Agora e para Sempre escrita por Nadaluvia


Capítulo 75
2 Temp - Lagrimas e Desculpas silenciosas


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que voltaria e voltei.

Pra quem tava em duvida, a Helena não durmiu com o Luis, ela apenas se deitou com ele. Ela não era nem louca de fazer essas coisas com o filho de outro na barriga :/. Mas bem, desculpe, deveria ter explicado melhor no outro capitulo, mas infelizmente me esqueci desse detalhe.


Pois bem, pra quem ta curioso sobre a vida do Arthur, teremos um pedacinho pra vcs entenderem.


Beijos.



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 ARTHUR VILASBOAS

 

 

Como sempre, Olivia me entrega uma xicará borbulhabte de café em uma xicará engraçada. 

  — Qual é a frase de hoje? - pergunto, girando a xicará verde para encontrar a frase estampada. 

 — A mesma da semana passada. 

 A olho com certa tristeza. 

 — "Com grandes poderes vem grandes responsabilidades?" - ela assente, revirando os olhos. - É a terceira vez que Homem- Aranha invade meu café da manhã. 

 Olivia ri. 

 — Sinto muito, mas o Senhor Carlson não comprou novas xicarás. 

 Bebo um gole do liquido. 

 — Tudo bem, acho que posso conviver com isso. - ela ri e joga o pano de limpar no ombro. 

 — Como esta indo? Soube que esta ansioso para começar a fase de aprender a anatomia. 

 — Quem te disse isso? - ela sorri, se sentsndo na poltrona no sofá do outro lado da mesa.

 — Certas pessoas com quem tenho um certo grau de parentesco. 

 Rio. 

 — Bem, ele esta certo. Estou ansioso para aprender e realmente começar s estudar. 

 Ela cruza os braços e encosta as costas. 

 — Agora me diz, qual é a graça em medicina? 

 Circulo a boca da xicará com o dedo, sem saber ao certo o motivo para eu estar fazendo medicina. Talvez seja por causa da minha antiga paixão, mas hoje, não tenho mais certeza. 

 — Sei lá - dou de ombros. - esta é uma pergunta que eu acho que nunca saberei a resposta. 

 Seus olhos escuros me encaram, questionando-me mas ao mesmo tempo entendendo. 

 — Tudo bem - ela solta seus cachos castanhos da touca cinza e os prende em um coque mal feito acima da cabeça. - que tal você e eu irmos lá pra fora? 

 Olho pela janela, a neve densa se aglomerando em cima do meu carro. 

 — Mas esta nevando. 

 — E dai? Você tem mesmo que ir pra faculdade. - veste a jaqueta grossa de neve e as luvas. - vamos logo, temos que buscar meu irmão. 

 Dou um otimo gole no delicioso café e pego ás chaves. 

 — Vamos a pé - diz, um sorriso brincalhão nos labios. - Chefe, vou levar Arthur em uma aventura! - avisa, sem nem ao menos ouvir a resposta. 

 Saimos da velha lanchonete, a neve embranquecendo meus cabelos recém cortados. 

 

 

 

 

 

HELENA LACERDA

 

 Georgia nem sequer pergunta quando chego em casa. Largo o tênis no meio da escada e bato a porta do quarto, enfurecida com minha vida. 

 Deborah, nem ninguem tem o direito de me controlar. O bebê é apenas meu. 

 — Amiga? - Gabi entra, mesmo que eu não a tenha permitido. - como foi? 

 — Estou parecendo bem? - pergunto, meu sarcasmo tomando conta de mim. 

 — O que houve? 

 — Eu cansei! Cansei! - grito. - Cansei de ser alguem que apenas existe. 

 Gabrielle se aproxima, a mão pousada sobre sua barriga já aparente. 

 — Calma, o bebê ainda esta ainda dentro. 

 Meu corpo queima, a raiva me consome. É como se eu não fosse mais eu. 

 Na verdade, não sou eu mesma há muito tempo. 

 — Foda-se o bebê! - grito, sem saber o que estou dizendo. 

 Minha amiga se assusta, dando alguns passos para trás. 

 — Eu não aguento mais! - com um movimento forte eu acerto minha barriga, uma dor angustiante. 

 — Guilherme! - ela grita. 

 Mais uma vez acerto, não me importando com quem esta ali. Só quero acabar com a dor. 

 As lagrimas não me deixam enxergar com clareza, mas sinto os braços dos meus irmãos me pararem. 

 Arthur não esta aqui, meu pai não esta aqui. Minha vida, que há pouco eu agradecia por tê-la, hoje eu não me importo mais. Prefiro partir, assim me livrando de toda a dor que estão me fazendo passar. 

 — Helena, é seu filho! - a voz embargada de Guilherme exclama, chacoalhando meus ombros. 

 Paro, os pesamentos se tornando reais, e minha visão voltando. Meus irmãos estão agarrados a mim, enquanto o resto me vê como louca. 

 — Meu filho... - murmuro, olhando para baixo. - meu filho. 

 — Helena, seu filho. Seu filho esta ai - ele volta a dizer, tentando me fazer entender. 

 — Meu filho.

 Minhas pernas enfraquecem e eu caio no chão, abraçando a mim mesma. 

 Meu bebê, meu bebê esta aqui dentro. 

 Choro. Choro muito. Na verdade, é ums desculpa silenciosa. 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Olivia?
E o que vcs acham sobre isso? O que vai acontecer com a Helena e o bebê?

Até o proximo.



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