The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 7
Uma Ajudinha




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A quarta - feira chegou rápido e logo eu tinha a minha tão amada aula de Feitiços em dupla com a Sonserina. Annelize e eu nos sentamos na bancada da frente. Já haviam se passado dois dias desde meu sonho estranho, mas eu raramente me lembrava dele, graças à enorme quantidade de deveres.

Na verdade nós não tivemos muito trabalho; primeiramente porque o professor Flitwick, como todos os outros professores, havia passado os primeiros quarenta minutos da aula falando sobre os N.O.M.s. Depois nós apenas relembramos os Feitiços Convocatórios.

Annelize não era tão boa em feitiços quanto era em Poções, por isso combinei com ela que a ajudaria a treinar os Feitiços Convocatórios e ela me ajudaria a passar em Poções.

A sineta tocou avisando o término da aula, mas eu permaneci em meu lugar. Annelize me encarou, curiosa.

— Você não vem? - perguntou.

Me levantei, colocando minha bolsa no ombro.

— Vou falar com o professor Flitwick primeiro. - avisei - Nos encontramos no lago.

Ela acenou e saiu da sala.

Professor Flitwick sorriu para mim quando me aproximei de sua mesa.

— Em que posso ajuda-la, senhorita Knight? - perguntou com sua voz levemente esganiçada.

— Bem, - comecei - o senhor sabe que eu sempre fui fascinada pelo Feitiço do Patrono. - pausei para ver se ele me interromperia, como não, eu continuei - Eu li e pesquisei bastante sobre esse feitiço, mas o máximo que eu consegui foi um escudo prateado. - o encarei - Queria perguntar se o senhor me ajudaria a conjurar um patrono corpóreo.

Flitwick pareceu pensar por alguns segundos.

— Mas é claro! - respondeu - É claro que eu irei ajudar minha melhor aluna! Espere meu aviso, senhorita Knight, dizendo o horário em que nos encontraremos.

Sorri abertamente.

— Obrigada professor Flitwick! - saltei levemente e sai correndo da sala de Feitiços. Iria encontra Lissie e contar as novidades.

***

Corri até o lago, tomando bastante cuidado em onde pisava, pois havia chovido e poças de água agora se espalhavam pela grama. Annelize estava encostada no tronco de uma árvore, com os braços cruzados e batendo o pé no chão. Com certeza impaciente. Ela me viu e agitou os braços.

Corri mais um pouco para alcança-la e parei em sua frente, sorrindo.

— Bem, - ela gesticulou exageradamente - você vai me contar algo ou irá continuar com esse sorriso no rosto, Knight?

Revirei os olhos diante ao mal humor dela, mas rapidamente voltei a sorrir.

— Primeiro, você lembra que eu era completamente louca pelo Feitiço do Patrono? - perguntei.

— Lembro. - respondeu ela.

— E que eu queria muito aprender a conjurar um Patrono corpóreo? - perguntei.

— Sim, sim. - ela agora estava curiosa para ver aonde eu ia chegar.

— Então, eu falei sobre isso com o professor Flitwick disse que iria me ajudar! - gritei - Isso não é demais?

— Puxa, Mia, isso é maravilhoso! - Lissie sorriu.

— Ah. - hesitei por um momento - Tem outra coisa que eu queria te contar também.

Lissie me olhava curiosa.

— O que é? - perguntou.

— Me enviaram uma carta, sem remetente. E eu não reconheci a coruja. - contei, tirando o pergaminho de uma divisória de minha bolsa - Aqui. Não é exatamente uma carta, como você pode ver...

Annelize ficou olhando para o desenho encantado, sorrindo e traçando o contorno do botão que se abria em uma rosa.

— Merlin, isso é lindo! - ela me entregou o pergaminho e eu voltei a guarda-lo - Quem enviou isso deve ser um admirador bem romântico. Tem certeza de que não sabe quem enviou?

— Não, eu realmente não tenho nenhuma ideia de quem pode ter me enviado isso. - respondi, enquanto caminhávamos de volta para o castelo. Parecia que a cada dia que passava ficava mais frio.

***

Me sentei em uma mesa em meu Salão Comunal a noite para por em ordem os deveres. Bem, pelo menos eu estava tentando fazer meus deveres, mas Cho Chang e suas amigas risonhas estavam sentadas próximas a mim, conversando e dando risinhos. Não estava conseguindo me concentrar. Por que não podiam ser mais silenciosas? Será que não viam que a maioria dos alunos ali estavam ocupados com os deveres?

Juntei todas as minhas coisas e rumei para o meu dormitório, do qual a passagem ficava do lado direito da estátua de Rowena Ravenclaw. Parei por alguns instantes em frente a estátua; me lembrava que em meu primeiro ano eu costumava ficar olhando para ela como uma louca. Será que a bela Rowena era realmente assim como a estátua de mármore a retratava? Com cabelos longos e um rosto levemente arredondado? O flash de algo passou por minha mente, mas se foi tão rápido que não pude identificar o que era.

Balancei a cabeça, saindo de meu transe, e continuei meu caminho para o dormitório feminino. Enquanto subia as escadas de mármore, a Dama Cinzenta descia flutuando. Dama Cinzenta é o fantasma da Torre da Corvinal. Ás vezes ela pode ser um pouco hostil com os alunos que não são de nossa Casa e muitos alunos preferem ignora-la, mas Luna Lovegood e eu muitas vezes já conversamos com ela.

Por isso, quando nos encontramos na escada, sorri e a cumprimentei.

— Olá.

— Olá, Amélia. – ela me lançou um raro sorriso e me olhou com atenção – Você está diferente.

Isso foi algo estranho de se dizer.

— Diferente? – perguntei confusa – Diferente como?

A Dama Cinzenta me encarou por mais alguns segundos.

— Está cada vez mais parecida com uma Corvinal. – respondeu e então atravessou uma parede e sumiu.

Eu realmente não sabia o que pensar daquilo.

O dormitório estava vazio; as meninas com quem o dividia haviam ficado no Salão. Melhor assim. Troquei meu uniforme por minhas roupas de dormir e me enfiei debaixo dos cobertores azul anil de minha cama. Fechei os olhos por um momento, apreciando o barulho do vento passando pela Torre. Era relaxante.

Olhei para a escrivaninha ao lado da cama, a que me pertencia para sentar e ler ou escrever ou desenhar. Lá estava Os Contos de Beedle, O Bardo, minha mãe costumava ler para mim quando eu tinha uns quatro ou cinco anos, e eu acabei me afeiçoando aos contos. Por isso ainda os lia em certos momentos.

Ainda deitada, ergui minha varinha.

— Accio— falei firmemente apontando a varinha na direção do livro e ele voou para minha mão.

Abri o livro aleatoriamente, e parei em A Fonte da Sorte. Era o meu conto favorito. Comecei a ler, até adormecer.

"No alto de um morro, em um jardim encantado envolto por muros altos e protegido por poderosa magia, jorrava a Fonte da Sorte..."


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