The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 2
Beco Diagonal




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Antes de começar o meu quinto ano em Hogwarts, fui com meu pai e minha mãe ao Beco Diagonal comprar os materiais.

Minha mãe ia em minha frente, enquanto saiamos da loja da Madame Malkin, falando sobre como era importante eu me aplicar mais nos estudos esse ano por causa das N.O.Ms e que eu precisava seguir uma boa profissão, dentre outras coisas. Meu pai ia ao meu lado imitando minha mãe em silêncio e me fazendo rir.

— Pare de debochar, Henry! O futuro da sua filha é importante! - reclamou mamãe, quando viu meu pai a imitando.

— Eu sei, Cassandra! Mas Mia precisa ter um descanso! Precisa arranjar um pouco de confusão na escola... - ele piscou para mim rindo. Mas minha mãe recomeçou a falar.

Minha mãe era uma Inominável, e trabalhava no Departamento de Mistérios. Ninguém sabe o que os Inomináveis fazem, é ultra - secreto. Meu pai também trabalha no Ministério, mas no Departamento de Cooperação Internacional em Magia. Entendo o por que de eles quererem que eu estude tanto. Mas isso não era um sacrifício para mim, eu era uma Corvinal de qualquer forma.

— Mia! - ouvi uma voz gritar na rua, me chamando.

Annelize Grey veio correndo até onde eu estava com meus pais.

— Oi Lissie. - nos abraçamos.

— Oi Mia! Que bom rever você! - ela exclamou ainda me abraçando. Eu ri; ela tinha ido em minha casa na semana anterior.

— Oi senhor e senhora Knight! Como vão? - ela cumprimentou meus pais.

— Estamos bem, Lissie. E seus pais, onde estão? - perguntou minha mãe, sorrindo.

— Estamos aqui! - exclamou George, o pai de Lissie, se aproximando com Jocelyn, a mãe dela.

George tinha os cabelos castanhos claros e os olhos cor de mel idênticos aos de Annelize. Ele também trabalhava no Ministério da Magia, como meus pais, mas no Departamento de Transportes Mágicos. Jocelyn tinha os cabelos loiros escuros e os olhos castanhos claros, trabalhava no Hospital St. Mungus. Os dois sorriram para mim e começaram a conversar com meus pais, deixando eu e Lissie de lado.

— Agora eles nos ignoram, acredita? - reclamou Lissie, gesticulando em direção aos adultos - Mas então, o que falta na sua lista? - perguntou, erguendo a sua própria lista de materiais.

Olhei minha lista.

— Só falta comprar os livros desse ano. - respondi.

— Pra mim falta a mesma coisa. - disse minha amiga, mas então ela fez a expressão de que se lembrou de algo - Mas eu preciso ir até a loja de Animais Mágicos comprar a comida da Flora. - Flora era a gatinha dela, muito fofinha com o pelo cinzento.

— Com licença. - interrompi a conversa de meus pais.

— Que foi, Amélia? - perguntou minha mãe, que raramente me chamava por Mia.

— Eu e a Annelize vamos terminar de fazer as compras. Só falta mesmo uma loja. - disse.

— Claro! - exclamou meu pai - Nos encontramos então daqui a quarenta minutos na Sorveteria Florean Fortescue! - ele piscou para mim e para Lissie.

— Isso, senhor Knight! O senhor fala a minha língua! - Lissie gargalhou.

Enquanto caminhávamos até a Floreios e Borrões, fiquei pensando em quanto nós havíamos mudado desde o primeiro ano. Annelize tinha cortado os cabelos até ficarem na altura dos ombros, lisos. O meu tinha crescido, até o meio das costas.

— ... e isso foi uma injustiça! - terminou Lissie, me fazendo sair de meus pensamentos.

— O que foi uma injustiça? - perguntei - Desculpe, eu estava distraída.

— Distraída? Se um garoto lindo estivesse passando em sua frente, aí você poderia se distrair e não prestar atenção nos desabafos de sua amiga! Mas não, eu sou tão chata que você prefere me ignorar, é isso? - ela perguntou de forma dramática, mas dando um sorriso. Empurrei ela fracamente com meu ombro.

— Mas de que você estava falando? - voltei ao assunto.

— Da babaca da Pansy Parkinson ter sido nomeada monitora junto com o Draco! O meu Draco! Que injustiça! - ela falou com raiva. Annelize Grey tinha uma queda por Draco Malfoy desde o terceiro ano; eles eram amigos já que ambos eram Puros Sangue e pertenciam a Sonserina.

Suspirei. Eu não queria ser monitora, mas minha mãe queria tanto que eu fosse que eu fiquei chateada quando não mandaram o distintivo junto com as listas do quinto ano.

— Ei. - Lissie me abraçou pelo ombro - Tenho certeza de que você vai ser Monitora - Chefe no sétimo ano! - ela tentou me animar. Sorri fraco.

— Obrigada. - agradeci.

— Bem, - ela espalmou as mãos uma na outra - agora vamos nos concentrar em arranjar um namorado para você!

— O quê? - perguntei em voz esganiçada; talvez eu tivesse ouvido mal.

— Você me ouviu. - ela ergueu as sobrancelhas - Eu tenho o Draco, embora ele ainda não saiba, falta você.

Eu ia responder quando a nossa frente, saindo da loja de Artigos de Qualidade para Quadribol, o artilheiro do time de Quadribol da Sonserina Adrian Pucey me olhou e pareceu me reconhecer.

— Oi. - cumprimentou ele sorrindo e depois se afastou.

Fiquei estática por alguns segundos; eu não era uma aluna da Sonserina, nem mesmo era do mesmo ano dele, mas ele me cumprimentou como se nos conhecêssemos. Quer dizer, eu o conhecia por causa dos jogos de quadribol que eu assistia em Hogwarts, mas mesmo assim...

O que foi aquilo? — perguntou Lissie, se apoiando em meu ombro enquanto entravamos na Floreios e Borrões.

— Aquilo o que? - perguntei, tentando fazer a quentura em minhas bochechas diminuir. Eu detestava enrubescer.

— Adrian Pucey falou com você! - ela elevou um pouco o tom de voz.

— Ele só disse oi, Lissie. - censurei.

Ela revirou os olhos.

— Eu só o vejo falando com Sonserinos! Como é que de uma hora para a outra ele cumprimenta uma Corvinal que nem está no mesmo ano que ele?

— Eu não sei! - exclamei frustrada. Ainda sentia meu rosto quente.

— Mas eu sei! - Lissie tinha agora um sorriso estranho no rosto - Quando voltarmos a Hogwarts ele vai convidar você para ir com ele na casa de chá da Madame Puddifoot!

Senti-me corar mais ainda quando ela mencionou o lugar mais visitado por casais em Hogsmead.

— Não vai ter nada de Madame Puddifoot, Annelize! - falei, tendo agora dificuldade para encontrar o livro que precisava - Ele é mais velho que eu!

— Só um ano! - ela rebateu e eu revirei os olhos - Tudo bem, conversaremos sobre isso no Expresso de Hogwarts, comendo doces. Você não vai escapar desta conversa! - ela estreitou os olhos.

Por fim consegui achar nossos livros e pudemos ir para a sorveteria.


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Notas finais do capítulo

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