Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 21
Capítulo 7 - O Banheiro dos Monitores


Notas iniciais do capítulo

Ai meu Deus, como foi difícil escrever esse capítulo, lá embaixo explico o por que!!

Espero que gostem!!



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CAPÍTULO 7

A noite do baile foi o assunto mais comentado nos dias seguintes, sem dúvida. Depois que Hermione se acalmou da briga com Rony, Amy contou o que tinha acontecido entre ela e Cedrico, e, para a surpresa de Amy, ela descobriu que Hermione e Krum tinham se beijado também.

Amy e Cedrico, agora mais do que nunca, sempre trocavam olhares e sorrisos nos corredores, com certa discrição; não queriam, que houvesse fofocas de que os dois estavam juntos, sem falar que Amy teria que aturar a raiva do fã clube dele. Certa noite, depois do jantar, ela até deu uma desculpa para os amigos e foi passar um tempo com ele em algum corredor aleatório do castelo. Amy ficou agradecida por ele não comentar nada sobre o torneio ou pedir ajuda com a tarefas, ou até então perguntar como Harry estava indo com a segunda tarefa. As conversas dos dois eram sempre agradáveis, com lembranças da infância e Cedrico contando algumas aventuras dele e os amigos em Hogwarts, mas foi Amy que o surpreendeu ao contar suas histórias do segunda ano, de como entrou na Câmara Secreta e na Floresta Proibida com Rony e Harry, ocultando algumas partes, lógico. De tanto Amy insistir, Cedrico até acabou passando a senha do banheiro dos monitores para ela.

O que mais preocupava Amy naquelas semanas não eram as montanhas de deveres de casa para fazer, mas Harry não ter ideia do que fazer com o ovo de ouro. Amy sabia que ele não tinha aceitado a dica de Cedrico (não sabia o porque) e que não fazia idéia de como proceder para se preparar para a segunda tarefa.

—Porque ele está tão teimoso e não tenta o que Cedrico disse, sobre o banho? -Amy perguntou à Rony num certo final de tarde, quando estavam no salão comunal estudando e Harry encarava o ovo sentado no sofá.

—Amy, pra algumas coisas você é genial mas para outras você é totalmente cega, não é mesmo? -Rony disse, erguendo as sobrancelhas para a amiga.

—Como é que é?- Amy recuou um pouco e olhou para Rony.

Rony riu e Amy balançou a cabeça indignada com o tom de voz dele. Nessa hora, Hermione se juntou à eles nos estudos. Depois da briga na noite do baile, os dois decidiram que seria melhor agir como se nada tivesse acontecido e estavam se tratando até de um jeito formal demais. As horas de estudos se prolongaram até tarde da noite. Hermione e Harry já tinham ido dormir e Rony babava sonâmbulo tentando terminar a tarefa de Transfiguração. Amy mandou o amigo dormir e depois que ele se foi, ela percebeu que estava cansada demais para continuar a estudar, mas não sentia vontade de já ir para a cama. Cogitou ir tomar um outro banho, mas a preguiça foi maior… a não ser….

Amy tirou o rosto dos livros e olhou para o relógio pendurado no salão. Eram 22:13. Não estava tão tarde assim, era o último momento que os alunos tinham para voltar para os dormitórios.

Amy reuniu seu material de estudo e levou até o dormitório, depois desceu de novo e por sorte, alguns meninos do sexto ano entravam no salão. Amy aproveitou a deixa e saiu pelo buraco do retrato. Ela queria tomar banho no banheiro dos monitores, ela iria tomar banho no banheiro dos monitores.

 

 Não era a primeira vez que Amy saia escondida e sozinha do salão comunal tarde da noite para andar pelo castelo. Amy nunca tinha sido pega e também não tinha medo que isso ocorresse. E se acontecesse, sabia que não seria expulsa de Hogwarts por andar tarde da noite, então realmente não se preocupava muito.

E dessa vez, realmente não foi difícil. Amy andou silenciosamente pelos corredores, olhos e ouvidos atentos à tudo e, por sorte, não esbarrou em nenhum professor. Chegou em frente à porta do banheiro, verificou se ninguém estava vindo, sussurrou a senha (frescor de pinheiro) e entrou.

