Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 11
Capítulo 6 - O Sinistro no Salgueiro Lutador


Notas iniciais do capítulo

Oii gente.
Recadinho rápido: como já é agosto, voltei pra faculdade, o que significa que só poderei escrever e postar de final de semana, então a continuação vai demorar um pouquinho para ficar disponível. Fora isso, tenham uma boa leitura!!



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CAPÍTULO 6

Ninguém da Grifinória dormiu naquela noite. Rony ficou cercado pelos colegas e teve que contar a historia a noite toda, dando alguns acréscimos toda vez que contava de novo.

Harry, Amy e Hermione ficaram afastados de todos, comendo alguns doces da Dedosdemel.

—O que foi, Amy?- perguntou Hermione ao ver a cara de dúvida da amiga.

—Eu não sei... acho que Black deve estar pirado. Primeiro, ele tenta entrar na Torre da Grifinória quando está todo mundo fora. Depois, quando finalmente consegue entrar, ele simplesmente erra a cama. Ou é muita sorte do Harry, ou Black esta com sérios problemas mentais.

—Doze anos em Azkaban é o suficiente para deixar qualquer um com problemas mentais. -Hermione disse.

—Eu sei, só acho estranho demais. –Amy disse- Harry, você acha que ele está entrando pela passagem que você usou para ir até o vilarejo?

—Não. Saberíamos se a Dedosdemel tivesse sido arrombada.

Já estava quase amanhecendo quando todos voltaram para seus dormitórios.

Apesar da ocorrência com Sirius Black, uma nova data foi marcada para visitar o vilarejo de Hogsmeade.

—Vamos Hermione! Por favor, não fique aqui sozinha. –Amy insistiu com a amiga quando Mione falou que não estava a fim de ir.

—Não, tudo bem, Amy. Vou ficar na biblioteca, tenho muito trabalho a fazer. Serio, vá com Rony, eu não me importo. Além disso, tenho certeza que Harry vai escondido de novo, e seria bom que você fosse junto para eles não se meterem em encrencas. –Hermione disse meio cansada.

A amiga estava com enormes olheiras e o cabelo descuidado. Sempre que Amy a via fora das aulas, ela estava estudando ou fazendo alguma lição de casa. Amy não fazia ideia de como ela estava aguentando dar conta de todas as aulas que se inscreveu, mas sempre que perguntava sobre isso, Hermione mudava de assunto.

Amy acompanhou Rony até a Dedosdemel. Tinham marcado de encontrar Harry ali, mas o amigo estava atrasado.

—Psiu! –eles ouviram após algum tempo- Estou aqui.

—Harry? Por que demorou tanto? –Amy perguntou e se sentiu meio estranha ao falar com o nada.

—Snape estava rondando a entrada.

Depois de comprarem mais doces, eles caminharam em direção à Casa dos Gritos, a casa mais mal assombrada da Grã-Bretanha, pois Amy estava louca para conhecer.

—Vamos chegar mais perto! –ela sugeriu animada.

—Não... esta bom aqui. –disse Rony meio encabulado.

O trio ouviu que alguém se aproxima e Harry logo vestiu sua capa.

—Ora, ora. Pensando em comprar a casa dos sonhos, Wesley?

Draco Malfoy caminhava até eles, com Crabbe e Goyle atrás dele, como sempre.

Amy fechou a cara instantaneamente.

—O que quer aqui, Malfoy?  - disse Rony

—Vai embora! Ou quer que eu te mande embora pessoalmente, com um patrono?

Malfoy não gostou da zombaria sobre a vergonha que passou no jogo da grifinória com a corvinal. Por causa daquilo, ele e os amigos tinham sido detidos por uma semana inteira.

—Como ousa falar assim comigo, Green? Esta na hora de vocês, traidores do sangue, começarem a ter mais respeito com seus superiores. –Malfoy disse e se aproximou mais dos dois.

—Há, há. Não estaria falando de você, não é?

Malfoy começou a tirar a varinha das vestes, mas antes que fizesse alguma coisa, uma enorme bola de lama com neve se espatifou em sua cara. Malfoy olhou nervoso para o lado, mas não viu ninguém.

—Quem está ai? – gritou o loiro, e outra bola de neve/lama o atingiu.

Então, varias outras bolas começaram a voar na direção dele e dos amigos, o que fez Amy e Rony rirem muito. Mas, enquanto estavam fugindo, sem entender nada, Malfoy tropeçou e sem perceber, agarrou a capa de invisibilidade de Harry, fazendo que sua cabeça aparecesse flutuando, sem um corpo. Malfoy deu um grito assustado e saiu correndo.

Rony e Harry riam até suas barrigas doerem, mas Amy estava um pouco mais séria.

—Harry, acho melhor você correr de volta para o castelo. Se aqueles idiotas falarem alguma coisa, você estará em apuros se não estiver em Hogwarts.

Harry xingou e saiu correndo para voltar pelo atalho. Amy e Rony tiveram que fazer o caminho mais longo e quando chegaram ao castelo, viram Snape e Harry no andar de cima, indo para o escritório do professor.

