Titanic de Volta escrita por bia


Capítulo 4
Capítulo 4




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   Eu não queria que aquilo estivesse acontecendo. Os olhos de jabuticaba não brilhavam mais, a única pessoa que poderia me salvar desse inferno estava sendo preso... E com o tempo iria morrer.

   - Thomas... Thomas! – gritei.

   Ele se virou, mas com as mãos algemadas pouco pode fazer.

   - Rose! Venha cá!

   Eu fui até ele, que estava sendo levado para o porão.

    - Rose, desculpe, estou tão envergonhado do que fiz, peço seu perdão Rose.

   - Thomas, não quem que se desculpar, você fez o certo e eu estou grata. Não importa onde eles te colocam, você sempre vai ter minha companhia, e eu te liberarei.

   Aquelas palavras viraram uma promessa, e naquele momento eu só pensava em como cumprir-la.

   - Vamos Rose – chamou Jack, me levando para longe dali.

   Eu estava com a cabeça cheia de preocupações e tristezas. Agora que Carl morreu minha mãe não tinha mais precedentes, eu poderia ficar livre, mas não por muito tempo. Se eu conhecia minha mãe sabia do que ela era capaz. Uma mulher gananciosa, sofrendo o pecado da luxuria. Daria a própria filha com umas gramas de ouro puro.

   Mas o que eu mais temia não era meu próximo noivo e sim voltar pro quarto. Ela sabia da morte de Carl e sabia que havia morrido por minha causa. Ela provavelmente me bateria ou sabe-se lá o que.

   - Rose, você está bem? – perguntou Jack, envolvendo minha cabeça em seu peito.

   - Não – disse, entre lagrimas – Estou com medo Jack, medo da minha mãe, medo do que vai acontecer.

   - Não se preocupe Rose, eu vou te proteger.

   - Jack, vamos fugir. Só eu e você, por favor, vamos embora desse lugar – eu sentia as lagrima escorrerem em minhas bochechas.

‘ - Depois disso, minha querida, sinto informar que eu não me lembro de muita coisa, minha memória está falhada.

   - Tudo bem Rose, eu me lembro direitinho – disse Jack, sentando-se no sofá.

   - Vai contar nossa história?

   - Claro Rose, é a melhor história – ele deu um pequeno sorriso e começou... ’

   Eu me lembro que aquelas palavras tinham me afetado tanto que eu não podia mais deixá-la sozinha, agora ela era minha, só minha e eu queria protegê-la. 

   - Jack, vamos fugir. Só eu e você, por favor, vamos embora desse lugar – era tão horrível ver a angustia em seus olhos, as lagrimas de desespero. Mas eu queria ser forte para ela, aquele força que eu sabia não ter em mãos.

   - Tem certeza Rose? – perguntei, eu estava feliz, fugir para bem longe.

   Eu até podia imaginar nosso futuro, morando em qualquer lugar, vendendo meus desenhos e vivendo o nosso final. Embora eu soubesse que aquilo seria muito difícil, e teríamos que bolar um bom plano. Mas no final, eu estava feliz, e pensava: Como ela foi gostar de mim?

   Naquele dia Rose voltou para seu quarto e eu fui para o meu...

– Hum, na verdade Jack, eu estava com muito medo do que minha mãe iria falar e fui dormir com Molly.

   - Sério? Molly, sempre salvando sua vida – disse ele, rindo com sigo mesmo. ‘

   Bom, naquele dia Rose foi dormir com Molly e eu fui para meu quarto. Eu sentia meu coração bater de medo.

   - Hum Fabrizio, se fosse preciso, como você fugiria desse navio? – perguntei, sentando-me a cama.

   - Fugir? Para que meu amigo? Estamos no melhor navio – disse, negando com a cabeça.

   - Fabrizio, vou fugir com Rose, me ajude!

   - Hum, a garota então – ele pensou um pouco – Não faço idéia!

   - Bela ajuda, obrigado.

   - Talvez fique no porão.

   - Já estou no porão.

   - Não, digo, o porão, nas maquinas. Eles saem depois que o navio já foi descarregado – não era uma idéia tão ruim, contando o fato de que meu plano era pegar um bote e sair remando.  

   - Certo, obrigado – ainda estava meio desnorteado, pelo que aconteceu nesses dias.

