Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 19
Capítulo 5 - O Par para o Baile de Inverno


Notas iniciais do capítulo

Oiee, eu seu que demorei, desculpa eu, mas ta aqui, um capítulo novinho e grandinho com Amy fazendo varias confusões na sua cabeça.

Aproveitem!!



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CAPÍTULO 5

Amy foi até Rony e examinou sua testa. Só estava um pouco avermelhada, mas o que realmente preocupava a garota era a raiva que o amigo estava sentindo.

—Eu não acredito que ele…- Rony começou a falar, mas Amy o interrompeu.

—Pode parar, Rony. Harry tem motivos para estar estressado, mas você não!

—Eu não?!

—Não! Por que você sabe muito bem que ele não colocou o nome naquele cálice. Só está com ciúmes… e não faça essa cara para mim! Vocês dois estão parecendo duas criancinhas orgulhosas!

—Você também só defende ele!

—Eu já disse, Ron, não se trata de escolher lados. É só que Harry vai enlouquecer com o que vai enfrentar na primeira tarefa, qualquer um enlouqueceria, e vai ser ainda pior se não tiver os amigos ao lado.

—O que…? Você sabe qual será a primeira tarefa?

—Sei. E não vou contar, então não adianta perguntar. Se quer saber, eu vou dormir. E você e Harry, tratem de fazerem as pazes!

Amy subiu para o quarto estressada e foi dormir.

 

Hermione e Amy passaram os próximos dias tentando descobrir um jeito de Harry passar pelo dragão, mas não chegaram a nenhum resultado. A Força Tarefa Passar Pelo Dragão (Amy os chamou assim)  ocupou a mente da garota que ela sequer pensou no que Sirius tinha dito quando conversaram. Na manhã de segunda feira, um dia antes da primeira tarefa, Amy e Hermione estavam na estufa e Harry correu sem fôlego até elas.

—Gente… preciso da ajuda de vocês. Falei com Moody e… preciso saber fazer o feitiço convocatório até amanhã.

—O que? Qual o seu plano, Harry? -Hermione perguntou.

—Firebolt. Eu vou usar a Firebolt.

 

Passaram o resto da tarde numa sala de aula vazia treinando o feitiço convocatório.  

—Concentre-se, Harry! -Amy e Hermione falavam para ele.

No final da tarde, Harry executava o feitiço muito bem com pequenos objetos. Restava saber se funcionaria com um objeto muito longe.

 

Naquela noite, Amy se revirava na cama de ansiedade e preocupação. Não aguentando mais ficar deitada, decidiu descer para o Salão Comunal e não se surpreendeu ao ver Harry sentado no sofá, olhando as chamas. Talvez quisesse que o padrinho aparecesse ali de novo, para poderem conversar.

—Hey! -Amy chamou e foi em direção ao sofá. Harry olhou para trás surpreso, mas abriu um sorriso nervoso ao ver que era Amy.

—Eu estava aqui pensando que minha única opção de sair vivo desse torneio… é fugindo de Hogwarts. O que você acha?

—Posso te dar cobertura se quiser.

Os dois riram, tentando esconder o nervosismo e ansiedade.

—Você fugiria comigo? -Harry perguntou encarando Amy.

Amy juntou as sobrancelhas, numa cara de desaprovação.

—E deixar o conforto de Hogwarts. Desculpe Harry, mas não somos tão amigos assim. Olha essa lareira, nenhuma fogueira na floresta se compararia à ela. Além disso, como seriam minhas semanas sem as aulas de poções!?  

—Você é muito desleal. -Harry disse sorrindo.

Amy riu e olhou para Harry.

—É claro que você vai dar conta das tarefas. Você é um bruxo brilhante, e já passou por muita coisa perigosa. Vai se sair bem.

—Então… você está torcendo por mim ou pelo Diggory?

Amy corou levemente ao ouvir o nome do rapaz, e Harry percebeu isso.

—Você gosta dele? -ele perguntou, meio sério.

Por algum motivo, a idéia de Harry pensar que ela gostava de um garoto era ruim.

—Não! Harry, mesmo, não! Não gosto. É só que… ele é muito gentil comigo. - ela falou, e cada palavra era verdade.

—Eu sou gentil com você!