Por um instante ela achou que tinha entrado no lugar errado, talvez uma sala de lazer secreta dos professores, pois o banheiro era gigante, com paredes de pedra que quase não dava para enxergar seu teto, armários de toalhas e roupões que ocupavam uma parede inteira, fora uma banheira que parecia mais uma piscina, com diversas torneiras de ouro do lado direito. Uns quatro metros do chão, um vitral com uma sereia morena coloria o espaço. Valeria a pena ser monitor só para usar esse banheiro, ela pensou. Amy caminhou até as torneiras e abriu todas, despejando muitos sais de banho até formar uma grossa camada de espumas na banheira. Se despiu inteira e entrou devagar na água morna.

Sem dúvida alguma, era o banho mais deliciosa de sua vida. A banheira era tão grande e funda que ela não conseguia alcançar o fundo com os pés, mas conseguiu dar algumas braçadas ao nadar. Ela estava ali há uns dez minutos e tirou a parte de cima do corpo da água para ligar mais algumas torneiras, quando ouviu a porta do banheiro se abrir.

Amy olhou assustada, tampando os seios com os braços. De primeira não viu ninguém, mas estão um movimento estranho no ar e a Capa de Invisibilidade escorreu do corpo de Harry e ele olhou chocado para ela.

—Amy? -ele disse, depois viu que Amy estava se tampando e desviou o olhar envergonhado.

Amy entrou na água de novo, o rosto vermelho de vergonha.

—Harry? O que faz aqui?- ela perguntou rápido, trazendo algumas espumas para perto.

—Ah… Cedrico disse que eu poderia usar aqui para… abrir o ovo. Sinto muito Amy, não vi no Mapa do Maroto que já tinha alguém aqui.

—Ah… tudo bem Harry, eu só preciso… ah… você poderia se virar, por favor? -Amy falou.

Harry virou de costas e Amy se ergueu rapidamente para apanhar suas partes íntimas. Entrou na água de novo e colocou a calcinha e o sutiã.

—Pronto. Pode se virar. -ela disse.

Harry se virou hesitante. Pareceu olhar para todos os cantos do banheiro, menos para ela.

—Você trouxe alguma roupa de banho? -Amy perguntou.

—Eu… estou de samba canção.

—Ah. Você prefere que eu vá embora? -Amy perguntou.

Ela não via nada demais nos dois com trajes de banho (ou quase, no caso de Amy), na banheira, descobrindo a pista para a próxima tarefa. Ela estava realmente curiosa em saber o que aquele ovo revelaria, só restava saber se Harry se sentiria confortável com a situação.

—Você… pode ficar, é claro, Amy. Só que ninguém pode saber que tive ajuda com o ovo.

Amy deu de ombros.

—Eu é que não vou contar.

Harry sorriu e começou a tirar o pijama, ficando apenas de samba canção. Amy nadou até a outra beira da banheira e apanhou o ovo enquanto Harry entrava na água, depois devolveu o ovo ao amigo.

—Está pronto? -ela perguntou.

—Vamos lá! -Harry disse e abriu o ovo.

O grito agourento que ouviram no dia da primeira prova ecoou pelo banheiro.

—Argh -Amy protestou, não querendo ouvir aquele som de novo e abaixou o ovo na água para abafar o grito.

Mas quando o ovo ficou submerso, o som que parecia vir dele não era um grito, mas uma melodia calma e gorgolejante. Os dois se entreolharam, um sorriso se formou no rosto de Amy. Eles respiraram fundo e mergulharam na banheira. Um coro de vozes ecoavam em seus ouvidos:

Procure onde nossas vozes parecem estar,

Não podemos cantar na superfície,

E, enquanto procura, pense bem:

Levamos o que lhe fará muita falta,

Uma hora inteira você deverá buscar,

Para procurar o que lhe tiramos,

Mas passada a hora, adeus esperança de  achar.

Tarde demais, foi-se, ele jamais voltará.

 Submersos, os dois se olharam cheios de dúvidas. Emergiram na superfície, tirando os cabelos dos olhos, e se encararam.

—Eu… preciso procurar algo que vai ser tirado de mim, achando as vozes que não cantam na superfície…? O que poderia ser? -Harry perguntou.

—Bem está óbvio, não está?

—Não, não está…

—Harry, nós tivemos que ficar debaixo da água para ouvir a mensagem… “não podemos cantar na superfície”... acho que mais coisas moram no lago além da lula gigante. -Amy disse e olhou para o janela colorida.

Harry seguiu seu olhar e viu a imagem da sereia no vital, que penteava os cabelos e dava risinhos.

—Sereias… tem sereias no lago, acho que Hermione me disse isso uma vez. Então, vou ter que achar as sereias para depois achar o que roubaram de mim.... AMY! -ele exclamou de repente.

