - ela chamava e sacudia o amigo.

Os alunos e a professora olhavam assustados para ele. Finalmente Harry abriu os olhos apavorado Ele olhou para todos os alunos da sala, depois para Amy e Rony.

—Você está bem? -Rony perguntou horrorizado.

—Só uma dor de cabeça forte. -Harry disse - Preciso ir até a enfermaria.

—O que? Harry…? - Amy tentou perguntar o que estava acontecendo.

Mesmo com os protestos de Sibila, dizendo que sua aula tinha inspirado uma visão em Harry, o menino saiu da sala cambaleando. Amy e Rony se olharam assustados, pois sabia o que ele tinha visto alguma coisa com Voldemort. Relutantes entre ir atrás do amigo e se sentarem na mesa, escolheram esperar a aula acabar para não chamar mais atenção para o caso. Mas assim que foram liberados, Amy e Rony correram para a estátua que dava acesso à sala de Dumbledore, pois sabiam que ele não tinha ido a enfermaria coisa nenhuma.

—O que será que ele viu? - Rony perguntou,

—Não tenho ideia, mas não pode ter sido coisa boa. -Amy disse se sentando no chão para esperar.

—Você acha que ele viu Você Sabe Quem de novo? -Rony perguntou meio horrorizado, se sentando ao lado da amiga.

—Acho. -ela respondeu e se lembrou da conversa com Dumbledore algumas noites atrás.

Hermione apareceu correndo alguns minutos depois, o rosto estampando preocupação.

—Simas me disse o que aconteceu… onde ele está? -perguntou a amiga meio sem fôlego.

—Lá em cima, acho. Deve descer a qualquer… -Amy disse mas parou de falar quando a gárgula se mexeu e Harry apareceu na escada. Ele olhou surpreso para os três parados ali.

—Salão comunal. -ele disse sério e os quatro andaram em silêncio até a torre da Grifinória.

Estava vazio pois as aulas do dia ainda não tinham acabado. Harry e Hermione sentaram no sofá e Rony e Amy no chão.

—O que você viu, Harry? O que Dumbledore falou? -Amy perguntou. A curiosidade e tensão consumiam seu corpo.

—Eu vi Voldemort… ele estava falando que Rabicho teve sorte porque alguém que fugiu estava morto agora, então ele não serviria de comida para Nagini, a cobra dele, mas… eu serviria.  Então ele puniu Rabicho com o Crucio.

Rony e Hermione se encolheram ao ouvir o que o amigo disse. Amy se manteve séria e preocupada.

—O que Dumbledore falou? -ela perguntou.

—Ele disse que talvez não sejam sonhos… que talvez isso o que eu vi esteja realmente acontecendo e eu consigo ver porque… assim como consigo falar com as cobras, consigo ver Voldemort quando ele está com muita raiva. Essa conexão que temos…

—Conexão? -Amy perguntou. Ele nunca tinha falado disso para ela.

—Bem, quando o Avada Kedavra ricocheteou e destruiu o corpo de Voldemort, Dumbledore acha que ele passou alguns poderes para mim, como falar com as cobras e essas visões… Ele disse que talvez Voldemort esteja mesmo se reerguendo em algum lugar do mundo. Que uma série de desaparecimentos estão sendo ignorados pelo ministério, mas que Dumbledore vê uma semelhança com o que aconteceu no passado.

—Desaparecimentos? Você quer dizer de Berta e do Senhor Crouch?  - perguntou Hermione.

—E de um trouxa que habitava o vilarejo dos pais de Voldemort. Além disso, Dumbledore tem uma Penseira. É tipo uma bacia mágica que você pode colocar suas lembranças e assisti-las quantas vezes quiserem. - Harry explicou quando viu a cara de confusão dos amigos. - Eu vi o julgamento de Karkaroff,  do filho do Bartô… e vi o julgamento de Ludo Bagman. Ele foi acusado de ser um comensal da morte.

—Ludo Bagman, um comensal da morte?! -Rony exclamou indignado.