Amy olhou confusa para ele. Harry pareceu se arrepender do que falou.

—O que isso quer dizer?

—Nada… só que… muita gente é gentil em Hogwarts. -ele disse meio incerto.

—É, acho que sim… -Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos.- Devia tentar dormir, não pode estar cansado amanhã.

—Duvido muito que eu consiga. Mas já que você está aqui…

Harry se arrumou no sofá para deitar e colocar a cabeça nas pernas de Amy. Depois pegou a mão dela e levou até seus cabelos, pedindo carinho.

—Você é muito boa nisso. -ele disse sorrindo.

—Folgado. -Amy falou e acariciou os cabelos do amigos.

Ela adorava a sensação dos cabelos macios e volumosos dele entre seus dedos. Com o tempo, a respiração dele ficou mais estável e constante, indicando que finalmente dormiu. Amy acabou dormindo também, e só acordou um pouco antes do sol raiar. Falou para Harry voltar para o dormitório dele, e o amigo foi meio sonâmbulo até as escadas. Ela deu graças à Deus quando deitou na sua cama macia e confortável, aquele sofá estava deixando-a com dores.

 

Amy acordou atrasada para o café na manhã seguinte. Saiu correndo para o salão principal, mas quando chegou lá, a Professora Minerva se retirava com Harry para a primeira tarefa, e ambos estavam visivelmente nervosos. Amy entrou no salão e avistou Hermione, que parecia tão nervosa quanto ela. Rony, Gina, Fred e Jorge se juntaram às duas para assistirem a primeira tarefa. Ninguém mais parecia tão nervosos como Amy e Hermione, talvez pelo fato delas já saberem o que os campeões iam enfrentar.

Eles se acomodaram nas arquibancadas, Fred e Jorge fazendo apostas nos campeões. Quando o dragão entrou na arena, todos soltaram gritos de medo e empolgação. Rony parecia não acreditar no que via.

—Isso… isso é sério? Harry vai ter que passar por um dragão? -ele disse em pânico.

Amy e Hermione não responderam, apenas olharam apreensivas Krum entrar na arena e a prova começou. Depois de Krum, foi a Fleur, Cedrico (Amy não conseguiu evitar agarrar com força o braço de Rony quando o plano de Diggory quase deu errado), e por fim, Harry. Assim que entrou e encarou o enorme dragão, ele fez o feitiço convocatório e esperou. Amy e Hermione olharam para o céu, rezando para a vassoura aparecer, quando a Firebolt entrou em alta velocidade na arena e Harry montou nela e voou extremamente bem, distraindo o dragão da ninhada de ovos, sendo o mais rápido em terminar a prova. Os alunos da grifinória enlouqueceram, gritando e apoiando Harry.

Amy, Hermione e Rony disparam para a barraca de primeiro socorros e encontraram o amigo sentado numa cama. Ele já não estava mais nervoso como antes, parecia bem mais aliviado e empolgado com o resultado. Assim que viu os amigos se levantou e correu para abraçar Amy, depois Hermione mas parou quando viu Rony.

—Harry… quem quer que tenha posto seu nome naquele cálice… a pessoa quer te ver morto! -Rony disse muito sério.

—Entendeu, não foi? Demorou um pouco. -Harry disse com frieza.

—Harry, eu…

—Tudo bem, Rony. Esquece isso. -Harry disse e deu um abraço no amigo.

Hermione chorava ao ver os amigos fazendo as pazes, e Amy riu da bobagem dela. Os quatro saíram para verem as notas de Harry. Ao final da contagem, ele e Krum estavam empatados em primeiro lugar.

Quando voltaram da prova, Harry mandou uma carta para Sirius descrevendo a tarefa e contou para Rony e Hermione o que o padrinho tinha dito sobre Karkaroff, os quatro subiram para a Torre da Grifinória, onde estava acontecendo uma grande festa.

Pelo visto, Fred e Jorge tinham conseguido comida na cozinha de Hogwarts pois as mesas estavam fartas de guloseimas, doces e salgados. Todos comiam e cumprimentavam Harry pelo sucesso. Hermione, Rony e Amy conversavam empolgados sobre os dragões e a prova, aliviados de agora tudo estar bem e Rony voltar a conversar normalmente com Harry, quando os gêmeos Wesleys levantaram Harry em seus ombros e pediram para que abrissem o ovo.

