Alvo Potter e a Sala de Espelhos escrita por Tiago Pereira


Capítulo 10
Capítulo 10 — O abominável Clube de Poções


Notas iniciais do capítulo

BOA TARDE, GENTE! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Vamos para mais um capítulo desta fanfic que eu escrevi com muito carinho. Mas antes, gostaria de agradecer a todos que comentaram, os números da fanfic subiram muito nas últimas duas semanas e isso vem me deixando muito animado para continuar postando!
AVISO IMPORTANTÍSSIMO NAS NOTAS FINAIS!!!
Boa leitura.



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A NOTÍCIA NÃO DEMOROU MUITO a correr por todos os cantos do castelo, embora os professores não tenham dito nada sobre o assunto; a não ser o Prof. Godunov, que discutia até mesmo com os quadros.

— Os aurores sempre tiveram o meu apoio — dizia o retrato de Walter Aragon, enrolando sua barbicha.

— Não acreditem nesta mentira disfarçada! — O professor rosnava e brandia seu cajado.

Somente o Quadribol tinha o poder de desviar o foco de todos no sábado. Finalmente os testes começariam e os alunos do primeiro ano teriam a oportunidade de realizá-lo sem restrições. A Grifinória iniciaria o dia de testes, criando uma atmosfera diferente sobre as outras, porque era a única equipe a remontar o seu plantel do goleiro ao apanhador.

— São quase vinte aspirantes inscritos, dá para acreditar? — vangloriou-se Sean Glascott, dando mais uma analisada no pergaminho. — Você não está entre eles, Alvo, por quê?

Alvo, que acabara de chegar no Salão Principal, sentiu um desejo repentino de atirar seu suco de abóbora em Sean. Ele deveria se inscrever? Só porque seu pai fora apanhador, não significava que ele também deveria ser, pensou em responder, mas refutou educadamente:

— A concorrência é grande.

— Uma pena — lamentou Sean. — Quem sabe no próximo ano?

Do outro lado da mesa, Tiago, Alaric e Carl quebravam ovos crus em seus cálices e mandavam goela a baixo, contraindo uma careta.

— Que diabos vocês estão fazendo? — questionou Dominique, com a mão no estômago.

— Proteína... — explicou Carl, soluçando.

— ... vamos fazer o teste... — continuou Alaric.

— ... e este é o nosso tônico. — Tiago limpou o fio amarelo que escorria no queixo com o dorso da mão e soltou um arroto. — O tônico dos vitoriosos!

— Isto para mim se chama indigestão instantânea — replicou Dominique.

— Eles têm razão, Nique — disse Constatina Courtenay, uma garota com um laço na cabeça da mesma turma que Dominique. — Ovos são riquíssimos em proteína, mas o ideal seria cozinhá-los.

O teto do salão resplandecia. O céu estava azul-miosótis e só haviam fiapos de nuvens ondulando a abóboda. Na mesa dos professores, Merle Copperfield avaliava um muffin como se uma banana de dinamite estivesse pronta para explodir ante os seus olhos. Alvo achava incrível o modo observador que o homem tinha, apesar de ser enigmático na maioria das vezes.

— Como acham que Rodric Hotwan fugiu? — perguntou Fergus Finnigan em um murmúrio.

— Aposto que ele era um animago não-registrado e simplesmente escapou — arriscou Ravi Thomas, crente nas suas palavras.

— Duvido muito — intrometeu-se Rose. — Não há indícios de que ele seja um e sem mencionar que o Ministério da Magia jamais daria suporte a um meliante.

— E você tem algum palpite, por acaso? — impacientou-se Rhonda Byrne. — Não duvido nada que ele tenha usado alguma Chave de Portal ou tenha aparatado, simplesmente.

Rose deu um riso em gozação.

— Se eu fosse você não teria tanta certeza disso — disse com mau humor. — É impossível que alguém aparate em Azkaban com os encantos de lá e, a menos que você esteja dizendo que o meu tio, Percy Weasley, chefe do Departamento de Transportes Mágicos e braço direito do Ministro, seja um cúmplice disso tudo, sua teoria está completamente errada. Sem falar que o rodízio de aurores é muito eficiente. Honestamente, prefiro acreditar no que é crível, apenas.

— Parece que a Profa. Minerva não irá se pronunciar — comentou Alvo, que não tirava os olhos da Mesa Principal. — Ela me parece preocupada...

— Não é para menos, Alvo — disse Wayne, como se tudo fosse óbvio. — Você crê, de verdade, que um cara como o Rodric Hotwan se entregaria aos aurores sem nenhum motivo aparente?

— Bem... hã... faz sentido — hesitou Alvo. — Mas o que levaria ele a se entregar?

— Olha, eu realmente não faço ideia — Wayne deu de ombros. — Talvez, quem sabe, ele cumpriu o que deixou pendente da última vez que estava solto.

