San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 53
BV perdido + Lili surtando


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!

Ficaram felizes pela Bruninha? Haha xD

Boa leitura!



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Demoramos um tempo até nossa barriga parar de doer.

Eu estava com vergonha, mas foi engraçado. Tinha deitado mais ou menos perto dele e o olhei.

Ele estava secando os olhos com a manga da blusa comprida.

Dei um suspiro, ainda rindo. — Agora eu entendi a importância de ensaiar essas partes também. — Balancei a cabeça, negando minha falta de habilidade em beijar.

Yan deitou de lado. — É, imagina se isso acontece com a plateia cheia de gente.

Não sei o que aconteceria. A plateia nos olhando com cara de “isso era pra ter acontecido?” ou rindo da gente.

— Me desculpe. — Yan encostou o lado esquerdo do rosto no chão. — Eu não deveria ter feito aquilo. — Riu, envergonhado.

Ele está falando da língua? — Não, eu que tenho que pedir desculpa... Eu que me assustei e bati nossos dentes.

— Exato... Eu deveria saber que você ia se assustar... — Tapou o rosto com as mãos.

Ele ficou com tanta vergonha assim? Que fofo... — Yan... tudo bem.

Ele baixou as mãos e largou o braço no chão. Nossas mãos ficaram próximas, e nos olhamos, sem saber o que falar.

— Hm... — falou baixo — isso foi... seu primeiro beijo, não é?

Ai... meu Deus... O que ele vai pensar de mim?

Balancei a cabeça, afirmando, sentindo até meus pés esquentarem.

— Ah...

— V-você tá bravo comigo?

Me olhou. — Não, por que estaria?

— Sei lá...

— Não. — Sorriu. — Não estou bravo. — Sentou. — Quer continuar?

Balancei a cabeça, e ele levantou. Me ajudou a ficar de pé.

— Yan... me desculpe. Eu deveria ter avisado...

— Deixa eu adivinhar. Você ficou com vergonha? — Sorriu, brincalhão.

Sorri, olhando pro chão. — Sim.

— Tudo bem. Você me surpreendeu. Foi corajosa. — Deu um tapinha na minha cabeça.

Ele parecia até contente, então fiquei feliz.

Como eu aguento essa fofura toda?!

Pelo menos agora eu sei como serão os próximos beijos.

Yan parou. — Ouviu isso? Acho que tem alguém vindo.

Olhei para a porta do auditório.

— A peça, Bruna — Ele riu.

Ah!

Olhei para trás, com medo. — Rápido, se esconda! Fique ali! — Apontei para o outro lado do palco.

Yan correu e ficou parado com os ombros encolhidos, como se o espaço atrás dele fosse menor que a largura de seus ombros.

— Ah, você está aí, Jasmim. — Yan falou, ficando no lugar da mãe de Jasmim. — Você me assustou.

Dei uns passos para frente. — Por que, mamãe? Eu vim apenas para tomar um ar.

— Achei que tivesse visto alguém com você.

— Não... Eu subi sozinha... Estava muito sufocante lá no salão. Eu já vou descer, prometo.

— Oh, tudo bem, mas não demore. Sabe como seu pai ficará se perceber.

— Sim, mamãe, já irei.

A mãe de Jasmim sai, fechando a porta.

Andei de volta à frente do palco e Yan me pegou, me segurando em seus braços.

— Essa foi por pouco. — Ele disse.

— Nem diga... — Me virei e o olhei. — Temos que descer.

— Eu não quero sair daqui Jasmim. Eu quero ficar do teu lado para sempre. — Encostou sua testa na minha. — Eu quero... te ver todos os dias, acordar do seu lado todas as manhãs...

— Por mais estranho que seja... Eu não consigo tirá-lo da cabeça desde aquele dia... Eu não quero te deixar... Mas eu estou noiva. Estou prestes a me casar. Não posso ficar com você...

Yan me calou com outro beijo, mais rápido do que era necessário, na verdade. Ainda faltava eu dizer um “porque”, mas quem disse que eu ligo?

Novamente, puxou levemente meus lábios, e o sabor da bala me pegou. Eu queria tanto sentir melhor... mas eu tinha que manter a língua parada.

