Home escrita por Thay Paixão


Capítulo 6
capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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CAPITULO 4

Aqui estava eu; sorrindo para Jacob Black, que passara pela fase adolescente e agora era um jovem bonito e forte. Vamos frisar esse forte. Jacob estava investindo na carreira de fisiculturista nas horas vagas do seu trabalho na oficina. A oficina para motos e carros do Jacob em La Push, era a mais procurada na região. A mesa de jantar da minha casa parecia um comercial de natal; todos sorrindo, passando travessas de comida... Eu queria gritar. Parecia irreal de mais.

— Está tudo bem queria? – Charlie sentado ao meu lado apertou minha mão sobre a mesa e sussurrou para mim. Olhei para nossas mãos unidas, e para seu sorriso afável e gentil. Aquele era mesmo meu pai?

— Sim, pai. – Eu com certeza não teria permissão para chama-lo de Charlie na frente dos outros.

— A comida não está boa? Sua mãe preparou as coisas que você mais gosta.

— A comida esta ótima. Só... Estou digerindo muita coisa.

Ele ficou vermelho após eu dizer isso.

Pigarreou.

— Sim, querida. Leve o tempo que precisar.

E dizendo isso puxou assunto com Billy Black, pai de Jacob e melhor amigo dele desde sempre.

— Então Bella; como anda a vida na agitada Los Angeles? Conheceu muitas celebridades?- Sue estava tentando ser gentil. Sorri para ela.

— Quando se mora na cidade delas, você acaba se acostumando a topar com elas, no mercado, na padaria... – Falei agitando as mãos.

— Bella conheceu Jonny Deep, certo irmã?- Ângela disse segurando sua taça de vinho. Notei que ela já estava na sexta taça. Nada bom. Nossa família não tem um bom histórico alcoólico.

— Oh meu Deus! Sam, por favor, vamos passar nossa lua de mel lá? – Leah se jogou nos braços do noivo.

— Vamos de vagar com isso, Baby. Você queria visitar a irmã do Jake no Havaí, lembra?

Leah jogou a mão para o alto em descaso.

— Rebecca não pode competir com a possibilidade de eu topar com Jonny Deep!

Todos riram.

Parecia que meu maior sonho estava se realizando; minha família e amigos na mesa, sendo normais.

Notei que Edward pouco comia assim como eu, e olhava para o celular a cada poucos segundo. Nossos olhos se encontram algumas vezes e ambos corramos; era como ter 12 anos de novo.

— Edward, como anda o time?- meu pai o questionou.

— Oh, os meninos estão ótimos. Sábado começarão os jogos. Mas o time das meninas não... Bom com a saída de Jessica, não temos ninguém para treina-las.

— Jessica Stanley? – Fiquei surpresa ao ouvir o nome da minha amiga de escola. Éramos inseparáveis no colegial.

— Sim, lembra que ela se casou com Mike Newton? Não diga que eu te escondi isso também, dedicamos horas na Skype falando das escolhas dela, desde decoração ao vestido horroroso. – Ângela já tina bebido um pouco de mais.

— Vou pegar um copo de água para você, queria. – Renée saiu em direção à cozinha. Depois de conviver anos com um marido alcoólatra, ela melhor do que ninguém sabe a hora que alguém precisa de um copo de água.

— Jessica está grávida, quase na reta final. O médico recomendou repouso absoluto.

Edward explicou.

— Poxa, as meninas estão tão ansiosas pelo jogo! – Seth pela primeira vez na noite tirou os olhos do celular.

— Pois é. – Edward concordou.

— Não podem arrumar outra?- Questionei

— Os times infantis de futebol são levados bem a serio, estão competindo com todas as escolas da região. Para ser técnico, tem que ter feito parte do time da escola pelo menos.

— Jessica era terrível no futebol. – lembrei.

— Ela era ótima! Vocês sempre ganhavam!- Edward discordou.

— Não estou dizendo que ela era uma jogadora ruim, estou dizendo que ela era terrível no sentindo competição.

— Ah, sim. Lembra quando ela te deu aquele carrinho e você acabou com o tornozelo torcido? – ele sorriu com a lembrança.

— Lembro-me da sua cara de pânico na arquibancada e seus gritos ‘’chamam uma ambulância e a policia! Jessica não pode ficar em sociedade’’ você ficou em pânico, Edward. Não puderam deixar você ir à ambulância comigo.

Ri com a lembrança.

— Eu estava preocupado com você! – Ele colocou a mão no peito sorrindo fingindo falsa indignação.

Rimos um para outro.

— Todos sabem o namorado atencioso que você é querido. – Ângela comentou acariciando o rosto dele.

