San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 62
Jogo Final Trágico (?)


Notas iniciais do capítulo

OLÁ!

Finalmente a graaaaaande final! Espero que vocês gostem xD

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698681/chapter/62

Na terça, a sala do Viktor venceu. Ou seja, íamos jogar contra na final.

Treinamos pesado na quarta e na quinta, e na sexta eu estava com os músculos doloridos, mas bem satisfeita com os treinos.

Tentei não pensar que a escola inteira iria ver aquele jogo. Até os professores e a diretora iam assistir.

Peguei pouca comida no almoço e depois cochilei. Lili me acordou, me troquei e fomos para o ginásio.

Viktor estava encostado no corredor próximo da entrada e parou na nossa frente.

— Lili, vai me desejar boa sorte? — perguntou sorrindo.

— Claro que não, eu quero que a minha sala vença — disse debochada.

— Mas e se eu vencer? Vai me dar algo como prêmio? — Brincou.

— Por que você não pergunta isso pra diretora? — Abriu um sorriso falso.

Ele riu. — Bom, boa sorte, Bru — disse pra mim.

— Pra você também. — Segurei o riso.

Viktor desceu, e Lili revirou os olhos.

Descemos, Lili foi pra junto de James e eu fui pra quadra, e fiquei perto do Júlio, que estava sério.

— Bru... — disse olhando para frente. — Hoje o jogo é pessoal.

Segui seu olhar. Ele encarava Viktor, que conversava com os amigos.

— Vamos com tudo. — Me olhou.

— Hoje é guerra — falei balançando a cabeça.

— E vamos ganhar.

Até parecia que ele ia jogar contra o Viktor pela Lili.

— Bru! — Alguém gritou ao meio da barulheira.

Olhei para o lado. Yan estava na grade de segurança me olhando.

Fui até lá e ele me abraçou pelos ombros, me pegando de surpresa.

— Eu sei que você vai conseguir, mas mesmo assim, boa sorte.

Joguei meus braços ao redor dele e encostei a testa em seu peito.

— Tá nervosa, né? — Balancei a cabeça em resposta. — Olha aqui.

Levantei o rosto ao mesmo tempo que ele o segurou com as duas mãos.

— Vocês têm grande chance de ganhar. Eles são bons no ataque, mas na defesa são ruins. O time de vocês é bom no ataque e na defesa, principalmente. — Sorriu, me incentivando. — Não sei se o Júlio ou outro jogador reparou, mas o menino da defesa central não pega direito quando a bola vem da esquerda, sendo que você pega dos dois lados, entendeu?

Afirmei, sentindo a adrenalina aumentar.

— Eu sei que vocês vão ganhar. Respira fundo e vai. — Puxou meu rosto e beijou minha testa. Me olhou de novo. — É... você...

O olhei, esperando. Ele parecia envergonhado.

— Você... Não, depois eu falo. Quando o jogo acabar eu falo.

— Você vai me deixar curiosa mesmo? — Ri, corada.

— É pra servir de incentivo. — Sorriu.

— Mas...

O apito me cortou. Respirei fundo, olhei pra ele e me afastei.

O time se juntou e eu contei o que o Yan havia dito sobre o menino da defesa. Juntamos as mãos e berramos. Cada um foi para a sua posição e o apito soou.

Devido a minha informação, parecia que todos se esforçavam pra cortar pro lado onde o menino não conseguia pegar. Em um momento, Viktor começou a ficar mais perto dele pra salvar a bola, mas...

 

 

1ºA – 25 X 20 – 2ºC

 

Estávamos totalmente focados no jogo. Ficamos mais animados depois do primeiro set.

Eu estava com força total.

Corte, defesa, chão, corte, defesa, chão.

A bola veio de novo, mais pra direita.

Corri pra trás e pra direita ao mesmo tempo, pronta pra pegar a bola...

Quando pisei em falso e caí com tudo pro lado, fazendo o maior barulho.

Meu pé latejou na hora e ouvi o apito.

— Bru? — Ouvi Cláudia perto.

Minha perna começou a doer até o joelho, e fazendo esforço, me sentei e coloquei o pé direito no chão pra levantar, mas automaticamente o levantei, tamanho a dor.

— O que foi? — Cláudia se ajoelhou ao meu lado e meus colegas se aproximaram.

— Bru, o que foi? — Júlio ficou na minha frente.

— M-meu pé. — Senti meus olhos ficando úmidos.

Júlio ia colocar a mão no tênis quando a professora Eliza agachou do lado dele e o impediu.

— Você torceu? — Me perguntou.

— E-eu não sei, tá doendo.

Ela fez uma cara de preocupação. — Vem, me ajuda Júlio. — Colocou um braço ao meu redor e me levantou.

Ele ficou ao meu lado e coloquei o braço em seus ombros para me apoiar e fui pulando num pé só.

Me sentei no banco e Eliza se agachou na minha frente.

— Vou tirar o tênis, tá?

Balancei a cabeça e bem devagar, ela desfez o laço e segurou minha batata da perna. Quando segurou o calcanhar do tênis, afastei a perna sem perceber, por causa da dor, e choraminguei.

— Desculpa — disse sentida. — Aguenta aí, Bruna, eu preciso ver.

Respirei fundo e fechei os olhos com força, fazendo uma careta quando ela tirou o tênis.

Devagar, puxou a meia e olhou meu pé, sem tocar.

Meu tornozelo estava vermelho e inchado.

— Você consegue colocar no chão ou dói demais?

