San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 47
Bar + O Primo Bonitão do Júlio


Notas iniciais do capítulo

Ooooi, pessoas!



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Saímos na direção oposta à que fizemos para ir à praia. Seguimos reto durante um tempo, e depois viramos.

O bar ficava de esquina, bem de frente a praia.

Quando chegamos, vi que o lugar tinha uma placa de restaurante.

Toda a parte da frente era coberta, uma varanda grande, e haviam várias mesas redondas de madeira espalhadas.

O lugar já estava cheio, e quase todo mundo acenava para Júlio.

Entramos. Próximo a entrada, havia um balcão com uma plaquinha de “caixa”.

Era imenso. Mais mesas espalhadas, algumas colunas de madeira sustentavam um mezanino no alto — que estava cheio —. Não muito perto da entrada, do lado direito, havia um palco em um nível um pouco mais alto do chão, com alguns instrumentos, algumas banquetas altas e um microfone.

O restaurante tinha o ambiente bem rústico, já que tudo era madeira — menos o chão. Mais a fundo, ficava outro balcão, bem maior. A parede atrás dele estava cheia de prateleiras com bebidas.

Haviam várias banquetas na frente do bar. Do lado direito dele, havia um corredor com placas indicando que ali ficavam os banheiros. Do lado esquerdo, havia uma porta dupla, que, pelas pequenas janelas redondas, dava para ver que era a cozinha.

Ao lado do corredor dos banheiros, ficava uma escada que levava ao mezanino. Ele pegava todo do lado esquerdo do lugar, de modo que quem estivesse lá em cima, conseguisse ver a banda que tocaria no palco.

— Por que você não trabalha com seus pais? — perguntei alto ao Júlio.

— Às vezes trabalho, quando quero um dinheiro. Eles me deixam trabalhar na cozinha, como ajudante. Mas eu queria trabalhar no bar. Meus pais até deixariam, mas como sou menor de idade, eles podem se ferrar.

— Ah, sim.

Lili andou na frente, e sentou-se em uma mesa — que não sei como, mas estava vazia — perto da parede, a duas mesas de distância do bar.

A seguimos. A mesa tinha exatamente quatro cadeiras. Me sentei do seu lado direito, e Júlio do outro, ficando de frente para mim. James ficou do meu outro lado.

Tinha mais gente chegando e pegando o restante das mesas vazias.

Um tempo depois, as luzes foram diminuídas. Havia uma leve luz amarelada de lamparinas nas paredes, de modo que ainda ficasse claro o bastante para enxergar. Só uma luz branca um pouco mais forte ficava no bar.

As pessoas começaram a assoviar.

E então, subiram três pessoas no palco. Eles tomaram seus lugares nos violões e microfone.

O cara do microfone o abaixou de modo que ficasse na sua altura. Ele também tinha um violão.

— Boa noite a todos. — Ele disse. Sua voz era um pouco grave e muito bonita. — Eu sou Henrique, esses são Marcos e Leandro. Espero que gostem.

Apertei a mão de Lili debaixo da mesa. Ela me olhou, curiosa. Me aproximei quando o som dos violões encheu o lugar.

— Estou sabendo o que você e o Henrique fizeram — falei em seu ouvido.

Ela me olhou, estranhando. — James te contou?

— Sim.

— Ah... tudo bem. Eu ia te falar hoje.

— Ele é muito lindo. — Sorri.

Sorriu. — E é muito fofo.

Voltei a olhar o palco. Henrique é bronzeado e seu cabelo, escuro, meio pra cima, não exatamente arrepiado.

Ele começou a cantar algo que eu não conhecia.

Fiquei admirada por sua voz.

Quando a música acabou, todos bateram palmas, e ele agradeceu. Passou o violão para outro cara que apareceu e saiu do palco.

— Vamos tomar algo? — Lili perguntou.

— Ah, eu não trouxe dinheiro.

— Vocês não precisam pagar. — Júlio inclinou-se na mesa. — Meu pai não quer que vocês paguem.

Uau.

— Vão querer algo? — Lili olhou para os dois.

— Batida de morango. — James falou.

— Duas. — Júlio disse.

Lili me puxou e fomos até o bar. Ela parou atrás de alguém alto. O cutucou no ombro, e quando ele virou, vi que era Henrique.

— Lili! — Ele a abraçou com entusiasmo. — Quanto tempo.

— Pois é. — Sorriu. Se soltaram. Ele parecia encantado em vê-la. — Essa é minha amiga e dos meninos, Bruna.

— Oi, Bruna. — Me abraçou também. Seu abraço parecia de urso. — Muito prazer, Henrique.

— Prazer. — Sorri, sem graça com seu jeito descontraído.

— Vai ficar no bar hoje? — Lili perguntou.

— Vou. Querem pedir?

— Sim.

Ele deu a volta no bar, e enquanto outra música começou, colocou uma pequena toalha branca no ombro e deu um sorriso de matar. — Pode pedir, senhorita.

Lili corou um pouco. — Duas batidas de morango, um coquetel primavera e... O que você quer, Bru?

— Am... O que é esse que você pediu?

Lili olhou para Henrique, pedindo ajuda. — Eu sempre esqueço.

Ele riu. — Sucos de caju, abacaxi, maçã, morango, leite condensado e xarope de hortelã.

Hm. Parece bom. — Quero um desse, então.

— Com mais morango igual o dela?

Lili riu, o olhando. — Você não esquece nunca.

Henrique bateu na têmpora com um dedo e piscou. — Boa memória. — E me olhou.

— Pode ser.

— Beleza. — E começou a preparar as bebidas.

— Ele não é um charme? — Lili cochichou para mim.