—Anda Harry, qual é a pista? -Simas gritou empolgado.

Harry segurou o ovo de ouro no alto, elevando as expectativas de todos, mas, ao abri-lo, um terrível grito agudo ecoou pelo salão e todos protestaram e protegeram os ouvidos. Harry fechou o ovo rapidamente.

Várias teorias sobre qual seria a Segunda Tarefa encheram o salão, um mais improvável que a outra. Amy revirou os olhos e pegou outra tortinha de limão em cima da mesa.

 

 Os quatro puderam respirar aliviados com a distância da Segunda Tarefa: seria apenas em fevereiro e eles ainda estavam no começo de dezembro.

As coisas voltaram ao normal: as pessoas não odiavam mais Harry, sequer usavam os distintivos de Apoie Cedrico. E falando no Diggory, ele tinha comentado sobre o jogo dos dois ser no próximo ano, quando a neve e as chuvas diminuíssem.

 

 Harry, Rony e Amy voltavam para a Torre da Grifinória uma certa tarde quando Hermione subiu as escadas correndo até eles.

—Harry! Você tem que vir comigo! Sério, aconteceu algo fantástico!

—Hermione…?- Harry tentou perguntar o que aconteceu, mas a amiga o puxou pela mão escadas abaixo. Amy e Rony deram de ombros e seguiram os dois.

Hermione levou os três para uma parte pouco conhecida do castelo, muito bem iluminada e com quadros de comida nas paredes. Ela parou em frente a um quadro de uma fruteira e fez cócegas numa pera verde. Os três se entreolharam confusos, quando uma maçaneta apareceu no meio da parede. Hermione abriu a porta e empurrou Harry para dentro.

—Harry Potter, meu senhor! Harry Potter!

Uma criatura de um metro e pouco passou como um raio pela cozinha e colidiu com o garoto na altura do diafragma, fazendo Harry soltar todo o ar dos pulmões. Amy olhou melhor para a criaturinha e percebeu que o conhecia.

—D-Dobby! -disse Harry sem fôlego.- O que está fazendo aqui?

—Dobby veio trabalhar em Hogwarts, meu senhor! -disse o elfo muito animado. - O prof. Dumbledore deu emprego para Dobby e Winky!

—Winky está aqui também? -Amy perguntou.

—Amy, Green, minha senhora, Winky está aqui também! -disse Dobby olhando admirado para Amy.

—Não sabia que me conhecia, Dobby. -Amy falou, pois a única vez que a menina viu o elfo foi na sala de Dumbledore, quase a dois anos atrás, onde eles descobriram que os Malfoys eram os senhores dele.

—Oh, minha senhora, lógico que Dobby conhece. A senhora é a linda menina que está sempre com meu senhor, Harry Potter, e é uma das primeiras da sala!

Amy fez uma careta automaticamente, e os amigos não seguraram o riso quando Dobby citou as palavras de Rita Skeeter sobre ela. Dobby ficou meio confuso e um pouco constrangido.

—Então… você falou que Winky está aqui. Como ela vai? -Amy perguntou, mudando de assunto.

—Não muito bem, minha senhora. Winky não gostou muito de ser liberta…-disse Dobby e nesse momento um agudo choro ecoou pela cozinha. Os meninos olharam em direção ao choro e viram Winky sentada à mesa, os ombros pulando por causa dos soluços. Hermione foi até a elfo e tentou acalmá-la, sem muito sucesso.

—Coitado do meu mestre, coitado do Senhor, Crouch, coitadinho do meu mestre! -exclamava sem parar a elfo.

—Winky, tenho certeza que o Senhor Crouch está bem. Ele e o senhor Bagman estão vindo bastante para Hogwarts e Crouch parece muito bem.

—O meu senhor está andando com o Senhor Bagman? -então Winky pareceu muito zangada ao invés de triste- O senhor Bagman é um bruxo muito malvado!

—Bagman... malvado? - Harry perguntou confuso.  

Bagman era o bruxo do Ministério da Magia que estava com eles na Copa de Quadribol, um sujeito muito amigável e meio irresponsável, que até tinha perdido uma aposta com Fred e Jorge, e estava longe de parecer um bruxo malvado.