Assim que o café da manhã foi se encerrando, a maior parte dos estudantes saiu em direção do estádio de quadribol. Rose, contrafeita, insistiu que Alvo e Wayne deveriam praticar mais o Feitiço de Iluminação para o Prof. Flitwick, porém os garotos a arrastaram junto com eles até a arquibancada para ver os testes. Na porta do estádio, Fred e Roxanne, com suas Indefectíveis Lentes Detectores de Logros, revistavam aluno por aluno.

— Bom dia, querido primo — cumprimentou Fred. O menino fez Alvo abrir os braços e as pernas. — Filch está nos pagando vinte galeões para garantir que ninguém estrague os testes, sabe. Confiscamos dois espelhinhos que serviriam para atrapalhar a visão do goleiro. Você pode passar, está limpo.

— Boa sorte, então — desejou Alvo, procurando um lugar nas arquibancadas. Wayne e Rose se juntaram logo em seguida.

Psiu! — O menino ouviu chamar. Enfiado em vestes escarlates e com um binóculos em mãos, o Prof. Longbottom acenava para o afilhado, que se acomodou ao seu lado com os amigos. — Como vão, senhores e senhorita? — O rosto redondo do Prof. Longbottom ostentava um sorriso.

— Bem, obrigado — responderam em coro.

— O que houve com sua perna? — Rose apontou para o tornozelo enfaixado do Prof. Longbottom.

— Ah! — desdenhou o Prof. Longbottom. — Apenas uma experiência com o sexto ano. Já adianto que a próxima aula de vocês será o máximo!

— O que vamos aprender? — perguntou Alvo, preocupado. — Não vamos nos machucar, certo?

— Claro que não, eu não permitiria. — E piscou para o afilhado.

No campo, Sean dividiu os estudantes por posição. Em uma rápida inspecionada, Alvo percebeu que nenhum aluno do primeiro ano se arriscara a fazer o teste. Tiago estava em um grupo numeroso de artilheiros com apenas uma garota e, durante as duas horas de teste, ficou claro que ela era melhor do que a maioria dos novatos, que mal conseguiam dar uma volta em torno do estádio sem quase quebrar o pescoço. Somente dois candidatos poderiam ingressar na equipe, uma vez que Sean ocuparia a última vaga. Por fim, o capitão acabou selecionando Violeta Brunner, pequena e ágil, e Tiago, que anotara dez gols

— Muito bom, muito bom. — Sean aplaudia e marcava um ponto ao lado do nome dos selecionados. A maioria dos alunos saíram praguejando contra o capitão. — Aos que não foram selecionados, mais sorte na próxima vez.

Tiago, que obtinha uma gorda vantagem por possuir uma Varápidos, se aproximou da arquibancada que o irmão estava e lhe lançou um sorriso presunçoso. Alvo sentiu as orelhas queimarem, por isso, desviou o olhar e focou no teste dos goleiros — o menor dos grupos divididos por Sean. Dentre os quatro candidatos, dois deles não conseguiram salvar mais do que três gols, porém Joffrey Killingworth, de quebra, defendeu seis bolas arrematadas contra os aros.

— Parece que encontraram o goleiro — disse Wayne, anuindo com ânimo diante da performance do rapaz duas vezes maior e mais forte que ele.

— Ainda falta o Alaric, Wayne — corrigiu Rose, corando levemente. Apressou-se em completar: — Espero que ele consiga.

Próximo deles, uma garota de cabelos longos e cacheados e um queixo proeminente tapava o rosto com as mãos. Alvo queria fazer o mesmo, torcia muito para que Alaric fosse escolhido, mas as chances pareciam ligeiramente remotas e ficou com medo que alguém gozasse de seu receio.

Entretanto, quando Alaric se posicionou entre as balizas, suas preocupações foram embora. O menino defendera quatro tiros consecutivos, arrancando um coro de vivas dos espectadores; até Sean se rendeu aos talentos do menino. Apesar de levar dois gols, agarrara tão facilmente as outras quatro penalidades, que nem mesmo Joffrey Killingworth acreditava no que via. Apesar de quase arrancar os seus cabelos em tanta frustração, o concorrente deu um aperto de mão em Alaric, que conquistara a vaga no time.

Os batedores satisfizeram Sean. Carl Aingremont, com seus ombros largos, rebatera com força os balaços — um deles passou raspando a cabeça de Ryan McGonagall —, conquistando seu lugar na equipe com a ótima pontaria. Matilda Mumps, uma garota de braços grandes como presuntos, fazia os balaços voarem para longe do seu campo.

No final, para completar a equipe, só faltava o apanhador. Para assistir a escolha do último integrante, uma verdadeira multidão havia se formado na plateia, somando os alunos da Grifinória e os rejeitados no teste, além dos estudantes das outras Casas infiltrados.

Pouco mais de meia-hora depois, somente três candidatos sobraram: Miguel Hammer, quintanista extremamente popular entre os colegas, Daniel Dencourt, franzino e ágil, e Ralph Butland, o mais velho entre todos, tinha um estilo parecido com Máximo Brankovitch Neto, segundo o Prof. Bagman, que se juntara ao Prof. Longbottom durante os testes.

