Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 22
Capítulo 8 - A Volta do Almofadinhas


Notas iniciais do capítulo

Oioii!! Desculpa a demora, era p postar mais cedo, mais acabei me enrolando com as tarefas aqui!! Espero que gostem!!



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CAPÍTULO 8

—Então dois bruxos do ministério estão revistando a sala de Snape, e vocês ainda acham que ele não colocou o nome de Harry no cálice? -Rony exclamou.

Harry contou o que eles haviam escutado para Hermione e Rony no dia seguinte durante a aula de feitiços. Apesar de concordarem em esquecer o que (quase) aconteceu na noite anterior, Amy e Harry agiam de uma forma estranha um com o outro, de um jeito mais cauteloso e com olhares envergonhados.

—Rony, já achamos que Snape queria matar Harry e no final das contas, ele estava tentando exatamente o oposto! -falou Hermione.

—É, mas o ódio de Snape cresceu durante os últimos anos, ainda mais quando Sirius fugiu. Agora ele pode estar mesmo com raiva e querendo matar Harry. -respondeu ele.

—Rony, Snape pode ser um idiota rancoroso, mas não mataria Harry. Além disso, Dumbledore confia nele. O diretor deu um voto de confiança em Hagrid e Lupin quando todos duvidavam deles. Deve ter um bom motivo para confiar em Snape também. -Amy disse.

—Eu realmente queria saber qual é esse bom motivo. -disse Harry.

No mesmo dia, Harry mandou uma coruja para Sirius contando o ocorrido também e o padrinho tinha pedido que enviasse a data do próximo feriado em Hogsmeade.

Nas duas semanas seguintes, os quatro mergulharam no inferno de descobrir como passar pela tarefa do torneio tribruxo novamente. Em todo o seu tempo livre estavam na biblioteca pesquisando como respirar debaixo da água, mas as horas e os dias se passaram e não acharam nada que ajudasse. Harry começou a ficar realmente nervoso e com uma aparência de doente de tão pouco que dormia. Amy até chegou a considerar perguntar para Cedrico como ele faria na segunda tarefa, mas achou que isso estava fora de questão. Além disso, tentando ajudar Harry, Amy viu Cedrico com menos frequência nas duas semanas que antecederam a tarefa. Apenas na tarde anterior ao grande dia ela conseguiu vê-lo. Ela estava saindo da biblioteca com Hermione quando viu ele sentado numa mesa mais afastada. Amy foi até lá e se sentou ao seu lado.

—Nervoso para amanhã? -ela perguntou.

Ele se assustou um pouco com a presença súbita dela ali, mas logo abriu um largo sorriso encantador e abaixou o livro.

—Estou totalmente relaxado. -ele mentiu.

—Ainda bem que é seu sonho conhecer as profundezas do lago. -ela disse sorrindo.

—É o meu maior sonho! -ele sorriu. -Além disso, prometo que depois de amanhã marco nosso jogo de quadribol.

—Acho bom, cansei de você só me enrolando com medo de perder feio.

Os dois sorriram. Cedrico olhou para os lados, vendo se ninguém os observava e então avançou para um delicado beijo nela. Amy já estava acostumada com os lábios dele nos seus, eram reconfortantes e excitantes ao mesmo tempo. As bocas se separaram, mas os rostos continuaram colados.

—Promete torcer por mim também?

—Boa sorte amanhã, Diggory.

—Valeu, Green.

 

 A pilha de livros quase tapava a visão de uns aos outros. Eram nove horas da noite e os olhos dos quatro estavam vidrados nos livros, procurando a palavra água e respirar em todas as páginas.

—Isso é impossível! Não há nada sobre respirar debaixo d’água em todos os livros em Hogwarts! -Rony exclamou uma hora depois.

—Deve haver um jeito. Eles não colocariam uma tarefa impossível no torneio.  -Hermione disse.

Eles continuaram a procurar exaustivamente, até que Fred entrou no salão e falou que a Professora Minerva estava chamando Hermione e Amy em sua sala. Os quatro se olharam temerosos antes de Hermione e Amy saírem do salão.

—O que pode ser? -Hermione perguntou.

—Não faço idéia. -disse Amy.

Chegaram à porta da Professora e Amy bateu duas vezes.

