Prisoner escrita por Lobo


Capítulo 33
Eu estou aqui.




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— Precisa de alguma coisa? – um ninja auxiliar medico perguntou ao ver a situação em que o herói da batalha contra Pain.

— Não precisa, eu assumo por aqui. – Sakura respondeu sem olhá-lo, concentrada em verificar o estado de seu companheiro de time.

Suas mãos se moviam automaticamente levando a seringa até a ampola que continha o antídoto para aquele veneno paralisante que Sasuke tinha injetado em Naruto.

Se fosse em uma pessoa comum uma dosagem daquelas só necessitava de 3 minutos para paralisar o coração e, sem a assistência adequada, a morte da pessoa em seguida, mas o poder de recuperação da Kyuubi deu tempo bastante para que Naruto fosse encontrado e trazido de volta para Konoha o que despertava certa desconfiança sobre os motivos que levaram Sasuke a atacar Naruto.

Sasuke saberia que com o poder da Kyuubi seria necessário muito mais do que aquilo para matá-lo, ele, mais do que qualquer outro inimigo que Naruto podia arrumar pela vida, conhecia os pontos fortes e fracos dele se queria realmente feri-lo mortalmente, ele tinha milhares de outras maneiras para aquilo.

— O que aconteceu? – ela perguntou para Sai enquanto aplicava a injeção em Naruto que tinha os olhos azuis abertos acompanhando a conversa.

Apesar do veneno ter prejudicado sua fala, Naruto ainda tinha consciência de tudo que acontecia ao seu redor.

— Naruto acabou ouvindo sem querer que alguns ninjas ficaram revoltados com a complacência de Konoha nos crimes que Sasuke estava comentando, incluindo se unir a Akatsuki, e o colocaram na lista de procurados com um premio pela cabeça dele.

Sakura fechou os olhos, balançando a cabeça negativamente, soltou um suspiro cansado.

— Você não parece surpresa em saber disso. – Sai observou.

— Tsunade disse que isso poderia acontecer. – jogou fora a seringa junto com as luvas descartáveis que vestia. – E como o fato de Sasuke ter atacado Naruto se encaixa nessa historia? Como sabe que foi ele?

— Depois que fiquei sabendo que Naruto tinha saído daqui para avisá-lo sobre os planos, consegui rastreá-lo porém quando cheguei Sasuke estava terminando de enfiar a ultima kunai. – ela podia sentir certa raiva no tom de voz geralmente apático de Sai. – Eu tive que escolher entre ir atrás do Uchiha e socorrer Naruto, eu não sabia porque ele não estava reagindo então achei melhor trazê-lo diretamente a você do que ir confrontar Sasuke e assumir o risco de deixar Naruto morrer.

— Você fez o certo, o veneno que Sasuke aplicou é um paralisante, mesmo com a Kyuubi, Naruto precisaria de assistência medica e não teria tempo para esperar enquanto você caçava pelo Sasuke. – ela tocou Naruto no ombro e se aproximou um pouco, o olhando diretamente nos olhos. – A paralisia vai durar mais alguns minutos antes de começar a retroceder, talvez sinta dormência, formigamento ou câimbras.

Naruto piscou algumas vezes, usando sua única forma de comunicação para mostrar que tinha entendido.

Sakura voltou a ficar reta, seu olhar critico passeava pelo corpo deitado conferindo se não tinha deixado alguma coisa passar.

 — Sakura, você precisa falar com o Naruto. – Sai murmurou só para ela, para que Naruto não ouvisse. – Ele foi ajudá-lo e Sasuke tentou matá-lo mais uma vez, quantas vezes serão necessárias chegar a esse extremo para vocês acreditar em mim e desistirem dele?

A kunoichi respirou fundo, trincando os dentes.

— Se Sasuke tivesse a intenção de matá-lo, arrancaria-lhe a cabeça, não o envenenaria sabendo do poder de regeneração da Kyuubi. – expôs sua teoria e então cerrou os olhos. – Sai, sei que quando entrou para a equipe seu objetivo era eliminar o Sasuke, mas eu pensei que você tinha entendido que enquanto houver a mínima chance, Naruto não descansará até conseguir salvá-lo.

Sai permaneceu em silêncio por algum tempo, ele olhava para o loiro deitado que os olhava confuso.