— O senhor já não deveria estar aqui desde o início, Prof. Bagman? — perguntou Alvo, confuso.

— Ah... mas é claro, Sr. Potter! — respondeu como quem pensa em uma mentira. — Só que o zelador Filch me chamou para ajudá-lo a retirar uma infestação de fadas mordentes no banheiro dos monitores, entende...

Perto da tarde, Daniel Dencourt foi integrado com louvor ao time da Grifinória, após capturar o pomo em espetaculares um minuto e quinze segundos, sendo o mais rápido. Na saída do estádio, muitos alunos reclamavam que o teste foi injusto e que a Grifinória perderia de novo o campeonato para a Lufa-Lufa. Dominique quase partira para cima quando ouviu chamarem Matilda de “mais homem que o próprio Sean”.

— Acalme-se, Nique — apaziguou Constantina. — Eles vão engolir tudo o que disseram, pode ter certeza.

Os novos jogadores vinham no pelotão de trás entre os estudantes. Empertigado como um pavão, Tiago andava serenamente com seu sorriso típico. Alvo e Wayne não resistiram à tentação de cair na gargalhada, porém, notaram que foram um dos poucos que achavam que Tiago estava parecendo um idiota daquele jeito. A maior parte dos colegas aplaudia e assoviava a procissão do time para fora do campo. No céu, as nuvens haviam se engrossado e escurecido, o sol já não ardia mais como no início da manhã.

— Que vocês acham que o Hagrid tem? —Rose perguntou baixo ao ver de longe o corpanzil do meio gigante andando de um lado para outro.

— Espero que tenha comida — disse Alvo, o estômago rugindo de fome apesar do reforçado café da manhã.

Quando alcançaram a orla da floresta proibida, encontraram Hagrid atarantado com uma saca de folhas secas em mãos. O pequeno beagle, Noel, saiu de trás de um canteiro de morangos e correu na direção do dono, mas parou de chofre quando a corda que o prendia chegou ao limite. O cão choramingou e deu um latido de estremecer o chão.

— Está tudo bem, Hagrid? — preocupou-se Rose.

Hagrid se virou para as crianças e soltou um uivo de susto. O seu rosto peludo suava e seus olhinhos de besouro se estreitaram.

— Claro que está! — respondeu com um sorriso forçado. — Por que não estaria?

— Você parece perturbado — comentou Wayne, encolhendo-se toda vez que Noel latia.

— Eu estou muito bem, tronquilhos... — rosnou e deu mais uma volta em torno de sua cabana.

Tronquilhos? — repetiu Alvo, abismado. — Desde quando você nos chama de tronquilhos?

Os três começaram a seguir o encalço de Hagrid.

— É. Tronquilhos — respondeu Hagrid com um bufo. — Criaturinhas bem incompreendidas, achei um bom apelido.

— Está nos chamando de incompreendidos? — questionou Alvo. Hagrid não respondeu, apenas continuou a chutar os tocos de madeira espalhados em torno de sua residência. — Por que não nos conta de uma vez o que está havendo?

Hagrid parou por um instante e se virou para o trio.

— Está bem, está bem — cedeu. — Vocês venceram. Venham, entrem logo...

Hagrid estava muito tenso, o rosto por trás da barba já possuía uma cor arroxeada e ficou ainda mais acentuada quando começou a preparar o chá. Alvo trocava olhares inquisitivos com os amigos, do tipo, o-que-deu-nele? O meio gigante serviu a bebida em três xícaras e ofereceu uma tigela de mingau de aveia mais escura do que o normal. Com um buraco insaciável no estômago, Alvo engoliu uma colherada da gororoba, arrepiando todos os seus pelos por culpa do gosto intragável.

— Certo, Hagrid — começou Rose após bebericar o chá. — Conte-nos o que aconteceu.

— Não sei se devo. — As manzorras de Hagrid estavam úmidas ao extremo. — É um assunto confidencial entre mim e Merle Copperfield!

— MERLE COPPERFIELD?! — exclamaram as crianças juntas.

O rosto de Hagrid perdera completamente a cor.

— Bem... — tentou se explicar. — A Profa. McGonagall me avisou que ele iria fazer uma vistoria pela minha cabana e, vocês sabem, se ele encontrar estas criaturas por todo o canto... Céus, sabe lá Deus o que ele poderá fazer comigo!

— O que poderia acontecer assim de tão ruim? — perguntou Wayne.

— A situação é mais grave do que parece — Rose tratou de responder. — Ninguém se pronunciou sobre a rendição de Rodric Hotwan e eu fiquei sabendo que Copperfield revistou o estoque de poções da Profa. Monet e tentou confiscar o cajado do Prof. Godunov. E é um pouco óbvio o porquê, não acham? — Os garotos fizeram cara de dúvida. — Alvo, você não se lembra do que lhe contei? Hotwan já esteve em Hogwarts e ninguém tem ideia do que ele procurava! E se essa coisa continua em Hogwarts? E, se ela não está, quem sabe se ele já se apoderou?

