San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 74
Perguntas


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOINHAS! Consegui pegar o notebook do meu pai de novo :B ~aleluia irmãos

Hoje teremos um capítulo calmo, para baixar a poeira que o último capítulo deixou xD

Não que ele seja calmo demais, mas já sabem como funciona, eu acho.

Boa leitura!



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Comecei a rir, imaginando a cara da Lili toda vermelha.

— Foi difícil não começar a rir, sabe. — Lili disse rindo.

— Imagino. Ainda mais a mãe dele que é toda cheia de energia.

— Pois é. No começo eu tava já temendo, porque ela me perguntou se eu já tinha namorado… Só faltava perguntar se eu sabia como colocar uma camisinha.

Eu ri. — Meu Deus. Tô imaginando a cara do Júlio. O James ficou só rindo, né?

— Ficou. Não que tivesse outra coisa pra fazer.

— Isso é. E depois?

— Depois terminamos de limpar e o Júlio foi testar o jogo novo dele. Depois vimos uns filmes, e de noite dormimos no sofá.

— Igual aquele dia?

— É, só que o James tava abraçado com uma almofada ao invés de você. — Riu.

Ficamos conversando mais um tempo, principalmente sobre o Bernardo, e depois desliguei o telefone.

Engraçado, se eu tivesse na casa dela, estaríamos voltando pra escola essa hora.

Bateu uma saudadezinha. Parece que amanhã estarei tomando café no refeitório com o pessoal…

Para vai, não fica pensando nisso. Aproveita suas férias.

Os dias vão passar voando.

***

No outro dia, de tarde, resolvi arrumar meu guarda roupa. Arrumei as roupas, mudei de lugar os cosméticos, joguei fora coisas velhas…

Tudo o que ia pro lixo, eu deixava no chão, então logo toda aquela parte estava cheia de papeis e embalagens vazias.

Ouvi a campainha, mas sabia que a minha mãe atenderia.

Peguei a sacola que tinha separado e comecei a pegar as tralhas e jogar ali dentro.

— Eita, que zona.

Olhei pra porta e vi Bebê.

— Fala não que seu quarto não tava muito diferente — acusei.

Ele riu. — Tá, né. — Entrou e eu vi que eke estava com uma caixinha de papel pardo na mão. — Quer ajuda?

— Não, eu só tenho que jogar isso tudo fora.

Bebê deixou a caixa em cima da cômoda e pegou um pote vazio de creme, e jogou na sacola que estava no chão. — Então vai ser rápido.

— E essa caixa?

— Depois mostro.

Demoramos alguns minutos pra nos livrarmos de tudo, e enchemos duas sacolas. As deixamos perto da porta e ele voltou a pegar a caixa.

— Eu quero jogar um jogo com você — falou numa voz grossa.

— Eu hein, sai fora. — Ri.

— Relaxa, não vai ser tortura física. — Sentou no tapete, perto da cadeira da mesa e deixou a caixa na sua frente. — Senta aí.

Estranhei, mas sentei na frente dele.

— Eu estava pensando hoje cedo que não nos conhecemos tão bem, então eu lembrei desse jogo que fiz com uns amigos ano passado. — Abriu a caixa e deixou a tampa do lado dela. — É um jogo de perguntas. Nós bolamos várias perguntas para uma aula de filosofia e acabou virando uma brincadeira nossa.

— Que tipo de perguntas?

— Várias. Deve ter umas cinquenta ou mais. É legal, você vai ver. Quem começar, tira um papel e faz a pergunta pro outro. Os dois respondem. — Levantou a mão em punho. — Pedra, papel e tesoura.

Okay…

Levantei e joguei pedra. Ele, papel.

Bebê pegou um papel dobrado, o abriu e leu. — Qual sua palavra favorita?

— Hm… sabe que eu nunca pensei nisso?

— Pensa agora. — Dobrou o papel e o deixou na tampa da caixa.

Yan conta como palavra?

Tá, eu sei.

Hmm...

— Organização. E você?

— Eita. — Quê? — Você pode falar eita pra tudo — explicou. — Vai.

Então tá.

Tirei um papel. — De qual hábito pessoa você tem orgulho? — Dobrei o papel e deixei na tampa. O olhei.