— Eu não quero que vocês morram. – confessou com a voz baixa e ela pode sentir certa fragilidade.

Sakura sentiu seu coração se encolher com aquela confissão.

Por seu treinamento rigoroso na ANBU, Sai tinha sido privado de qualquer laço emocional com outras pessoas sua primeira e única interação com outras pessoas diferentes dos agentes da ANBU tinha sido com o Time 7 e mesmo com as provocações e apelidos nada legais que ele tinha posto neles, Sakura sabia que Sai se importava com os dois.

A aprendiz da Hokage levou a mão até a mão dele, a apertando tentando passar força deixando Sai sem reação para aquele novo contato.

— Não vamos morrer, somos idiotas demais pra isso. – ela disse fazendo uma careta para a declaração final.

Sai apertou a mão dela de volta antes de soltá-la.

— Preciso ir, vim direto pra cá e não tive tempo de relatar o que aconteceu para o Godaime. – disse acenando. – Cuide bem do idiota.

Ela assentiu vendo Sai se distanciar, ela deu mais uma checada em Naruto. O efeito do paralisante ainda demoraria algumas horas para passar, enquanto não havia sinais de melhora ela foi atendeu a outros pacientes que surgiam machucados ainda do ataque de Pain.

— Sa-Sakura. – ela ouviu a voz falhada e baixa de Naruto a chamar quando passou perto do leito em que ele estava.

— O efeito já está passando, hm? – anotou em sua prancheta sorrindo. – Sei que quer falar, mas espere um pouco mais.

Naruto arregalou os olhos e tentou se mexer para segurar o braço dela, a impedindo de se afastar. Ele não conseguiu, mas Sakura entendeu sua intenção e ficou ali.

— Sasuke, ele não... – o loiro engoliu seco se forçando a falar. – Ele não tentou me matar.

Sakura uniu as sobrancelhas, se aproximando dele para ouvi-lo melhor.

— Ele... – sua voz falhou. – Me impediu. – pausou para esse recuperar. – Estava... Atrás de alguém e me encontrou.

A suspeita dela se confirmou. Sasuke não tinha tentado matá-lo e sim impedi-lo de segui-lo.

— Nós temos que... ajudá-lo. 

Eles ficaram algum tempo se olhando nos olhos em uma comunicação silenciosa, os olhos azuis do portador da Kyuubi imploravam para Sakura para que ajudasse Sasuke, para que não desistisse dele como tantas outras pessoas tinham feito.

Ela sentiu algo raspar em sua mão, ao desviar o olhar para ver o que era, viu que era o dedo indicador de Naruto que tentava alcançar a mão dela. Percebendo sua intenção, ela segurou a mão dele.

— Se concentre em se recuperar e tomar conta da aldeia. – sorriu decidida. – Eu vou dar um jeito nele.

O canto do lábio dele se curvou em um pequeno sorriso, soltando a mão dela. Para não levantar suspeitas com seu sumiço súbito e tentassem pará-la, ela avisou aos auxiliares que iria ficar no laboratório trabalhando em melhorar o antídoto para o veneno injetado por Sasuke em Naruto, preocupados com o herói da vila, os auxiliares não fizeram mais perguntas.

Ela foi até o laboratório, agradecendo ao ver que tinha esquecido uma muda de roupa em seu armário das noites que virava ali.

Sakura podia sentir o nervosismo crescer enquanto trocava suas roupas por suas vestes de batalha.

Para manter sua pequena farsa, ela saiu escondida pelos túneis que eram ligados aos laboratórios subterrâneos que davam para os jardins de plantas medicinais. Conhecendo as rotas e o revezamento de vigias, foi fácil deixar a vila sem ser detectada, difícil seria encontrar Sasuke.

Depois de alguns quilômetros correndo ela parou para pensar nos próximos passos, obra do destino ou não, notou que perto de si havia alguns pássaros que reconhecia como sendo da mesma espécie que ela costumava ver rondando Juugo.

Um dos pássaros voou em sua direção e ela ergueu o braço para que ele pousasse, fez um pequeno carinho na cabeça dele.

— Seria ótimo que você pudesse me ajudar a achar o Juugo, não é? – mesmo se sentindo um pouco idiota por estar falando com um pássaro achando que ele iria entendê-la.