— Rose tem razão — concordou Hagrid. — Rodric Hotwan é um homem perigoso. Não era lá muito inteligente, mas conseguiu se infiltrar com a ajuda de alguém em Hogwarts. Ninguém sabe quem foi, só que o professor Oakden Hobday foi demitido antes mesmo do verão. Dizem que ele facilitou a entrada da Legião Escarlate. Bobagem.

Hagrid pareceu zangado consigo.

Legião Escarlate? — repetiu Wayne, enfatizando as palavras.

— Olha, isto não é assunto para vocês — protestou Hagrid com impaciência. — Não me perguntem mais nada. Agora, se me dão licença, preciso tirar estes faisões do teto.

— Quer ajuda? — perguntou Rose, desprezando os acenos de cabeça de Alvo e Wayne.

— Não — recusou Hagrid, crente que os garotos fossem pedir mais informações. — Mas mesmo assim obrigado, Rose.

— Então nós voltamos outra hora — disse Alvo com cautela. — Até mais, Hagrid.

— Até — retribuiu Hagrid. — E jurem que não vão se meter em encrenca, hein.

— Hum... Olha, Hagrid, isso eu já não posso prometer — respondeu Alvo com sinceridade.

Os garotos tomaram o caminho para o Saguão de Entrada. O cheiro de batata frita vindo do Salão Principal já impregnava todo o castelo e o estômago de Alvo roncou novamente; estava morto de fome. Na mesa da Grifinória, os novos jogadores recebiam uma atenção especial dos outros alunos; Tiago parecia gostar do assédio. A mesa da Corvinal estava quase vazia àquela altura.

— Testes — explicou Lucy, cortando o seu rosbife. — Espero que não façam a mesma algazarra que os garotos da Grifinória fizeram.

— Ah, qual é, Lucy. — Daniel Dencourt surgira, fazendo Lucy ficar da cor-de-beterraba. — Quadribol é uma festa!

Os meninos riram entre si. Alvo enchera seu prato com tomates assados, cogumelos, linguiça e feijão; a comida de Hogwarts era simplesmente a melhor que já provara em sua vida. Para seu conforto, ninguém prestava muito atenção na sua voracidade, uma vez que a euforia dos testes ainda reinava na mesa. A sensação de estômago cheio era prazerosa, mas a memória dos deveres pendentes quase o fez engulhar. Assim que Wayne terminou de comer o terceiro pedaço da torta de pêssego, os garotos subiram a escadaria de mármore, mais vazia que o habitual. Rose, no entanto, parou quando os garotos chegaram no quarto andar.

— Vou à biblioteca — disse. — Vejo vocês mais tarde.

— O que você vai fazer lá? — replicou Alvo.

— Ler livros, é claro — respondeu Rose com impaciência e andou, fugaz, pelos corredores do quarto piso, sumindo da vista dos amigos.

— Queria tanto descobrir um atalho para o sétimo andar — lamentou Wayne, bufando.

— Alguém disse atalho? — Os meninos ouviram uma voz fraca e quebradiça. Viraram a cabeça e notaram que era o retrato de uma senhora trajada de vestes antiquadas, como uma freira. Havia uma frase em latim no painel de madeira (mirabile visu), e o nome cravado em uma placa dourada: Edessa Skandenberg. — Suponho que sou a pessoa certa para lhes ajudar, nobres rapazes.

— Jura? — perguntaram Alvo e Wayne em conjunto, a excitação tomando os seus corpos.

— Sim, afinal, já fui diretora desta escola por muitos anos — gabou-se o retrato. — Conheço inúmeras passagens e atalhos que nem o mais astuto dos bruxos conhece. Compreendo os segredos dos trouxas mais do que qualquer outro ser mágico vivente nesta escola. Domino os segredos deste castelo como Salazar Slytherin dominava a ofidioglossia.

Os garotos fizeram uma cara de incompreensão.

— Para descobrirem o atalho — prosseguiu Edessa Skandenberg. — terão de encontrar o quadro do homem de três rostos, no quarto andar.

Com um rápido agradecimento, Alvo e Wayne galgaram ao corredor que Rose entrara há instantes atrás. O andar estava ligeiramente cheio de alunos que entravam e saíam da biblioteca. Os garotos caminharam discretamente e dobraram a primeira esquina, topando com um corredor menor e mais estreito. Havia uma armadura alta em um canto e inúmeros quadros preenchendo a parede.

— Um deles é do homem de três rostos — disse Alvo. — Vamos procurar.

Naquele claustrofóbico e intrigante corredor só existia uma porta à esquerda; até mesmo os quadros tinham um quê enigmático. E então ele viu: feliz e jubilando, o homem de três rostos se encontrava no âmago de uma das paredes. Alvo e Wayne se aproximaram.