Balancei a cabeça. — Ele é assim com você sempre?

— Sim, mas percebi que ele trata todo mundo assim, simpático.

Henrique deixou dois copos no balcão. Estavam enfeitados com um morango na borda do copo e um canudo dobrado. O liquido tinha cor de suco de melancia.

Os pegamos e tomamos. Era muito bom.

Rapidamente, ele terminou as duas batidas e as deixou no balcão.

— Obrigada — dissemos juntas.

Ele sorriu e voltamos a mesa. Entregamos os copos aos meninos e ficamos conversando e ouvindo as músicas.

A cada hora que passava, o bar enchia mais. E pelo jeito, ninguém se importava em ficar de pé.

— Preciso procurar minha mãe. — Júlio falou. — Vem comigo. — Puxou James com ele.

Eles saíram de vista. Será que agora posso falar?

— Lili... — Ela me olhou. — O James me contou uma coisa.

***

— QUÊ?! Não, não é possível, Bru. Ouvimos ele lá!

— James me falou, Lili. Assim como Júlio não mentiria pra ele, ele não mentiria pra mim.

Lili continuou me olhando, sem acreditar. — ... eu não sei se fico feliz ou com raiva.

— Eu também não sei.

Os dois estavam demorando. Também, com esse lugar lotado assim, deve ser difícil achar alguém.

Fiquei olhando ao redor, quando vi Júlio e James no bar, falando com Henrique, que estava com cara de preocupado. Júlio falava com ele, e Henrique olhou ao redor. Pegou algo — Alguém parou na minha frente e saiu pouco depois — Só vi Júlio bebendo algo de uma vez. Devolveu o copo e falou de novo.

James estava parecendo contrariado, mas estava rindo.

Quando vi Henrique de novo, ele estava entregando mais três copos. Júlio pegou dois e James o outro.

Eles voltaram. Júlio deixou um copo na frente de Lili, e James deixou o que ele segurava na minha frente. Era a mesma bebida que pedimos antes.

— Obrigada. — Sorri para James.

Júlio olhava para Lili enquanto tomava de seu copo. Ele parecia um pouco nervoso.

Lili olhou rapidamente para James, estranhando. James olhou para baixo, segurando o riso.

Júlio terminou de beber e deixou o copo na mesa. Ele se virou, ficando de frente para ela e respirou. — Eu não fiquei com a Flávia no aniversário do James.

Lili, que ia beber, congelou com o copo perto da boca, o olhando. Piscou algumas vezes e olhou para frente, revirando os olhos. — E o que eu tenho a ver com isso? — Tentou falar indiferente, mas sua voz saiu meio estranha. Tomou um gole da bebida.

Júlio expirou, parecendo aliviado e começou a rir, passando as mãos no rosto. Lili o olhou de canto de olho e segurou o riso.

James e eu nos olhamos, sorrindo.

— Vou pegar umas batatas. — Júlio levantou e foi ao bar.

— Você, hein? — Lili olhou para James.

James riu.

Um tempo depois, Júlio voltou com um prato cheio de batatas fritas.

Eu estava precisando de salgado... Ai que maravilha.

Quando fiquei cheia, percebi que queria ir ao banheiro. Ia chamar Lili, mas ela e Júlio estavam entretidos conversando.

Me virei para James. — Onde fica o banheiro mesmo?

Ele comeu mais uma batata e levantou, fazendo sinal para eu o seguir.

Levantei e fomos para perto da escada. Ele apontou para o corredor.

Ah, é! — Valeu.

Fui até a porta e entrei. Uma das duas cabines estava ocupada. Entrei na outra.

Ufa. Estava tão distraída que não percebi que minha bexiga ia explodir.

Como seria se Yan estivesse aqui? Hm... Será que eu nunca vou deixar de me perguntar isso...?

Sai, lavei as mãos e voltei.

Ué?

Só estava James na mesa. Me sentei, o olhando.

— Júlio começou a passar mal.

— Do quê?

— Sei lá. Ele ficou pálido igual papel. Acho que a pressão caiu.

— Onde eles foram?

— A Lili levou ele pra fora para tomar um ar.

— Ah, tá...

Acabamos rindo, como se lêssemos a mente um do outro.

Os dois voltaram depois de uns vinte minutos, mas aparentemente, normais. Conversando na mesma distância de sempre.

Eu já estava me sentindo exausta, e pelo jeito Lili também. Eu não tinha ideia de que horas eram.

— Vocês querem ir pra casa, né? — Júlio perguntou e balançamos a cabeça. — Eu também. Só vou avisar meus pais e a gente vai.

Todo aquele barulho estava começando a me dar dor de cabeça.

Júlio voltou pouco depois e saímos do bar.

O silêncio da rua era maravilhoso.

Conversamos baixo enquanto voltávamos.

Entramos na casa e subimos.

Júlio foi até a última porta do corredor — a do lado da porta do banheiro — e ascendeu a luz.

— Podem dormir aqui.

O quarto era simples. Tinha uma cama de casal na parede da frente e um guarda roupa em sua frente, na parede da porta,

Pegamos nossas mochilas e levamos para o quarto. Nos trocamos, apagamos a luz e deitamos de frente uma para a outra.

— Eu queria... — Lili falou pausadamente, bocejando, de olhos fechados. — Falar...

— Falar o quê? — perguntei, sonolenta.

Ela não respondeu e eu também caí no sono.

Tive sonhos doidos, com o mar, meus amigos, a música...

No meio da noite senti a cama mexendo. Abri os olhos e vi que Lili estava indo para a porta. Voltei a dormir rapidamente.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo teremos uma coisa... Não vejo a hora de postarrrr! xD

O que estão achando? Quero saber!

Até o próximo!



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