Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 15
... e o Cálice de Fogo - Capítulo 1 - A Marca Negra


Notas iniciais do capítulo

PS: não tive muito tempo p revisar, então desculpem pelos errinhos :D



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CAPÍTULO 1

—Falta muito? - Amy perguntou entediada.

—Não foi minha ideia marcar o ponto de encontro no meio do mato, culpe o Ministério. Se você já soubesse aparatar, já estaríamos lá. -respondeu Damon Green.

Qualquer um que visse os dois juntos saberia que eram irmãos. Ambos tem os mesmos olhos castanhos e cabelos escuros e ondulados (os de Amy esse ano desciam um pouco abaixo dos ombros, e os de Damon estavam na altura do queixo), a pele morena clara e uma beleza suave e singular. Damon, desde que terminou Hogwarts, seis anos atrás, viajou o mundo, sendo um pouco ausente na vida de Amy, mas sempre que estavam juntos eles não se largavam.

Estavam a caminho do ponto de encontro para pegar a Chave de Portal para a Copa Mundial de Quadribol. Iriam encontrar os Diggory e os Wesleys. Amy poderia ter ido pra casa de Rony alguns dias antes, mas para passar mais tempo com o irmão, pediu para que ele fosse junto com ela pela chave de portal, e seu pai e sua tia iriam depois, aparatando.

—Eu tenho catorze anos, ta lembrado? Não posso aparatar legalmente.

—Você nunca gostou muito das leis pelo o que me lembro. E poxa, catorze anos, pensei que você já ia fazer dezesseis!

—Você fica fora dois anos e esquece a minha idade. Estou realmente ofendida. Pelo menos lembra o meu nome, não é?

—Claro, Cornélia, como esqueceria?

Amy deu um soco no braço do irmão, que devolveu com um tapinha em sua cabeça.

—De qualquer forma, já estamos chegando. Espero que os Wesley já estejam lá. Eles são legais?

—São os melhores. Rony é um dos meus melhores amigos, como Harry e Hermione. Gina é muito legal e engraçada também, e Fred e Jorge são os maiores pregadores de peças que Hogwarts já viu.

—Eu só conheci o Gui e o Carlinhos em Hogwarts. E o Diggory? Você fala com ele?

—Não, não conheço ele pessoalmente, só sei que é o apanhador da Lufa Lufa. Um belo apanhador e tem um belo físico. -Amy admitiu.

Damon ergue as sobrancelhas, fazendo uma cara de segundas intenções.

—Sinto um interesse no ar?

Amy da uma risadinha e revira os olhos para o irmão.

—Não, nada de interesses, apenas um reconhecimento.

—Falando nisso, maninha, eu fiquei fora dois anos… por favor, me diz que eu não perdi seu primeiro beijo.

Amy corou com as palavras do irmão. Eles sempre foram muito abertos um com outro, sempre contavam tudo. Sempre que Amy tinha o irmão por perto, conversavam sobre essas coisas de relacionamentos e derivados.

—Não, você não perdeu. - ela admitiu.

—Bom. E quem é o seu pretendente? Rony Wesley?

—Não! - Amy riu com a ideia.- Não, não tenho pretendente.

—Não, Rony não…  o Potter faz mais o seu tipo - Amy corou fortemente dessa vez- AHA! Acertei, não foi?

—Na verdade, não. Como eu disse, não tenho pretendente. Eu juro! -Amy acrescentou quando viu o olhar acusador do irmão.

Damon riu, um sorriso leve e gostoso, como o da irmã.

—Tudo bem, eu acredito em você.

Os dois andaram por mais dez minutos, fazendo apostas da Copa Mundial de Quadribol. Amy estava aciosa para chegar no acampamento e depois ver os jogos. Sempre gostou de ver Harry e o time da Grifinória jogar. Já até tinha pensado em entrar pro time, pois voava muito bem, adorava na verdade, mas tinha desistido da ideia no começo do segundo ano.

—Lá estão eles. -Damon disse.

Vinte metros à frente, Cedrico Diggory estava conversando com seu pai. Amy ficou meio encabulada por seus amigos ainda não estarem ali, mas ficou tranquila pois estava com o irmão.

—O senhor deve ser Amos Diggory -Damon disse formalmente e estendeu a mão.

Os quatro se cumprimentaram. Amy lembrou da ultima vez que viu Cedrico jogar, quando os dementadores invadiram o campo de quadribol e Harry caiu da vassoura.