— Com licença — disse Wayne. Os três pares de olhos se ergueram. — O senhor sabe onde é a passagem que dá acesso ao sétimo andar?

— Lamento profundamente em informar-lhes que não sou a pessoa certa a dar-lhes a resposta — inferiu a boca da esquerda.

— Não? — questionou Alvo, justificando em seguida. — Um dos retratos da escadaria nos disse que você sabia...

— Veja bem — disse a boca do meio. — Existe outro “eu” neste andar. Não há dúvidas de que ele lhe dê a informação que precisa. Vire à esquerda e chegará ao seu destino.

Sem objeções, os garotos seguiram em direção do outro corredor, que, diferentemente do anterior, era escuro e empoeirado. Parecia que ninguém entrava há muito tempo lá. Não haviam portas, estátuas, e os poucos quadros que tinham arremedavam aos mortos. No final do corredor, ocupando a maior parte da parede, Alvo e Wayne visualizaram o outro retrato do homem de três rostos, isolado. Os meninos desemaranharam as teias de aranha que reluziam sobre a pintura. Alvo pigarreou.

— O senhor pode nos ajudar?  — Os três rostos continuavam a dormir com ternura. — Alô?

Um dos olhos ergueu a pálpebra.

— O que querem? — perguntou com avidez a boca da esquerda.

— Gostaríamos de saber onde fica o atalho para o sétimo andar — explicou educadamente Alvo.

— Hum... vão embora — rosnou a boca do meio.

— Por favor, senhor — implorou Wayne. — Prometemos não contar a ninguém.

Os outros cinco olhos se abriram de uma vez.

— Vocês não são os primeiros a pedirem esta informação — disse a boca do meio. — E nem os primeiros a tentarem entrar nesta passagem.

— E por que não nos mostra? — retorquiu Alvo.

— Porque ela só é mostrada aos dignos — falou a boca da direita. — Se vocês acertarem uma charada, eu lhes mostro a passagem secreta e poderão utilizá-la quando quiserem.

Alvo e Wayne se entreolharam. Os dois tinham o mesmo sentimento: ir pelas escadarias era mais eficiente, mas descobrir um atalho tornariam as coisas mais fáceis. Logo, aceitaram o desafio.

— Um viajante acabou de fugir de uma tempestade e precisa de um local para se refugiar — começou a boca da direita. A boca do meio deu prosseguimento. — Então, ele encontra três cabanas: a primeira está repleta de focos de incêndio; a segunda foi invadida por homens armados até os dentes; a terceira contém leões que não se alimentam há três meses. — A boca da esquerda finalizou: — Qual delas é a mais segura?

Alvo raciocinou. A primeira não parecia má opção, desde que ele tivesse sorte o suficiente para não virar churrasco. A segunda exigiria complacência demais aos homens. A terceira seria, talvez, o pior caminho. A situação era impossível de se imaginar pela perspectiva do viajante, porém, como Rose dissera no trem a caminho de Hogwarts, a vida tem vários ângulos.

Colocou-se no lugar dos habitantes. Na primeira não existia ninguém, mas as chances de morte eram iminentes. Na segunda cabana, pensou, se ele fosse um homem armado jamais deixaria um estranho entrar. Poderia roubá-lo e assassiná-lo durante a noite. Agora, se fosse um leão que não se alimenta há três meses... Bem, à esta altura já estaria... morto.

— É isso — Alvo murmurou para si. — A terceira cabana é a correta, porque leões que não comem há três meses não estariam vivos!

— Está correto — disseram as três bocas. Assim como a Mulher Gorda, o retrato girou e uma passagem surgiu. Os garotos se infiltraram nela e viram o quadro tapar acesso.

O local lembrava as escadarias do castelo, mas eram menos imponentes e somente alguns archotes iluminavam o local.

— Um bom momento para praticar o Feitiço da Iluminação, não acha? — sugeriu Wayne. 

Depois de muito tentarem agitar as suas varinhas, Alvo e Wayne finalmente conseguiram projetar um lume que clareou o caminho até o sétimo andar. Nem em seus sonhos mais otimistas Alvo imaginou encontrar uma passagem secreta em Hogwarts em menos de um mês.

A Torre da Grifinória encontrava-se ligeiramente cheia. Victoire estava sentada perto da lareira com suas amigas, Dominique lia mais uma edição d’A Garota dos Segredos e McLaggen fazia vistoria pela sala comunal. Os garotos apanharam seus materiais e procuraram uma mesa livre para terminarem os seus deveres de casa. Nem tinham em mente que uma redação de Poções poderia levar uma tarde inteira.

Alvo já havia amassado o terceiro pergaminho quando a noite chegara. Já era quase hora do jantar e ele nem tinha finalizado seu relatório de Defesa Contra as Artes das Trevas. Queria deixar as tarefas de lado e procurar os colegas, que não deram as caras o dia todo. Somente depois do jantar que Rose apareceu, o rosto resplandecia comparado ao dos amigos, duas figuras mórbidas.