—Deve ser por isso que Winky falou que ele é um homem mau. Bartô deve ter ficado furioso quando foi inocentado, já que ele adorava mandar pessoas para Azkaban. -Amy se lembrou das palavras da elfo.

—Sim. Além disso, descobri que Snape foi realmente um comensal da morte. - Harry disse e as três cabeças se viraram para ele.

—O que? - exclamaram Rony e Hermione.

—O que você descobriu? - Amy perguntou apressada.

—No julgamento de Karkaroff, ele estava entregando nomes ao ministério. Quando citou Snape, Dumbledore o defendeu e falou, que de fato, ele era um comensal mas mudou de lado antes da queda de Voldemort e se colou em grande perigo pelo lado “do bem”.

—Como ele pode confiar no Snape? - Rony perguntou indignado.

As perguntas que Amy mencionou a Dumbledore ressurgiram na mente dela. O que Snape tinha feito para ganhar a confiança de Dumbledore? O que o fez mudar de lado?

Os quatro ficaram discutindo o que Harry ouviu por horas, e o medo só crescia dentro de Amy. Ela já tinha a certeza dentro de si que Voldemort estava ficando mais forte a cada dia, além disso, a terceira tarefa era em poucos dias e era a última chance de quem colocou o nome de Harry no cálice de agir. Talvez, essa era a tarefa que a pessoa tenha planejado agir, já que nada fora do normal aconteceu nas outras duas. Os instintos de Amy diziam que alguma coisa ia acontecer naquela noite, e Amy sempre seguia seus instintos.

 

  

Eles passaram mais tempo treinando feitiços do que estudando para as provas finais que ocorreriam no dia do torneio, e Amy nem ligava. Não queria falar suas suspeitas para Harry, para não preocupá-lo mais, apenas insistiu em treinar feitiços de defesa, principalmente o Expelliarmus. Sirius mandava cartas diariamente agora, aconselhando Harry e falando novos feitiços para treinar.

Numa tarde em que estavam treinando, Amy saiu para ir ao banheiro. Ela andava tranquilamente pelo corredor deserto, muitos alunos estavam estudando para as provas, quando alguém chegou por trás, tapou seus olhos e a puxou gentilmente para trás. Ela reconheceu seu toque e seu cheiro de cara.

—Cedrico! -ela advertiu ele, tirando sua mãos de seus olhos e sorrindo.

—Hey. Estudando para os testes ou ajudando Harry? - ele perguntou.

Amy adorava que ele não se aborrecia com o fato de Harry contar tudo à ela sobre o torneio, ou até mesmo ajudá-lo nas tarefas. Entendia que eram amigos e que seria estranho ela ajudar os dois. Isso só a deixava mais encantada pelo menino.

—Um pouco dos dois, porque? -ela perguntou.

—Não sei, você poderia… fazer um pausa nos estudos e ir à algum lugar comigo, o que acha? - ele perguntou olhando risonho em seus olhos.

—Conheço o lugar perfeito. -ela disse e pegou a mão dele.

 

 

 Fazia tempo que Amy não subia na Torre de Astronomia. Era um lugar que ela adorava ir para pensar e passar um tempo sozinha, e nunca tinha estado com ninguém ali, fora Harry.

—Você vem sempre aqui? É incrível! - Cedrico disse olhando a paisagem do lago e morros que se estendia no horizonte. O sol estava quase se pondo, o que deixava tudo num tom mais lindo.

—Você nunca veio aqui, em todos esses anos de Hogwarts? -ela perguntou descrente.

—Só fazer algumas provas de astronomia, mas sempre de noite. Nunca parei para admirar isso. -ele disse e apontou para o horizonte.

—É o meu lugar preferido do castelo. -ela disse e sorriu.

Cedrico sorriu de volta e se aproximou, segurando sua cintura com carinho e olhando em seus olhos.

—Você é uma garota incrível, Amélia Green. -ele disse.

Amy percebeu um nervosismos nele.

—Está nervoso com a tarefa, não está?

