Era uma vez, em uma galáxia muito muito distante, a Jedi mais poderosa entre todos, Cora Skywalker, estava prestes a dar a luz a seu herdeiro.

— Cora, os droids me disseram que ocorreu algo com seu bebê e será preciso uma cirurgia

— O que isso quer dizer?

— Eles iram aplicar uma anestesia em você – Falou Obi Wan afastando-se da cama para dar passagem aos droids.

Os robôs se posicionaram ao redor da cama para começar a operação, enquanto o mestre Jedi ia de encontro ao seu velho amigo.

— Mestre, ainda não compreendo o porque de estarmos fazendo isso.

— Entender você irá. Para equilibrar mais uma vez a força preciso isso será. Cora não mais a mesma é – Disse Yoda observando atentamente a cirurgia que acontecia do outro lado do vidro.

Obi Wan tentava entender a situação no momento que ele escuta um choro de bebê e logo entra na sala. O droid colocou a criança em seu colo e apontou para a barriga de Cora. Em seguida outro choro é ouvido.

— Gêmeas elas são – Disse o mestre ao entrar no local seguido de Henry que já estava encantado com a beleza das filhas.

— Droids, coloquem–na em um quarto longe daqui, onde ela não possa ter nenhum contato com os bebês – Falou Kenobi apontando para a mulher desacordada enquanto colocava a criança no colo do pai para poder receber a outra.

— Elas são lindas – Sussurrou Henry passando o dedo pela testa do bebê.

— Um nome você deve escolher, alerta-lo eu devo sobre a força presente em suas filhas.

— Ah, eu já escolhi um nome, está aqui de cabelos pretos será Regina e a ruiva no seus braços Ben, se chamará Zelena.

— Henry, eu sinto muito, mas por causa de Cora, nós devemos separar as gémeas, e podemos te esconder se preferir – Disse Obi Wan olhando preocupado para o amigo.

— Eu já imaginava, pode fazer o que tem que fazer. Só me mantenha informado – Falou Henry entregando a pequena Regina nos braços do mestre que já estava carregando Zelena. -Adeus minhas crianças.

Beijando a testa de cada uma Henry se afastou da entrada, enquanto Obi Wan andava em direção a porta que levaria ao vasto corredor que estava estacionada sua nave e Yoda seguia em direção a Dagobah, deixando o homem sozinho na sala.

— Quem está aí?- Perguntou Henry olhando envolta depois de ter escutado um ruído.

— Saudades Senador?

— Chanceler Rumple? O que? Como ousa está aqui? Você destruiu Cora, e a todos nós!

— Cale a boca, Senador. Agora é Darth Gold – Disse o sith jogando raios pelas mãos fazendo Henry desmaiar – Agora que ele está desacordado, posso leva-lo para minha nave.

O Mestre Sith arrastou o homem até sua nave que estava escondida em um dos vastos locais de pouso.

Quando Obin-Wan voltou ao quarto em que Cora estava, a encontrou levantando-se da cama. Ele observava todos os movimentos da aprendiz, enquanto pensava no que o poder a transformou. Decepção tomou conta de si, por não ter notado os sinais. Ele acreditava ter falhado com a força, com os jedi e por ultimo, com a própria Cora. Mas queria acreditar que a mesma ainda tinha salvação, por mais difícil que fosse. E ele iria lutar por isso.

—Podemos conversar? - Obi-Wan falou anunciando sua chegada. Cora que olhava a si mesma pelo reflexo da parede de vidro do lugar voltou-se para o mestre.

—Onde está o meu filho? - Ben notou que a aprendiz segurava o sabre e preparou-se mentalmente para o possível ataque que viria após o que iria fazer.

—Foram duas meninas Cora. E devido aos complicações elas morreram. - Enquanto falava, o mestre Jedi notou Cora mudar de expressão. O que antes era uma falsa tolerância, agora mostrava um ódio nunca visto naqueles olhos.