— Eu avisei para fazerem tudo mais cedo — Rose riu.

— Alguma novidade? — Alvo mudou de assunto, feliz por parar de escrever.

— Ainda nenhuma, voltarei amanhã à biblioteca — disse Rose.

— Afinal, o que você estava procurando? — perguntou Wayne.

— Alguma coisa sobre a Legião Escarlate — respondeu Rose.

— Pelo visto não encontrou nada — concluiu Alvo. 

Rose sacolejou a cabeça.

— Mas Hagrid nos deu informações importantes — continuou.

Alvo queria mergulhar de vez neste assunto, mas lembrou que tinha coisas mais importantes a tratar naquele momento. Imaginou que, se não entregasse sua tarefa de Transfiguração, a Profa. Aingremont o transformaria em uma agulha antes que ele aprendesse o Feitiço da Comutação.

Como em um lampejo, meados de outubro chegou. A reunião do Clube de Poções seria naquela noite, treze de outubro, de acordo com o seu convite. Não sabia se era bom ou ruim. Tiago não parava de importuná-lo por isso, repetindo inúmeras vezes por dia que ele se encontraria com os colegas da Sonserina que ele merece, o que era uma verdadeira mentira. Estaria com Louis, mas, do que seriam capazes dois leões em meio a um bando de serpentes?

A Sra. Potter mandara a terceira carta da semana. Alvo se sentia muito feliz em receber correspondências de sua casa, Íris nem tanto. A coruja fazia o mesmo trajeto diversas vezes por semana e já começava a demonstrar sinais de cansaço. Alvo, apesar da relutância, escreveu aos pais para que mandassem somente uma carta por semana, até que a coruja-da-igreja se recuperasse.

— Prometo que terá o seu descanso em breve. — E acariciava as penas da cabeça de Íris.

O outono chegara em Hogwarts. O frio se intensificara há algumas semanas e garoava quase todos os dias. O Prof. Godunov já não aguentava mais os alunos confundirem Vênus com Mercúrio, por mais que fosse difícil distinguir os corpos celestes com tantas nuvens no caminho. Na verdade, o Prof. Godunov estava muito tenso desde que setembro acabou. Segundo ele, o fenômeno que ele previra nunca estivera tão próximo quanto agora.

Aquele dia transcorrera como um borrão e, quando viram, já era a última aula antes do jantar: Defesa Contra as Artes das Trevas, com o Prof. Silvanus. A maneira que o homem ensinava era incrível, por isso suas aulas eram aguardadas com ansiedade. Em tão pouco tempo, já haviam aprendido a desarmar, e alguns alunos, como Alvo e Willow McMillan, a se defender.

Pirraça, o poltergeist, adorava importunar o Prof. Silvanus e seus alunos. Já acertara Drika Owin com um apagador, deixando um galo do tamanho de um ovo na sua testa, e escrevera palavrões no quadro negro. Porém, em dias de aulas práticas, preferia ficar longe dos lampejos.

Chicebolt é cabeça-de-bagre! — entoava Pirraça. — Tem que se esconder antes que alguém o flagre!

A aula, entretanto, não foi empolgante como das últimas vezes. O Prof. Silvanus encheu a lousa com instruções de como tratar um ferimento ocasionado por magia e deixou os alunos copiarem — o que levou muito tempo. Em todo canto surgiam burburinhos e especulações.

— O que deu nele? — Alvo quis saber.

— Dizem que Merle Copperfield teve uma longa conversa com ele — disse Rose, incerta.

— Não acham que vão demiti-lo, acham? — Alvo transbordava preocupação.

Wayne e Rose morderam o lábio, sem saber o que responder.

Assim que a sineta soou, Alvo notou nas olheiras profundas do Prof. Silvanus. Estava tão infeliz quanto o quadro do homem de três rostos, que encontrara no mês passado. Queria saber o que se passava com o professor, mas o compromisso do Clube de Poções o fez debandar o mais rápido que pôde da sala de aula.

— Até mais tarde — Alvo se despediu dos amigos.

— Se precisar de nós, estaremos na biblioteca depois do jantar — avisou Wayne.

Junto de Louis, Alvo seguiu até o Saguão de Entrada, onde alguns alunos falavam com aspereza sobre o Clube de Poções. Sem dar muita bola, os garotos desceram até a masmorra número cinco, onde o som das vozes e risos aumentavam progressivamente.

O escritório da Profa. Monet lembrava um reduto construído para a Sonserina. O teto estava forrado com extensas lonas verde e prata e as mobílias estavam todas decoradas com esmeraldas. A Profa. Monet vestia uma batina preta e seu chapéu cônico tradicional apresentava uma textura diferente, para dar a impressão que era a escama de cobra. Ainda por cima, a maior parte dos alunos era da Sonserina, como esperado.

— Potter, Weasley! — exclamou a Profa. Monet, sacudindo seu cálice de rum de groselha vermelha. Os garotos se embrenharam na porta e a maioria dos olhos se voltaram para eles. — Venham, a Srta. Smith está ensinando a preparar uma dificílima poção de limpeza!