—Sim! O senhor de Winky contou alguns segredos para Winky, mas Winky não vai repetir o segredos de seu amo. Coitado do senhor Crouch…- disse a elfo e voltou a chorar.

Os meninos se entreolharam, sem saber o que fazer. Nesse tempo, Dobby e outros elfos trouxeram doces e salgados para eles e os quatro se infartaram de tanto comer. Harry prometeu que Dobby poderia visitá-lo a qualquer momento que quisesse, e os quatro saíram da cozinha cheios e de bom humor.

—O que vocês acham que Crouch falou para Winky sobre o Senhor Bagman? -Amy perguntou.

—Provavelmente que ele é um péssimo chefe de departamento. -disse Rony - Deve ser muito bem humorado para o cargo, se compararmos com Crouch ou Percy.

Hermione e Harry riram enquanto comiam tortinhas de limão.

 

 

—Potter e Wesley, calados! -disse a McGonagall no final da aula.

Harry e Rony pararam de cochichar e olharam para a professora. Hermione revirou os olhos ao lado de Amy, reprovando a conversa dos amigos na aula.  

—Agora, tenho algo muito importante para comentar com vocês. O Baile de Inverno é uma importante tradição do Torneio Tribruxo e acontecerá em breve. É uma ótima oportunidade de integrar com estudantes das outras escolas e de se… soltar… -disse a professora e Amy quase riu. Era impossível imaginar a vice diretora se soltando em qualquer sentido que fosse. - Apenas alunos do quarto ano em diante podem ir ao baile, mas vocês podem chamar acompanhantes dos outros anos. E prestem muita atenção: não quero os alunos da minha casa se comportando como babuínos bobocas balbuciando em bando! Resumidamente...-ela deu uma pausa meio desesperançosa- não envergonhem nossa escola.

O sinal do fim da aula tocou e todos começaram a reunir seus materiais para a próxima aula. Minerva pediu uma palavrinha com Harry e Rony, Amy e Hermione esperaram do lado de fora.

—Isso não é péssimo? Trajes a rigor?! Dá preguiça só de pensar. -Amy comentou.

—Não me parece muito atraente, também. Vou ter que escrever à mamãe pedindo a roupa.-comentou Rony.

—Não sejam tão pra baixos, acho que o baile vai ser ótimo. -disse Hermione.

Amy deu de ombros, meio descrente na opinião da amiga. Harry saiu da sala nesse momento, o rosto com uma expressão meio em pânico.

—O que houve, Harry? -Amy logo perguntou.

—Eu… eu e o meu par vamos abrir o Baile de Inverno… com uma valsa. Todos os campeões vão.

Os três explodiram em risadas, o que não agradou nada Harry.

—Não é engraçado! -ele protestou.

—Boa sorte com isso, Potter! Estarei na primeira fileira aplaudindo seus pés de valsa!- Amy disse e Rony e Hermione riram.

Harry bufou e seguiu em direção à próxima aula, com Amy, Rony e Hermione dando risinhos atrás dele ainda.

O assunto da escola nos próximos dias foi o Baile de Inverno e foi impressionante como as outras meninas ficaram empolgadas com isso. Eram tudo do que falavam nos corredores, nos quartos, na aula, e Amy e Hermione não estavam mais aguentando.

As duas estavam estudando na biblioteca, um dos poucos lugares que não tinham adolescentes histéricas comentando sobre meninos e vestidos, esperando Rony e Harry, chegarem quando Victor Krum entrou no recinto com um amigo e se sentou numa mesa ao lado delas.

—Aah, não. Daqui a pouco um monte de garotas vai estar fazendo barulho aqui também.- reclamou Hermione.

Amy deu um sorriso torto e olhou em direção ao rapaz. Os olhares dos dois se cruzaram e ele respirou fundo, depois olhou para Hermione que estava com a cara nos livros. O rapaz se levantou e caminhou até a mesa das duas, e Amy estranhou sua atitude.

—Olá - ele disse com um forte sotaque.

Hermione levantou o rosto meio confusa também.

—Olá.- disse Amy.

