Edifício Baelor escrita por NicolyBlack, Marina Lupin, The Marauders


Capítulo 16
Aquele com Mais Uma Noite


Notas iniciais do capítulo

Entããããoo pessoas, esse foi um dos primeiros caps a ser escrito para essa historia, se ele não foi o primeiro, então foi o segundo, a eons atrás, quando nós tem tinhamos a intenção de fazer EB, foi só uma troca de fics entre eu e a Mari, eu fiz uma do Jon pra ela, ela fez uma do Robb pra mim, mas dai nós fomos discutir as ideias, e as personagens, e a historia, e percebemos como elas funcionariam perfeitamente num mundo maior, e então EB nasceu!
Espero realmente que você gostem desse cap *-*



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Passava das duas da manhã quando os portões do Edifício Baelor se abriam pela segunda vez em menos de dez minutos. Robb deixara a porta do elevador aberta para a morena que descia do carro descalça, com os olhos borrados de maquiagem. Gwen pensou em evitar o elevador, mas sem lançar um olhar que fosse para o rapaz, entrou no elevador, cansada demais para discutir com Robb, mais uma vez.

Robb Stark e Gwen Giantsbane eram sem dúvida o casal mais inconstante da face da terra. Na verdade, eles nunca chegaram de fato a ser um casal. Eles eram inconstantes, eram incompatíveis, eram sempre insatisfeitos. Mas das duas uma, ou os dois não conseguiam controlar de forma alguma a atração que seus corpos pareciam sentir um pelo outro, ou ambos eram masoquistas, enfiados até os ossos em uma relação de ódio, completamente suicida.

Todos sabiam que alguém sairia ferido daquela guerra, a dúvida era sobre qual dos dois. Gwen não curtia romances. Robb não curtia compromissos. Mais que isso, um não parecia curtir o outro. E mesmo assim, com todos os motivos para dizer não, sempre que um aparecia na porta do outro, a resposta era sim.

— Pelo visto você se divertiu. — comentou ele assim que o elevador começou a se mover, a olhando por entre os cílios. Ela conhecia aquele olhar, ela conhecia aquele sorriso, mas absolutamente dessa vez a resposta seria não.

— Não enche, Stark. — recuou ela desviando o olhar, para a parede do elevador, mas a infeliz era um espelho, fazendo com que ela conseguisse visualizar bem até demais o olhar derramando malícia que ele lhe lançava.

Robb deixou-a em paz pelo tempo que o elevador demorou para chegar no andar dos dois. O apartamento dele era o primeiro, o dela o último do corredor. A verdade é que a noite tinha sido uma droga para os dois. Eles haviam ido para a mesma festa, conversado com as mesmas pessoas, bebido as mesmas bebidas, e haviam se sentido da mesma forma, miseráveis. A festa era ruim, as pessoas estavam bêbadas, a bebida era barata, e em meio a tantas pessoas, os dois eram solitários.

Então, por pura coincidência, ali estavam os dois, chegando ao mesmo momento em casa. Como duas pessoas tão diferentes poderiam acabar com tantas semelhanças?

Não havia um traço em suas personalidades que fossem compatíveis. Se ela era pedra, ele era água. Se ela era gelo, ele era fogo. Gwen ardia e Robb queimava.

Como dois elementos que não deviam ser colocados juntos, os dois em contato se consumiam até a exaustão. Não havia meio termo, conciliação. Nenhuma forma de encaixar o quebra cabeça.

E é claro, que nenhum deles pensava em coisas tão inúteis como essa quando estava se encarando daquela forma. Era como se a cabeça dos dois se esvaziasse, e simplesmente esquecessem de não jogar a droga da gasolina no fogo.

— O que você pensa que está fazendo, Stark? — perguntou ela quando ele continuou a se mover em direção, em direção a seu apartamento.

Sem dar alguma resposta, sem esperar por um consentimento, sem esperar por qualquer coisa que fosse, Robb pressionou-a na parede, atacando-lhe os lábios com força. Alguma parte de Gwen queria afastá-lo para longe e bater-lhe com todas as suas forças, mas ela não sabia onde estava essa parte. Por mais que sua cabeça dissesse não, seus lábios mordiam os de Robb e suas mãos se embrenhavam em seus cachos ruivos puxando-o de forma quase rude para si, seu corpo sempre dizia sim.

Uma parte de Robb se sentia miserável por estar ali novamente com ela, por voltar como sempre para a armadilha que era os braços de Gwen. Mas sem muita gentileza, mandou essa parte se foder, e a colou ainda mais em si, puxando-a de forma nada gentil pela porta aberta, batendo-a com força.

E então não importava mais o porquê de os dois nunca ficarem juntos, não importava de quem tinha sido a culpa daquela vez, Robb não se preocupava mais nem em saber qual era a porcaria do seu nome.

Ele era um viciado, um doente, um maníaco, um masoquista. Ela ia enxotá-lo pela manhã, como sempre fazia, contando vantagem por ter sido ele a bater em sua porta dessa vez. Mas seu vício era ela, e como todo bom viciado, ele sempre pensava, só mais essa noite e nunca mais.

E não importava se os dois acordassem pela manhã, odiando-se por aquilo, sentindo-se fracos, e idiotas e miseráveis, para não dizer culpados. Os dois sabiam que estavam satisfeitos, nada arrependidos, e que mesmo que ela gritasse que aquilo nunca mais iria acontecer e que ele prometesse a si mesmo no momento que deixasse seu apartamento que aquela fora a última vez, não seria.

Aquela não era a primeira "última vez" e nem seria a última. Um dia essa guerra feriria um dos dois, e um deles acabaria se apaixonando pelo outro e tendo seu coração partido, mas enquanto isso não acontecia, só restava a Gwen e Robb aproveitar. E eles com certeza o faziam.


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