TIA MAY IRIA SURTAR quando soubesse que o vaso da dinastia Ming que ganhara em seu casamento havia sido quebrado por um assassino freelancer esquizofrênico que andava em círculos, traçando um caminho de sangue e glitter pela casa. Ele se enfiou na geladeira requebrando as nádegas, e eu fui atrás quando escutei o barulho de vidro sendo quebrado. Pool puxou uma garrafa de suco verde que tia May costumava tomar pelas manhãs, lancei uma teia em seu pulso antes que ela fosse ao chão.

— Que merda está acontecendo com você?

— Não esquenta — resmungou o anti-herói entrecortado por uma risada nervosa e desesperada. — Não é como se estivéssemos ficando sem tempo por ter um grupo de mercenários à procura do Homem-Aranha vindo atrás de mim, após eu ter dito em alto e bom som em uma boate gay que o conhecia e o meu maior sonho era chupar o pau dele de cabeça para baixo — ele esbravejou de uma vez. — E, detalhe, agora eles sabem onde você mora.

— VOCÊ O QUÊ?

— Como eu disse, estamos ficando sem tempo. Acho melhor você pôr a máscara. — Então ele encarou seriamente alguma coisa atrás de mim. — Esquece. Segure-se.

Antes que eu pudesse reagir, o mercenário puxou a própria máscara e enfiou na minha cabeça, passando o braço pelo meu corpo e imprensando-me contra o dele no exato momento em que a porta da frente foi arrancada das dobradiças e veio na nossa direção. Fomos arremessados. Caí no chão da cozinha com Wade Wilson em cima de mim. Ele soltou um gemido arrastado de dor com os olhos apertados.

— DEADPOOL!

— Você pararia de gritar no meu ouvido se eu dissesse que esse é um dos meus fetiches? A julgar pelo volume nas minhas calças, diria que meu sonho não está tão longe de ser realizado.