—Desculpem interromper, mas… eu… bem, eu  gostaria de saber se você não quer ir ao Baile de Inverno comigo, Hermione.  -Krum disse e seu rosto corou. Ele tentava esconder a timidez, mas com pouco sucesso.

O queixo de Amy quase tocou a mesa nessa hora. Hermione parecia tentar processar a fala do garoto.

—Eu…?- ela perguntou incrédula.

—Sim. Mas se você não quiser, eu entenderei completamente… -começou o rapaz, mas Amy o interrompeu.

—Ela quer sim! -ela disse depressa demais.

Hermione olhou alarmada para amiga, e Amy sorriu nervosa. Krum sorriu de felicidade, parecendo não notar que Hermione queria pular no pescoço da amiga.

—Ótimo! E Amy, meu amigo adoraria ir ao Baile com você. -Victor disse com o forte sotaque e ainda sorrindo e apontou o amigo que tinha ficado sentado à mesa.

Amy olhou para o rapaz e sorriu torto, e Hermione deu uma risadinha de vingança. O menino não era feio ou estranho, mas não estava nos planos de Amy ir acompanhada ao Baile, muito menos por um completo estranho; não seria nada confortável. Amy limpo a garganta e olhou para Krum.

—Eu… já tenho um par… sinto muito. -ela disse meio envergonhada.

—Ah mesmo? Quem? -perguntou Krum.  

Não eram as palavras que Amy esperavam como resposta. Com quem ela iria no baile? Amy tentou pensar num nome não constrangedor, mas alguém chegou na biblioteca e ela falou antes que pudesse pensar direito e ver que não era uma boa idéia.

—Rony! -ela quase gritou.

Rony parou súbito ao ouvir seu nome e depois ver Victor Krum. Seus lábios se abriram num sorriso enorme e parecia que ele ia chorar de emoção.

—Sim? -ele perguntou, sem tirar os olhos de Krum. Amy se levantou e passou o braço atrás da nuca de Rony, de um jeito mais parceiro do que amoroso e olhou meio triste para Krum.

—Ah… esse é o meu par. Eu vou ao baile com o Rony, sinto muito. -Amy disse.

Rony olhou confuso para Amy, que apenas sorriu delicadamente para o amigo. Foi então que Harry chegou e parou ao ver aquele grupo estranho de pessoas. Todos olharam para ele por alguns segundos, até que Krum falou.

—Ah, certo então. Tudo bem. Até a noite do baile. -ele sorriu para todos, fez uma pequena reverência e saiu da biblioteca, seguido pelo amigo.

Hermione bateu uma mão na mesa e olhou incrédula para Amy. Rony fez a famosa cara de “não estou entendendo nada”.

—O que aconteceu aqui? -Rony perguntou.

—Krum chegou e perguntou se…- nessa hora, Hermione limpo a garganta e olhou alarmada para Amy. A amiga captou a mensagem num segundo.- se eu queria ir ao baile com o amigo dele. E pra ser simpática, eu menti e falei que já ia com outra pessoa, mas ele perguntou com quem, e eu não soube o que responder, e então você apareceu… e vamos juntos ao Baile de Inverno, Rony! -Amy disse rápido demais as últimas palavras, tentando se defender.

—O que? -Harry exclamou atrás deles.

—Amy?!- Rony olhou incrédulo para a amiga.

—Ai, eu sinto muito. Mesmo! Mas eu não soube o que fazer, não queria recusar o convite sem ter uma boa razão… Sinto muito Rony. -ela disse, olhando culpada para o amigo.

—Eu… não estou bravo. Claro que podemos ir ao baile juntos, mas sabe, você perdeu a oportunidade de ir com o amigo do Victor Krum! -Rony disse.

—Eu nem conheço o garoto, nem tinha visto ele em Hogwarts direito.

—Isso importa? -Rony disse.

—Rony! -Hermione advertiu.

—Ok, desculpa. Tudo bem Amy, eu não tinha muitas escolhas de par mesmo. Pelo menos já tenho isso resolvido. -Rony deu de ombros e se sentou com elas. -É Harry, você está por sua conta.

Harry se sentou cabisbaixo na mesa, parecia meio atordoado.

—Ainda não conseguiu um par, Harry? -Hermione perguntou.

