San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
OI PESSOINHAS! Consegui pegar o notebook do meu pai de novo :B ~aleluia irmãos
Hoje teremos um capítulo calmo, para baixar a poeira que o último capítulo deixou xD
Não que ele seja calmo demais, mas já sabem como funciona, eu acho.
Boa leitura!
Comecei a rir, imaginando a cara da Lili toda vermelha.
— Foi difícil não começar a rir, sabe. — Lili disse rindo.
— Imagino. Ainda mais a mãe dele que é toda cheia de energia.
— Pois é. No começo eu tava já temendo, porque ela me perguntou se eu já tinha namorado… Só faltava perguntar se eu sabia como colocar uma camisinha.
Eu ri. — Meu Deus. Tô imaginando a cara do Júlio. O James ficou só rindo, né?
— Ficou. Não que tivesse outra coisa pra fazer.
— Isso é. E depois?
— Depois terminamos de limpar e o Júlio foi testar o jogo novo dele. Depois vimos uns filmes, e de noite dormimos no sofá.
— Igual aquele dia?
— É, só que o James tava abraçado com uma almofada ao invés de você. — Riu.
Ficamos conversando mais um tempo, principalmente sobre o Bernardo, e depois desliguei o telefone.
Engraçado, se eu tivesse na casa dela, estaríamos voltando pra escola essa hora.
Bateu uma saudadezinha. Parece que amanhã estarei tomando café no refeitório com o pessoal…
Para vai, não fica pensando nisso. Aproveita suas férias.
Os dias vão passar voando.
***
No outro dia, de tarde, resolvi arrumar meu guarda roupa. Arrumei as roupas, mudei de lugar os cosméticos, joguei fora coisas velhas…
Tudo o que ia pro lixo, eu deixava no chão, então logo toda aquela parte estava cheia de papeis e embalagens vazias.
Ouvi a campainha, mas sabia que a minha mãe atenderia.
Peguei a sacola que tinha separado e comecei a pegar as tralhas e jogar ali dentro.
— Eita, que zona.
Olhei pra porta e vi Bebê.
— Fala não que seu quarto não tava muito diferente — acusei.
Ele riu. — Tá, né. — Entrou e eu vi que eke estava com uma caixinha de papel pardo na mão. — Quer ajuda?
— Não, eu só tenho que jogar isso tudo fora.
Bebê deixou a caixa em cima da cômoda e pegou um pote vazio de creme, e jogou na sacola que estava no chão. — Então vai ser rápido.
— E essa caixa?
— Depois mostro.
Demoramos alguns minutos pra nos livrarmos de tudo, e enchemos duas sacolas. As deixamos perto da porta e ele voltou a pegar a caixa.
— Eu quero jogar um jogo com você — falou numa voz grossa.
— Eu hein, sai fora. — Ri.
— Relaxa, não vai ser tortura física. — Sentou no tapete, perto da cadeira da mesa e deixou a caixa na sua frente. — Senta aí.
Estranhei, mas sentei na frente dele.
— Eu estava pensando hoje cedo que não nos conhecemos tão bem, então eu lembrei desse jogo que fiz com uns amigos ano passado. — Abriu a caixa e deixou a tampa do lado dela. — É um jogo de perguntas. Nós bolamos várias perguntas para uma aula de filosofia e acabou virando uma brincadeira nossa.
— Que tipo de perguntas?
— Várias. Deve ter umas cinquenta ou mais. É legal, você vai ver. Quem começar, tira um papel e faz a pergunta pro outro. Os dois respondem. — Levantou a mão em punho. — Pedra, papel e tesoura.
Okay…
Levantei e joguei pedra. Ele, papel.
Bebê pegou um papel dobrado, o abriu e leu. — Qual sua palavra favorita?
— Hm… sabe que eu nunca pensei nisso?
— Pensa agora. — Dobrou o papel e o deixou na tampa da caixa.
Yan conta como palavra?
Tá, eu sei.
Hmm...
— Organização. E você?
— Eita. — Quê? — Você pode falar eita pra tudo — explicou. — Vai.
Então tá.
Tirei um papel. — De qual hábito pessoa você tem orgulho? — Dobrei o papel e deixei na tampa. O olhei.
