Home escrita por Thay Paixão


Capítulo 10
capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

A coisa vai ser forte, então segurem os forninhos! rsrsrsrs
novas leitoras, sejam bem vindas! ♥



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Capítulo 6

Bella.

 

Jacob e eu estávamos no pequeno aeroporto de Port Angeles esperando Rosalie. A conversa entre nós fluiu agradável todo caminho. Eu não disponha de carro, Renée tão pouco. Charlie havia ficado com o carro e agora morava em La Push. Havia o carro de Ângela, mas ontem quando cheguei a casa no começo da noite, mamãe tinha dito que ela passaria a noite na casa de Edward.

Edward... Até o nome dele me causava arrepios no estômago, se isso era possível.

Então como eu estava sem transporte liguei para Jacob que prontamente se dispôs a me trazer. Contei a ele que não sabia da doença da minha mãe e que era obra da minha irmã nossa falta de contado nesses anos. Ele a xingou de todos os palavrões conhecidos e mais alguns.

—Bella, isso foi maldade! Edward sentiu muito a sua falta! O encontrei bêbado pelas ruas, sabia?

— Eu não sabia de nada, lembra? – falei com ironia.

— Desculpe. Sua irmã precisa de tratamento. Fazer essas coisas e continuar com cara de paisagem...

— Vamos ver o que irá acontecer depois dela contar ao Edward.

— Você tem muita coragem. – ele comentou enquanto estacionava.

— Como assim?

— Não acha que ela pode inventar outra historia para esconder isso e se safar?

— Não... Ela sabe que errou.

— O tipo de mentira... Bella, sua irmã tem sérios problemas com mentira. Gente assim não fala a verdade sem contar outra mentira.

— Isso foi meio confuso, Jake. – comentei o empurrando com o ombro como quando ele era menor que eu. Ele era enorme agora. Ele riu sem graça. Um homem desse tamanho todo encabulado!

Quando Rose pulou do avião, eu corri em sua direção a abraçando. Fomos para o carro tão envolvidas que nem a apresentei ao Jacob e ele trouxe suas malas sozinho.

No caminho para Forks a atualizei dos últimos fatos, deixando de fora a parte em que beijei o Edward ontem.

— E você vai ser treinadora de um time! Que fofo! – ela bateu palmas.

— Te digo coisas terríveis e você só registra que serei treinadora de meninas de oito anos. – resmunguei.

— Isso é o melhor! – Jacob riu.

— E você nem nos apresentou; Rosalie Hale, melhor amiga da sua amiga. – Rose estendeu a mão para ele do banco de trás e ele tirou uma mão do volante para cumprimentá-la.

— Desculpe. –falei corando.

— Tudo bem. Você tem passado por muita coisa. – ela suspirou.

— E você não?!

— Sim. Mas minha vida é um drama completo, e já esta resolvida! Não verei mais aquele safado! A propósito... Encontrei Riley no voo. – falou despreocupada.

— Riley? Riley Biers? – perguntei chocada. Há muito tempo não falava com meu ex-namorado.

— Sim. Ele esta a trabalho em Seattle e combinei com ele que hoje mesmo iremos encontrá-lo numa boate lá.

— Mas você acabou de chegar! Pensei que queria descansar.

— Descansaremos depois! Temos que aproveitar!

—Rose... Senti sua falta.

Com ela aqui as coisas ficariam no mínimo interessantes.

Na noite anterior.

Casa dos Cullen.

Ângela.

 

 

Depois de passar o dia na companhia da minha sogra e cunhada, morrendo de sonho devo ressaltar, cheguei à casa de Edward por volta das sete horas da noite. Sua irmã havia ficado em Seattle e sua mãe apenas me trouxe para a cidade me deixando a porta de casa. Peguei algumas coisas e fui para a casa de Edward. Ele ainda não havia chegado.

Teria tempo para preparar um pequeno jantar.

Eu teria uma conversa difícil, e não se devem ter conversas difíceis com homens sem o auxilio da comida.

Edward terminaria comigo, eu tinha certeza.

Ele chegou uma hora depois.

— Ang... Não esperava te encontrar aqui. – ele estava encharcado o carpete da sala.

— Como pegou toda essa chuva! – falei indo para a área perto da cozinha onde havia toalhas de banho. Aproximei-me querendo ajudá-lo.

— Tire as roupas. – falei.

— Eu vou tomar um banho. – falou evasivo.

