Home escrita por Thay Paixão


Capítulo 18
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Voltei! aiaiaia como vocês estão? muito obg a cada um de vocês, por cada comentário *_*
sem mais, boa leitura ♥



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Capitulo 12

 

Algumas semanas depois.

 

— Se você não abrir a porra desse exame agora, eu mesma irei. – Rosalie ameaçou pela milésima vez.

—Ele vai confirmar o que eu já sei. – confirmei.

—Bella, você não sabe. Não até abrir.  –Emmett estava serio.

Eu estive esperando o resultado dessa merda a meses. Mesmo. Eu muito provavelmente não podia ter filhos e a prova estava escrita ali, e eles queriam que eu abrisse. Eu tinha esse exame em mãos há semanas, um dia antes de sair de Forks para Seattle. Eu não tive coragem de abrir naquele dia, e não tinha agora. E não tive durante esse tempo em que estou no apartamento dela.

—Bella, querida. Você não pode viver com a dúvida. Veja eu; eu fiz o exame de DNA com o Jasper.

— Isso é uma situação completamente diferente.  – resmunguei.

—Ok, eu não posso viver com o suspense. Deixe que eu abra. - Emmett pegou  envelope do meu colo.

—Emmett! Isso não é da sua conta! – Rosalie reclamou.

—Desculpe, gata. Passou a ser quando vocês me acordaram discutindo sobre isso. Vou abrir.

Continuei a olhar para o chão.

—Bella?!  -Rosalie.

—Apenas abra, Emmett.

Ele abriu. Leu e ficou em silencio. Dobrou o papel, colocou sobre a mesa e foi para a cozinha.

—Emm? – Rosalie o chamou.

—Sim? – ele colocou a cabeça pela porta.

—E então?

—E então o que?

— O que diz o exame?

— Se querem saber o leiam. Eu já sei, não morrei de curiosidade.

— Seu ogro!

—Também te amo! – ele gritou de volta.

Exasperada, levantei e peguei o envelope onde ele o havia deixado. Respirei fundo e o abri. As palavras eram claras e de fácil entendimento.

—E ai? – Rosalie sussurrou colocando a mão no meu ombro.

— Não posso ter filhos. – lhe respondi jogando o papel de qualquer jeito e indo para o quarto.

—Bella!

— Deixe-a Rose. – ouvi Emmett falar. Isso me deixe. Não era surpresa, eu já sabia. Por isso estava tão perturbada com a chegada do filho de Ângela e Edward. Eu nunca o daria um filho.

Meu celular vibrou mostrando a chegada de uma mensagem;

 Um apartamento ou uma casa?

Sorri. Edward era a materialização de tudo de bom que nunca pedi e recebi.

Uma casa. Cachorros e apartamentos não são uma boa combinação.

Não demorou para ele responder.

Sua mãe perguntou por você. Fui lá ontem a noite montar o berço.

Já?

Ela acaba de entrar no sétimo mês e a médica acha que o bebê irá se adiantar. Quando vou te ver?

Suspirei. Eu não posso ter filhos. Se ele ficar comigo, seu único filho de sangue será Anthony. Sim, meu sobrinho tinha herdado o segundo nome do pai.

Olhei para a caixinha de sapatinhos azul marinheiro que eu tinha comprado no dia anterior num impulso e uma tentativa de reaproximação com Ângela.

Resolvi mudar o assunto.

Amanhã vou ai.

Posso fazer o jantar na minha casa?

Você na cozinha? Já estou com fome. Edward cozinhando era uma maravilha, em todos os sentidos.

Tenho aula agora. Falo com você mais tarde. Beijos, te amo.

Também te amo.

Sim eu o amava. Muito. Mas tinham essas correntes invisíveis que me faziam ser, me sentir inferior por saber que não seria mãe. Eu sempre quis. Era o meu plano perfeito.

Mas eu não deixaria isso me atingir, eu não abriria mão dele. Mesmo tendo decidido ficar em Seattle com Rosalie eu continuei a falar com Edward. Eu só o pedia paciência. Minha chefe, Tanya percebendo minha falta de entrosamento no trabalho me chamou para conversar e me indicou seu psicólogo. Depois de algumas sessões eu me sentia melhor. Entendia que não podia controlar tudo e todos a minha volta. Nem mesmo minha vida estava completamente em minhas mãos. Mas a decisão de ser feliz com o que eu tinha era sempre minha.