—Não consigo pensar em ninguém… -ele confessou.

—Não se preocupe, você vai pensar em alguém. -Amy tranquilizou ele.

Os quatro tentaram estudar, e apenas Amy percebia os movimentos e olhares de nervosismo que Hermione. Quando ela pensou que não teria que lidar com essas coisas de baile, no dia seguinte, um menino do quinto ano da corvinal pediu para que fosse com ele bem na frente dos amigos, no café da manhã.

—Sinto muito, já vou com um amigo. -ela disse meio constrangida e se virou para suas panquecas.

Rony e Hermione deram risinhos. Harry estava concentrado em seus ovos e nas notícias do dia.

E quando voltavam da aula de herbologia, foi Cedrico Diggory que pediu um minuto para conversar com ela.

—Vejo vocês mais tarde. -Amy disse aos amigos, pedindo a Deus que Cedrico não a convidasse para o Baile.

—Então, você vai ficar para o Baile de Inverno, não vai? -Ele perguntou.

—Vou. -NÃO, uma voz em sua mente gritou.- E você?

—Sim. Você gostaria de ir comigo? Ao baile? Se não for muito tarde para perguntar. -ele disse sorrindo, o sorriso encantador de sempre.

Amy quis subir na torre de astronomia e se tacar de lá. Por que tinha falado que ia ao baile com Rony? Por que tinha feito essa burrice?

—Eu… -Diga, sim, diga sim, siga sim, a voz na cabeça dela dizia.- É meio tarde pra perguntar. -ela disse olhando para o chão.

Amy jurou que se voluntariaria para tomar os venenos das aulas do Snape. Ela olhou triste para Cedrico. Queria muito ir ao baile com ele, mas não teve a coragem de abandonar Rony depois da confusão que ela mesma criou na biblioteca.

—Sinto muito. -ela realmente sentia.

—Poxa, tudo bem. Harry te convidou, certo? -Cedrico perguntou meio cabisbaixo.

—Na verdade, eu vou com o Rony. -ela disse e deu de ombros.

—Ah… entendo. Tudo bem, isso não significa que não possamos nos ver na noite do baile. -ele disse e sorriu.

—Não! Não, claro que podemos nos ver. -Amy disse esperançosa.

Os dois sorriram e se despediram. Amy virou o corredor e entrou no primeiro banheiro que viu.

—O que eu to fazendo?! -perguntou para o reflexo no espelho.

Amy quis se bater por estar fazendo tanta confusão. Primeiro, poderia só dizer que não queria ir ao baile com o amigo de Krum, afinal, ela tinha todo o direito de não querer ir com um estranho. Mas não, ela tinha que colocar Rony na história e perder a oportunidade de ir com Cedrico.  Se Cedrico não aceitasse seu convite (o que ela percebeu que não ocorreria), ela poderia ir com Harry, pois ficaria péssimo um campeão sem par e não seria nada estranho ir ao baile com ele.

Ela parou um instante e analisou o que sentia por Cedrico. Amy sempre soube avaliar bem os seus sentimentos, e sabia que não estava gostando do rapaz de uma forma amorosa. Estava mais para algo como curiosidade. Ela achava que Cedrico era bonito e gentil, e que ninguém a havia tratado assim antes, e estava extremamente curiosa em beijar o rapaz, ela não conseguia negar. Também sentia que ele não estava gostando dela, era apenas um interesse momentâneo também.

Amy respirou fundo e lavou o rosto, tentando tirar esses pensamentos de sua mente. Agora não tinha muito o que fazer, apenas esperar o baile e se divertir com os amigos.


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Notas finais do capítulo

Gente, juro que até eu fiquei brava com a Amy quando ela fez essa confusão de pares para o baile, mas defendendo a coitada, ela esta meio perdida com esse sentimento (não amoroso) pelo Cedrico, é novo p ela. Mas calma, que já to pensando num momento dela com o Harry aqui, lindo!! (sem spoilers)

desculpa a demora de novo. Eu to meio bloqueada para escrever essa parte, pois eu penso muito no final da fanfic (livros 6 e 7) e não penso como desenvolver esse meio tempo aqui, mas fé no pai!

Comentem, amo quando vocês comentam!!
É isso #pas



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