Moveu o braço para cima, dando impulso para que o pássaro voltasse a voar.

Resolveu seguir em direção do esconderijo onde tinha visto Sasuke e o resto do Time Taka pela ultima vez. Como pensou, não havia mais nenhum sinal deles ou que qualquer outra pessoa tivesse passado ali o que já era de se esperar vindo de Sasuke.

Ela ainda buscava alguma pista ao redor do escondrijo que lhe desse alguma dica quando viu mais uma vez um pássaro da mesma espécie de antes.

Achando suspeito, ela ergueu o braço igual tinha feito anteriormente e o pássaro pousou. A kunoichi já tinha levando a outra mão para acariciá-lo na cabeça quando notou um pequeno barbante amarrado a pata do animal, ela passou o dedo pelo barbante sendo surpreendida quando o pássaro mordeu sua luva e começou levantar vôo, a puxando.

— Eu não acredito que vou fazer isso. – disse rindo quando o pássaro a puxou mais uma vez. – Tudo bem, é pra seguir, já entendi.

O pássaro soltou a luva e voou adentrando a floresta, parando mais adiante esperando pela kunoichi.

Sakura pulou para o falho mais próximo do pássaro, achando que seria mais fácil segui-lo correndo pelas copas das arvores.

Era loucura estar seguindo um pássaro? Sim, mas não custava tentar. Não tinha nenhuma direção em mente então qualquer direção naquele momento era válida.

O pássaro continuou a guindo pela floresta por algum tempo até o momento que disparou, sumindo entre a mata. Pelo jeito seu guia só iria até ali.

Suspirou olhando ao redor, tinha prestado um pouco de atenção no caminho que tinha feito até ali.

Sabia que as vilas mais próximas ficavam há dias de onde estava e aquele era um caminho pouco usado já que, apesar de não ter muita vigilância, a região era quase desértica de suprimentos o que obrigava o viajante levar bastante suprimentos e por causa do peso extra, a viagem demorava mais.

Decidiu continuar pela trilha e teve a grata surpresa quando de trás de um rochedo encontrou Juugo.

— Sakura. – a cumprimentou se aproximando dela.

— Juugo. – abriu um pequeno sorriso para ele.

— Tenho que confessar que mesmo tendo esperança de que voltasse, não esperava que voltasse. – ele abriu um sorriso envergonhado. – Fico feliz que veio.

— Tive que vir depois do que Sasuke fez.

Juugo engoliu seco, desviando o olhar para chão sua expressão culpada denunciava que ele sabia o que tinha acontecido.  

— Ele está bem?

— Sim, o veneno que ele usou era um conhecido para mim. – os ombros dele relaxaram um pouco, mas Sakura ainda via a culpa pesar no olhar dele. – O que aconteceu depois que fui embora? – perguntou sem olhá-lo, com receio de ouvir a resposta.

Mesmo sabendo melhor do que ninguém o quanto ele tinha machucado a Karin e o quanto Juugo e, principalmente, Suigetsu ficaram ressentidos com o Uchiha, ela não queria ouvir que Sasuke tinha partido sozinho para sua jornada em busca da vingança contra Obito por tudo que aconteceu.

Sem contar com os ninjas das outras aldeias que tinham se unido para caçá-lo.

— Apesar do que aconteceu, nós continuamos unidos. – Sakura quase soltou um suspiro aliviado. – Pelo menos por um tempo, Sasuke decidiu continuar sozinho.

Ela balançou a cabeça negativamente, fechando os olhos com força.

— Sabe como posso encontrá-lo?

Juugo assentiu e deu as informações que tinha sobre o paradeiro do Uchiha.

— Tenha cuidado. – pediu antes que ela partisse.

Segundo as informações de Juugo, eles tinham descoberto que Kabuto continuava a utilizar os laboratórios secretos de Orochimaru e partiriam dele para conseguir a localização de Obito. Disse quais eles já tinham visitado e alguns possíveis que Sasuke poderia ter seguido.

Como ela também tinha passado boa parte do tempo que estava com Itachi indo até esses laboratórios, Sakura conhecia a localização deles o que lhe economizava tempo.