E eu decidi ser feliz. Edward queira comprar uma casa ou apartamento em Seattle. Ele estava se aproveitando da minha ajuda para isso e embora não estivéssemos falando em morarmos juntos, eu sentia a pergunta muda dele “você ficará comigo?” por isso, acho, ele estava me deixando escolher a casa dele. Por que ele queria que fosse minha também, embora não quisesse me pressionar para isso.

Edward precisava de certeza, e tinha medo de uma negativa minha, eu não estava sendo boa em passar certeza para ele. Mas contrariando todas as possibilidades ele estava aqui, sendo paciente, me esperando e passando todo o seu amor. Eu me arrependeria pelo resto da minha vida se o deixasse ir e outra mulher assumisse o lugar ao seu lado.

Ele não verbalizava muito seus medos nem menos eu. Isso talvez fosse nosso maior problema. O medo de dizer ‘’ ei, Ed, não posso ter filhos, e tenho medo de que você se arrependa de estar comigo. ’’ Ou ele dizer ‘’ ei, Bella, acho que você quer me deixar e fugir da minha vida entediante. ‘’ Era uma situação complicada, e eu queria dar o Nobel da paz e paciência para ele. Ele sabia que meu problema era muito maior que… Talvez uma inveja do que Ângela o daria. Meu problema era que eu nunca poderia dar a ele.

—Bella? Podemos conversar?  -Rosalie bateu a porta.

—Outra hora. -falei de volta.

—Vou para o café: você vai ficar bem?

— Sempre fico- sussurrei e sabendo que ela não ouvira falei mais alto; - Tudo bem, eu tenho compromisso daqui a pouco.

E não era mentira. Minha chefe; Tanya me chamara para um compromisso pessoal essa tarde.

— Tem almoço na geladeira! - Foi sua despedida.

Eu estava orgulhosa de Rosalie.  Durante um bom tempo ela havia sido “a minha garota”. Forte de mais, determinada de mais, porem inocente de mais. E preguiçosa, céus como alguém podia ser tão preguiçosa, ao ponto de ser tão inteligente sem nunca ter tido grandes oportunidades de estudo e ainda assim se contentar com o trabalho para o James?

Assim como acreditei que tomava conta da minha família, pensei que tomava conta dela. Reles engano, Rosalie Lilian Hale nunca precisou da minha ajuda. Eu que era dependente dela.

Não fiquei muito tempo no quarto, logo que Rosalie saiu rumei para o banheiro. Tomei um banho rápido, me forçando a não pensar naquela droga de exame.

Comi um pouco da comida deixada por Rosalie, ela ficaria triste se eu não comesse.

Eu realmente não sabia muito bem o por que de Tanya me chamar para um ‘’passeio’’. Nós não éramos tão próximas assim, e eu também duvidava que ela fosse próxima de alguém de qualquer jeito; era o tipo de chefe que só da bom dia.

Ela estava me ajudando de qualquer forma, e pela sua indicação de psicóloga eu a devia uma.

Nos encontramos numa livraria próxima.

— Fico muito feliz por ter vindo. – ela me cumprimentou.

— Imagina. Eu que agradeço o convite.

—Na verdade, marquei esse lugar por ser próximo a minha casa. Na verdade vamos passear.

—Que tipo de passeia? – fiquei meio tensa. Ela não era uma sequestradora, certo?

Ela pegou no meu braço sorrindo.

—Bella... Eu vou ter um bebê!- ela anunciou feliz.

—AHH isso é ótimo. – a parabenizei. Que situação mais irônica a minha.

— Eu não tenho parentes ou mesmo amigos aqui. A pessoa mais próxima é você. – ela confessou meio sem graça.

—Fico feliz por você considerar tanto. – menti. Eu queria era sair correndo. Tudo que eu não precisava era uma mulher gravida por perto.

— Estou com cinco meses. Tenho que começar a comprar umas coisas...

— Nem parece. – me surpreendi. Minha irmã estava com a barrigada tão grande que parecia dois bebês. E ela poderia estar um pouco inchada apenas.

—Sou muito magra. A medica disso que não farei muita barriga. Uma pena.

Dei de ombros. Não via mal algum em engordar pouco durante a gestação.

—Bom, Bella. Como disse, não tenho amigos por aqui. E bem... queria saber se você aceitar escolher algumas coisas para o bebê comigo.