—Essa não- Amy disse e os dois correram para o primeiro andar.

Ao chegarem quase sem fôlego na frente da porta, ouviram Snape falando.    

—Este pergaminho deve estar repleto de magia negra. – disse o professor com a voz seca.

—Duvido muito, Severo. Isso me parece um produto da loja Zonko’s, feito para insultar qualquer um que tentasse lê-lo. – os dois ouviram a voz de Lupin dentro da sala.

—Então você acha que Potter comprou isso numa loja... ou pegou diretamente de seus fabricantes? –disse Snape com um certo mistério na voz.

Amy e Rony se olharam com olhares urgentes, e ainda sem folego, Rony abriu a porta da sala e quase se jogou lá dentro, a mão apertando o peito.

—Eu... dei isso... ao... Harry... séculos atrás... comprei na Zonko’s... ai...

Snape lançou um olhar mortal para Rony, depois para Amy que estava na porta sem falar nada.

—É verdade.- foi tudo o que ela disse.

—Bem, parece que está tudo explicado, Severo. Se me der licença, vou voltar à minha sala... meninos, queiram me acompanhar, tenho uma palavrinha sobre a ultima redação de vocês.

Os quatro voltaram para a sala de Lupin através da lareira. Ele parecia bravo, jogou o mapa em cima na mesa e se apoiou nas mãos, olhando feio para eles.

—Professor, eu... –Harry começou, mas o professor o interrompeu.

—Não quero ouvir explicações, Harry. Não sei como esse mapa chegou às suas mãos, e sim, eu sei que é um mapa- ele disse quando viu a cara de espanto do trio-, mas o que me incomoda é você não ter entregado isso para um professor. Não pensou que isso pode ser uma arma nas mãos de Sirius Black?

Os meninos olharam para baixo. Realmente, ninguém tinha pensado no que ocorreria se o mapa caísse nas mãos erradas.

—Por que Snape achou que Harry tinha pego o mapa dos fornecedores, Professor? –Amy perguntou, após um instante de silencio.

—Por que... eu os encontrei uma vez. Foi há muito tempo. Mas não mude de assunto. –Lupin virou para Harry- Seus pais se sacrificaram para salvar sua vida, e andar por ai, com uma coisa dessas, parece uma forma bem ingrata de retribuir, Harry. Não espere que eu o acoberte outra vez, entendeu?

—Sim, senhor. –Harry disse, triste.

—Agora vão para seus dormitórios. Se desviarem o caminho- Lupin sacudiu o mapa- eu saberei.

Os três se viraram e começaram a sair, mas Harry parou no meio do caminho.

—Professor, só para o senhor saber, esse mapa não funciona sempre. Ontem mostrou uma pessoa no castelo, uma pessoa que sei que está morta. – Harry disse.

—Quem?

—Pedro Pettigrew.

Os olhos de Lupin se arregalaram e ele pareceu um tom mais pálido.

—Isso é impossível. –ele murmurou.

—Foi o que eu vi- Harry deu de ombros e os três saíram da sala.

—Pedro Pettigrew? O homem que Black matou anos atrás? –Amy perguntou intrigada.

—Esse mesmo. –Harry disse meio cabisbaixo. Estava visivelmente abalado com a bronca que acabara de lavar.

—Como isso é possível? – perguntou Rony.

—Ora, o mapa estava errado. Pedro está morto- disse Harry, colocando um ponto final na questão.

Ao subirem para o salão comunal, Hermione lia uma carta perto da lareira e chorava baixinho.

—Mione? O que aconteceu?-Rony perguntou e se aproximou da amiga, parecendo esquecer todas as suas divergências.

—Hag... Hagrid perdeu o caso. O Bicuço vai ser executado. Nossas defesas não serviram para nada.- ela disse arrasada.

—Pobre Hagrid. –Amy disse e se sentou no sofá.- Quando vai ser a execução?

—No nosso ultimo dia de exames.- Hermione disse.

—Devemos ir. Estar ao lado de Hagrid. – Harry disse.

Todos concordaram e só não foram naquele instante por que sabiam que Lupin estava vigiando eles.

Depois disso, Hermione pediu desculpas para Rony sobre Perebas, e o amigo a perdoou. Amy e Harry ficaram felizes que o quarteto estava unido novamente.



A final da Copa de Quadribol era no dia seguinte, e estavam todos animadíssimos. O time de Harry passou a andar com os quatro, para evitar qualquer tentativa de fazer alguma coisa com o apanhador da grifinória. Até mesmo Hermione não estava conseguindo se concentrar nos estudos nas vésperas da final.

Quando o time entrou no grande salão na manhã do jogo, o salão se encheu de aplausos e gritos, até mesmo da Corvinal e Lufa Lufa.

—Boa sorte, Harry! – Cho Chang, a apanhadora da Corvinal, gritou e Harry pareceu corar.  