—O que?

—As vozes disseram durante uma hora deve buscar! Como vou ficar sem respirar durante uma hora? -ele disse meio desesperado.

—Bem, acho que aí está sua próxima tarefa: descobrir como ficar submerso uma hora e não morrer.

—Bem , eu não tenho muito tempo pra isso. -ele disse infeliz.

—Você devia ter seguido a dica de Cedrico, antes, Harry! Porque demorou tanto?

Harry pareceu desconfortável com a pergunta e fez uma careta. Então, Amy se lembrou do que Rony tinha dito mais cedo, dela ser cega para notar algumas coisas.

—Harry, você não está com ciúmes de mim e do Cedrico, está?

Harry olhou desconfortável para ela. Ele não sabia que ela tinha beijado Cedrico e que os dois conversavam mais do que aparentava, mas o amigo tinha visto os dois dançarem no baile e viu que estavam mais próximos depois daquela noite. Era bem possível Harry estar com ciúmes da amiga por andar com outro campeão, pelo menos assim ela pensou.

—Não, Amy, não estou com ciúmes, é só...eu vi vocês dois dançando no baile e… eu ia te chamar pra ir ao baile comigo. -ele admitiu com um pouco de esforço.

Amy sentiu um calor no estômago e deu um sorrisinho.

—Por que não me convidou?

—Por que achei que você ia com Cedrico, mas quando tomei coragem, você já ia com o Ron.

—Bem… eu fiz uma bagunça e tanto falando que ia ao baile com o Rony, mas é óbvio que eu iria com você se tivesse me pedido, Potter, mesmo com Cedrico me convidando.

—Mesmo?

—Lógico! Você é meu amigo, não te deixaria na mão… apesar de ter deixado, mais ou menos.

—Eu me senti muito abandonado, você é uma péssima amiga. -Harry disse acusatório

Amy cerrou os olhos e começou a jogar água e espuma nele. Harry tentou se proteger com as mãos, mas Amy começou a jogar mais e mais água.

—Péssima amiga?! Você. Nunca. Teve. Amiga. Mais. Legal. Que. Eu! -Amy disse ainda jogando água e rindo.

Então Harry segurou seus pulsos e ela teve que lutar para se soltar, e ele não era nada fraco. Os dois começaram a rir e a medir forças e, sem perceberem, acabaram próximos demais. Pararam de rir, apenas sorriam um para o outro. Estavam tão próximos que suas respirações se misturavam no curto espaço entre eles, então Amy percebeu algo diferente em Harry, um olhar diferente para ela, mais intenso, com um pouco de curiosidade, o que só deixava o verde de seus olhos mais atraentes.

Harry soltou seus pulsos e levou uma mão a sua cintura. Uma corrente elétrica pareceu percorrer o corpo de Amy e algo mudou nela. Por um milésimo de segundo, Amy não pensou nos dois ali como melhores amigos se provocando, ela só pensou como era bom o contato da mão dele sobre sua pele, como era reconfortante e atraente o seu cheiro, e como era intenso o seu olhar. Então ela se viu se perguntando como seria o beijo de Harry. E Harry parecia estar pensando a mesma coisa que ela, pois intercalava o olhar entre seus olhos e sua boca. Ele a puxou para mais perto, seus corpos se tocando e se sustentando na banheira funda.

—Ora, ora, os dois não deviam estar aqui. -disse uma voz derrepente.

Do nada, Amy e Harry estavam a dois metros de distância um do outro, os rostos novamente corados de vergonha. Amy olhou para cima, da onde tinha vindo a voz. Murta que Geme estava flutuando perto da janela, o olhar era uma mistura de travessura e maldade.

—Vocês sequer são monitores para usar esse banheiro. -disse a fantasma.

—Que bom que ninguém ficará sabendo, não é Murta? -Amy disse desafiadora para ela, enquanto nadava para a outra margem da banheira. -De qualquer forma, já estávamos saindo.  

—Mesmo? Me pareceu que vocês estavam apenas começando algo! -Murta disse e deu uma risadinha.

Amy quis atirar alguma coisa nela, mas sabia que não machucaria a fantasma. Amy se virou para Harry, que estava parado no mesmo lugar, o rosto expressando várias emoções ao mesmo tempo: vergonha, raiva, confusão.

—Pode se virar?-Amy perguntou para ele.

—Claro - Harry disse e virou de costas.