—Entre! -as meninas entraram cautelosas e fecharam a porta.- Ah, meninas, que bom que vieram rápido. Sinto muito interromper a noite de vocês, isso com certeza não foi minha ideia, mas preciso das duas para a realização da Segunda Tarefa amanhã.

Amy e Hermione se olharam surpresas.

—Como assim, professora? -Hermione perguntou.

—Bem, a prova será no lago da escola. Os campeões terão que mergulhar nele e buscar bens valiosos que foram tirados deles, e nesse caso, esses bens são vocês.  Quero dizer, no caso de Victor Krum e Potter, lógico. Selecionamos Cho Chang e a irmã de Fleur para participarem da prova como reféns dos outros campeões. O Professor Dumbledore tomou todas as providências necessárias para que nenhum participante ou campeão se machuque, é claro. Se vocês aceitarem, tomarão uma poção na enfermaria e dormirão, depois, serão colocadas no lago e acordarão assim que suas cabeças saírem da água. Garanto que é totalmente seguro.

As meninas não pareciam saber o que responder, foram pegas totalmente de surpresa. Hermione deu de ombros, parecendo deixar a decisão para Amy. Ela sorriu torto para a professora e disse:

—É um sonho conhecer as profundezas do lago, mesmo.

 

 Hermione e Amy estavam sentadas na enfermaria e Cho e uma menina loira (provavelmente a irmã de Fleur) estavam algumas camas distantes. Hermione parecia meio nervosa.

—Vai ficar tudo bem. Dumbledore não deixaria nada de ruim acontecer conosco. -disse Amy.

—Eu sei, é só que é bizarro pensar que vamos estar no fundo do lago. Pensa no tanto de criaturas que devem morar lá.

A porta da enfermaria se abriu e Severo Snape entrou segurando uma garrafa de vidro com um líquido preto. Ele olhou indiferente para todas naquele lugar. Chegou perto de Cho e da loira primeiro, empurrou um copo do líquido para cada e em poucos segundos, elas estavam dormindo. Depois foi a vez de Hermione. Ela deu uma olhadinha para Amy antes de beber e ficar sonâmbula. Finalmente, ele foi até Amy e encheu o copo que estava ao seu lado. Amy pegou o copo, sem tirar os olhos do professor, então deu um sorrisinho.

—Gostaria que a poção estivesse envenenada, não é? -ela perguntou.  

—Não tenha tanta certeza que não está, Senhorita Green. - ele respondeu seco, esperando o copo de volta.

—De fato tenho minhas dúvidas.

Snape sorriu sem humor.

—É encantador como você se coloca em perigo pelo Potter. Pedirei à Rita Skeeter que escreva uma fascinante matéria sobre os dois se algo lhe acontecer. -ele disse sarcástico.

—O que fazer quando se tem uma atração pelo perigo? -Amy disse e tomou a poção nojenta, ainda olhando com um sorriso falso para Snape. Ela estendeu o copo para ele, mas continuou segurando quando ele pegou. -Sirius Black mandou lembranças!

Amy só teve um segundo para ver o rosto dele se torcer em fúria antes que tudo desaparecesse.

  

A próxima coisa que tem lembrança é de levantar a cabeça e respirar fundo, depois perceber que estava no meio do lago. Ela olhou em volta. Harry estava ao seu lado, extremamente ofegante e o rosto retorcido de dor, e a menina loira que estava na enfermaria junto com ela lutava para se manter na superfície.

—Meio molhado aqui, não acha? -Amy perguntou para Harry.

Ele não parecia estar para brincadeira. Pediu ajuda com para levar a menina até a margem. Foi então que Amy viu que os outros três campeões já estavam para fora do lago.

—Teve dificuldades em achar a gente, Harry? - Amy perguntou, tentando ser o mais gentil possível para não magoar ele.

—Não… fui o primeiro… a achar vocês… mas… os outros campeões não apareciam...- ele disse extremamente chateado e continuou a nadar.

—Ah,.. por favor, diga que você não - Amy cuspiu um pouco de água - não bancou o herói… tentando salvar todos os reféns… você não acreditou que estávamos mesmos em perigo, não é? Sabe que Dumbledore… nunca nos colocaria num perigo real… não sabe?

—A música dizia… aah, deixa… eu fui burro. -Harry disse chateado. Eles quase alcançavam a margem agora.