—O senhor trabalha no Ministério da Magia, isso mesmo, senhor Diggory?

—Aah, sim. Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, ao seu dispor.

—Muito interessante. Berta Jorkins é do seu departamento? -perguntou Damon.

—A mulher desaparecida?-perguntou Amy.

Quando Damon voltou da viagem, graças à alguns contatos, ele conseguiu um bico de faz tudo no Ministério da Magia. Damon passava em todos os departamentos possíveis, fazendo qualquer tipo de coisa que as pessoas lhe pediam e por conta disso, ouvia uma conversa ou outra dentro do ministério. Contava tudo à Amy, claro. A mais nova notícia era a de que Berta Jorkins tinha viajado para a Albânia e estava desaparecida ha algum tempo.

—Ah, não, não. Mas se eu fosse você, meu jovem, não me preocuparia com Berta. Não é a primeira vez que ela se perde numa viagem, daqui a pouco a mulher aparece, acredite em mim.

Os quatro continuaram a conversar sobre a  Copa Mundial e Cedrico foi muito simpático com Amy, até que finalmente os Weasleys chegaram. Ela correu para abraçar todos, era sempre muito bom rever os amigos.

—Pelas barbas de Merlin! Você é Harry Potter! -Amos Diggory se exaltou ao ver o menino.

Harry, apesar de estar acostumado com esse tipo de coisa, ficou meio sem graça, e Cedrico também pareceu se envergonhar da atitude do pai. Os outros, no entanto, acharam engraçado.

—Cedrico me contou tudo sobre você, é claro, principalmente do dia em que ele te venceu naquele jogo de quadribol, hãn!

—Papai! Eu disse que Harry caiu da vassoura, foi um acidente! -Cedrico disse sem jeito.

Amy reparou nos olhares e risinhos que Hermione e Gina trocavam entre si e depois olhavam disfarçadamente para Damon. Amy revirou os olhos. Estava acostumada com a reação das pessoas com a beleza do irmão.

Depois dos comprimentos e apresentações, os onze se posicionaram ao redor de uma bota velha. Sério, essa é a chave de portal?!, Amy pensou olhando o velho objeto.

—Já fez isso antes? -Damon perguntou baixinho para ela. Amy sabia que o irmão já fizera aquilo inúmeras vezes.

—Não.

—Vamos lá pessoal, em três, dois… -começou a contar o Sr. Wesley.

—Espero que seu estômago seja forte.-Damon disse com um olhar divertido.

—Um!

Amy sentiu sua mão ser puxada para a bota, como se fosse um potente imã, e tudo começou a girar. Era parecido com voltar no tempo, mas muito pior, pois parecia ter alguma pressão em seus ouvidos e o vento parecia vim de todos os lados. Na verdade, ela se sentiu jogada de uma catapulta. E de repente, Amy sentiu o encontrão de suas costas com o chão. Ouviu os amigos reclamarem de dor e, para sua humilhação, Damon, Cedrico, Amos e Arthur estavam sorridentes e de pé.

—Garanto que desentupiu o ouvido de todo mundo. - disse o Sr. Wesley sorrindo.

Os meninos se levantaram e Amy se virou para o enorme vale que se estendia à sua frente. Um mar de barracas verdes e vermelhas se estendia até as margens da floresta e as pessoas estavam todas com roupas características de seus times.

Os Diggorys se despediram e foram para suas barracas. Damon acompanhou Amy até a barraca dos Wesley, depois partiu para onde ele e seu pai ficariam. Carlinhos, Gui e Percy chegaram no final da tarde e montaram uma barraca só para eles.

Finalmente chegou o horário do jogo e para a sorte deles, o Sr. Wesley tinha conseguido os melhores lugares possíveis, mas ao chegarem no ultimo andar, deram a má sorte de encontrar ninguém menos que Draco Malfoy e seus pais.

—Ora ora, Arthur. Me pergunto o que você teve que vender para conseguir esses lugares -disse Lucio num tom risonho.

O pai de Draco era tão desagradável quanto ele, e a mãe parecia mais nojenta que o filho. Quando Ludo Bagman entrou na sala, a família Malfoy assumiu uma postura mais simpática, e esqueceram os Wesley.

—Dobby?- Harry disse de repente.

Amy se virou e viu uma pequena criatura sentada em uma cadeira. Ela cobria o rosto com as mãos, mas ao ouvir o nome Dobby, ergueu os enormes olhos castanhos.