Eu queria gritar e correr para o outro lado.

— claro. – menti esperando ter sido convincente. Pelo o seu sorriso eu havia conseguido.

— ÓTIMO.

Tanya era uma boa companhia. Passamos a tarde entrando e saindo de lojas e mais lojas que tinham de tudo para bebê. Tanya teria uma menina – fiquei em choque por ela já saber o sexo tendo uma barriga tão pequena e discreta- e sua filha era uma produção independente.

— Meu relógio biológico está apitando. – explicou. – nunca tive muita paciência para relacionamentos, e desde que fui traída pelo meu ex- noivo nunca mais tive relacionamentos estáveis. Eu queria ser mãe.

— Por que não adotou?- questionei.

— Pretendo ainda. Era só que... eu queria sentir um bebê dentro de mim.

Eu nunca sentiria um bebê dentro de mim.

— Está chorando Bella? – limpei a lágrima idiota que caiu.

— Você é uma mulher corajosa. – expliquei.

—Todas nós somos.

Ainda a ajudei com as comprar até seu apartamento. Tanya era uma boa pessoa, meio tímida para juntar trabalho e amizade, mais com certeza era uma boa pessoa. Eu estava feliz por ser sua amiga agora.

Mandei uma mensagem para Edward quando estava a caminho de Forks no fim da tarde. No banco de trás do carro, a caixinha com os sapatinhos de Tony.

Quando já estava na alta estrada, meu celular tocou. Fiquei com medo de atender enquanto dirigia porem ele não parou de tocar. Alguém deixou uma mensagem na caixa postal. Peguei o aparelho mantendo a atenção na estrada, e disquei a caixa postal. Deixei no viva voz.

Bella? Querida, assim que ouvir isso venha para o hospital em Seattle. Sua irmã caiu da escada... Por minha culpa. Por favor... Apenas venha.

A voz de Renée era confusa pelo seu choro, mas a mensagem era clara. Ângela estava no hospital.

Fiz a manobra de volta rapidamente sem o menor cuidado.

Ela tinha acabado de completar sete meses. Cairá de escada? Isso não era nada bom.

Cheguei ao hospital com a respiração entre cortada. O hospital Cullen era grande, aqui eu não iria me aproveitar pelas pessoas me conhecerem, afinal, ninguém me conhecia aqui. Avistei Esme logo na recepção da maternidade.

—Acalme-se querida. – ela logo me abraçou.

— Minha irmã. O que aconteceu?

—Ela caiu da escada. Ficou inconsciente... E teve sangramento... Os médicos tiveram que fazer o parto.

—Já acabou? – eu a olhava em pânico.

—Sim. Está tudo bem com o bebê, o medico garantiu. Ao menos por hora. Ele tem que ganhar peso, e os pulmões ainda são fracos. Mas levando tudo em consideração já é uma vitória.

— E minha irmã?

Ela ficou seria. Seu olhar mais triste.

—Não... Não... Minha irmã não Esme...

—Não querida! Eu não tenho noticias dela! Sua mãe está em cima dos médicos, mas eles ainda não nos passaram nada!

Respirei aliviada.

—E onde está Edward?

— Ele foi ver o bebê. Bella! Espere!

Corri pelos os corredores. Eu havia estado poucas vezes naquele hospital, mas se ele não tivesse mudado as coisas de lugar eu era capaz de encontrar o berçário.

Tentei parecer normal ao passar por duas enfermeiras. Depois voltei a minha corrida.

A grande sala com enormes janelas de vidro estava bem a minha frente. Grudei as mãos no vidro olhando para aqueles bebês, procurando o meu sobrinho. Todos gorduchinhos e sem aparelhos. Onde ficava a UTI neonatal?

—Bella? – uma mão me meu ombro. Olhei e encontrei Ben. O amigo de classe de Ângela que estava em todas as suas consultas. E claro, eu suspeitava de seu amor platônico por ela.

—Ben, onde está meu sobrinho? – eu estava sem fôlego.

—Respire. Não precisamos de outra Swan internada. – sua tentativa de piada falhou miseravelmente.

—Você poderá vê-lo por aqui. Venha.

Ele me conduziu mais adiante.

—Não sabia que trabalhava aqui. – comentei

—Não trabalho. Sou aluno como você sabe. Talvez eu tenha... furtado o uniforme de alguém. Olí. – ele apontou. Colei meu rosto ao novo vidro.

Edward.

