The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 3
Expresso de Hogwarts




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Meus pais e eu atravessamos a barreira entre as plataformas nove e dez na estação King's Cross. Havia muitas pessoas na plataforma nove e três quartos, lotada como sempre. O grande Expresso de Hogwarts era tão vermelho que me lembrava sangue. Preferia que fosse azul.

Enfim, olhei para os lados procurando Annelize, mas ela não parecia estar em lugar nenhum. Talvez já estivesse dentro do trem, faltava apenas alguns minutos para as onze.

— Muito bem, estude bastante esse ano, Amélia. - minha mãe me abraçou apertado - Me deixe orgulhosa como você sempre deixou.

— Eu vou mamãe. - sorri.

Meu pai abriu os braços e eu me joguei em cima dele.

— Boas aulas, Mia. Se meta em confusão por favor. - pediu ele e minha mãe bateu em seu braço. Eu ri.

Um apito soou e eles gesticularam para eu entrar.

Eu andei pelos corredores procurando um compartimento vazio, ainda não tinha encontrado Lissie. Esbarrei em um menino.

— Desculpe. - pediu ele timidamente.

Olhei para ele por uns segundos e o reconheci. Ele era da Grifinória, estava no mesmo ano que eu.

— Você é o Neville. - eu disse. Ele pareceu surpreso por eu saber seu nome. Então eu me lembrei de ter boas maneiras - Desculpe, meu nome é Amélia Knight. - estendi a mão e ele apertou.

— Eu sei. Da Corvinal. - disse ele, um pouco sem jeito.

Ficamos parados um olhando para o outro, no meio do corredor. Percebi que ele havia ficado mais alto desde o ano anterior.

— Mia? - ouvi a voz de Lissie atrás de mim.

— Oi Lissie. - me virei para ela.

— Oi. - ela respondeu, olhando de mim para Neville com uma expressão curiosa estampada em seu rosto - Oi Neville.

— Oi. - ele devolveu o cumprimento e murmurou algo sobre precisar ir a algum lugar e saiu.

— Vem, eu já achei um compartimento vazio. - ela iria me questionar, eu tinha certeza.

*****

— Um Grifinório? É sério isso? - exclamava Lissie, enquanto comia uma varinha de alcaçuz.

Eu estava tentando ignorar o falatório sem sentido dela e me concentrar no livro de feitiços que estava lendo. Mas isso era praticamente impossível. Já fazia uma boa meia hora que ela estava falando sem parar.

— Eu conheço ótimos Sonserinos, Mia! Adria Pucey cumprimentou você, e agora você fica parada no meio de um trem conversando com um Grifinório! – a voz dela esganiçou levemente - Tudo bem que eu não tenho nada contra o Neville, mas ele é um Grifinório!

— Annelize, eu estava apenas me desculpando com o Neville por ter esbarrado nele! - senti minha paciência diminuir.

— Mas não foi o que pareceu! Vocês dois... se olhando no corredor... Se o Adrian visse vocês dois, as chances dele te chamar para ir a Hogsmead acabariam!

Meu aborrecimento momentâneo deu lugar a vergonha.

— Eu já disse que Adrian Pucey não quer nada comigo! - falei - E quero que você jure por Salazar Sonserina que não vai agir como um cupido. Me prometa, Annelize. - disse em voz firme.

Lissie me olhou como se eu houvesse tomado dela seu livro de poções favorito.

— Prometo. - disse de má vontade.

— Ótimo! Agora posso dormir sossegada. - sorri - Toma. - estendi mais alguns doces para ela, que se sentou novamente.

Cruzei as pernas e voltei a ler meu livro de feitiços. Minha ambição era consegui executar perfeitamente o feitiço do patrono. Talvez professor Flitwick pudesse me ajudar...

Uma batida no vidro do compartimento chamou minha atenção e a da Lissie também. Um menininho que eu reconheci como sendo da Corvinal, segundo ano eu acho, estava parado lá fora. Acenei com a mão para ele entrar, gostava de ser gentil com as crianças mais novas e Lissie também.

Ele entrou, segurava uma caixa de sapos de chocolate na mão.

— O que foi? - perguntei suavemente.

— Me mandaram te entregar isso. - ele me deu a caixa e saiu rapidamente da cabine, não me dando chance de perguntar que havia mandado me entregar.

Olhei para Lissie, ela parecia estar fazendo muito esforço para segurar o riso. Ergui minhas sobrancelhas e ela gargalhou.

— Você ainda diz que ele não quer nada com você! - ela respirou fundo, se acalmando - É, pelo visto eu não vou precisar mesmo ter o trabalho de...

— Lissie o que você estava fazendo antes de me encontrar? - perguntei, desesperada para mudar de assunto - Eu te procurei mas não te achei.

— Ah, eu estava com o Draco. - ela sorriu - Conversamos um pouco sobre quadribol, até a maldita da Parkinson chamar ele para a reunião com os monitores. Eu juro que ainda vou usar uma Imperdoável nela. - rosnou.

— Eu também não gosto dela. - falei pensativa, e era verdade. Pansy Parkinson sempre me chamava de traidora de sangue e outras coisas, mas em minha opinião, Pansy não gostar de mim não era um insulto.

Suspirei e voltei a ler meu livro, torcendo para não ser mais interrompida.


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