—Ah, me desculpe. -Harry disse ao ver que era o elfo errado. -Pensei que fosse outro elfo.

—O senhor me chamou de Dobby? Eu conheço Dobby, senhor, mas meu nome é Winky. - disse a criaturinha, meio trêmula.

—Ah, e como ele está? -Harry perguntou meio sem jeito.

—O senhor é Harry Potter, sei que é. Já ouvi falar de sua bondade, senhor, mas acho que cometeu um erro ao libertar Dobby. A liberdade lhe subiu a cabeça, e ele está pedindo pagamento pelo seu serviço. Eu disse a ele para procurar um boa família para trabalhar, mas ele não me escuta senhor. Ele é um péssimo elfo doméstico agora. - disse Winky meio chorosa.

—Winky… você esta bem? Está com frio?- Amy perguntou à elfo que parecia temer alguma coisa.

—O senhor de Winky, o Sr. Crouch, pediu para que Winky guardasse seu lugar, mas Winky não gosta de altura, Winky tem medo, minha senhora.

—Poxa…

Nenhum dos quatro, ou Fred, Jorge e Gina souberam o que falar. Quando o Ministro da Magia anunciou o começo do jogo, eles se sentaram e colocaram seus binóculos. Anunciaram que os times apresentariam seus mascotes, e quando as Veelas da Bulgária entraram em campo e o Sr. Wesley, Fred e Jorge taparam os ouvidos, menos Harry e Rony não, Amy chorou de tanto dar risada ao ver os amigos quase se tacando do ultimo andar. Ela não saberia o que teria acontecido se Hermione não tivesse parado os dois.

—Francamente! -ela disse num tom de reprovação.

Amy olhava para Harry e Rony, que coraram de vergonha, e ria litros.

Foi o jogo mais emocionante da vida dela. Amy gritou como nunca, até saiu rouca de lá, mas muito feliz pois a Irlanda tinha vencido mesmo com Victor Krum capturando o pomo de ouro.

Todos voltaram exaltados para a barraca. Fred e Jorge conseguiram uma grana apostando, o que deixou o Sr. Wesley meio bravo. Damon foi ver a irmã e acabou esbarrando com Gui e Carlinhos. Os três começaram a conversar sobre o tempo que estudaram juntos em Hogwarts e Damon acabou dormindo na barraca ao lado.

Amy teve a impressão que se deitou e dormiu por três minutos quando o Sr. Wesley entrou na barraca gritando seus nomes.

—... Amy, Rony, Harry, rápido! É urgente! Peguem um casaco e saiam!

Amy se sentou num pulo e percebeu que algo estava errado lá fora. O barulho não era mais de comemoração, mas gritos de pânico e correria. Como ela havia se deitado com a mesma roupa que foi no jogo, Amy só pegou um casaco e saiu da barraca.

Todos já estavam lá fora, Rony e Harry foram os últimos a chegar. Amy olhou ao redor e descobriu o por que de tanta confusão.

Ao longe, ela viu bruxos com longos capuzes e máscaras distorcidas que cobriam seus rostos. E acima desse grupo de bruxos, três pessoas flutuavam vinte metros acima de suas cabeças, rodando e balançando no ar. Eles gritavam e choravam desesperadamente. No chão, os bruxos destruíam e incendiavam barracas e arremessavam pessoas para longe com feitiços.

—Isso é doentio… -Rony disse encarando as pessoas no ar. Foi então que Amy percebeu que era o trouxa que ficava na entrada do acampamento, e as outras duas pessoas deviam ser sua esposa e filho.

—Gui, Carlinhos, Percy e Damon, vamos ajudar o pessoal do Ministério! Vocês sete vão para a floresta e se escondam! Fiquem todos juntos! -disse o Sr. Wesley.

Damon foi até a irmã e lhe deu um beijo na testa e um olhar firme.

—Mantenha a varinha pronta. -ele disse sério. Os outros começaram a correr em direções opostas.

—Pode deixar.- Amy respondeu.

Harry pegou a mão da amiga e a puxou para o grupo. Fred e Jorge iam na frente com Gina, Rony e Hermione em seguida e Harry e Amy logo atrás. Chegaram a floresta, mas o cenário continuava caótico. Muitas pessoas gritavam e chamavam umas às outras, sem contar a correria absurda. Amy e Harry corriam para alcançar os amigos quando alguém passou correndo por eles e derrubou Harry. Amy quase caiu por estarem de mãos dadas.