   - Então em, essa garota tocou seu coração – disse ele, me cutucando com um sorriso malicioso nos lábios.

   - Fabrizio, acho que estou apaixonado – eu respondi.

   Alguém bateu na porta, anunciando que o turno que Fabrizio começara.

   - Faça valer a pena – disse ele, fechando a porta.

   Deitei-me e fiquei a pensar. Rolava na cama e desejava que a resposta caísse do céu, mas estávamos em uma seca e nem chover chovia. A idéia de Fabrizio não saia da minha cabeça, ir para as maquinas pode ser um bom esconderijo, mas eles também podem procurar ali.

   Acabei adormecendo...

   Acordei com uma chuva e pensei: “É, pode não ser tão impossível assim, afinal, a grande seca foi embora, trazendo novos ares”.

   Fui ao encontro de Rose, ela estava sentada no salão central – como sempre -, comendo e conversando. Eu ainda podia ver seus olhos descontente e ansiosos e sua mãe do lado, com um falso sorriso.

   “– Depois você pergunta para Rose, como foi reencontrar sua mãe, já que ela não dormiu em seu quarto.

   Eu sentia minhas lagrimas escorrerem, e não conseguia responder, Jack me conhecia tão bem quanto imaginava e aquilo me fazia querer ouvir-lo mais ainda.

   - Continue amor...”

   Fiquei a olhá-la, como sempre fazia, até terminar de comer. Depois que se levantou fui ao seu encontro.

   - Porque demorou tanto? – perguntou ela, sussurrando.

   - Você é muito exigente – eu disse, vendo um sorriso brotar em seu rosto e colando nossos lábios em um pequeno beijo.

   Mas para o meu desprazer vi Sra. Bukater se aproximar, com uma face severa. Avisei a Rose, com um pequeno olhar.

   - Sr. Dawson, peço lhe que se afaste de minha filha. Saiu da prisão, mas não deixou de ser um criminoso. Pessoas do seu tipo não conseguem se envolver com pessoas do meu tipo – disse ela, segurando o braço de Rose.

   - Com todo respeito Sra. Bukater, informo lhe que uma vara sozinha quebra facilmente, mas varias juntas formam um feixe impenetrável.

   - O que quer dizer com isso? – perguntou-me, ainda severa.

   - O que? – perguntei, sarcástico – Bem... Pessoas do meu tipo entendem – Rose deu uma risada de deboche e se soltou da mão de aço. Seu braço estava vermelho e com marcas de dedos.

   Afastamos-nos rapidamente e quando estávamos em uma distancia segura Rose se virou, ficando na minha frente.

   - O quer dizer aquela frase? – perguntou curiosa.

   - Não faço idéia – ela riu – Eu tive um plano.

   - Qual?

   - Podemos ficar nas maquinas por um tempo, trabalhando lá e quando o navio chegar nós saímos rapidamente e fugimos.

   - Mamãe pode mandar procurar lá me baixo.

   - Eu sei, mas pense, quando ela iria desconfiar que você estaria trabalhando lá? Eles vão procurar, mas se você estiver em seu turno eles não irão revistar um por um.

   - Pode ser – ela sorriu.

   - Podemos ir depois?

   - Sim, mas o quanto antes melhor – respondeu, me abraçando.

   “- Vó, você não gostava da sua mãe? – perguntou Lizzy.

   - Claro que gostava querida, mas ela foi se tornando uma pessoa fria e incompreensível, sempre pensando no que seria melhor para ela e não para mim.

   - Eu não gosto dela.

   - Acho que por hoje é só – disse Jack, se levantando.

   - Você se lembra do resto vovó?

   - Não – menti – Amanhã é Jack que vai ter que narra de novo.

   Lizzy foi para seu quarto e eu e Jack fomos para o nosso. Ele se deitou na cama.

   - Porque chorou Rose? – perguntou ele.

   - Porque eu me lembrei de como era difícil naquela época e como você me conhecia como ninguém antes tentou conhecer.

   - Rose, você é tão tola – ele chegou mais perto e encheu meu rosto de beijo, sorrindo.

   Eu alarguei meu sorriso e desejei voltar naquela época, para termos mais tempos juntos. Não me imagino sem Jack.

   - Rose, porque você pensa tanto? – ele perguntou, passando as mãos em meus cabelos.

   Eu sorri. Jack... “


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Notas finais do capítulo

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Espero que gostem
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