— Hm… Eu tenho orgulho do meu hábito de acordar, levantar e lavar a cara depois de mijar.
— Por quê? — Estranhei.
— Sei lá. Eu gosto. — Deu de ombros. — E você?
— Hm… Eu me orgulho de sempre planejar minhas coisas.
Ele riu e pegou outro papel. — Você coloca só o tempero do miojo ou coloca outras coisas nele?
— Que tipo de pergunta é essa? — Eu ri.
— Eu disse. O tema é variado.
— Hm, bom, eu só coloco o tempero mesmo.
— Eu coloco o tempero e o que for comestível que tiver por perto.
Ri. — Okay… — Tirei outro. — Quantas vezes você já se apaixonou?
— Pelo que me lembro, duas vezes.
Fiquei meio corada. — Três vezes.
Uma sobrancelha dele levantou e segurou riso. — O que você gostaria de perguntar pra alguém do sexo oposto mas não tem coragem? E faça essa pergunta a alguém.
Ahn… sei lá. — Não sei.
— Não? Nada? — Ficou inconformado.
— Não. Não consigo pensar em nada. E você?
Ele balançou a cabeça. — Acho que é melhor eu nem falar. Vamos pular essa.
— Por quê?
— Você não tem cara de quem ia saber me responder. Vai. — Me apressou.
Ué…
— O que você faria se um amigo(a) se declarasse pra você?
Eita Deus.
— Dependendo do caso, eu poderia aceitar.
— Você ficaria com uma amiga mesmo sendo amiga? — Levantei as sobrancelhas.
— Eu falei que ia depender do caso. Se eu gostasse o suficiente, por que não tentar?
— Mas… e se não desse certo?
— Se não desse, paciência. Pelo menos bons momentos teríamos.
— Hm… — Como não lembrar do James? Bom… Talvez eu tivesse aceitado. — É, eu também, dependendo do caso, claro.
— Acredita em amor à primeira vista?
— Sim — respondi rápido.
— Não. Não em amor, mas acredito em interesse à primeira vista.
É, até que faz sentido. — No que você não é bom?
— Não sou bom em falar sobre sentimentos e nem em lidar com sentimentos alheios.
Nossa, ele fala tão… seguro. Ele deve se conhecer muito bem.
— Eu… não sou boa em… enfrentar meus problemas.
— Te dou umas aulas depois… Quando foi a última vez que você gritou?
Quando eu gritei…? Não lembro de ter… Ah, pera. Eu gritei no travesseiro quando…
— Ah… segunda passada. — Corei.
— Ontem de noite… Tenho outra. Você realmente fica com vergonha em noventa por cento das perguntas?
Mas hein… — Qual o problema?
— Você é mais tímida do que eu pensei. — Riu.
Ignorei e li a próxima. — O que você faria se seu melhor amigo espalhasse um segredo seu?
Bebê olhou pra baixo, como se pensasse. — Eu daria umas boas porradas nele.
— Sério?
— Sim. Até a cara sangrar — disse sério.
Nossa… — Ah… eu pararia de falar com esse “amigo”.
Ele abriu a boca pra falar, mas riu. — Com quem foi seu primeiro beijo?
Isso vai me perseguir agora, né? — Não dá pra pular essa? Já sabemos a resposta.
— Tá, vamos mudar então. Com quem foi seu primeiro beijo de língua?
Ai Jesus… — Com… um menino da minha escola.
— O sujeito Yan. — Sorriu, malicioso. Afirmei, com a cara em chamas. — O meu foi com uma amiga.
— Amiga?
— É. Ela reclamava que ainda não tinha beijado ninguém, com quatorze anos, e eu também não tinha ainda. Então eu a beijei.
— Ela não... ficou brava?
— Não, eu perguntei se ela queria, né. Não ia sair beijando sem saber se ela queria.
— Ah, sei lá, né… Mas você quis mesmo? Tudo bem que eu não acho que você tem cara de quem se importa com quem foi seu primeiro beijo, mas…
— Quem disse que eu não me importo? — Me cortou. — Eu quis beijar ela justamente porque eu me importava, na época. Eu queria beijar alguém que eu gostasse, mas não tinha ninguém que merecesse. Ela também pensava assim, e a gente se gostava, como amigo, claro, mas né… Acabou que foi legal.