Para a surpresa de Amy, alguém entrava na água para ajudá-los. Era Cedrico. Ele correu e nadou até eles, ajudando Amy e Harry com a garota que mal sabia nadar. Ele segurou sua cintura debaixo da água e lançou alguns olhares preocupados para Amy.

—Estou bem. -ela disse ofegante.

Chegaram à margem e Fleur correu para ver como sua irmã estava. Madame Pomfrey correu com dois cobertores e cobriu os dois. Hermione se aproximou preocupada também.

—Harry, o que aconteceu? -Hermione perguntou olhando para ele.

Foi então que Amy percebeu algumas marcas de tentáculos por todo o corpo dele. Harry se sentou exausto no chão.

—Fui atacado. Estou bem.

Amy se ajoelhou ao lado dele e o abraçou. Harry deixou cair sua cabeça na clavícula da amiga, enquanto ainda tentava recuperar o fôlego.

—Nunca mais… suma na noite anterior... de eu arriscar minha vida e quase entrar em colapso tentando me salvar… -Harry disse, a voz abafada no corpo de Amy. Ela sorriu antes de responder.

—Meu herói! Estou muito orgulhosa Harry! -ela disse e depois abaixou o tom de voz. - Como descobriu como respirar debaixo da água?

—Eu conto depois - ele disse, levantou a cabeça e olhou para ela. Amy sorriu e deu um beijo em sua testa, depois se levantou e foi ver se Hermione estava bem.

Quando os juízes começaram a dar as notas, deixaram a de Harry por último, e Amy pensou que era por que sua pontuação seria a menor de todas, mas para a surpresa de todos, ele ficou em segundo lugar, depois de Cedrico.

—Fibra moral?! Fibra moral… viu Harry, você não foi um idiota completo, você teve fibra moral! -Rony disse empolgado para o amigo.

—Vamos, nós vamos congelar de frio se não chegarmos e nos secarmos logo. -Amy disse para os amigos e eles voltaram para o castelo, cercados de grifinórios que comemoravam a posição de Harry na prova.

Quando chegaram ao salão comunal da Grifinória, lógico, estava tendo uma festa. Amy e Hermione foram paradas diversas vezes para contar o que tinha acontecido debaixo d'água.

No dia seguinte, Amy estava indo para o almoço com Rony quando viu Cedrico parado na porta do salão. Ela caminhou até ele e quando o garoto pareceu que ia falar alguma coisa, ela o abraçou sorrindo e deu um beijo em sua bochecha.

—Primeiro lugar! Parabéns, Diggory, você foi melhor do que eu gostaria que tivesse ido.

—Obrigado. Mas Harry que chegou primeiro até os reféns. -ele disse e deu de ombros. -Então… sobre o nosso jogo de quadribol… o que acha de quinta que vem depois da aula?

—Seria perfeito. -ela disse.

—Ótimo. Te vejo no campo, então?

—Combinado. -ela disse, sorriu e saiu para se juntar aos amigos no almoço.

 

 As semanas passaram rápidas apesar de todo o dever de casa, agora que não tinham mais Tarefa do Torneio Tribruxo para se preocuparem. Na manhã de quinta feira, Sirius mandou uma carta pedindo para que o encontrassem no final da estrada de Hogsmeade e que levasse o máximo de comida que conseguissem no sábado, próxima visita ao vilarejo. Apesar do medo de pensar em Sirius estar correndo o risco de ser capturado só para falar pessoalmente com Harry assustava Amy, mas ela sentia uma baita felicidade de poder vê-lo novamente. Depois do fim das aulas, Amy subiu para o quarto e pegou sua vassoura, uma Nimbus 2000. Alguns dias atrás, Amy tinha escrito uma carta para o irmã pedindo que mandasse sua velha vassoura pelo correio, mas para a surpresa dela, Damon mandou um vassoura novinha em folha e uma carta:

Querida Amy,

Como passei seus últimos aniversários fora, achei justo comprar esse presente com meu novo salário (fui promovido no Ministério). Não sei bem o porque você deixou de treinar quadribol, sendo que gostava tanto e era muito boa (não melhor do que eu, claro), então espero que esse presente te inspire à voltar a treinar e, quem sabe, tentar entrar no time da Grifinória.   