—Não consigo evitar - disse sem jeito.

—Essa tarefa pareceu a mais tranquila até agora. Tenho certeza que vai ficar tudo bem. Você é um bruxo excelente!

—Você parece mais preocupada do que eu.

—Não estou preocupada com você, relaxa. -ela disse e sorriu - Sei que vai se sair bem.

—Está preocupada com o Harry, não é? -ele perguntou gentilmente.

—Alguém colou o nome dele naquele cálice com más intenções, Cedric. Essa é a última chance que a pessoa tem de fazer alguma coisa. -ela disse preocupada, olhando para o horizonte.

—Harry é um bom bruxo também, Amy, principalmente para a idade dele. Vai ficar bem. E se Você Sabe Quem aparecer no meio do labirinto, eu ajudo Harry a acabar com ele. Prometo. -ele disse.

Amy não conseguiu não sorrir e beijá-lo. Um beijo delicado, sensível e de vagar. Ela arrepiava a cada toque da pele dele com a sua, a cada avanço dos seus lábios nos seus, a cada arfada que eles soltavam tentando recuperar um pouco do fôlego. Amy teve que se apoiar na parede para não perder o equilíbrio e Cedrico pressionou seu corpo contra o dela. Quando pararam continuaram abraçados e com os rostos colados.

—Você é incrível, Cedrico Diggory. - Amy disse e voltou a beijá-lo até perder a noção do tempo.

 

 

No dia da terceira tarefa Amy, Rony, Hermione, Jorge, Fred Gina e Neville tomavam café com Harry. Eles conversavam distraidamente, tentando não tocar no assunto Torneio Tribruxo para não deixar Harry mais nervoso do que ele já estava. Hermione e Amy repassavam alguns conteúdos para as provas finais que aconteceria antes da tarefa quando ela viu Cedrico saindo do salão e correu para alcançá-lo.

—Cedrico! - ele parou de andar e sorriu quando viu Amy se aproximar. Eles se abraçaram, um abraço forte e caloroso. - Boa sorte hoje. - ela disse ao se afastar.

—Valeu Amy. Te vejo mais tarde. -ele disse e beijou sua testa.

—Te vejo mais tarde. -ela disse, sorriu e começou a se afastar.

Os amigos, no entanto, saiam do salão também, pois já estava quase na hora dos testes.  

—Boa sorte, Harry. -Hermione disse ao abraçar o amigo.

Ele deu um sorriso agradecido. Amy se adiantou e abraçou o amigo também, com força e demoradamente.

—Boa sorte, Potter. -ela disse e deu um beijo em seu rosto.

—Obrigado, Amy. -ele disse.

As horas de prova pareceram se estender por uma eternidade, mas mesmo não estando muito concentrada, Amy se saiu bem, principalmente em feitiços e defesa contra as artes das trevas. No começo da noite, todos foram para as arquibancadas em frente ao labirinto. Os lugares lotaram rapidamente e gritos de excitação já preenchiam o ar. Os campeões estavam parados na frente da entrada, esperando o início da prova. Apesar de toda agitação e empolgação dos alunos ao seu redor, Amy não se sentia tão entusiasmada. Sentia um leve desconforto no estômago e alguma coisa dentro dela dizia que algo ruim ia acontecer. Ela tentava ignorar essa impressão, mas era quase impossível. Ludo Bagman deu início a prova e Harry e Cedrico foram os primeiros a entrar. Assim que todos os campeões entraram, a torcida acalmou um pouco e Amy se sentou.

—Amy, está se preocupando a toa. Os professores estão cercando o labirinto, vai ficar tudo bem. -Hermione tentou acalmar a amiga ao ver seu nervosismo.

Amy ia responder que estava tudo bem, que estava calma, mas nesse momento, ouviram o grito de Fleur dentro do labirinto e faíscas vermelhas voaram em direção ao céu.

—O que será que aconteceu? - Rony perguntou.