E então, senti a mesma coisa quente encostando no meu lábio inferior. Como se fosse um convite.

Droga...

Não consegui mais. Movi a língua e encontrei a dele no meio do caminho.

Se eu assustei? Sim, mas fiquei parada.

O que eu tinha que fazer? Mexer pra lá e pra cá? Socorro.

Os movimentos dele eram tão suaves... E eu quase morri quando senti o gosto da bala mais forte.

Outra sensação indescritível.

Eu achava que todo beijo era algo “bruto” ou rápido, mas não. Yan era delicado. Doce, suave e quente.

Ele terminou dando um último selinho e me olhou.

Eu não sabia que cara fazer, mas Yan parecia um pouco surpreso.

— Não... Não era pra ser assim.

— Por que não?

— Porque não está certo... Eu não devia ter feito isso. Não temos que fazer assim na cena — Ele parecia envergonhado.

Mas isso foi incrível! Para com isso! — Foi tão ruim assim?

Tomei um susto quando percebi o que tinha falado. NÃO!

Yan me olhou, ficando corado. — Não! Claro que não. Não é por isso...

Ai, por que abri a boca?

— É que... — falou pensativo. — Nossos beijos são técnicos. Não são... assim. — Colocou a mão na bochecha corada. — Não tem nada a ver com o jeito que você beija... Foi muito bom, na verdade... — Eu que comecei a ficar corada agora. — É só que... eu me deixei levar.

E agora? Fico feliz porque ele elogiou meu beijo recém aprendido ou fico chateada porque ele se deixou levar?

Se eu tivesse ficado quieta, ele não estaria assim. — Yan, eu também tenho culpa nisso, eu também me deixei levar.

— Mas... — falou baixo.

Talvez... ele saiba que eu goste dele... E talvez ele esteja arrependido de ter dado “falsa esperança”. — Tudo bem, não precisa ficar assim... Esquece isso. — Ok, é impossível esquecer meu primeiro contato com uma língua alheia, principalmente porque ela é sua, mas vamos tentar ignorar esse fato.

Ele fez uma cara como se pensasse o mesmo que eu. Coçou a cabeça. — Tudo bem... Vamos para por hoje, então.

— Tá bom.

Nos olhamos e ele deu uns passos para trás. — Vou desligar as luzes.

Ele sumiu atrás das cortinas. Talvez seja melhor deixar ele sozinho.

Desci do palco, tentando fazer o menor barulho possível. Subi as escadas e antes de abrir a porta, olhei para trás.

Vi Yan me olhando, apenas com a cabeça para fora das cortinas.

— O que foi?

— Eu ia falar pra você subir antes que ficasse escuro.

— Eu li seus pensamentos e me adiantei — brinquei.

Ele sorriu. — Ainda bem. Pode ir na frente, se quiser. — E sumiu.

Suspirei e abri a porta, saindo em seguida.

Fui para meu quarto e tomei um susto quando vi alguém na minha cama.

— Nossa, onde você se meteu? — Lili perguntou levantando.

Fechei a porta e a abracei. — Bom, eu estava dando uns beijos no Yan.

Lili me soltou, segurando meus ombros de forma assustada. — O quê?

Comecei a rir da cara dela. — É, alguém aqui não é mais bv. — Fiz uma careta quando ela deu um berro.

— NÃO! É SÉRIO? MENTIRA! NÃO ACREDITO!

— É sério!

— NÃO É POSSÍVEL! — Colocou as mãos na cabeça. — O mundo vai acabar! — Ela não sabia para onde olhar. — Meu Deus, Bruna! Me conta tudo agora! — Me puxou, sentando na cama.

Me sentei em sua frente. — Não quer saber sobre o meu fim de semana?

— É mais importante do que seu primeiro beijo com seu amor? — Me olhou desconfiada.

— Hm... Não, mas meio que me levou ao beijo.

— TÁ! Desembucha logo!

Dei risada e comecei a contar, resumidamente, o fim de semana entre família, e falei também sobre a viagem de ida com o Yan. Então comecei a falar da festa da Karen, e tive que falar sobre os acontecimentos na outra escola, antes de contar a parte do Lucas. Falei do pseudo beijo que demos e terminei. Então comecei a falar de quando cheguei e todo o resto que aconteceu depois.