Está tudo bem aqui em casa, papai mandou um beijo. Espero que esteja tudo bem aí também e que Harry esteja conseguindo cumprir as tarefas do Torneio sem se machucar muito.

Estou com saudades.

Com amor,

Seu irmão Damon.

Amy pegou o presente e desceu apressada pelos jardins. Chegou antes do combinado para testar a vassoura nova. Ela era de longe mil vezes melhor que a sua antiga e Amy não teve dificuldade em se acostumar à ela. Deu várias voltas nas arquibancadas e voava para elas e então desviava quando estava perto demais para treinar seus reflexos. Ela não queria se gabar, mas era boa mesmo em voar. Pousou quando viu Cedrico se aproximar e ele percebeu a euforia em seu rosto.

—Brinquedo novo. -ela disse e estendeu a vassoura para ele ver.

—Uau! Estou começando a duvidar de mim mesmo, agora. -ele disse sorrindo.

—Só agora?  -ela perguntou. Cedrico revirou os olhos, se aproximou de Amy, a puxou pela cintura e a beijou. Uma corrente elétrica passou pelo corpo de Amy.

Ela já não era mais tímida como no seu primeiro beijo. Afundou as mão no cabelo dele e se beijaram até perderam o fôlego. Amy não sabia muito bem o que era o relacionamento deles, só sabia que gostava do jeitinho que as coisas estavam caminhando.  

Jogaram por quase duas horas inteiras. Cedrico pareceu realmente impressionado com seu jeito de voar, tanto que, ao final de 5 capturas do pomo, ele ganhou por 3x2 por muito pouco. Foi uma das noites mais divertidas do ano para Amy, pois ela realmente gostou de voar na nova vassoura e estar ao lado de Cedrico.

 

 

 A aula mal tinha começado e Severo Snape já estava pegando no pé dos quatro sem motivo algum. Primeiro, ele separou eles, colocando Hermione como par de Pansy Parkinson, deixou Rony sozinho na última mesa da sala e colocou Amy e Harry cada um de um lado da mesa dele.

—Sei muito bem que os dois saíram no Profeta Diário sobre algumas babaquices de Rita Skeeter e talvez isso tenha subido a cabecinha tola de vocês - Snape disse em voz baixa  de repente, sentado na mesa, olhando feio para Amy e Harry- Mas para mim vocês dois são só menininhos mau caráter que se acham a cima dos regulamentos. -Amy e Harry se olharam confusos. Snape estava sendo mais gratuito do que o normal.- Agora, se eu pegar os dois ou algum dos seus amiguinhos invadindo minha sala de novo….

—Não chegamos perto da sua sala -Harry disse apressado e com raiva.

—Não mintam para mim! Araramboia, Guelricho… ambos tirados do meu estoque pessoal e eu sei que foi vocês! Mais um passeio noturno à minha sala e vocês vão me pagar caro!

—Ok, vamos nos lembrar disso quando sentimos um impulso de invadir sua sala. -Amy disse enquanto descascava suas raízes.

—Acho bom que lembrem. -Snape disse seco.

Quando chegou o final do aula  Karkaroff entrou na sala de repente, sem ser convidado. Ele foi até a mesa de Snape, parecia meio agitado.

—Precisamos conversar. É urgente Severo! -ele disse.

Amy e Harry se entreolharam. Amy bateu a mão no seu frasco de bile propositalmente e o conteúdo caiu todo no chão. Ela pegou um pano ao lado da mesa e se abaixou. Harry se abaixou junto e os dois ficaram de ouvidos abertos para a conversa.

—O que é tão urgente? -Snape sibilou.

—Isto! -disse Karkaroff e Amy viu ele erguer a manga esquerda das vestes e mostrar algo na parte interna do braço.

Amy parou de limpar no mesmo instante. Uma corrente pareceu passar por sua espinha. Ela sabia muito bem o que tinha naquela parte do braço de um comensal da morte. Ela desviou os olhos imediatamente e pensou na sua mãe morta por comensais.

—Então? Você deve ter reparado também! -disse Karkaroff muito agitado.

—Cubra isso! -Snape rosnou. Então ele viu Harry e Amy abaixados limpando a bile. -O que os dois estão fazendo?

—Limpando minha bile, professor. -Amy disse, e mostrou o pano com uma cara de nojo.