Por um momento, Alvo desejou pisar em brasas, porque as masmorras eram o cômodo mais frio que o menino já entrara no castelo. Para sua sorte, conforme se aproximavam do aglomerado de alunos, mais aconchegante o local ficava. Karoliny Smith era uma garota alta e magra do quinto ano; aparentemente, uma das poucas alunas da Lufa-Lufa no recinto.

— ...despeje oito folhas de menta inteiras e mexa rapidamente no sentido anti-horário. — O caldeirão começou a soltar uma fumaça densa. — Quando a poção ficar verde clara, diminua a velocidade dos movimentos.

— É bom vê-lo por aqui, Potter. — A voz arrogante de Scorpius Malfoy ressoou em seu ouvido. — Você também, Weasley.

Alvo e Louis giraram, deparando com a ínfima turma de sonserinos que Malfoy trouxera consigo. Alícia sorria amargamente ao vê-los, enquanto sua prima, Charlotte, demonstrava um claro desconforto com a situação.

— Não posso dizer o mesmo — respondeu Alvo.

— Não estamos a fim de conversar agora, Malfoy — reforçou Louis.

— Quanta indelicadeza — disse Alícia. — Acredito que não vão querer arrumar confusão por aqui, não é mesmo?

A garota tinha razão, refletiu Alvo. Criar um tumulto em meio a tantos sonserinos era como desfraldar uma bandeira escrita expulsem-me. Para evitar que a Grifinória perdesse pontos, Alvo tornou a prestar atenção em Karoliny Smith, que acrescentava raspas de gengibre na sua poção.

— ...o último passo é adicionar 100 mililitros de hidromel depois de deixar a poção descansar por cinco minutos — dizia a garota de nariz arrebitado.

— Ótimo, então uma pausa de cinco minutos — falou a Profa. Monet. Alvo não queria ficar mais um segundo lá. — Não deixem de visitar a mesa de petiscos, as tortilhas de rins estão divinas!

Os garotos se apressaram em se apresentar à bancada farta de comida. O cheiro estava deixando Alvo tonto de fome. Serviu-se com um sanduíche de carne e queijo, que estavam mornos pela temperatura da masmorra, mas que não interferiu no sabor.

— Que clube merreca — queixou-se alguém perto do ombro de Alvo. Era uma menina de belíssimos cachos ruivos e rosto travesso. À primeira vista, poderia ser facilmente confundida com uma Weasley. — Você é o irmão do Tiago, certo?

— S-sou — gaguejou Alvo. — Prazer.

— Sou Hilda Withby — apresentou-se a garota. — Está a fim de dar o fora daqui? Eu fui a única garota da Grifinória do terceiro ano a ser chamada e isso está um tédio.

Alvo anuiu, tímido.

— E então, Potter júnior, vai me ajudar a nos tirar daqui? — atiçou Hilda.

— Não é mais fácil pedir à professora? — retrucou Alvo, receoso. Tinha uma vaga lembrança de que Hilda Withby era a garota azarada que deu início a uma noite de desventuras para ele e o irmão.

— Ah, não, isso seria uma extrema falta de educação — Hilda se justificou. — Sem mencionar que temos menos de dois minutos antes que a Smith volte a preparar a poção.

— Você quer sabotar a poção dela? — exclamou Alvo, incrédulo.

O medo abateu Alvo. Não tinha audácia o suficiente para estragar algo que não fosse dele, principalmente quando se tratava de um motivo banal. Tudo aquilo soava completamente errado e ele não podia ser tão influenciável pela opinião dos outros, afinal, não fora ele quem conseguira convencer o Chapéu Seletor a colocá-lo na Grifinória?

— E-eu... eu não posso... fazer isso — disse Alvo, os lábios tremendo. De certa forma, o garoto tinha raiva de Hilda.

A garota crispou os lábios, torceu o nariz e deu as costas para Alvo, encaminhando-se à porta pela qual entraram os alunos. Por incrível que pareça, ninguém deu a menor atenção a Hilda, porque Karoliny Smith retornara a preparar sua poção da limpeza.

— O que deu na Srta. Withby? — perguntou a Profa. Monet.

— Hã... banheiro — mentiu Alvo.

Por cima do ombro, o garoto reparou que Scorpius estava parado um pouco atrás dele, desacompanhado, um brilho diferente nos seus olhos cinzas, indecifráveis. Se não fosse tão estranho, Alvo diria que havia uma pontada de tristeza rondando-o.


Alvo estava ciente de que não se divertira nem um pouco quando tomou o caminho das escadarias com Louis. A Profa. Monet vivia fazendo brindes em homenagem a Salazar Slytherin, enquanto os Crawford o importunaram quase que que a reunião inteira, sem que ele pudesse fazer nada. Se ele soubesse usar uma azaração...

Apesar de cansado, Alvo disse ao primo que se encontraria com Rose e Wayne na biblioteca.