— Está cheio de pudores? Não é como se eu nunca tivesse te visto nú- levantei as sobrancelhas em uma expressão engraçada. Ao contrario do que eu esperava Edward não riu. Gelei. Edward sempre sorria.

— Já volto. – ele se esquivou dos meus braços e subiu as escadas. Fiquei ali, olhando ele ir. Será que Bella havia se adiantado e contado? Não... Ela deu sua palavra. Não teria me entregado depois de dizer que eu deveria contar.

Edward voltou pouco tempo depois vestindo um pijama completo. Ele nunca vestia um pijama completo. Eram sempre apenas as calças.

— Parece bom. –ele comentou entrando na cozinha. Reagindo ao seu jeito um tanto evasivo, fiquei em silêncio a maior parte do tempo. Apenas o perguntei como os meninos estavam hoje no treino e falei como foi a saída com sua mãe e irmã.

— Ah, Bella será a nova treinadora das meninas.

— Nossa! Isso é demais... Vai ser bom para ela. – falei com sinceridade. Bella se relacionar com crianças faria a raiva dela diminuir. Após o jantar, Edward me chamou para assistir um filme na sala de cinema, não em seu quarto. Isso me alarmou. Era hora de começa então, algo havia acontecido.

— Tem algo que precisamos conversar. – ele disse.

— Não... Eu tenho. Disse que precisava conversar antes, então eu começo.

— Já sei que sua mãe a fez jurar que não meteria sua irmã nisso. Não contaria que estava doente. – ele disse dando pouco caso.

— Mas isso não é tudo. Sente-se. – pedi para ele me acompanhar no sofá. Mantive certa distância para poder olhar seus olhos. Aquele mar verde. Céus, ele nunca mais iria me olhar! Respirando fundo, comecei. Tudo. Desde quando ele e minha irmã começaram a namorar, até o dia em que me senti diferente na presença dele. Eu mesma não entendia porem a Dr. Montgomery achava que eu era apaixonado por ele, e por isso não gostava de estar por perto, pois ele pertencia a alguém que eu amava. Cheguei à parte mais difícil; quando impedi que ele e minha irmã se falassem. Quando Bella me falava que sentia a falta dele e eu a mandava conhecer outros caras porque ele já a havia esquecido. Contei toda a minha conspiração e ele apenas ouviu calado com a expressão indecifrável.

Quando acabei, estava chorando. E ele tinha o rosto vermelho. A respiração curta.

Depois de um longo tempo ele falou.

— Você faz alguma ideia da merda que fez? – falou baixo. As palavras saindo entre dentes.

— Eu sinto muito. – sussurrei

— Isso não muda porra nenhuma! – ele gritou.

 Pronto. Ai estava à reação. Ele segurou meu queixo com força me obrigando a olhá-lo. Seus olhos estavam em tempestade. Olhavam-me com fúria.

— Você fudeu com a vida da sua irmã! E com a minha! – ele gritou me segurando com força. Comecei a chorar.

— Eu não queria que fosse assim! – sussurrei

— Se não queria, porque inventou tudo isso! Cinco anos, porra! Cinco anos mentindo!

— Edward... por favor...

— Por favor é o caralho! Você... Você é louca?! Você encobriu a mentira a sua mãe... Eu achei porque foi você acuada, mas você amou não é mesmo? Amou cada momento em que seus pais pediam para proteger Bella, a manter longe, porque assim você mantinha sua farsa!

— Não era uma farsa, eu amo você. – falei entre lágrimas.

— Que amor doente é esse?! Que amor coloca você acima de quem você ama? Que amor mente e manipula... ÂNGELA OLHE PARA MIM! – ele gritou puxando meu rosto para cima de novo. Ver aquele rosto em fúria direcionado para mim doía mais que seu aperto em meu rosto. Ele estava com o rosto banhado em lágrimas.

— Eu realmente acreditei que poderia amar você. Desapegada a si mesma, disposta a salvar vidas, cuidando dos pais... Tudo mentira.

— Nada do que sou é mentira. – falei chorando.

— Tudo em você me parece mentira agora. – ele falou me soltando.

Ficou de costas mexendo nos cabelos.

— Você passou quase cinco anos mentindo pra mim. Entende que construímos um relacionamento em cima de mentiras? – falou de vagar, ainda de costas.

— Eu não menti sobre quem sou.