—Você está bem?- ela perguntou.

—Tipico de um perdedor.- comentou uma voz conhecida atrás deles.

Os dois se viraram. Malfoy estava encostado em uma árvore, de braços cruzados e sorriso no rosto, o único rosto tranquilo naquela confusão toda.

—O que ta fazendo aí? -Amy perguntou enquanto ajudava Harry a se levantar.

—Assistindo ao show, oras. Não estão achando fantástico? -Draco perguntou abrindo os braços.

—Você é doente. -Amy disse num tom de nojo.

—Onde está seu pai agora Amy? Ajudando os idiotas do Ministério ou se lamentando em casa até hoje?

Amy fechou a cara no mesmo instante. Como Malfoy de repente sabia de seu pai? Ela quis lançar um feitiço nele, mas preferiu não se deixar abalar. Não queria mostrar fraqueza para aquele idiota.

—Onde está o seu pai agora, Draco? Mascarado e torturando trouxas? -ela perguntou.

—Bem, se ele estivesse, eu não contaria à você, contaria? -os olhos dele brilharam ao responder. -Se eu fosse vocês, ficaria de olho na sua amiga sangue ruim.

Amy ergueu a varinha para ataca-lo mas Harry a impediu de fazer qualquer coisa.

—Amy, não! Vamos achar os outros! - Harry segurou a mão da amiga de novo e a puxou na direção oposta.

Amy olhou para Malfoy uma última vez.

—Você é doente, Malfoy.

Ele não pareceu se abalar com o comentário. Harry puxou a amiga para longe. Ela estava tão distraída por causa do comentário sobre o seu pai que esqueceu de procurar os amigos na multidão.

—Vamos para um lugar mais calmo. Depois achamos os outros.- Harry sugeriu.

Eles acharam um lugar menos caótico e se sentaram num tronco grande e velho. Amy estava visivelmente brava, e Harry não sabia o que fazer.

—Se aquele idiota falar do meu pai de novo ou ameaçar Mione, eu juro… juro que vou acabar com ele. Ele vai se arrepender por ter aberto a boca.

—Hey, eu sei exatamente como se sente. É o Malfoy, Amy, nunca espere menos dele.

—Espero que o Sr. Wesley consiga pegar Lucio e leva-lo preso.

—Isso tiraria o sorriso da cara daquele idiota. - Harry disse.- Você acha que os outros estão bem?

—Acho. Fred, Jorge e Hermione são ótimos em feitiços, e Rony e Gina também são espertos.

—Bem, então eu que devo me preocupar por estar com você.

Amy tentou não sorrir e lançou um olhar estreito para Harry.

—Sou melhor em feitiços do que você, Potter!

Harry levou as mãos aos bolsos para apanhar a varinha. Ele se virou e olhou para o chão ao redor, depois tateou os bolsos de novo

—Perdi minha varinha!

—Ta brincando?

Amy acendeu a sua varinha e apontou para chão, iluminando a área. Eles procuraram, mas nada de varinha.

—Não deixou na barraca?- ela perguntou.

—Eu não sei, acho que não.- Harry respondeu infeliz.

Então os dois se viraram depressa. Alguém parecia estar caminhando na direção deles. Amy apagou a varinha mas a manteve firme e preparada. Os passos continuaram a se aproximar e então ouve um desconfortável silêncio. Os dois trocaram olhares e esperaram, até que alguém próximo à eles falou.  

—MORSMORDE!

Uma forte luz verde cortou a escuridão e subiu para o céu, assumindo a forma de uma enorme caveira que tinha uma cobra saindo pela boca aberta. De repente, todos ao redor da floreste começaram a gritar desesperados e o barulho de caos aumentou. Harry olhou para Amy que mantinha os olhos surpresos e aterrorizados na caveira.

—Amy...?

Ela olhou assombrada para o amigo, depois de volta para a caveira.

—Precisamos sair daqui. Rápido!

Ela puxou Harry para a direção do acampamento, mas deram poucos passos quando uma séria de estalos anunciaram pessoas aparatando ao seu redor. Eles perceberam numa fração de segundos que cada bruxo erguia uma varinha, e cada varinha estava apontada para eles. Harry puxou Amy para o chão um segundo antes de luzes vermelhas cortarem o ar e ricochetearem nas arvores.

—PAREM! PAREM! Eles estão comigo! -gritou uma voz conhecida.