Ele estava dentro da sala. Eu podia ver seu perfil. Seu rosto tinha lágrimas, mas o sorriso... Nossa. Isso era chorar de alegria?

Diante dele havia uma incubadora. Firmei meu olhar nela, para ver o pequeno ser ali. Havia mais fios ligados ao seu pequeno corpo do que eu julgava ser possível. Edward tinha uma mão segurando sua pequena mão. E foi ali que eu entendi.

Eu era egoísta por ter me ressentido dele. Nossa historia era confusa, claro. Quem aceitaria o homem que amou durante toda a vida estar com a irmã e ter um filho com ela?

Mas eu amava os dois. Minha irmã e ele. E eu estava feliz por eles, por trazer aquele pequeno ser ao mundo. E ao ver como Edward o olhava eu também entendi que a partir daquele dia eu estaria em segundo plano. Tudo que ele planejasse seria pensando em Antony, ele viria em primeiro lugar em sua vida. E quer saber? Estava tudo bem. Por que aquele pequeno ser, metade minha irmã, metade meu amor, também viria em primeiro lugar para mim. Por que o que causava tanta alegria a Edward, o homem que eu amava, eu também amaria.

—Toma. –Ben me ofereceu um lenço. Não percebi que havia começado a chorar.

—Obrigado. – eu estava em uma montanha russa de emoções. Ele bateu no vidro chamando atenção dos que estavam ali dentro. Um medico, e duas enfermeiras mais Edward.

Edward me olhou surpreso e depois culpado. Sorri para tranquiliza-lo.

—Ben, e Ângela?

—Ainda não sei nada. Estou circulando, tentando saber algo, mas não posso falar diretamente com os médicos. Eles saberiam que não sou daqui. quando souber de algo irei diretamente a você.

Ele começou a fazer o caminho de volta.

—Ei. – o chamei. Ele se virou de volta.

—Espero que ela saiba.

— O que?

— O quanto você a ama.

Ele corou.

— O amor não espera nada em troca. É o que dizem.

—Você merece. Espero que ela enxergue isso.

Ele deu de ombros.

—Tenho tempo para continuar me arrastando atrás dela.

Ri de leve.

Voltei a olhar para o pequeno ser na incubadora.

 Seja forte. Eu pensava. Nós precisamos de você.

—Bella me desculpa. – Edward apareceu ao meu lado. Os olhos vermelhos.

—Não... desculpar pelo o que? – sussurrei colocando as mãos em seu rosto.

Ele fechou os olhos perante ao meu toque.

—Eu não te liguei... eu fiquei louco quando sua mãe me ligou...

—Está tudo bem. Eu também fiquei. O que o medico disse?

—Ele precisa ganhar peso e ficar forte. Mais eles estão confiantes.

—E Ângela?

— Ela não voltou à consciência desde a queda. Tudo depende dela acordar.

O abracei. Eu sabia que ali eu era a mais preocupada com minha irmã e decidi não culpa-lo ou julgá-lo.

Minha família lotou o hospital naquela noite. Charlie apareceu com quase toda a reserva, e ali eu percebi que éramos uma grande família. Alice também apareceu com seu noivo Jasper, e Rosale e Emmett também. Estávamos em uma vigília a espera de Ângela acordar. Tudo dependia disso.

Durante a madrugada uma boa enfermeira permitiu que eu entrasse para ver meu sobrinho de perto. Ele era tão pequeno! Segurei sua mãozinha, e ele apertou meu dedo com força. Ele era um guerreiro.

—Bem vindo Antony Swan Cullen. Você tem uma grande família que te ama muito. Por favor fique forte logo. Eu sou sua tia bobona, chorona e doida. Mas vou te amar e cuidar de você com minha vida. – prometi aos sussurrou.

Depois de dois dias, os médicos confirmaram o que Edward e Ben temiam em silêncio; Ângela estava em coma. Não havia muito o que fazer. Seu coma era profundo e nós só podíamos esperar. A questão era; até quando?


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Notas finais do capítulo

Proximo capitulo virá logo, sem falta, e é da Rose. desculpem, gente, eu precisava chegar até esse ponto :/ Ângela pagando pelos erros dela, e Edward também. Nada é pior do que se sentir impotente para ajudar um filho. enfim, o que acharam?
O amor vence né? o amor da Bella pela familia e pelo Edward, mais forte que o orgulho. ;) bjs :*



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