Abaixei a perna, e de leve, toquei o chão gelado. Pelo menos consegui colocar o pé inteiro.

— Ótimo, então não quebrou. — Levantou e olhou para algum lugar atrás de mim. — Me ajuda aqui.

Eu não sabia com quem ela tinha falado, até eu olhar para uma mão que apareceu do meu lado e ver que era de Yan.

— Leva ela pra enfermaria. Foi uma torção — disse pra ele.

Peguei a mão dele e me apoiei pra levantar. Ele passou o braço esquerdo pela minha cintura e me ajudou a pular até o portão.

James e Lili estavam lá, esperando com o portão aberto.

— O que aconteceu? — James perguntou preocupado.

— Torci o tornozelo.

Lili entrou na quadra enquanto saíamos. Paramos na frente da escada.

— Vou ter que te levar no colo.

Ai Jesus...

Passei o braço direito por seu ombro. Ele abaixou e me puxou para cima, passando os braços por trás dos meus joelhos.

Então começou a subir.

— Eu sou pesada, eu consigo pular...

— Você não pesa nada. — Me cortou, sorrindo de leve.

Não quis olhar para os lados, porque com certeza tinha muita gente nos olhando.

Olhei para trás e vi James e Lili subindo atrás de nós. Lili estava com o meu tênis.

Segurei o ombro direito do Yan, com a mão esquerda, e estiquei a direita para os dois, secando os olhos no ombro.

James a segurou primeiro e deu um sorriso acolhedor.

Saímos pela saída das quadras e seguimos para o jardim. Yan estava andando rápido.

— Está doendo muito?

— Um pouco. — O olhei. — Mas não precisa correr.

— Precisa sim, não quero que você sinta tanta dor.

Abaixei o olhar, sentindo o rosto quente.

Logo chegamos na enfermaria e a senhora abriu a sala das macas pra gente.

Yan me sentou na primeira maca e deu espaço pra enfermeira olhar meu pé.

Ela o pegou, com cuidado e analisou. — Foi uma torção leve... Vamos colocar seu pé em água gelada que vai aliviar a dor. — E saiu da sala.

— Será que não quebrou mesmo? — Lili perguntou preocupada.

— Se tivesse quebrado ela estaria chorando e resmungando de dor. — James disse. — Se descabelando, na verdade.

— Tá doendo mas não tanto. — Sorri de leve, passando as mãos nos olhos.

A enfermeira voltou puxando uma das poltronas da sala de espera. — Queridos, por favor, só um aqui. — E saiu de novo.

— Vem, James. — Lili disse. — Temos que torcer pro Júlio.

Ele me olhou. — A gente volta depois que o jogo acabar.

Balancei a cabeça e eles saíram. Suspirei, relaxando a coxa no colchão, e Yan ficou do meu lado.

A enfermeira voltou com uma bacia prata e a colocou na frente da poltrona. — Coloque-a na poltrona, por favor.

Yan me levantou pela cintura e me ajudou e me sentar.

— Ponha o pé aí. — Indicou a bacia, cheia de água e gelo. — Vai ficar uns cinco minutos.

Jesus Cristo, eu vou morrer.

Fiz uma careta ao mergulhar o pé na água.

— Isso mesmo. — Ela riu. — Fique quietinha aí. — E de novo saiu.

A dor pareceu que piorou e eu queria muito tirar o pé.

Yan puxou a cadeira que estava num canto e a colocou do meu lado e se sentou. Então segurou minha mão direita, entrelaçando nossos dedos.

— Preciso devolver a gentileza — disse me olhando.

Sorri, corando e querendo mergulhar a cara naquela bacia. Então suspirei, lembrando do jogo.

Que droga. Eu estraguei tudo.

— O que foi?

Balancei a cabeça. — Quando eu achei que tudo ia dar certo... Eu queria muito ganhar... Eu queria comemorar com meu time...

— Mas vocês ainda podem ganhar.

— Sim, mas eu queria participar. Eu queria sentir que fiz algo importante.

— Bru, você fez algo importante. Você fez sua parte e ajudou seu time a chegar na final, não é? — Afirmei, desanimada. Ele tocou meu rosto e o virou para que eu o olhasse. — Quer saber o que eu ia dizer mais cedo?

Apesar da cara quente, o olhei. — O quê?

Yan olhou para nossas mãos juntas. — Eu queria saber se você quer sair comigo no outro sábado.

Meu coração pulou e eu paralisei.

Mas espera, o outro sábado é a festa surpresa dele...

Ele me olhou, esperando a resposta.

Eu teria que falar com o Gabriel...

— Ah... — Ele disse. — Isso se seu pé estiver bom até lá. — Sorriu.

Se meu pé estiver bom até lá, eu poderia distraí-lo, né?

— Claro. — Sorri, sem jeito.

Ele sorriu, parecendo feliz.

Então a enfermeira entrou. — Vocês fazem um casal lindo, mas eu preciso cuidar de um pé machucado.

Soltamos nossas mãos, envergonhados, e ela agachou, tirou a bacia e secou meu pé, que não estava mais doendo tanto.

Yan me ajudou a voltar pra maca, e a senhora passou uma pomada e enfaixou meu pé, pedindo pra que eu ficasse com ele reto por um tempo.

Assim que ela saiu, Yan deixou a cadeira de volta no lugar e sentou na minha frente, onde minha perna esquerda estava dobrada e voltou a segurar minha mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, um clichezinho básico não mata ninguém, né? kkkk

Relaxa Bru, logo você está melhor!

Até o próximo, gente! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.