— Ah por falar em quão atencioso o meu noivo é - e ela pontoou me encarando. – amanhã vou ver a decoração para o casamento com Esme.

— Os preparativos estão a todo o vapor? – Sue questionou.

—Bom, porque não vamos todos para a sala enquanto Bella e eu retiramos a mesa? – papai se levantou juntando as mãos.

— Ótima ideia Charlie. - Jacob saiu levando todos para a sala.

Fiquei sentada a mesa, aguardando a saída de todos.

— Querida, eu sinto muito. – ele começou.

— Não tanto quanto eu, Charlie. – falei pegando alguns pratos e indo para cozinha. Ele me seguiu.

— Estou feliz por você. Mas não entendo... Por quê concordou e me manter longe?

— Eu nunca fui o pai que você e sua irmã mereciam. Estou tomando remédios para controlar a vontade de beber, podemos perder essa casa...

— Isso é verdade?!

— Edward se ofereceu para pagar, mas não posso aceitar.

— Quanto tempo até pegarem a casa?

— Mais dois meses.

—Tive que empenhorar  a casa para cobrir o tratamento da sua mãe.

— Parabéns, fez algo bom. Mas se a perdemos... Onde ela vai morar?

Charlie prendeu todo o ar e o soltou.

— Sua mãe não sabe disso ainda.

— Porra! Não pode ficar escondendo coisas assim!

— Bella, ela esta morrendo! Eu... Eu amei aquela mulher. De muitas formas erradas, mas amei, e não quero estragar os últimos tempos dela, com medo de perder a casa.

Percebi que suas mãos tremiam levemente.

— Olha Charlie, daremos um jeito, ok? Por que você não trás o resto das coisas, e eu vou lavando  e você secando?

Então, lavamos a lousa, conversando amenidades, fui contando um pouco da minha vida em Los Angeles, e ele a sua vida em La Push.

Quando enfim terminamos, as risadas na sala eram um som relaxante.

— Obrigado por nunca ter me odiado Bella.

Ele disse com a mão no meu ombro.

— apesar de tudo, você é o meu pai, e eu sempre te amai.

Seus olhos estavam marejados e antes que eu pudesse chorar ou ele, o abracei. Seus braços me envolveram forte.

— Obrigado, garota. Você é meu maior orgulho.

E como que para evitar que eu chorasse como um bebê, meu celular tocou. Pigarreei.

— Tenho que atender.

— Sim, vou pegar uma cerveja e te espero na sala.

O encarei.

— O quê? A cerveja é pra você. – Desculpou-se e saiu.

— Ei, Rose? – sussurrei ao telefone preparada para tudo; gritos ou choros.

Peguei a porta dos fundos e sai para o quintal. Sentei-me no velho pedaço de arvore caído ali.

— Bela, me desculpe! Eu fui uma boba com você! Você estava certa!

—Não! Eu não tinha o direito de falar daquela forma com você!

— Tinha todo o direito sim, e estava coberta de razão! Estou com saudades!

Ri.

— Eu também. Mais fazem apenas dois dias! E eu tenho tanto a te contar...

— Seu pai ateou fogo na casa? – brincou

— Antes fosse... Seria mais normal, mais esperado...

E contei de forma resumida o que havia acontecido desde minha chega ao aeroporto.

—O quê? Nossa... E eu achando minha vida confusa! Vou ai dar uma surra na sua irmã!

— Oh eu te agradeceria, mas irei cuidar dela a minha maneira.

—Então, eu pedi ao James umas férias, e comprei passagens de avião!

— Ohh e para onde você vai?

— Forks! Eu adivinhei que você precisaria de mim. Tudo bem?

— Vai ser ótimo te ter aqui. –falei com sinceridade.

—então, se prepara, chego daqui a dois dias. Ah, Alec está mandando beijos.

— Mande um na boca dele, se o Magnus estiver por perto.

—Ele esta. Você esteve no viva voz esse tempo todo.

—Rosalie! E seu não quisesse que eles soubessem?

— Querida, eu sempre sei tudo!

Ouvi a voz de Magnus.

— Ok, Magnus. Também te amo.

— Até logo. Bella! Jaja nos veremos.

Desliguei o telefone me sentindo mais aquecida, apesar do frio dessa noite.

— Uma loucura não acha?

Jacob se sentou ao meu lado.

— Uma loucura total.

Concordei pegando a cerveja que ele me oferecia.

— Agora que estamos longe dos outros... Poderia me dizer por que nunca retornou minhas ligações?

Jacob e eu éramos bons amigos. Tínhamos uma paixão comum por motos, e quadrinhos.