Arthur Wesley saiu correndo na frente dos bruxos e ajudou os dois a se levantarem.

—Vocês estão bem? Cade os outros?

—Nós nos perdemos…-Harry começou a falar, mas um senhor apontou a varinha para os dois.

—Quem foi o responsável por isso? Quem?

—Bartô, você não acha que esses meninos conjuraram aquilo…?

—Anda, digam! Vocês foram pegos na cena do crime! -gritou o homem descontrolado.

—Que crime?- Harry perguntou, não entendendo nada.

—Aquela é a marca dele, Harry. De Voldemort. -Amy disse baixinho no ouvido dele, enquanto o Senhor Wesley defendia os dois.

Harry olhou intrigado para  a marca no céu.

—Nós não conjuramos nada! Estávamos escondidos aqui quando ouvimos alguém se aproximar e lançar o feitiço. Foi por ali... -Harry disse e apontou para onde viram a pessoa conjurar a marca.

Todos correram para o local, a varinha acessa à procura de alguém ou alguma pista. Até que encontram algo. Na verdade, alguém. Winky estava desacordada no chão, segurando uma varinha nas mãos. Devia ter sido estuporada quando os homens do Ministério chegaram.

Ouve uma série de discussões se poderia ao não ter sido a elfo, até que finalmente seu dono, Bartô Crouch, acordou ela com um feitiço e perguntou o que houve.

—Winky fugiu dos bruxos maus que estavam subindo as pessoas aos céus, apesar de seu dono não ter pedido isso, e apanhou a varinha na floresta. Winky não conjurou nada, Winky não sabe, Winky só pegou a varinha no chão. -disse a criaturinha, olhando assustada para os homens que a cercavam. Na certa, já sabia que estava em confusão e que seria castigada por isso.

—Hey, é a minha varinha!-Harry exclamou de repente.

E de fato era a varinha perdida do amigo.

—Eu deixei cair quando tropecei, provavelmente. Winky deve ter apanhado logo depois. -Harry disse.

Ludo Bagman lançou um feitiço para saber qual foi o ultimo feitiço feito por aquela varinha, e uma miniatura da marca apareceu.

—Culpada! -exclamou um homem do ministério.

—O que? Winky não poderia ter conjurado a marca. Ela só estava no lugar errado, na hora errada.- Amy estava impressionada que homens do ministério estavam considerando que uma elfo doméstica amedrontada conjuraria A Marca Negra de Voldemort.- Além disso, a voz que ouvimos não era a dela. Era muito mais grave, se não me engano, masculina.

Por fim, decidiram que haveria um interrogatório para a elfo. Sr. Wesley, Harry e Amy voltaram abaladíssimos para a cabana. Todos já estavam de volta, os três foram os últimos a chegar.

—O que aconteceu?

—Vocês estão bem?

—Pegaram quem conjurou a Marca?

—Prenderam alguém?

Uma porção de perguntas caiu em cima deles. Damon abraçou a irmã e verificou se estava tudo bem com ela.

O senhor Wesley explicou tudo o que aconteceu na floresta. Percy ficava indignado com todas as partes que envolviam seu novo chefe, Sr, Crouch.

—Mas eu não entendo. Quem eram aquelas pessoas mascaradas? Por que estavam fazendo aquilo com os trouxas, e por que tanto caos por causa de uma marca? -Harry perguntou no final da explicação.

Era compreensível suas dúvidas. Ele tinha sido criado como trouxa, então não poderia saber por que as pessoa ficaram tão desesperadas ao verem a Marca Negra.

—Harry, a Marca Negra só era conjurada pelos seguidores de Você Sabe Quem quando alguém era morto. Imagina chegar na sua casa e ver aquilo pairando no ar, já sabendo o que vai encontrar quando entrar. Ela não era vista à treze anos… é como ver o próprio Você Sabe Quem voltar… E aquelas pessoas de máscara, não temos como provar, mas achamos que são seus seguidores que não foram para Azkaban. Os Comensais da Morte. Aquilo que eles fizeram com os trouxas, foi por pura diversão… eles matavam pessoas por pura diversão no passado. -Explicou o senhor Wesley.

—Mas pai, o Gui falou que eles desaparataram assim que viram a Marca Negra. Se fossem mesmo seguidores de Você Sabe Quem, por que fugiriam? - Rony perguntou.