—ISSO É MENTIRA! ELAS ESTÃO VIVAS. TEM QUE ESTAR. - O sabre da aprendiz foi acionado e brilhou, iluminando ainda mais o quarto. E estava apontado para Obi-Wan. - ISSO É COISA SUA NÃO É? MAS SAIBA QUE EU VOU ENCONTRA-LAS E AS AJUDAREI CHEGAREM A GRANDEZA A QUAL ELAS ESTÃO PREDESTINADAS.

Cora se aproximou do mestre e o atacou, porém Ben foi mais rápido e desviou do ataque. Ele alcançou o sabre em seu cinto e antes que Cora o atingisse ele revidou. O choque de ambos liberou um som que reverberou por todo o local. E por conta da surpresa a aprendiz sentiu seu corpo ser empurrado até se chocar contra a parede de vidro que se partiu fazendo os dois caírem por conta do peso. Ao chegarem ao chão ambos levantaram-se rapidamente e notaram onde estavam. Tudo ao seu redor era feito de lava.

Após analisar o local, Obi-Wan voltou sua atenção a Cora. O ódio ainda habitava suas feições e ele percebeu que não era apenas pela "perda" das filhas. Era mais profundo que isso, era raiva, medo, frustação e principalmente o ódio, combustíveis de quem se está muito perdido no lado negro da força. Então chegou a conclusão que não queria aceitar a algum tempo. Tinha falhado e perdido sua aprendiz, sua irmã. Obi-Wan queria desabar no choro ao vê-la tomada pelo Lado Negro, ele tinha sucumbido à dor, mas como um Jedi experiente, ele não devia mostrar nenhum tipo de fraqueza, não deveria hesitar nunca, nem mesmo quanto a derrotar sua aprendiz. E ele sabia que essa era a única saída para impedir que o pior acontecesse.

E com isso ergueu o sabre e deu o primeiro golpe. Cora revidou e assim a batalha que poderia mudar todo o rumo da galáxia se deu inicio. Golpe contra golpe foi dado. Sabres foram erguidos sem hesitação. Um conhecia os golpes do outro e isso só prolongou ainda mais a situação. Até que Obi-Wan conseguiu encurralar Cora. O sabre da aprendiz estava no chão e Ben abaixou o seu enquanto encarava os olhos da mulher.

—Eu falhei com você, Cora! Sinto muito.

—Eu devia saber quem é você de verdade. Quem são os Jedi de verdade. TUDO O QUE QUEREM É O PODER. POR ISSO MATOU AS MINHAS FILHAS. ASSIM COMO O HENRY. - Obi olhou surpreso para Cora. - ACHA QUE EU NÃO SEI O QUE FEZ? TODAS AS VEZES QUE ME DISSE QUE RUMPELSTILTSKIN ESTAVA ERRADO, ERA MENTIRA. VOCÊ É QUE ESTÁ.

—CORA, O CHANCELER É MALIGNO.

—DO MEU PONTO DE VISTA, MALIGNO SÃO OS JEDI.

—É OBVIO QUE VOCÊ JÁ NÃO TEM SOLUÇÃO. - Depois disso Obi-Wan notou os olhos de Cora brilharem, mas não eram lagrimas, era alegria. Uma alegria sombria tomou conta de Cora.

—É O SEU FIM MESTRE. - Cora sorriu e ergueu a mão, visando com o uso da força pegar o sabre de volta. Mal sentiu a arma segura em sua mão, o sabre de Obi-Wan passou cortando-a com tudo. A mulher gritou de dor enquanto olhava para seu membro decepado e sentiu a mesma dor nas pernas enquanto caia no chão. Seu mestre tinha cortado suas pernas também. E enquanto a dor a consumia ela gritava em desespero.

Obi-Wan olhou para Cora no chão. Pena se apoderou dele, mas não ia deixar-se sentir por muito tempo.

—VOCÊ ERA O ESCOLHIDO. FOI DITO QUE VOCÊ IA DESTRUIR OS SITH, NÃO SE JUNTAR A ELES. TRAZER O EQUILIBRIO PARAA A FORÇA, NÃO JOGA-LA NAS TREVAS. - Ben se abaixou e pegou o sabre de Cora. Ele começou a subir a colina envolvido pelos gritos da aprendiz, até que parou e voltou-se para ela.