Rose passava as últimas semanas inteiras na biblioteca, na expectativa de encontrar alguma coisa sobre a Legião Escarlate, mas Alvo não alimentava essa esperança. Não tinha muito tempo entre os intervalos das aulas e a preguiça de adiantar os deveres era maior do que a vontade de passar algumas horas na biblioteca. Ninguém podia julgá-lo, ele tinha suas prioridades. Ora relaxava no salão comunal, ora assistia aos treinos da Grifinória com Wayne.

Resolveu esperar um pouco do lado de fora no corredor para saber se tinham encontrado alguma coisa. A resposta só viria dez minutos depois, quando Rose e Wayne se reuniram a ele com um livro velho e surrado em mãos.

— Como foi a reunião? — perguntou Wayne.

— Normal — Alvo deu de ombros. — Como foi a pesquisa?

Rose e Wayne se entreolharam.

— Bem — disse Rose —, acho que encontrei uma pista, mas não é sobre a Legião Escarlate.

A ruiva estendeu o livro. A capa estava em frangalhos e a tinta do título já descascava.

Mitologia trouxa na perspectiva bruxa, do Professor Mordico Egg — continuou Rose. — Olhe no capítulo sete.

O temor de esfarelar as páginas amarelas e frágeis do livro fez com que Alvo manuseasse o exemplar com muito cuidado. No rodapé da página, um pingo de tinta estava esparramado como uma ave com as asas abertas. Alvo até se perguntou se isso fora ou não projetado propositalmente. Leu para si:

“Apate (πάτη)

Personificação do engano e da malícia, chamada pelos romanos de Fraude, é um dos espíritos que saíram da Urna de Pandora quando esta a abriu.

Diz-se que o espírito de Apate e seu irmão, Dolos, foram aprisionados em objetos domésticos. O caso mais famoso foi um espelho que transportava os bruxos para outra dimensão. Odigardo Georgopoulos afirmou aos parentes que encontrou Merlim em carne e osso.

O Ministro da Magia, Democles Rowle, no entanto, em uma de suas expedições ao Golgo de Corinto, afirmou que a história não passava de boatos.

Uma mentira forjada para atrair a mídia, afirmou o Ministro ao Profeta Vespertino da época.

O mito sobre os espelhos mágicos vive até hoje. Muitas pessoas corroboram sua existência como um experimento malsucedido”

Alvo demorou a falar de novo. Tinha de processar o número de informações que acabara de receber. Um espírito da trapaça, um cinto mágico e espelhos encantados. Por tudo que é mais sagrado, o que tudo aquilo tinha a ver com Hotwan?

Então, uma ideia sitiou o menino. Parecia que os garotos tinham descoberto como Rodric Hotwan fugira de Azkaban.

— Acha que devemos avisar nossos pais? — perguntou Alvo.

— Ninguém vai acreditar em nós — replicou Wayne. — Não enquanto não tivermos provas suficientes.

— Mas é muito perigoso! — retrucou Alvo.

— Perigoso ou não — disse Rose — é a única maneira de mostrar que estamos certos.

— E se não conseguirmos?

— Essa opção não existe, Alvo — disse Wayne. — Nós vamos conseguir.

Se o garoto tinha dúvidas que a madrugada do dia nove de agosto traria consequências para sua vida, a partir daquele momento elas tinham ido embora. E da pior maneira possível. Mas são os momentos mais tenebrosos da vida em que os laços da amizade se fortalecem ou se rompem. No caso de Alvo, Rose e Wayne, nem Rodric Hotwan, nem ninguém, poderia quebrá-lo.


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Notas finais do capítulo

Finalzinho fofo para prepará-los por uma notícia péssima. :/

Então, gente, vocês se lembram daquele problema com o Office que eu estava tendo? Então, é muito ruim pois não tenho a mesma facilidade para escrever os capítulos da fanfic. E eu só tenho pronto até o capítulo 11, infelizmente. E eu não quero deixar a peteca cair, por isso conto com a colaboração de vocês. Aqui vai a notícia: eu não postarei capítulo na semana que vem, certo? As chances de eu postar são baixas, por isso, clique em "Acompanhar história" para vocês não ficarem por fora.

Se isso vai animá-los, digo que quando eu voltar, trarei CAPA NOVA e SITE OFICIAL DA FANFIC cheio de conteúdo extra para vocês. Mas preciso saber o que vocês acham da ideia? Boa, ruim?

De um jeito ou de outro, é hora de mostrar a força dos meus leitores queridos a quem eu sou muito grato. Espero vê-los aqui hoje e quando eu voltar com essas novidades, certo? :) AQUI É TEAM PEREIRA!

Curiosidade do capítulo: Dâmocles Rowle era um autoritário anti-trouxa que tinha subido para o posto de Ministro da Magia a partir 1718 a 1726. Dâmocles foi responsável pela criação da prisão conhecida como Azkaban .

ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO! #TeamPereira



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