—Pense, Rony. Se são mesmo seguidores de Você Sabe Quem, fizeram de tudo para não irem para Azkaban. Mentiram, falaram que estavam sendo usados pela Maldição Imperius, até mesmo entregaram outros Comensais da Morte para não serem presos. Você Sabe Quem não teria gostado que seus seguidores agissem assim, renunciando sua fidelidade à ele. O Senhor das Trevas não ficaria muito satisfeito. -falou Carlinhos.

—Olhe, a mãe de vocês vai ficar louca quando souber o que aconteceu pela manhã, então durmam um pouco para pegarmos a Chave de Portal o mais cedo possível e voltarmos para a casa. - disse o Sr. Wesley, meio abalado com tudo. 

Todos começaram a se arrumar para voltar a dormir, mas Amy duvidava que teriam uma boa noite de sono.

—Eu vou encontrar papai e nossa tia, falar que estamos bem. Você vai para a casa dos Wesley, certo? -Damon puxou a irmã para um canto e perguntou. Ele estava com o cabelo desarrumado e meio suado.

—Sim, eu vou. Prometi que iria depois da Copa. -Amy disse num tom de desculpas.

—Não se preocupe. Além disso, o Potter parece meio abalado, vai precisar dos amigos.

—Ele é forte.

—Tenho certeza que sim. Me mande uma coruja assim que chegar bem nos Wesley, promete?

—Prometo.

Amy abraçou o irmão carinhosamente, inspirando fundo para sentir seu perfume que ela adorava.

—Se cuida, Amy.

—Se cuida, Damon. Até as férias de Natal.

Damon sorriu e saiu da barraca. O coração de Amy se apertou um pouco. Depois de dois anos, ela finalmente tinha passado dois meses e pouco com o irmão, e vê-lo partir para apenas (talvez) se verem no natal era um tanto estranho e desesperador para ela. Mas Damon tinha razão, era importante ficar com seus amigos nesse momento.

Amy se virou e olhou todos na barraca. Gui, Carlinhos, Percy e o Sr. Wesley tinham ido para a outra barraca. Todos os outros já estavam de pijamas e deitados, apesar de  ela duvidar que estivessem dormindo. Fred e Jorge estavam deitados na beliche à direta, Gina e Hermione na beliche à esquerda, e Rony  já roncava na cama de solteiro improvisada.

Amy suspirou. Era para ela dormir na cama de solteiro improvisada, e Harry e Rony dividirem a cama de casal. Ela se trocou e deitou na cama. 

Amy encarou o teto da barraca, pensando em tudo o que aconteceu naquela noite. Por que diabos Comensais da Morte voltariam à ativa num lugar que estava cheio de pessoas do ministério da magia para detê-los. E já que fugiram da Marca Negra… a pessoa que a conjurou não devia estar junto com eles. Talvez tenha achado a reunião de comensais livres um insulto à Voldemort e conjurou a Marca Negra como um aviso.

Além disso, o que Malfoy sabia sobre sua família, sobre seu pai? Lucio Malfoy provavelmente sabia do que aconteceu no passado, quando sua mãe morreu,  já que era um seguidor de Voldemot. Será que teria contado ao filho? Amy  só sabia que acabaria com Draco se ele abrisse a boca para falar de sua família de novo.

A cabeça da garota ainda estava cheia de pensamentos quando sentiu uma mão segurar a sua por debaixo da coberta. Olhou para o lado e viu a luz dos olhos verdes de Harry. Ela pôde sentir as perguntas e os pensamentos que incomodavam o amigo. Se ela estava intrigada com tudo, Harry devia estar muito mais confuso e pensativo. Ela se lembrou da noite em que Sirius invadiu Hogwarts e todos tiveram que dormir no salão principal. Ela e Harry só conseguiram dormir depois de muito tempo pensando, quando deram as mãos e param de pensar.

Foi o que aconteceu dessa vez de novo. Amy apertou levemente a mão do amigo, eles se viraram um para o outro. Amy sentiu o perfume dele ao respirar. Era tão bom quanto o do irmão. Talvez melhor, mais ela não admitiu isso. Em pouco minutos eles dormiram.


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Notas finais do capítulo

Oieeeeee!!!
Capítulo novo de um novo livro. O que acharam??

Eu adorei escrever sobre o Damon e também esse momento final dos dois!!

Deixem seus comentários para eu saber o que acharam, é muuuuito importante pois me incentiva a escrever mais rápido e melhor.

É isso gente, até o próximo capítulo!



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