2 MESES DEPOIS...

Estamos magnificas. Gabi usa um vestido justo, preto com lantejolas prateadas no busto. Deborah usa uma saia rodada e um cropped o que marca bem sua cintura. E Selena, com sua meiguice, usa um vestido simples e sapatilhas.
E eu, uso um vestido rodado com tons de cinza e rosa claro, atê o joelho, sem alças, e uma faixa que marca bem minha silhueta.
—feliz aniversario, Lena. - fala Gabi, me abraçando. - e aqui esta meu presente.
Me entrega uma caixinha.
Abro e sorrio para o colar com pingente.
—melhores amigas atê o fim... - murmuro ao ler a frase. - awn, miga. Assim você me faz chorar.
Ri e coloca em meu pescoço e eu coloco no dela.
—ok. Chega de viadagem. - Deborah me abraça. - somos amigas a pouco tempo, mas te desejo um feliz aniversario.
—obrigada.
—bem, é o seu dia. Preparada?
—18.
—18! - gritam e me puxam para fora do quarto. Os garotos estão esperando no andar de baixo.
Gabi corre para os braços de Guilherme, Selena para os de Gabriel e Deborah corre para os de Felipe (um dos jogadores de futebol americano da escola).
Eu sozinha de novo. Eu tambem sou aniversariante!
Heloooou! Alguem? Aff!. Tudo bem, tenho que me contentar com isso.
Entramos na limosine e seguimos para a boate.
Em frente a mesma, tem uma faixa enorme escrita: "Happy Birthday Helena".
Achei super fofo!
Entramos e sou aplaudida. Eles formam um corredor para que passemos.
Ai meu Deus, a sensação de ser poderosa voltou!
Gabi me puxa para o bar.
—por favor, a bebida especial da aniversariante. - pede minha amiga.
O barman nos entrega.
—o que há de errado, Lena? - pergunta me entregando o copo.
—nada. A festa esta maravilhosa.
—algo te preocupa não?
—Gabi me deu uma sensação de nostalgia ao entrar nesta festa.
—de ser poderosa, não é?
Corcordo com a cabeça.
—amiga, vida nova. Todos nós mudamos. Você é a unica que continua com um pé no passado e o outro prestes a cair no futuro. - ela tem gritar mais alto que a musica, para que eu consiga ouvi-la. - vem. Vamos dançar.
Gabi me puxa atê a pista de dança. Começa a tocarCheerleader do Omi e dançamos juntas no ritmo da musica.
Um garoto se aproxima e começa a dançar agarrado a mim. Nos beijamos, mas alguem me puxa.
—hey! - reclamo.
—pare com isso. Você não pode sair beijando todo mundo. - reclama Gabi e Deborah concorda.
—eu sou Helena Lacerda, faço o que quero e posso tudo.
Deb revira os olhos.
—você não é mais popular, Helena.
—todos querem que eu esqueça Arthur. Estou fazendo o possivel. - grito mais alto que a musica. - se vocês parassem de ficar me limitando, talvez eu nunca mais lembre do porque eu estou sozinha na festa mais importante da minha vida e tenho que sair beijando tudo mundo para eu não ficar de vela. - ando para o lado oposto.
—Helena. - me viro e o encaro. O coração palpita e minhas mãos soam. A luz azul e vermelha atrapalha um pouco minha visão, mas reconheço o ser a minha frente.
—Arthur... - começo a andar para fora dali.
Saio da boate.
A rua esta vazia, então me permito parar e controlar a respiração.
—Helena.
—não se aproxime. - falo e o olho. - o que faz aqui?
—eu cheguei a 1 semana. Deborah me avisou sobre seu aniversario e eu resolvi vir.
—resolveu vir? Acha que pode aparecer aqui de cara limpa e me desejar feliz aniversario?
—era a intenção.
—você foi embora. Me deixou aqui, no momento que eu mais precisava.
—você me mandou embora. Disse que não queria olhar mais na minha cara.
—mas não era serio. Você não sabe o quanto eu sofri, Arthur. A pior dor que senti na vida.
—eu tambem sofri Helena. Mais do que imagina.
—as palavras não me valem nada. Eu queria que você demonstrasse isso. Mas você não é capaz disto.
Ele me puxa pelo braço e junta nossas bocas. Uma nostalgia passa pelo meu corpo. Minhas pernas tremem, e as mãos soam. Meus labios formigam.
Mas me desvencio de seus braços, e me afasto.
—o que pensa que esta fazendo?.
 Ele apenas me olha.
—você não tem direito de brincar assim comigo. Não tem direito! - grito furiosa.
Então lagrimas escorrem de minhas buchechas.
Saio o empurrando e entro de volta na boate. As pessoas parecem nem notar, mas os empurro como se precissase fazer tal ato.
Entro no banheiro e me escondo dentro de uma das cabines.
Ele não pode fazer isso. Não pode.