— O fato de você contar mentiras tão grandes... Só faz você ser uma grande mentira. Você sabia que eu amava sua irmã mais que tudo. Sentia a falta dela e ela a minha. Você poderia ter parado isso, e não fez. Só alimentou minha raiva dela por pensar que ela não se importava com a mãe. Você fez de mim, o homem que diz amar, uma pessoa horrível!

— Você não é horrível! – gritei

— Apenas saia daqui, Ângela. – ele sussurrou.

 - Edward... – tentei me aproximar.

— Saia daqui. Não suporto nem olhar você.

Peguei minha bolsa e sai daquela casa. Fui para casa controlando as lágrimas e a dor no peito. Minha cabeça latejava, minha visão estava turva, minha nuca doía. Quando cheguei não tive coragem de entrar. Estacionei o carro mais a frente, e fiquei ali mesmo, chorando.

 

Edward.

Noite de sábado.

Depois de passar o começo da noite com Bella, apenas a beijando na chuva, e olhando, eu fui para casa com o coração pesado.

Havia realizado o que sonhei nos últimos anos, beijei aqueles lábios que tanto amava, olhei de perto aquele rosto tão querido, e mesmo assim, o sentimento de culpa não me deixava, e como poderia?

Eu havia cedido ao meu mais profundo desejo; ter Isabella Swan em meus braços outra vez, com isso o sentimento de culpa era sufocante, afinal, eu era noivo da sua irmã agora. Isso era errado. Eu nunca deveria ter ficado com Ângela. Mas ela era... Como uma brisa de verão. Quando tudo parecia perdido, e eu vivia só para o hospital, ela estava ali precisando de ajuda e me ajudando. Tirando-me de detrás da mesa lotada de papel para sair para um bar e beber, para ir ao um show qualquer.

Ângela era meu porto seguro.

Como eu poderia olhá-la agora? Eu a havia traído com sua própria irmã! Pior... Eu ainda amava a sua irmã.

Nenhuma palavra foi dita naquele fim de tarde. Bella e eu apenas nos beijamos, sorrimos e nos despedimos sem dizer absolutamente nada. Dizer algo tornaria a coisa toda muito real. Faria parecer real que eu havia traído a irmã dela, que eu a havia colocado nessa situação difícil. O que eu faria agora? Reataria com Bella? Ou foi apenas um momento de fraqueza de ambos e ela não sente nada por mim? Bom, seus olhos me mostravam sentimento muito profundos. De alguma forma, apesar do tempo perdido, ela ainda me amava. E para ser sincero, eu a amava também, eu a queria de volta, não importava o ''porque'' de ela não ter me procurado antes.

Ver Ângela ali, na minha casa cozinhando como em qualquer outra noite foi demais; ela era boa demais. Eu era horrível; estava prestes a ser a causa da briga dela com a irmã. Eu teria que contar. Nada tendo como base mentiras ia a diante.

E antes que eu falasse, ela me soltou a bomba.

Eu me sentia destroçado. Cheguei a acreditar que a amava me sentia péssimo por ainda amar a Bella... E eu estava sendo fudidamente enganado por ela.

Não me orgulho do fiz a seguir; entrei em meu quarto, e quebrei algumas coisas. Eu precisava sair dali. Abri meu guarda roupa, jogando coisas para o alto em busca de uma roupa. Até que me deparei com um pequeno embrulho de presente. Curioso, a raiva deixada de lado. Peguei o pacotinho branco. Abri. Seu conteúdo mudou todo o rumo que eu estava traçando na minha mente.

Um pequeno par de sapatinhos brancos de bebê e um bilhete.

‘’Estou chegando, papai. ’’

Eu estava perdido. Toda a força saiu de mim, toda a raiva. Eu olhava aquele pequeno par de sapatinhos sem entender. O que seria a partir de agora?

Domingo à tarde, casa dos Swan.

Bella.

 

Quando Jacob deixou Rose e eu em casa, Ângela estava com a cara inchada na sala. Mamãe falava com ela.

— Oi gente... - Falei sem jeito. – Essa é Rosalie.

Dona Renée hospitaleira como sempre, veio abraçar Rose e a puxou para a cozinha não a deixando ver Ângela.

Essa que me olhava com ódio mortal. Deu um sorriso estranho.

— Ele me odeia Bella. Parabéns.

— Eu não tenho culpa.- falei – Você procurou por isso.

Ela levantou e parou diante de mim.