Ela tentava não desanimar, nem pensar que poderia acontecer algo, mas conforme os dias passavam e ela não encontrava nenhum sinal de Sasuke. Começou a pensar que talvez a pista que Juugo tinha lhe dado tivesse se perdido e ela estivesse de volta ao zero.

Não podia demorar demais, com certeza já tinham dado sua falta em Konoha fora que tinha medo de não estar lá para proteger sua aldeia caso Obito ou qualquer outra ameça decidisse atacar.

Sakura caminhava para um dos laboratórios subterrâneos na divisa de Ishigakure e o Iwagakure quando sentiu a presença de mais alguém nos túneis e então uma explosão.

As paredes do túnel começaram a ruir e Sakura teve que correr para sair antes que tudo desmorona-se, se escondendo ao alcançar a área externa.

A fumaça ainda estava alta, mas ela pode identificar duas figuras, ou melhor três, a terceira era como um borrão se movendo rapidamente contra as outras duas. Três ataques e as outras duas foram ao chão aos pedaços.

A terceira figura parou em frente ao o que restou das outras duas, de costas para a kunoichi.

Sakura não iria se meter em uma briga com um saqueador qualquer e gastar chakra, correndo o risco de ser cercada caso ele tivesse companheiros porém seus planos mudaram quando a fumaça se abaixou e ela poder ver com clareza quem era.

  Finalmente.

— Sasuke. – o nome fluiu por seus lábios conforme ela deixava seu esconderijo.

Os ombros dele ficaram tensos e lentamente ele virou o rosto para o lado a olhando por cima do ombro, aos seus pés, partes do que um dia tinham sido clones de Zetsu. O Sharingan desativou assim que ele a reconheceu.

Ela se aproximou devagar, com medo de que a qualquer movimento brusco ele fosse se afastar. Quando ela estava próxima, Sasuke virou o rosto para frente.

— O que faz aqui? – perguntou com a voz gélida, sua mão levou a espada de volta a bainha.

— Vim avisá-lo, colocaram seu nome na lista de procurados por se unir a Akatsuki. – Sakura esperou por alguma reação, qualquer coisa, mas Sasuke parecia manter a mesma expressão fechada de sempre. – Sasuke... Estão organizando grupos para caçar você como um animal. – cuspiu as palavras, agoniada.

Ele voltou a olhá-la por cima do ombro.

— Que venham. – disse com a típica arrogância.

Arrogância essa que incitou a raiva da kunoichi.

— Por que nunca ouve ninguém? Nem mim, nem ao Naruto! – ela soltou a respiração entre os dentes, quase como um rosnado.

Ele a olhou de forma gélida.

— Você veio até aqui por causa do que fiz a ele?

Ela levou as mãos até a cabeça, tentando se controlar para não explodir de nervoso. Ele realmente acreditava que ela tinha vindo ali para vingar Naruto? Será que tudo pra ele se resumia em vingança?

— Eu vim aqui porque me preocupo com você! – gritou tentando fazendo com que aquilo entrasse na cabeça dele.  

Quem ela queria enganar? Antes mesmo de saber que tinham colocado ele na lista de procurados, ela já queria correr até ele. Desde que tinha chegado em Konoha manteve sua mente ocupada para que não pensasse no perigo que ele estaria correndo naquela vingança sem propósito.

Sasuke abaixou a cabeça, escondendo seu rosto dela. Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos.  

— Volte para Konoha. – o pedido dele a pegou de surpresa. – Obito, Kabuto e Zetsu não vão esperar ela se reerguer para atacá-la.

Ela suspirou, fechando os olhos com força.

— Volta comigo. – pediu se arriscando.

— Sakura... – falou com o nome dele como um alerta. – Eu tenho que ir. – disse dando por encerrado a conversa.

— Eu sei que você acha que deve seguir com essa vingança contra Obito, mas peço, por mim, desista disso. – implorou. – Vingança não trás nada de bom.

— Não posso voltar, Sakura, não depois do que eu descobri... – ele balançou a cabeça negativamente. – Meu irmão...

— Seu irmão te amava e queria que você voltasse como um herói para Konoha depois de matá-lo. – Sasuke continuou balançando a cabeça negativamente, se negando a acreditar ou se deixar levar pelas palavras dela. – Você fez os responsáveis pagarem, ali só restam pessoas que não fazem ideia do que aconteceu, pessoas inocentes que precisam de proteção.