Amy saiu da banheira e apanhou suas roupas no chão, vestindo em cima das partes molhadas mesmo. Trocaria de roupa quando chegasse no quarto. Depois, Harry saiu e se vestiu. Apanharam o ovo e, antes de Harry jogar a capa de invisibilidade por cima deles, Amy lançou um olhar mortal para Murta, que sorria ao ver os dois encabulados. Não falaram nada no caminho da volta, estavam envergonhados demais para isso. Até evitaram se tocar durante o caminho. Harry checava no Mapa do Maroto se não tinha ninguém se aproximando, quando parou de repente e olhou confuso para o pergaminho.

—O que foi? -Amy sussurrou, olhando para o mapa.

Harry apontou para um par de pézinhos  que carregava o nome Bartô Crouch na sala de Snape. Estranhamente, Snape não estava na sala, Crouch estava sozinho.

—Percy falou que ele estava doente demais para ir trabalhar. O que ele faz em Hogwarts, sozinho na sala do Snape, sendo que a segunda tarefa está longe de acontecer?

—Vamos checar! -Amy disse empolgada e curiosa e os dois começaram a andar. Mas ao virarem o corredor, deram de cara com Argo Filch e sua gata.

Os dois pararam imediatamente e olharam para a gata que virou os olhinhos para eles e começou a andar em sua direção. Por sorte, estavam perto da escada que ia para o salão da Grifinória, e começaram a subir rapidamente.

—Filch! -a voz de Snape gritou do nada.

Isso assustou tantos eles que Amy esqueceu de pular o degrau que prendia o pé quando pisava nele e acabou presa. Harry teve que parar e voltar rapidamente para que ela não saísse da proteção da capa. Amy tentou puxar o pé, mas parou quando Snape apareceu no seu campo de visão. Os dois ficaram imóveis.

—Não viu ninguém pelos corredores, viu? -Snape perguntou, seco como sempre.

—Não professor, porque? -perguntou Filch com sua voz rouca e cansada.

—Alguém invadiu minha sala, e não foi a primeira vez. Andam roubando do meu estoque particular. Se vir alguém andando pelos corredores, quero ser o primeiro a saber, entendeu? Já basta o Olho Tonto revistando meu escritório sempre que ele quer. -disse Snape.

—Claro, claro, professor.

O som dos passos de Snape foram ficando cada vez mais baixos, até que finalmente sumiu e só então os dois trabalharam para tirar o pé da menina do degrau. Amy saiu de baixo da capa rapidamente para falar a senha e os dois entraram no salão comunal. A sala estava vazia.

—O que Bartô estava fazendo na sala do Snape? Com certeza não foi ele que roubou os ingredientes. -Amy disse.

—Como você sabe? - Harry perguntou.

—Ele é um funcionário importante no Ministério, Harry, não precisa invadir salas de professores para conseguir o que quer. Mandaria Percy fazer isso, no mínimo.

—Você está certa. Mas porque ele estaria na sala do Snape?

Amy deu de ombros, não sabendo responder. Harry colocou o ovo em cima da mesa e olhou para Amy.

—É… sobre aquilo que aconteceu na banheira… ou quase aconteceu. -ele disse.

Amy respirou fundo. Não esperava que ele tocasse no assunto, foi confuso e surpreso demais.

—A gente pode esquecer que ele existiu. -Amy falou antes que pudesse pensar direito.

Harry olhou meio estranho para ela, depois sorriu e pegou o ovo de novo.

—Era isso que eu ia falar… exatamente isso. Boa noite, Amy. -ele passou por ela e subiu para o dormitório.

—Boa noite. -Amy disse para ninguém.

 


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Notas finais do capítulo

AI MEU DEUS, O QUANTO QUE EU TIVE QUE ME SEGURAR PRA ESSES DOIS NAO FAZEREM COISAS ERRADAS NA BANHEIRA.

Mas calma que tudo tem seu tempo, não é mesmo!! E ela achando que ele estava com ciúmes porque Cedrico é um campeão... poor girl.


Bem, essa é a Amy. Quando não tem basiliscos e fugitivos de azkaban para procurar, ela gosta de sair pelos corredores e tomar um banho em lugares proibidos.

O que acharam gente?? Capitulo rapidinho só pra apimentar as coias entre os dois.
Espero que tenham gostado, comentem!!

Beijo no coração, até o próximo capítulo (juro que estou me programando para posta-lo no domingo de manhã. tomara que a vida me ajude!)

PS: Obrigado a todos que começaram a seguir a fanfic, comentaram e marcaram como favorita!! Fico muito feliz e inspirada para escrever, vocês são demais!!



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