Uau… eu nunca teria pensado dessa forma. — Legal… Você ainda fala com ela?
— Não.
— Por acaso ela faz parte do bando de “cuidiotas” dos seus amigos? — Dei uma risadinha.
Consegui tirar um sorriso dele. — Sim, faz.
Deu pra perceber que ele parecia meio triste quando falava deles.
Eu queria saber o que tinha acontecido, mas sei lá… Não parecia que ele ia querer responder.
Peguei a próxima pergunta. — Esporte preferido.
— Karatê.
— Sério? — perguntei impressionada. — Você luta?
— Sim, sou faixa roxa — respondeu orgulhoso.
— E o que isso quer dizer?
— Que eu estou num nível avançado, mas falta muito pra chegar “no topo”... E o seu esporte?
— Vôlei. Esse ano teve um campeonato na escola e minha sala ganhou. Mas perdemos na primeira partida do regional.
— Pelo menos chegaram longe… O que você odeia numa pessoa?
— Hm… eu odeio quando a pessoa é escandalosa e gosta de chamar atenção.
— Eu odeio pessoas que são mentirosas e que machucam outras pessoas por diversão.
— Isso eu também… Se você tivesse dinheiro pra comprar qualquer coisa, o que compraria?
— Uma chácara ou sítio imenso, pra eu adotar milhões de animais abandonados ou maltratados.
Que lindo… Agora qualquer coisa que eu disser vai parecer egoísta. — Acho que… eu compraria o que me desse na telha na hora. Não sei exatamente o quê… O que você faria se sua mãe/pai te pegasse fazendo algo errado?
Bebê começou a rir. — Depende do nível de errado, né? Mas acho que não teria muito o que fazer. Nunca fiz nada realmente errado, só coisas vergonhosas que não tinha muito o que falar.
— Tipo o quê?
Ele olhou pra minha cara, meio rindo, meio em dúvida. — Melhor eu não falar. Fala o que você faria.
— Que chato você é — reclamei fazendo bico. — Eu também nunca fiz nada errado, mas sei lá, eu pediria desculpa.
— Duvido mesmo que você já tenha feito coisa errada. — Riu.
— Não vai me falar?
— Não quero ser responsável por acabar com sua inocência — falou já pegando outro papel. — Vou deixar isso pro sujeito Yan… Qual foi o nome do seu primeiro Sim?
Como é que é?!
— Vai, responde — apressou, rindo da minha cara.
Tentei esquecer aquilo. — Primeiro Sim? Como assim?
— No The Sims. Nunca jogou?
— Não.
— Não acredito. — Arregalou os olhos. — Temos que mudar isso agora. — Pegou a tampa e jogou todos os papeis dentro da caixa, a fechando em seguida. — Ah, meu primeiro Sim se chamava Josley Escaldante. — Levantou.
Que diabo de nome é esse? — Ainda não entendi. Onde você vai?
— Levanta daí. Vamos lá pra casa que eu vou te mostrar o jogo.
— Ah não… — resmunguei, com preguiça.
— Vai, garota. — Me puxou pelo braço. — Juro que você não vai se arrepender.
Suspirei e me deixei levantar.
Que escolha eu tenho, né?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gente kkkk Sabe eu eu adorei esse nome? Josley Escaldante. Vou aderir -qq
The Sims ♥
Gostaram? Deu pra conhecer mais um pouco do Bebê, e até da própria Bruninha também :3
Eu realmente espero que meu notebook tenha salvação, é horrível depender do pc de outra pessoa. E pior ainda é não ter os arquivos que você precisa -.-
Eu tive que passar o capítulo pro documento do google. Ele é muito lento DD:
Sem falar que eu tinha que ficar colando o travessão porque não tinha nele (alguém sabe se tem?). Mas o pior de tudo é eu fazendo "ctrl+-" pra fazer o travessão (no word é assim que eu faço), mas aí eu dava zoom na página GSAGSYAGS quis jogar o note da rua de raiva :v
Enfim. Rezem pelo meu notebook shauhs
Até o próximo capítulo o/