Edifício Baelor escrita por NicolyBlack, Marina Lupin, The Marauders


Capítulo 11
Aquele com Corações de Açúcar


Notas iniciais do capítulo

Haaai guys! Como vocês estão? Bem, eu espero *-*
Soooo, eu gostaria de falar com vcs, por um momento, então peço encarecidamente que vcs leiam até o fim.
Eu estou com uma ideia na cabeça, para expandir um pouco o universo de EB, que seria criar um tumblr para a fic, onde nós postaríamos fotos, gifs, edições, avisos e até spoilers, se vcs pedirem, mas para fazermos isso - um tumblr-, precisamos saber se vcs gostariam e acompanhariam, então deixem as opiniões de vcs, nos comentários, se vcs querem ou não, okay?

Vou deixar vcs com o cap agora, boa leitura!



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Brienne só descobriu que era dia dos namorados quando um garotinho de aparentemente seis anos entregou um pacote de corações açucarados para ela no parque. Agora fazia sentido todo o clima de festa que a cidade se encontrava, embora isso não fizesse nenhuma diferença significativa em sua vida.

Sentada no parque, olhando as folhas caindo e as crianças correndo, a mulher desatou a fita do pacote e jogou um punhado dos doces em sua boca. Rodou um dos corações entre seus longos dedos calejados, com unhas desiguais e suspirou.

“Meu coração é seu.” Vinha escrito no doce, em letras miúdas de açúcar. Brienne se perguntou se ainda tinha um coração inteiro dentro do peito, e se algum dia seria capaz de dá-lo para alguém, tão simples quanto um menininho de seis anos havia dado os seus corações de açúcar.

Afinal, quantas vezes um coração pode se quebrar por inteiro e ainda continuar batendo?

A primeira vez que entregou seu coração para alguém estava na faculdade, com vinte e dois anos. Colegial em si era ruim, mas quando se é alta e desengonçada, as coisas tendem a ficar pior, e ela não tinha nenhuma boa expectativa para a faculdade.

— Eu particularmente amo o dia dos namorados, tudo fica tão colorido, as pessoas tão mais alegres — comentou seu melhor amigo, enquanto desfrutava de uma caixa de bombons.

— Você ama receber presentes — acusou Brienne, arrancando uma risada do colega. Ela adorava esses momentos, quando conseguia fazer Renly dar um sorriso totalmente espontâneo.

Renly Baratheon era o cara mais bonito que ela já havia conhecido em toda a sua vida. Atlético, com cabelos longos que caiam nos olhos azuis. Mas além disso, Renly era inesperadamente gentil.

Foi em seu aniversário, quando o pai organizou uma festa, que ela o conheceu. Conhecer de longe ela já conhecia, mas foi nessa festa que realmente conheceu o rapaz.

Eles são completos idiotas — disse Renly revirando os olhos para os meninos da festa, filhos dos amigos de seu pai. Eles riram da aniversariante o tempo todo. Vejam só, Brienne, a feia, usando um vestido!Eu penso — disse Renly, cobrindo a mão da garota com as suas. —, que você está maravilhosa. Quer dançar, Brienne?

Desde então ela se tornou a amiga mais leal que Renly poderia ter, e ele era leal a ela, à sua própria maneira. Então viu-se gradativamente se apaixonando por ele.

— Soube que você vai lutar com o Loras — comentou Renly, ainda com um sorriso relaxado no rosto.

— Talvez… Nós estamos em categorias diferentes, mas quem sabe — ela sorriu, antecipando o prazer da vitória.

— Cuidado, ouvi dizer que ele é muito bom.

Na faculdade, Brienne empregou seu tamanho e força em algo produtivo, que foi o boxe. Não era um esporte para garotas, todos diziam, mas em pouco tempo ela lutava em equipes mistas e estava se classificando em semifinais a todo momento. Ela era realmente boa no que fazia. Talvez o boxe tenha causado medo em alguns, mas não diminuiu a quantidade de brincadeiras e insultos que ela recebia. O que havia mudado é que agora Brienne sabia onde descontar toda sua mágoa e frustração. Não raiva, ela tinha um coração extremamente gentil.