— Vai ficar com ele, agora? Ele deve te odiar tanto quando me odeia. Teríamos uma boa vida, se você não me obrigasse a isso.

— Mentiras não nos levam a coisas boas, Ângela.

— Quem se importa? Acabou. –ela falou e subiu para o quarto.

Doía-me. Doía muito vê-la assim, porem ela procurou por isso. Eu não me desculparia dessa vez.

Evitando entrar no quarto, vesti uma roupa de Rose no quarto de Renée. Jacob veio nos buscar no começo da noite para irmos para Seattle encontrar Riley. Renée prometeu ligar caso Ângela precisasse de algo.

(...)

A noite estava sendo o que prometera quando a companhia era Rosalie e Riley. Ele estava mais lindo do que lembrava. Logo se deu bem com Jacob e nós quatro fazíamos uma boa equipe de noitada. Até paramos em um restaurante calmo para jantar ás nove da noite. Edward estava lá com Ângela. Eles estavam bem próximos conversando seriamente.

—Seria melhor irmos para outro lugar? – Rosalie.

— Com certeza. – confirmei.

Mais tarde, já tomada pelo álcool, Rosalie e eu estávamos no banheiro de uma boate e ela começou.

— Pensei que eles tivessem terminado! – ela reclamou.

— Nós nos beijamos. - sussurrei

— Quando?! –Ela arregalou os olhos

— Ontem no campinho. – comecei a chorar.

— Ah, Bella! Não chora.

Duas amigas bêbadas no banheiro de um bar. Uma chorando copiosamente. Por que Ângela e Edward estavam jantando depois de uma briga?

No final das contas, um Riley um tanto sóbrio me levou para fora da boate. munido de garrafinha de água, ele me sentou numa parte da calçada pouco movimentada. minha cabeça estava clareando.

— Onde está Rose?- perguntei

— Lá dentro com o Jacob. Aqueles dois desconhecem o termo ''bêbados de mais para dançar''. - falou rindo.

— Isso é uma frase, não um termo. - resmunguei.

— Essa é minha garota; bêbada e inteligente.. - ele se jogou ao meu lado passando um braço pelo meu ombro.

 - Olha, enquanto você e a nova morena do país estavam no banheiro, Jacob me contou sobre seu ex e sua irmã.

— Jacob-boca-quente. - bufei

— Que seja. O ponto é; se ele ama você, e você o ama, fiquem juntos, por favor.

— É estranho ouvir isso de você. Você não é o senhor '' a farra vem em primeiro lugar?''

— Sim, mas o amor vem em segundo. - ele piscou para mim.

— Não quero que isso custe a minha família. Minha mãe esta morrendo Riley. Não quero perder minha irmã.

— Se ela te amar de verdade, você não a perderá. Porque ela sabe que errou com você, e esta ocupando seu lugar.

— Esta vendo novela mexicanas de novo? - o provoquei.

Ele deu de ombros culpados.

Depois ficou sério.

— Quero que você seja feliz, Bella. Você merece. Tudo que você conquistou... Foi sozinha. Seus pais não estiveram lá para ver, mas eu vi. Eu me orgulho de ter sido seu namorado, e você me salvou de muitas formas. -ele olhou me gravemente, lembrando de quando nos conhecemos e ele era envolvido com drogas. Eu lutei para tirá-lo daquele meio, e ele passou a ser um estudante ''zoero-exemplar'' da faculdade.

— Se esse Cullen realmente te amar, e vocês ficarem juntos... Ele será um cara de sorte.

— Obrigado por existir, Riley. - sussurrei. ele passou um braço pelos meus ombros.

— Obrigado por fazer de mim quem sou. - Beijou o topo da minha cabeça.

Eu havia prometido não pensar no passado. Eu fiz minhas escolhas, e se nunca tivesse saído de Forks não teria conhecido Riley e Rose. E teria sido uma pena.

Eu enfrentaria o que tivesse que ser, como sempre fiz, e se Edward quisesse estar ao meu lado...

Nós enfrentaríamos isso juntos.

Meu amor pelo minha irmã não poderia ser maior que o dela por mim.

Não desistiria do homem que eu amava se ele me quisesse.


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Notas finais do capítulo

uiuiuiu Quantas emoções, em?! Pois bem gente, não me matem por essa gravidez! :s
comentem :> Não demoro a voltar ;) comentem, beijos :*



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