Não foi um jogo difícil. Grifinória saiu na frente logo de cara, com quarenta pontos a mais. Apesar de Malfoy ter avistado o Pomo primeiro, Harry, com a Firebolt, cruzou o estádio e ganhou não só o jogo, mas também a Copa de Quadribol. Foi uma baita comemoração, não só da Grifinória, mas também da Corvinal e Lufa Lufa. Até o tempo começou a ficar mais ameno na semana que seguiu o jogo, mas apesar de quererem ficar a vontade pelos jardins da escola, os exames estavam chegando e os alunos estavam se matando de estudar.

Com os exames chegando, também chegava o dia da execução do Bicuço. Devido às medidas de proteção tomadas pela escola, estava impossível sair para ver Hagrid, o que só era possível na aula de Trato das Criaturas Mágicas. Hagrid estava arrasado, é claro.

No dia da execução, após terem terminado todos os exames, o quarteto pegou a capa de invisibilidade de Harry e foram para a cabana de Hagrid.

—E se você soltar ele, Hagrid? -Harry perguntou para o amigo.

Eles bebiam uma xícara de chá quente, e estavam todos abalados pelo o que aconteceria ao pôr do sol.

—Iriam saber que fui eu. Além disso, colocaria Dumbledore em apuros. Grande homem, o Dumbledore, prometeu ficar ao meu lado hoje quando... quando acontecer. –Hagrid disse magoado.

—Nós ficaremos também, Hagrid. Não vamos a lugar algum.- disse Amy convicta.

—Besteira. A situação já é bastante ruim sem vocês se metendo em mais problemas.

Os cinco expiraram cabisbaixos. Parecia não haver saída para Bicuço, a não ser o terrível destino que o esperava ao pôr do sol.

—Ah, Rony, tenho uma coisa para você! –Hagrid exclamou.

Ele se levantou e foi até o armário, pegou uma lata velha e tirou algo de dentro.

—Perebas! Você está vivo! –Rony olhou boquiaberto para o rato.

O bicho estava vivo, porém com uma aparência péssima. Estava extremamente magro e com pouquíssimo pelo.  O rato parecia enlouquecido, tentava incansavelmente sair das mãos de Ron.

—Tudo bem, Perebas, sou eu, Rony!

De repente, um vaso em cima da mesa estourou, e os cinco deram um pulo de susto.

—O que foi isso?- perguntou Hagrid.

Amy se aproximou e pegou uma pequena pedra pedra que estava ao lado do vaso quebrado.

—Ai!- Harry exclamou e levou a mão à cabeça- Alguém jogou... eles estão vindo! – disse meio alarmado.

Os cinco olharam pela janela e Dumbledore, o Ministro e um carrasco desciam os jardins em direção à cabana.

—Poxa vida, já está tarde! Vocês vão se meter numa baita encrenca se forem vistos aqui a essa hora, principalmente você Harry! Vamos, saiam pela porta dos fundos.

Os meninos tentaram protestar, mas Hagrid foi firme em sua fala e fez com que saíssem por trás da cabana.  Harry jogou a capa de invisibilidade sobre eles, e começaram a subir os jardins para o castelo.

—Perebas fique quieto!

—Rony, para de se mexer!- Hermione disse.

—É o Perebas, ele não para quieto!

Os quatro então paparam de repente quando ouviram vozes masculinas vindo da cabana de Hagrid e então o inconfundível som de uma lamina cortando o ar e abatendo seu alvo.

Hermione deu um soluço e Amy consolou a amiga.

—Temos que continuar- Harry disse com a voz meio abalada.

Eles voltaram a subir para o castelo, mas Rony estava com dificuldades em segurar Perebas ainda.

—AI! Ele me mordeu! Perebas, volta aqui!

Rony saiu debaixo da capa e correu atrás do rato. Harry, Amy e Hermione correram atrás dele, esquecendo da capa de invisibilidade.

—Rony,  volte aqui!-Amy gritou.

Os quatro correram pelo jardim, até que Harry percebeu que estavam perto demais do Salgueiro Lutador.

—Rony, sai dai!- ele gritou.

Rony finalmente conseguiu pegar o rato e quando se virou para os amigos, seu rosto se fechou numa expressão de medo.

—Harry! -ele gritou e apontou para algo atrás dos três.

Eles se viraram e viram um enorme cão preto mostrando os dentes, rosnando. O cão correu e pulou na direção deles, mas o trio abaixou a tempo e o animal passou por cima deles e correu até Rony. O menino gritou de dor quando o cão afundou seus dentes em seu braço e começou a puxar ele em direção ao salgueiro lutador.

—Ron! - gritaram Amy, Rony e Hermione e correram atrás do amigo.

Mas já era tarde demais, o cão o tinha levado para um buraco ao pé do Salgueiro Lutador.


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Notas finais do capítulo

EITA QUE A COISA VAI FICAR SÉRIA!!

O que acharam?? Comentem, me digam o que estão achando!!!

Até o próximo capítulo amores!



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