— O Tyrell é bom, mas eu consigo vencê-lo — ela nem sempre era tão autoconfiante, mas com os cabelos loiros e a aparência tão delicada, o Boxeador das Flores, como o chamavam, não a assustava.

— Eu vou assistir a sua luta, então — sorriu Renly, mas ela sabia que não era um sorriso sincero. Ela conhecia todos os sorrisos de Renly, embora ele não soubesse disso.

— Isso é bem legal — agradeceu ela, enrolando as faixas nas mãos. — Soube que a irmã do Loras também vai, a outra Tyrell.

— Margaery? — ali estava um sorriso malicioso e astuto, que ela particularmente não gostava. — Isso vai ser interessante…

Alguns anos depois, Brienne se viu na festa de noivado de Renly, como uma futura madrinha.

— Renly, Margaery está perguntando se… — começou ela ao entrar no quarto de hotel que ele alugara para se preparar para a festa no saguão do hotel, mas se conteve ao reparar que Renly ainda não estava pronto. Na verdade, ele estava seminu, apenas com suas cuecas boxer, deitado na cama.

Ele era tão lindo. Ela deu um passo a mais para dentro do quarto e limitou-se a apenas admirá-lo. Eles eram melhores amigos a tanto tempo, e cada dia mais ela se via apaixonada por ele.

— Ele não precisa de muito para parecer deslumbrante, não é? — sussurrou uma voz ao seu lado.

— Margaery! — exclamou Brienne, com as bochechas manchadas de vermelho. — Eu estava…

— Eu sei o que você estava fazendo, Brienne — Marg revirou os olhos. Aproximou-se da cama, analisando alguma coisa enquanto girava a aliança no dedo. — Eu não ligo realmente, sabe? Você o ama, e é leal a ele.

— Eu não estou… — começou a loira, engolindo em seco.

— Apaixonada por ele? — completou a Tyrell, com um olhar inocente. — Claro que você está, minha querida. Mas eu já disse que não ligo, quanto mais amor na vida dele, melhor. Uma pena que ele não é capaz de corresponder esse amor.

Brienne não sabia o que dizer, sentia-se tão humilhada, nunca fora tão exposta.

Margaery ajoelhou-se na cama e passou a mão pelos cabelos do noivo, com um olhar distante.

— Tão jovem — sussurrou ela. — Tão brilhante… Ele pode ter tudo… Ele poder ser tudo.

Brienne nunca quis que ela e Renly ficassem distantes, mas na época que se sucedeu a disputa judicial acerca da empresa com os irmãos, o rompimento do noivado com Margaery e os boatos de que ele estava envolvido, afinal, com o irmão da mesma, Brienne e Renly já não eram tão próximos. Ela precisava de um tempo e ela o teve.

Um dia encontrou Renly e Loras em um café no centro, e ficou mais que feliz em constatar que não sentia mais nada, além de amizade e felicidade por saber que o amigo estava bem. Ela tinha seu coração de volta, todo remendado, mas batia novamente sem dor.

E então, na segunda vez, foi ela quem estendeu a mão a alguém que precisava. Ele não só aceitou a mão, como tomou cada pedacinho dela. Os ferimentos que Jaime causou em seu coração ainda não haviam cicatrizado, e ele ficou com um pedaço dela também, um pedaço daquele coração estraçalhado. Seu único alívio era saber que não tinha sido a única que perdera alguma coisa, ela tinha uma parte do coração do Lannister também.

Brienne jogou o coração açucarado na boca e foi embora, limpando uma lágrima no caminho. Iria para casa e descansaria, no dia seguinte tinha uma viagem para o norte, para além da muralha.

Qual era o ponto em se consertar um coração para alguém quebrá-lo novamente? Ela preferia manter as coisas como estavam.


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Notas finais do capítulo

Por favor, leiam as notas iniciais.

E ai, gostaram da primeira aparição da Brienne?



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