— Hm… Eu tenho orgulho do meu hábito de acordar, levantar e lavar a cara depois de mijar.

— Por quê? — Estranhei.

— Sei lá. Eu gosto. — Deu de ombros. — E você?

— Hm… Eu me orgulho de sempre planejar minhas coisas.

Ele riu e pegou outro papel. — Você coloca só o tempero do miojo ou coloca outras coisas nele?

— Que tipo de pergunta é essa? — Eu ri.

— Eu disse. O tema é variado.

— Hm, bom, eu só coloco o tempero mesmo.

— Eu coloco o tempero e o que for comestível que tiver por perto.

Ri. — Okay… — Tirei outro. — Quantas vezes você já se apaixonou?

— Pelo que me lembro, duas vezes.

Fiquei meio corada. — Três vezes.

Uma sobrancelha dele levantou e segurou riso. — O que você gostaria de perguntar pra alguém do sexo oposto mas não tem coragem? E faça essa pergunta a alguém.

Ahn… sei lá. — Não sei.

— Não? Nada? — Ficou inconformado.

— Não. Não consigo pensar em nada. E você?

Ele balançou a cabeça. — Acho que é melhor eu nem falar. Vamos pular essa.

— Por quê?

— Você não tem cara de quem ia saber me responder. Vai. — Me apressou.

Ué…

— O que você faria se um amigo(a) se declarasse pra você?

Eita Deus.

— Dependendo do caso, eu poderia aceitar.

— Você ficaria com uma amiga mesmo sendo amiga? — Levantei as sobrancelhas.

— Eu falei que ia depender do caso. Se eu gostasse o suficiente, por que não tentar?

— Mas… e se não desse certo?

— Se não desse, paciência. Pelo menos bons momentos teríamos.

— Hm… — Como não lembrar do James? Bom… Talvez eu tivesse aceitado. — É, eu também, dependendo do caso, claro.

— Acredita em amor à primeira vista?

— Sim — respondi rápido.

— Não. Não em amor, mas acredito em interesse à primeira vista.

É, até que faz sentido. — No que você não é bom?

— Não sou bom em falar sobre sentimentos e nem em lidar com sentimentos alheios.

Nossa, ele fala tão… seguro. Ele deve se conhecer muito bem.

— Eu… não sou boa em… enfrentar meus problemas.

— Te dou umas aulas depois… Quando foi a última vez que você gritou?

Quando eu gritei…? Não lembro de ter… Ah, pera. Eu gritei no travesseiro quando…

— Ah… segunda passada. — Corei.

— Ontem de noite… Tenho outra. Você realmente fica com vergonha em noventa por cento das perguntas?

Mas hein… — Qual o problema?

— Você é mais tímida do que eu pensei. — Riu.

Ignorei e li a próxima. — O que você faria se seu melhor amigo espalhasse um segredo seu?

Bebê olhou pra baixo, como se pensasse. — Eu daria umas boas porradas nele.

— Sério?

— Sim. Até a cara sangrar — disse sério.

Nossa… — Ah… eu pararia de falar com esse “amigo”.

Ele abriu a boca pra falar, mas riu. — Com quem foi seu primeiro beijo?

Isso vai me perseguir agora, né? — Não dá pra pular essa? Já sabemos a resposta.

— Tá, vamos mudar então. Com quem foi seu primeiro beijo de língua?

Ai Jesus… — Com… um menino da minha escola.

— O sujeito Yan. — Sorriu, malicioso. Afirmei, com a cara em chamas. — O meu foi com uma amiga.

— Amiga?

— É. Ela reclamava que ainda não tinha beijado ninguém, com quatorze anos, e eu também não tinha ainda. Então eu a beijei.

— Ela não... ficou brava?

— Não, eu perguntei se ela queria, né. Não ia sair beijando sem saber se ela queria.

— Ah, sei lá, né… Mas você quis mesmo? Tudo bem que eu não acho que você tem cara de quem se importa com quem foi seu primeiro beijo, mas…

— Quem disse que eu não me importo? — Me cortou. — Eu quis beijar ela justamente porque eu me importava, na época. Eu queria beijar alguém que eu gostasse, mas não tinha ninguém que merecesse. Ela também pensava assim, e a gente se gostava, como amigo, claro, mas né… Acabou que foi legal.