Amy tentou se acalmar, mas logo depois, eles ouviram os gritos de Cedrico e outra chuva de faíscas vermelhas voaram para o céu. Nessa hora, Amy ficou realmente nervosa. Será que Cedrico tinha se machucado? Dumbledore não colocaria nada no labirinto capaz de ferir os campeões, mas e se não fosse algo planejado do Torneio? Alguns minutos depois, Fleur e Krum saíram do labirinto acompanhados por Snape e Minerva. Hermione se levantou preocupada, observando Krum andar pelo gramado. Amy ficou meio confusa. Tinha certeza que o grito foi de Cedrico, então porque foi o Krum que saiu da prova?

A sensação de que tinha algo errado crescia a cada segundo no estômago dela e ela começou a se perguntar se a prova deveria ser tão longa como estava sendo; tinha se passado uma hora desde o início. Então algo aconteceu no gramado, algo que fez o coração de Amy parar.

Karkaroff soltou um breve grito e apertou o antebraço esquerdo. Amy viu Snape fazer a mesma coisa com cara de desconforto e descrença. Ele olhou para Dumbledore e o diretor pareceu muito agitado então.

Amy precisou de dois segundos para entender o que acabara de acontecer. As Marcas Negras dos ex comensais da morte arderam, assim como ardiam quando seu mestre os chamavam no passado. Mais alguns minutos se passaram e Amy tentou não tirar conclusões precipitadas, mas já não conseguia mais manter a calma, não conseguia ficar ali parada esperando algo acontecer.

—Eu já volto.

—Aonde você vai? - Hermione e Rony perguntaram, mas ela não respondeu, apenas desceu as escadas das arquibancadas e foi até o gramado. Quando estava chegando, Karkaroff passou apressado por ela, com uma cara de desespero e quase a derrubou. Amy se aproximou de Dumbledore que estava visivelmente agitado e conversava com Snape que tinha o ar preocupado também.

—Professor! O que está acontecendo? - Amy perguntou ao se aproximar dos dois.

—Volte para as arquibancadas, Green. -Snape disse ao ver a menina ali.

—Duvido que consiga convencê-la a fazer algumas coisa, Severo. -Dumbledore disse olhando para o labirinto.

Nesse momento, Minerva chegou correndo e preocupada.

—Não estão no labirinto, Alvo. -ela disse nervosa.

—O que? - Amy perguntou descrente.

Como Harry e Cedrico não podiam estar no labirinto? Onde estavam, então?  Foi nesse instante que eles ouviram um barulho de algo caindo na grama. Todos olharam na direção e viram Harry e Cedrico caídos. Correram para lá mas Amy parou quando viu a cena mais de perto. Seus olhos estavam abertos e fixos, o rosto sem expressão e o peito não subia e descia nos movimentos da respiração. Ela se negou a acreditar no primeiro momento, mas então vozes começaram a confirmar o que ela tanto queria negar. Um buraco enorme pareceu se abrir no estômago dela e Amy pensou que fosse vomitar. As lágrimas borraram sua visão mas não a impediram de ver a pior cena de sua vida até então.

Cedrico estava morto.


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Notas finais do capítulo

...

O choro é livre gente, vamo se abraça tudo e se consolar... Cedrico está morto, Voldemort está de volta... gente, sério, não sei o que falar sobre isso... to muuito triste com a morte dele :(

PS: olha como eu sou fofa e penso em vocês: ia fazer esse o capítulo final, mas como provavelmente vou ficar algumas semanas sem postar por causa dos trabalhos da faculdade que já estão todos atrasados (kkk choro), dividi esse em dois para vocês terem uma semana a mais de fanfic. Mas calma, vão ser só umas duas ou três semanas, ta tudo certo, não vou abandonar a fanfic.

PS2: obrigada por todos comentários no ultimo capítulo!! Postei ele no meio da semana, pensando que ia ter poucas visualizações, mas a cada dia tinha mais e mais, eu amo vocês!! Obrigada mesmo gente.

Proximo capítulo é o ultimo do livro com recadinhos fofos para vocês!! Até!!



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