Mas nada pareceu abalar a decisão dele.

— Eu não vou voltar, Sakura.

Ela encarou o símbolo Uchiha estampado na parte de trás da camisa dele. Seus olhos ardiam e ela percebeu que eram lágrimas querendo se formar a tempo de secá-las antes que pudessem cair.

Como sempre, tinha sido inútil.

Por que pensou que daquela vez ele iria ouvi-la? Inútil, perda de tempo.

Respirou fundo, reunindo toda a dignidade que lhe restava, ergueu o queixo.

— Adeus, Sasuke-kun.

Ele não disse nada, nem mesmo virou para olhá-la.

Sakura lhe deu as costas e partiu sem também olhar para trás.

Percorreu boa parte do caminho de volta naquele dia, a noite optou por descansar perto das raízes de uma larga árvore antes de continuar sua viagem.

Ainda não tinha amanhecido quando seus insistindo de kunoichi a despertaram para uma movimentação estranha. Sua visão ainda demorou um pouco para se adaptar a escuridão, mas assim que conseguiu viu alguém parado aos seus pés.

— Zetsu. – soltou o nome entre os lábios crispados.

O membro da Akatsuki não exprimiu qualquer reação ao chamado.

Ela tentou se mexer, mas seu corpo estava preso pelas raízes controladas por Zetsu.

— Quando Itachi apareceu com você, achei que seria um inseto insignificante que morreria antes mesmo que me desse o trabalho. – as duas vozes do Zetsu Branco e Zetsu Negro falaram sincronizadas. - Mas você me provou que estava errado.

Sakura usou sua força para partir as raízes e se libertar, mas assim que as raízes eram destruídas, outras mais fortes e grossas surgiam em seu lugar porém o que mais lhe assustava era que podia sentir as raízes pouco a pouco sugando seu chakra.

— Nada que eu não possa concertar agora. – ele abriu um sorriso que fez um arrepio frio correr pela espinha dela.

Ela rosnou continuando a tentar se soltar e avançar sobre Zetsu, mas tudo que conseguiu fora ficar mais e mais presa até o momento que até para respirar ficava difícil, as raízes lhe prendiam com força demais.

— Não vai pedir por ajuda? Implorar por seu precioso Itachi? Oh – ele fingiu surpresa. – Ele está morto! – voltou a sorrir com vontade, ele se agachou ao lado dela. – Não fique triste, você logo logo vai encontrar com ele.

— Vai se... – a fala da kunoichi foi interrompida quando as mãos de Zetsu se transformaram em três raízes e ele as enfiou no tronco dela.

Os olhos verdes se arregalaram e seu corpo todo tremeu quando ele puxou com violência as raízes dela fazendo seu sangue respingar ao redor.

O sorriso de Zetsu cresceu ao ver sua obra de arte.

— Se pudesse, ficaria aqui por horas vendo você agonizar até que finalmente encontrasse a morte. – comentou com o prazer pingando de suas palavras. – Mas uma guerra não se faz sozinha, não é mesmo?

Ela sabia que ele tinha ido embora por não sentir mais sua presença, mas não conseguia desviar o olhar de seu próprio sangue.

Não queria morrer ali, no meio de uma estrada deserta sem ninguém por perto. Fungou.  Não queria morrer sozinha.

Precisava se curar sangrando daquele jeito não duraria muito tempo, mas se usasse o Byakugou naquele momento as raízes sugariam todo seu chakra. Precisava se livrar daquelas raízes e torcia para que não criassem outras agora que Zetsu estava longe.

Porém, se outras raízes surgissem, seu sofrimento seria ainda pior.

Já estava pronta para assumir o risco quando magicamente sentiu a pressão que as raízes faziam em seus membros desaparecer.

Eu estou aqui.

Não controlou as lágrimas que mancharam seu rosto depois de ouvir aquilo. Ao ouvir aquela voz.

Seu corpo foi abraçado com delicadeza e ela respirou fundo se deliciando com a combinação do cheiro natural da pele dele, suor e o cheiro do seu próprio sangue que agora manchava as roupas dele.

— Sasuke-kun.


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Notas finais do capítulo

Eae minhas coisas lindas? ces tão bem?
prometo responder a todos os comentarios passados