Uau… eu nunca teria pensado dessa forma. — Legal… Você ainda fala com ela?

— Não.

— Por acaso ela faz parte do bando de “cuidiotas” dos seus amigos? — Dei uma risadinha.

Consegui tirar um sorriso dele. — Sim, faz.

Deu pra perceber que ele parecia meio triste quando falava deles.

Eu queria saber o que tinha acontecido, mas sei lá… Não parecia que ele ia querer responder.

Peguei a próxima pergunta. — Esporte preferido.

— Karatê.

— Sério? — perguntei impressionada. — Você luta?

— Sim, sou faixa roxa — respondeu orgulhoso.

— E o que isso quer dizer?

— Que eu estou num nível avançado, mas falta muito pra chegar “no topo”... E o seu esporte?

— Vôlei. Esse ano teve um campeonato na escola e minha sala ganhou. Mas perdemos na primeira partida do regional.

— Pelo menos chegaram longe… O que você odeia numa pessoa?

— Hm… eu odeio quando a pessoa é escandalosa e gosta de chamar atenção.

— Eu odeio pessoas que são mentirosas e que machucam outras pessoas por diversão.

— Isso eu também… Se você tivesse dinheiro pra comprar qualquer coisa, o que compraria?

— Uma chácara ou sítio imenso, pra eu adotar milhões de animais abandonados ou maltratados.

Que lindo… Agora qualquer coisa que eu disser vai parecer egoísta. — Acho que… eu compraria o que me desse na telha na hora. Não sei exatamente o quê… O que você faria se sua mãe/pai te pegasse fazendo algo errado?

Bebê começou a rir. — Depende do nível de errado, né? Mas acho que não teria muito o que fazer. Nunca fiz nada realmente errado, só coisas vergonhosas que não tinha muito o que falar.

— Tipo o quê?

Ele olhou pra minha cara, meio rindo, meio em dúvida. — Melhor eu não falar. Fala o que você faria.

— Que chato você é — reclamei fazendo bico. — Eu também nunca fiz nada errado, mas sei lá, eu pediria desculpa.

— Duvido mesmo que você já tenha feito coisa errada. — Riu.

— Não vai me falar?

— Não quero ser responsável por acabar com sua inocência — falou já pegando outro papel. — Vou deixar isso pro sujeito Yan… Qual foi o nome do seu primeiro Sim?

Como é que é?!

— Vai, responde — apressou, rindo da minha cara.

Tentei esquecer aquilo. — Primeiro Sim? Como assim?

— No The Sims. Nunca jogou?

— Não.

— Não acredito. — Arregalou os olhos. — Temos que mudar isso agora. — Pegou a tampa e jogou todos os papeis dentro da caixa, a fechando em seguida. — Ah, meu primeiro Sim se chamava Josley Escaldante. — Levantou.

Que diabo de nome é esse? — Ainda não entendi. Onde você vai?

— Levanta daí. Vamos lá pra casa que eu vou te mostrar o jogo.

— Ah não… — resmunguei, com preguiça.

— Vai, garota. — Me puxou pelo braço. — Juro que você não vai se arrepender.

Suspirei e me deixei levantar.

Que escolha eu tenho, né?


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Notas finais do capítulo

Gente kkkk Sabe eu eu adorei esse nome? Josley Escaldante. Vou aderir -qq

The Sims ♥

Gostaram? Deu pra conhecer mais um pouco do Bebê, e até da própria Bruninha também :3

Eu realmente espero que meu notebook tenha salvação, é horrível depender do pc de outra pessoa. E pior ainda é não ter os arquivos que você precisa -.-

Eu tive que passar o capítulo pro documento do google. Ele é muito lento DD:

Sem falar que eu tinha que ficar colando o travessão porque não tinha nele (alguém sabe se tem?). Mas o pior de tudo é eu fazendo "ctrl+-" pra fazer o travessão (no word é assim que eu faço), mas aí eu dava zoom na página GSAGSYAGS quis jogar o note da rua de raiva :v

Enfim. Rezem pelo meu notebook shauhs

Até o próximo capítulo o/



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