Amy e Harry terminaram de limpar o mais rápido possível e saíram da sala. Encontraram Hermione e Rony parados lá fora, esperando por eles.

—O que Karkaroff queria? -Hermione logo perguntou.

—Eu não sei direito, ele mostrou algo no braço e disse que Snape devia ter percebido algo também. Você viu o que Karkaroff mostrou, Amy? -Harry perguntou.

—Não. Não, ele estava na frente. -Amy mentiu.

Ela não precisava ter visto, sabia muito bem o que Karkaroff mostrou. A Marca Negra. A marca que todo seguidor de Voldemort carregava no braço esquerdo como símbolo de sua lealdade e que também servia para Voldemort convocar seus seguidores quando bem queria. Amy se lembrou do que o ex comensal tinha dito na noite do baile, que algo estava ficando cada vez mais nítido.

Então era isso que o homem tanto temia. A marca Negra estava ficando mais nítida nos últimos meses (Amy supôs que com a queda de Voldemort, a marca tenha desbotado) e como Sírius tinha falado, Karkaroff não era bem vindo entre os outros seguidores pois entregou um monte deles para o Ministério para livrar o próprio nome.

—Amy? Está ouvindo? - a voz de Hermione chegou até seus ouvidos.

—Oi?  O que? -ela olhou para os amigos.

—Harry e eu vamos pegar a comida do Sírius na cozinha. Harry quer agradecer Dobby pelo guelricho de novo, ainda mais por ter roubado do estoque do Snape. -Hermione disse.

—Claro, nos vemos lá em cima. -Amy disse e ela e Rony subiram .

 

 Saíram de Hogwarts onze horas do dia seguinte. Passaram em algumas lojas no vilarejo mas logo foram para o local do encontro com Sirius. Numa estrada afastada das lojas, um cão preto enorme com um jornal na boca esperava por eles.

—Olá Sirius -Harry disse enquanto o cachorro cheirava alegremente a sacola de comida deles.

Começaram a seguir o cachorro até entrarem numa pequena caverna escondida entre algumas árvores. Quando os quatro entraram nela, já não era mais um cachorro que os esperava, mais um homem alto, magro e com uma aparência péssima, mas com um enorme sorriso no rosto.  Harry correu e deu um enorme abraço no padrinho, depois Amy, Hermione e Rony fizeram o mesmo. Sirius comeu com uma fúria inacreditável. Enquanto comia, Amy deu umas folheadas no jornal e algumas matérias se destacaram, como Bruxa do Ministério continua desaparecida e Misteriosa Doença de Bartô Crouch. Hermione disse que ele só estava recebendo o que merecia por ter despedido Winky depois do que aconteceu na Copa de Quadribol. Depois Harry contou todo o episódio ao padrinho, desde ele ter mandado a elfo até o camarote de honra e não ter aparecido e depois de despedir a criatura sem misericórdia quando ela foi associada com a Marca Negra.

—Você conhece ele, Sirius? -Amy perguntou.

—Ah, eu conheço Crouch muito bem. Foi ele que deu minha sentença sem julgamento para Azkaban. -disse Sirius.

—O que? -exclamaram os quatro ao mesmo tempo.

—Bem quando as coisas estavam ficando realmente feias com os Comensais da Morte, Bartô era chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, e permitiu coisas mais ousadas para os aurores, como matar e os suspeitos irem direto para Azkaban. Se tornou tão impiedoso e cruel quanto alguns bruxos do lado das trevas. Era o preferido para se tornar o próximo ministro da magia quando seu único filho foi apanhado com Comensais da Morte.  

—O que? Ele conseguiu livrar o filho? -Harry perguntou.

—Ele não tinha esse interesse. Tudo o que atrapalhava sua subida no Ministério tinha que ser cortado. O máximo que Bartô fez foi dar um julgamento para o filho, depois entregou o menino direto para os dementadores, não tinha nem vinte anos, eu acho. Vi ele chegar na prisão, começou a gritar pela mãe na mesma noite. Morreu pouco depois de um ano lá.

—Morreu? -Hermione levou as mãos à boca, horrorizada.

—Sim. Bartô e a mulher receberam permissão para visitá-lo no leito de morte. Foi a última vez que o vi, carregava a mulher ao passar pela minha cela. Parece que ela também morreu pouco tempo depois.