— Você nunca me procurou. Achei que não se importasse mais. Então não te adicionei no faceBook novo.

—Bella, eu tentei contado com você inúmeras vezes.

— Com o numero que Ângela deu? – Adivinhei

— Claro.

— Você tem ai?

—Sim.

—Ligue agora.

—Porque...

—Apenas ligue Jacob.

Ele ligou. Até que caiu na caixa postal.

— Meu telefone não tocou. – O estendi em sua direção.

— Não entendo...

—Aparentemente, minha irmã não tentou manter só o Edward longe. – suspirei. - Me de seu número.

Ele me passou seu numero, e liguei.

— Salve.

— eu não entendo... -

— Não tente. Eu também não entendo. – falei levantando. – Vamos voltar, vou congelar aqui fora.

— Vai ficar quando tempo? – Jacob

— O necessário. Quero ficar junto de Renée.

O resto da noite foi tranquilo, conversas jogadas fora. Risadas. Renée parecia radiante e era isso que importava. Charlie era atencioso e carinhoso com Sue, coisa que eu julgava que era não era capaz. Mas eu não conhecia meu pai ser estar bêbado.

Edward foi o ultimo a sair.

Quando Ângela estava à porta com ele, eu os segui.

— Edward, precisamos conversar. – falei

— Pode ser amanhã? Tenho que estar no hospital cedo...

— Tudo bem. Amanhã.

—Às 14h estarei no campinho de futebol. Com os meninos. Sou o treinador deles.

— Imaginei que fosse. – sorri. – Então amanhã.

— Eu ainda estou aqui. – minha irmã se fez presente.

— eu nem percebi. – falei chocada.

— Ângela, também tem algo a conversar com você, Edward.

— Ângela? – ele a olhou. Ela tossiu.

— Não é nada de mais querido. Isso pode esperar. Passarei o dia de amanhã com a sua mãe.

— A noite vocês conversam. – sugeri

— Não temos presa. – ela falou entre dentes.

— Oh, temos sim. – a lembrei

— O que esta acontecendo aqui?

Edward olhava de uma para a outra, de um jeito suspeito.

— Te vejo amanhã, Edward. – Acenei para ele a porta, e fui em direção às escadas. Podia sentir o olhar de Ângela fulminando as minhas costas.

— Aconteceu algo mais entre vocês duas?  - Pude o ouvir falar baixo.

— Amanhã conversamos. Eu te amo. – ela disse e doeu perceber a verdade ali. Ela tinha errado, mas amava ele.

—Também te amo. – ele respondeu.

Fechei os olhos. Todos esses anos imaginei que Edward havia seguido, encontrado alguém e me preparei para isso. Desde que eu não visse, não doeria. Uma estranha, talvez não doesse. Mas aqui, assim... Doía. Muito.

(...)

Eu estava preparada para dormir, quando Ângela chegou ao nosso quarto.

— O papai esta ótimo, não é verdade? – comentou.

— Sim. Estou feliz por isso. – falei sem encará-la. Havia voltado a chover, e eu observava a chuva fina bater na janela.

— Ele te falou da casa?

—Sim. E que Edward quer pagar. Você concorda?

— Edward tem o dinheiro necessário. Ele quis pagar pelo tratamento dela e ele não deixou.

— Eu também não deixaria.

— Então vamos perder a casa.

—Não vou deixar. Darei um jeito.

— Não me entenda mal, Bella. Mas você esta apenas há um ano no trabalho, tem as próprias despesas... Como vai fazer isso?

— Darei um jeito. – afirmei. Ela suspirou

— Olha minha cabeça esta explodindo. Preciso dormir. Dobrei o plantão duas vezes, e estou morta. E ainda bebi de mais. Por favor, não tente me matar enquanto durmo.

—Tentarei.

Ela me encarou. Ri de leve.

— Tentarei não te matar, irmã.

Ela bufou e se deitou na cama.

— Bella?- me chamou de olhos fechados.

—Sim?

— Estou feliz que esteja aqui. É bom ter você em casa.

— Bom é estar em casa.

Concordei.

Eu amava minha irmã. Isso era um fator absoluto, e imutável. E ela me amava, eu sabia. Se ela tivesse que ficar com o Edward...ficaria. Mas ele saberia a verdade. Que ela não permitiu que nos encontrássemos antes. E então ele tomaria a sua decisão, até por que... Será que eu ainda o amava?

 


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Notas finais do capítulo

aiii acho tão bonitinho amor de irmãs! apesar de tudo a Bella ama a Ângela, e a Ângela ama a Bella!
Agora... como será essa conversa da Bella com o Edward? será que vai servir para ver que ainda o ama? aiaiaai
comentem! ;)



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