This is what we do - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

ALOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU!

Postando enquanto a internet me permite IUSHFOQIUWEHFQIWEUF e lá vai nova one enquanto enrolo em OPTD que empacou (mais uma vez) x.x

Assim que der, vou responder a todos os comentários pendentes, prometo! ♥

Boa leitura, mores! ;)



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Não teremos nossos vitoriosos dessa vez e isso não é novidade para nós. 

Estamos em mais uma das muitas reuniões que temos com os patrocinadores para conseguirmos ajuda para os nossos tributos. Todos os mentores sempre estão presentes, inclusive os que não pretendem negociar com os patrocinadores – ou seja, nós.  

Nossos tributos desse ano morreram nos últimos dois dias, assim como alguns outros cujos mentores também vieram apenas por vir – ou aproveitar a bebida de graça, como diz Haymitch. 

Octavia já ia na sua quarta dose quando terminei minha primeira. Isso me fez parar para me questionar se ela era rápida demais ou eu era lenta demais. Bem, talvez ambas as alternativas estejam corretas. Mas no quesito bebidas sabemos muito bem quem sempre vence. 

Haymitch está numa mesa próxima a nossa, conversando com alguns amigos mentores. Este é um dos poucos momentos da vida dele em que pode socializar sem se sentir pressionado – pelo menos aqui na Capital. 

Percebo que estava há um tempo olhando para ele quando o vejo erguer a taça e sorrir de uma forma divertida para mim. Cumprimento-o, então, da mesma forma, torcendo para que não tenha notado minha face corar, e volto a conversa na minha mesa, percebendo que, agora, Octavia olha de mim para ele. 

— Effiezinha, meu amor, estou vendo o que estou vendo mesmo? - ela indaga com uma voz fina e inocência disfarçada e sorri para mim. 

— Do que você está falando? - retruco, tentando aparentar indiferença. Bebo mais um gole do pouco de vinho que ainda há na taça.  

— Ora, não se faça de besta – ela diz, voltando ao seu sotaque normal. - Todo mundo já desconfia que você e Haymitch... - suas sobrancelhas arqueiam, insinuando o que ela quer dizer. 

Meu estômago congela, mas luto para não alterar em nada a minha expressão. 

— Isso é impressão sua, Octavia – digo da maneira mais controlada possível.  

— Será mesmo? - ela deixa a pergunta no ar e acena para um garçom, que logo se aproxima.  

Involuntariamente, me pego olhando mais uma vez na direção da mesa onde estava Haymitch e me surpreendo ao ver que ele não está mais lá.  

— Olá, meninas – sua voz soa do meu lado e eu levo um susto. Quando levanto meu olhar para vê-lo, noto que parece se divertir com isso.  

— Olá, Haymitch – Octavia responde com o tom um pouco elevado, deixando bem claro que ela está passando do ponto no álcool. - Sabe, estávamos falando de você agorinha. 

— Mesmo? - ele indaga, franzindo o cenho e olhando rapidamente para mim. - E do que estavam falando? 

— Ah, eu estava falando pra Effie que todo mundo já desconfia que vocês dois tem um caso. 

Ao contrário do que eu imaginava, Haymitch parece se engasgar um pouco e começa a rir. Isso quebra um pouco o clima aparentemente tenso que estava antes dele chegar. Acabo rindo um pouco após perceber que Octavia havia sido contagiada com a risada.- Nada de muito novo – ele comenta despreocupadamente e o fito com os olhos esbugalhados, o que o faz rir novamente. - Tudo bem, é brincadeira – prossegue, com uma risada falsa e convincente. - Só disse isso para saber a reação de vocês.  

Olho novamente para Octavia e percebo que ela ainda nos observa com um pouco de desconfiança.  

— Tudo bem – Haymitch retoma. - Effie, posso falar com você um instante?  

— Ah, claro - respondo, me levantando em seguida. Aceno com a cabeça para Octavia, que logo volta a conversar com Vênia, que estava um pouco mais afastada. Espero apenas que não estejam dando continuidade a este assunto.  

Haymitch me guia até o bar, onde pede uma dose de whisky. Ele me pergunta se ainda quero alguma coisa e, depois de ponderar um pouco, me rendo a uma de vinho tinto. 

— O que foi aquilo que você disse para a Octavia? - vou direto ao ponto e pareço tê-lo pego de surpresa. Ele me fita por alguns instantes antes de me responder. 

— Às vezes conseguimos enganar dizendo a verdade – ele diz e mostra aquele sorriso maroto de sempre. 

— Agora ela vai desconfiar ainda mais... e quem sabe quem mais vai...  

— Ei, calma – ele diz, se aproximando. - Está tudo sob controle.  

Reviro os olhos com impaciência.  

— Quer voltar? - ele indaga.  

— É... eu estava pensando nisso. Você quer?  

Haymitch confirma com a cabeça.  

— Tudo bem... E o que vai ser dessa vez?  

Ele pondera por alguns instantes e olha para os meus pés.  

— Você vai torcer o pé daqui a pouco – ele diz e abafo uma risada.  

— Você é o bêbado, mas sou eu quem tem que passar vergonha?  

— É por uma boa causa, vai!  

Olho-o de lado, me contendo para não dar um tapa na cara dele, mas me contenho. De fato é uma boa causa.  

Ele me deixa no bar e finjo que me apoio na bancada em busca de equilíbrio enquanto o espero pegar a minha bolsa na mesa e explicar a situação para elas. Vênia parece ter se oferecido para ajudar, mas Haymitch conseguiu convencê-las de alguma coisa que fez com que elas não saíssem do lugar. 

— O que você disse? - pergunto quando ele retorna. 

— Só disse que ia te levar até um taxi, porque tinha acabado de torcer o pé e estava ruim para andar sozinha. Vênia ainda se ofereceu para vir, mas eu disse a ela que o garçom já estava trazendo Martini, então ela resolveu ficar. 

— Nossa... Fui trocada por um Martini. 

— Acontece... Então, vamos? 

Haymitch passa um braço pelas minhas costas e finjo me apoiar nele até certo ponto, até termos certeza de que nossa equipe não está mais à vista. Já do lado de fora, conseguimos um táxi rápido, já que saímos um pouco mais cedo, que n, que nos leva ao prédio dos tributos em menos de 10 minutos. 

Há uma movimentação nas ruas, mas não tanta, visto que na época dos jogos a maior parte da população se ocupa em apenas assistir TV e fazer apostas. Como não temos mais quem ajudar, não há razão para assistirmos. 

Entramos no prédio um pouco mais tranquilos, visto que não estamos mais sufocados por toda aquela gente na festa. 

Pegamos o elevador e aperto o número 12. 

Haymitch não é do tipo que gosta de perder tempo. 

Mal tínhamos chegado ao segundo andar e eu já estava em seus braços mais uma vez. Beijá-lo novamente era uma necessidade que eu precisava saciar. E ele também. 

Nunca tivemos muito tempo. Nunca sabemos quanto tempo vamos ter. Nós apenas aproveitamos enquanto ninguém sabe. 

É isso o que nós fazemos.


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Notas finais do capítulo

Comentem e deixem a Lovett feliz! :D