The Dark Side of Red escrita por Katherine


Capítulo 16
Meu passado




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Quando o vampiro adentrou pela porta do quarto, dispensando Félix que estava do lado de fora da mesma, sentou no sofá de canto, tirando o seu manto e esperando até que sua Alyssa saísse do banho. Demorou pouco mais de quinze minutos para que ela estivesse fora do mesmo, já devidamente vestida com uma calça comprida e uma blusa de moletom largo, mesmo que não estivesse tão frio assim. Ela não seria burra de usar roupas curtas com os diversos roxos que estavam espalhados pelo seu corpo e que certamente demorariam alguns dias, no máximo duas semanas, para sumirem. Alexander havia pedido para que algumas empregadas, que foram contratadas apenas para cuidar da comida humana do castelo, fizessem a janta da filha de Aro e pediu para que fosse entregue no quarto. Ela olhou para a bandeja cheia de comidas encima de sua cama e franziu o cenho.

— Não adianta fazer essa cara – o vampiro falou, se levantando e abraçando a noiva por trás – Eu não sou Demetri, e você vai comer tudo.

Ela sentiu seu coração doer ao falar ao ouvir o nome do melhor amigo. Eles não se falavam a mais de um dia, e isso era tortura pra ela. Poucas vezes ficaram tanto tempo sem se falar, a não ser quando o rastreador tinha alguma missão para concluir e ela fosse muito longe. Alyssa sabia que ele estava bem, principalmente que havia passado a noite anterior junto com Jane Volturi, que sempre foi seu sonho, Felix havia contado. Então esperaria até amanhã, quando provavelmente estivesse mais recuperada do cansaço que sua cunhada causou na mesma, para procurar pelo melhor amigo e para que eles estivessem um tempo tranquilo juntos.

— Tudo? – ela arregalou os olhos, sentando na cama, e ele apenas a encarou – É muita coisa.

— Felix me disse que você não comeu nada o dia todo – contou.

— Esse vampiro tem sérios problemas em relação a fofoca, está mais do que claro pra mim – a loira disse, rolando os olhos – Onde você vai?

— Falar com o seu pai – ele disse simplesmente.

— Sobre...? – ela insistiu.

Ele franziu o cenho.

— Preciso saber se existe alguma missão amanhã – comentou.

— Nada agendado, senhor Volturi – a garota brincou, comendo um pouco do que havia em seu prato – Posso confirmar.

Ele riu.

— Claro que pode – andou até a porta – Eu adoraria passar o dia com você amanhã, mas ainda não sei se poderei. É o que preciso saber.

— Na verdade, tinha pensado em passar algum tempo com Demetri – Alec pigarreou – Você sabe que somos totalmente apegados e não temos algum tempo pra nós a algum tempo. Acho que estou precisando conversar com alguém sobre toda essa reviravolta na minha vida.

O vampiro a encarou, não gostando nenhum pouco do rumo que a conversa havia tomado.

— Eu estou aqui – disse – Converse comigo.

— Não faz sentido, Alexander – falou como se fosse obvio – É como falar com a minha mãe sobre como me sinto por ter sido criada por ela. Não faz sentido, entende?

— Posso chama-lo, se você quiser – bufou o vampiro.

— Não acredito que estamos brigando depois de passarmos um dia inteiro longe – ela afastou o prato – Pensei que ficaríamos bem e juntos quando você voltasse.

— Ficaremos juntos quando eu voltar da sala do trono, realmente preciso falar com Aro – suspirou – E tudo bem quanto a Demetri, acho que ele e Jane estão tendo alguma coisa, e da ultima vez que isso aconteceu, nossa briga quebrou algumas estruturas aqui do castelo. Estou tentado ao máximo me controlar.

Alyssa se lembrava disso, da briga em que os dois tiveram a quase três anos atrás. Ela quis matar Alexander por ousar encostar um dedo em Demetri, e hoje em dia, se houvesse outra briga, não tinha noção de como iria reagir. Pensou por um momento em falar com Jane sobre o assunto, para prevenir que algo indesejado acontecesse.

— Vocês não podem brigar – disse com um fio de voz – Não de novo.

— E você não pode ficar sem comer – ele colocou o prato novamente na frente da garota que rolou os olhos – Volto antes que perceba.

Ela concordou vendo-o sair do quarto e rapidamente pegou o telefone do quarto, pedindo para que alguém fosse levar toda aquela comida para longe da garota. Sabia que tinha problemas quanto a isso, mas seu corpo nunca reclamou. Ela era muito bonita estruturalmente e todos achavam isso, já não tinha mais toda a paranoia de alguns anos atrás, mas velhos hábitos são tão difíceis de mudar. Viver num mundo onde só existem mulheres perfeitas é complicado, você deseja tornar-se uma delas, e isso levou a garota psicologicamente ao fundo do poço durante uma fase de sua vida, ninguém sabia, ela conseguiu esconder perfeitamente. Mas ainda não havia se recuperado por completo das asneiras que tinham em sua cabeça. Não conseguia comer com muita frequência e nem em grande quantidade, quando podia fugir ela o fazia sem pensar duas vezes.


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