—Isso é horrível. -Rony disse.

—Moody disse que agora ele é viciado em tentar capturar bruxos das trevas. -Harry disse.

—Ele estava na sala do Snape esses dias. - Rony disse, tentando acusar o professor de algo.

—Já te disse, Rony, Crouch é tão suspeito nessa história quanto Snape. Se ele quer andar por Hogwarts, por que não veio para as tarefas do torneio, seria uma desculpa perfeita. Por que andar pelo castelo quando a notícia de que ele está tão doente que não aparece há semanas no Ministério? -Amy disse.

—Amy tem razão. Se Bartô faltou no trabalho por doença eu como o Bicuço.

—Não acredito que estão defendendo Snape. -Rony disse.

—Não estamos, Rony. É só que, se Snape quisesse Harry morto, isso já teria acontecido no primeiro ano. Além disso, Dumbledore confia nele… -Hermione começou a falar mas Rony a interrompeu.

—Ah, corta essa. Dumbledore é um gênio e tal, mas isso não significa que um bruxo das trevas não possa enganá-lo…

—O que você acha, Sirius? Você conheceu Snape melhor do que a gente. -Harry disse em voz alta para calar Hermione e Rony.

—Acho que os dois tem certas razões… tenho pensando o que fez Dumbledore contratar Snape, mas não consigo pensar em nada. Snape sempre foi fascinado pelas artes das trevas, andava com bruxos que viraram comensais da morte… conhecia mais feitiços quando chegou em Hogwarts do que alunos do sétimo ano. Mas até onde sei, Snape nunca foi acusado de ser comensal da morte, mas não que isso signifique muita coisa também.

—Snape conhece muito bem Karkaroff, até se chamam pelo nome de batismo. Ontem ele apareceu na aula de poções, estava estranho, meio agitado. -disse Harry.

—O que ele queria com Snape? -Sirius perguntou.

—Ele estava preocupado com…-Amy olhou para Sirius, um olhar cheio de significados e cauteloso.-  algo no antebraço esquerdo.

Sirius assumiu uma postura mais reta e preocupada. Ele e Amy olharam para os outros três, vendo se eles entendiam o que era aquilo no antebraço, mas nenhum deles pareceu saber. Hermione e Harry nasceram no mundo trouxa e era totalmente cabível eles não saberem de detalhes sobre o círculo de seguidores de Voldemort. Não estava em muitos livros didáticos que Hermione poderia ler. E Amy duvidava que Molly gostasse do assunto Comensais da Morte e como Identificá-los na Toca. Amy mesmo não saberia se Damon não tivesse falado para ela quando contou um pouco sobre as pessoas que mataram sua mãe.

—Isso é suspeito para o lado do Snape… Mas o que me preocupa é Crouch. Ele está mesmo doente? E se não está, o que anda tramando?  O que estava fazendo de tão importante na Copa Mundial que não apareceu no camarote? E o que está fazendo enquanto deveria estar julgando o torneio? -disse Sirius, olhando sério para a parede da caverna. Então ele coçou os olhos e balançou a cabeça meio cansado. -Que horas são? Deveriam voltar logo para Hogwarts.

Os quatro começaram a arrumar as poucas coisas que levaram e se despedir de Sirius. Amy esperou os outros três falarem tchau para abraçar ele.

—É uma menina muito esperta e corajosa, Amy. Se souber de qualquer coisa, me mande uma carta. E não deixe se enlouquecer com perguntas e preocupações, ok? - Sirius disse baixinho para ela.

Amy sorriu e assentiu com a cabeça. Os quatro voltaram conversando para Hogwarts e só foram atrapalhadas por Malfoy um momento. Mas antes que o menino começasse a encher o saco, Amy fez um movimento com a varinha e ele e os dois amigos imbecis caíram de bunda no chão, como se tivesse levado uma rasteira. Hermione, Amy e Harry riram pra caramba, mas Amy estava muito pensativa para se rir com eles.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, obrigada aos comentários, pessoas que começaram a seguir e favoritaram!! A fanfic teve um numero meio inesperado de acessos para uma quarta feira para mim, EU AMO VOCÊS!!

Espero que estejam gostando, e escolham seus com quem Amy deve ficar!! kkkkk

Um beijo, até o próximo capítulo.



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