—EU TE ODEIO! - Cora começou a rastejar para se afastar da borda do mar de lava enquanto encarava o homem a sua frente.

—Você era minha irmã, Cora. Eu amava você. - Voltou a andar em meio aos gritos de dor e ódio da sith.

Alguns minutos depois, que para Cora mais pareceram horas, ela notou uma nave acima de sua cabeça e percebeu o chanceler parado a sua frente. A dor muito ainda insuportável a impedia de dizer alguma coisa, mas ela conseguiu ouvir Rumple ordenar para alguém que o acompanhava, trazer uma capsula medica. Depois disso tudo ficou nublado e a sith não conseguiu distinguir o que estava acontecendo.

Rumpelstiltskin caminhou até a mulher caída no chão. Ele sentia todo o poder que emanava dela e sorriu. Conseguiria erguer o seu tão esperado império. E seria indestrutível.

Chegando ao local onde reabilitariam Cora, começaram a trabalhar no corpo da ex-aprendiz. Pernas e um braço motorizados foram colocados e uma 'armadura" foi colocada em seu corpo. E enquanto a sith acordava ergueram a maca em que estava.

Cora abriu os olhos, e tudo o que se podia ver era ouro. Seus olhos estavam completamente dourados, enquanto sombras escuras rodeavam-nos.

Nascia naquele momento Darth Mor.

—Senhora Mor!

—Sim, mestre?!

—Sei que é cedo. Mas tenho um trabalho a você. Eu confio que possa faze-lo, porém necessito vê-la na pratica.

—O que quiser, mestre.

O chanceler chamou um stromper que estava ao lado. - Traga o nosso convidado. - Após soldado se retirar, Cora foi solta de sua maca e ficou em pé esperando. Até que observou a chegada do stromper e a pessoa que o acompanhava.

—Henry! Você está vivo. Ele mentiu para mim sobre as minha filhas, então. - Henry estava parado de frente para a sith, e observou sua esposa. Sabia que a tinha perdido, assim como sabia o que ira acontecer e que não sairia vivo dali.

—Obi-Wan não mentiu para você. Elas morreram.

—Você as viu?

—Não o suficiente. Sinto muito. - Porém antes que pudesse dizer mais alguma coisa, foi interrompido pelo chanceler.

—Isso não é necessário agora. Seu trabalho é me provar que está capacitado para trabalhar comigo. - Rumpelstiltskin falou dirigindo-se a Cora.

—O que devo fazer? - O mestre sith aproximou-se da mulher e lhe entregou um sabre. Quando ela o acionou, vermelho brilhou para todo lado.

—Mate-o. Faça o que sabe que tem que fazer. - Cora olhou para Henry e viu algo que quase a fez parar. Amor. Os olhos de Henry brilhavam com amor. Mas ela não podia deixar-se abater por isso. Tinha trabalhado muito duro para chegar até aquele ponto e não podia perder. Então caminhou lentamente até o marido, o sabre ainda abaixado em sua mão.

—Cora, pense no que vai perder aqui. Pense em Obi-Wan, em toda a galáxia que vai perder tudo se você se entregar. Pense no que nossas filhas iriam querer e precisar. - Mas parece que aquelas palavras foram as que Cora precisa para reacender sua raiva, e com isso acertou o coração de Henry com sabre. E enquanto o homem morria, ela encarava seus olhos e via o mesmo sentimento de mais cedo, mas não vacilou. E quando notou a vida deixar os olhos do homem a sua frente, ela se afastou e deixou o corpo cair no chão com o sabre ainda preso a ele.

Rumpelstiltskin que observou toda a troca de olhares e sentimentos, sorriu vitorioso ao olhar o corpo caído. Aproximou-se e puxou o sabre erguendo-o a Cora.

—Bem Vinda ao Império.