Quando acabei de falar, Lili piscou algumas vezes. Levantou, ficando na frente da porta da varanda e deitou no chão.

— O que você tá fazendo? Ficou doidona?

Olhou para o teto. — Morta.

— Levanta daí sua maluca. — Dei risada.

— Caramba... — Sentou no chão e colocou os braços sobre o colchão. — Ainda não consigo acreditar... Eu sei que foi pelo teatro, mas vindo de você, a menina pimentão...

Revirei os olhos. — Eu também não consigo acreditar.

Ela pareceu lembrar de algo. — Então agora você vai ter que beijar o James também.

Arregalei os olhos. — É mesmo... Eu tinha esquecido disso.

— Ah, mas agora tudo bem. Seu primeiro beijo é do Yan!

— Sim... mas eu não sei como vou falar isso com o James... Isso vai ser estranho, vão vai?

— O que exatamente?

— Beijar o James. Eu tenho a impressão que vai ser diferente e estranho.

— Diferente vai ser mesmo, cada um beija de uma forma. Agora estranho... sei lá.

— Se você tivesse que beijá-lo não acharia estranho?

— Hm... não. Se fosse para o teatro, não.

— Por que não?

— Porque somos amigos. Eu me sentiria mais confortável beijando ele do que um estranho.

— Sério? Bom... olhando por esse lado, faz sentido.

— Sim. Você pode fazer o teste hoje.

— Teste?

— É... você não funciona muito com palavras pelo que eu vi. Então faz igual fez com o Yan. Só não vai fazer isso no meio do refeitório cheio ou na frente da Erica. Seria engraçado, mas é melhor não — Riu.

— Eu sei, né.

— Eu até imagino a cara do James. — Começou a rir mais. — Faça isso, por favor!

— Ai, sei não...

— Vai!

— Lili!

— Vai ser engraçado, por favor! — Suplicou, juntando as mãos.

— Vou pensar no seu caso.

Ficamos conversando sobre o fim de semana da Lili, que não teve nada do Viktor — não sei como —, e depois descemos para o jantar.

Pegamos a fila, e vimos James chegando. Lili acenou e ele se aproximou.

James era tão legal... não devia ser difícil.

— Olá, pessoinhas. — Ele ficou atrás de Lili, na fila. — Tudo bem?

— Tudo ótimo! — Lili disse animada. — E você?

Parecia que ela que tinha perdido o bv, e não eu.

— Tudo bem. Foi bem de viagem, Bru? — Sorriu, simpático.

Sorri de volta. — Sim, tudo bem. E você? Descansou bastante?

— Nossa, demais. Não sei como minha cara não tá amassada.

Rimos, e enquanto pegávamos nossa comida, Júlio chegou e pegou a fila.

Fomos para a mesa, e um pouco depois ele se juntou a nós.

Ficamos conversando, e vi Yan na fila da cantina com Gabriel.

Desviei o olhar antes que Yan me visse ali. Acho que minha vergonha tinha voltado... Ela só tinha tirado uma folga.

— ... é mas o sorteio será amanhã, lembra? — Júlio perguntou a James.

— Uau, é mesmo. Com quem será que vamos jogar?

— Tanto faz qual sala seja, nós somos bons e vamos ganhar. Eu e a Bru poderíamos jogar sozinhos contra eles.

— Para de ser convencido, que coisa feia! — Lili riu.

— Mas é verdade! — Riu. — Vamos fazer algo toda vez que ganharmos. — Me olhou.

— Tipo o quê?

— Sei lá, mas eu vou tirar a roupa. — Começou a gargalhar.

— Ninguém quer ver seu corpo magrelo. — James riu.

— Desculpa aí, bombado!

Eles continuaram rindo até estarmos na mesa do jardim.


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Notas finais do capítulo

Alguém shippa Brumes? Acabei de inventar isso HAUAHUAH Bru+James

Quem quer ver o beijo deles levanta a mão o/ ~que as tretas de team comecem #teamyan #teamjames -parei

Obrigada por acompanharem, e até o próximo!



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