San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 45
Casa do Júlio + Pingente


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas :3
Eu particularmente adoro esses próximos capítulos, da praia. Espero que vocês estejam gostando!

Boa leitura!



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No jantar de domingo, Júlio nos chamou para ir para sua casa no próximo fim de semana. Todos aceitaram.

A semana que passou foi a mais tranquila de todas. Era a semana das provas de recuperação.

Apesar de eu não ter tido nenhuma nota vermelha, resolvi fazer algumas provas para aumentar minhas notas mais baixas.

Nos concentramos bastante nos treinos e ensaios. E sim. Yan continuou com aqueles beijos no canto da minha boca. Claro que eu ficava com vergonha todas as vezes, mas estava adorando.

Na sexta, fui para a casa da Lili, e no sábado depois do almoço fomos para a casa do Júlio. Fomos de carro.

— É longe? — perguntei, no banco de trás.

— Um pouco. É mais longe que a casa do James.

Ficamos conversando coisas aleatórias durante o trajeto. Em algumas partes do caminho, dava para ver o mar.

Fazia muito tempo que eu não ia para a praia. Muito tempo.

Vinte minutos depois, chegamos.

Descemos do carro, dando tchau ao pai de Lili e atravessamos a rua.

Lili parou na frente de um portão estreito de madeira escura, onde o muro da casa era cinza, e tocou a campainha. Mais à direita, havia um portão maior, de garagem.

Pouco depois, alguém abriu o portão.

O homem me olhou e olhou para Lili, abrindo um sorriso logo em seguida — Olá!

— Oi, Leo! — Lili deu um passo à frente e o abraçou.

Ele era bem parecido com Júlio, e tinha a mesma covinha no queixo. Devia ser irmão dele.

Lili desgrudou dele. — Essa é a Bruna, nossa amiga da escola.

— Oi, Bruna. — Ele se aproximou rápido e me abraçou.

Olhei para Lili, estranhando e ela riu, dando de ombros.

— Oi — falei.

Me soltou. — Entrem, Júlio está na cozinha. James está aí já.

Leo nos deu passagem e Lili me puxou. Estávamos em um pequeno corredor coberto, e só pude ver que havia um jardim aberto do lado esquerdo.

Entramos. A primeira visão era da sala. Na parede da esquerda, centralizado, ficava um rack e uma TV grande. Em frente, uma mesinha e um sofá bem espaçoso.

Olhando para a direita, havia um banco na parede da entrada, e quase de frente a ele, ficava uma escada.

Lili e eu deixamos nossas mochilas no banco e avançamos.

Na mesma parede do fundo, haviam duas portas. Uma ficava bem perto da parede da escada, e a outra ficava mais para a esquerda, mas não chegava a ficar centralizada na parede.

Entramos na cozinha, e a primeira coisa que eu notei foi a pequena ilha com fogão embutido, próximo à entrada. Atrás dele, estava Júlio lavando a louça na pia em sua frente, e James secando uma xícara.

Seguindo a pia para o lado esquerdo, na parede da entrada, havia uma bancada grande, e armários embutidos em cima. Na outra ponta da pia, mais no fundo da cozinha, ficava uma geladeira.

Na ilha, haviam duas banquetas e em uma delas, estava sendo ocupada por uma mulher.

Atrás dela, havia um espaço e em seguida ficavam três cadeiras, uma mesa retangular e um banco encostado na parede da direita.

— Uau, estão trabalhando! — Lili disse, batendo palmas de leve.

Os dois nos olharam, mas foi Júlio que falou primeiro.

— Pois é, quem disse que vocês vêm aqui pra descansar, né? Minha mãe quer que a gente trabalhe.

— Júlio — exclamou a mulher na banqueta, fechando um pequeno notebook que usava. — Menos, vai. Eu não obriguei ninguém, foi James que se voluntariou.

— Não vou esquecer disso. — Júlio encarou James, e ele riu.

A mulher levantou, Lili andou até ela e a abraçou. — Lili, que bom te ver.

— Estava com saudade. — Lili disse e a soltou. — Essa é a Bruna, nossa amiga. — Apontou para mim.

A olhei, me aproximando e fiquei espantada em como ela era nova. — Oi — falei e ela me abraçou também.

— Oi, Bruna, sou Roberta. Sinta-se em casa.

— Obrigada.

— Oi, eu sou o Júlio e esse é o James. — Júlio falou com uma voz fina.

— Deixa de ser mal-educado. — Roberta pegou um pano que estava na ilha, o embolou e jogou na cabeça do filho.

— Aí, mas você que me educou... — falou baixo.

— Como é que é? — perguntou indo até ele.

— Aiaiaiai — reclamou quando sua mãe puxou sua orelha. — Estou brincando!

— Acho bom mesmo. — Voltou para o outro lado da ilha, pegando seu notebook. — Já volto. — E saiu da cozinha.

— O pai do Júlio não está aqui? — cochichei para Lili.

Ela me olhou e depois riu. Me puxou para a porta e apontou para o sofá, onde Leo estava jogando.

A olhei, arregalando os olhos.

Lili riu mais. — Pois é. — Voltamos para a cozinha. — Também fiquei espantada na primeira vez.

— Mas quantos anos eles têm?

— Ela vinte e nove e ele trinta. Mas parece bem menos, né?

— Sim, ela parece que tem uns vinte e ele no máximo vinte e cinco... Então eles... — Fiz as contas mentalmente. — Tiveram o Júlio com quatorze e quinze? — Fiquei espantada.

— Sim. Ela já me contou a história. Foi bem tenso. Mas eles ficaram bem.

— O que vocês estão cochichando aí? — Júlio perguntou sem nos olhar.

— A Bru estava comentando em como seus pais são novos.

— E em como eu não fui planejado, né.

O tom dele não tinha humor, mas Lili riu. — Também.

Júlio riu. — Vamos pra praia depois?

— Vamos. — Lili e James falaram juntos.

Roberta voltou e parou na frente de Lili e lhe estendeu uma pequena caixinha de papel. Lili a olhou sem entender e ela riu. — Pra você. Abre.

Lili sorriu e pegou a caixa. Tirou a tampa e pegou uma corrente fina e prateada e olhou o pingente. Era um livro pequeno aberto.

— Achei sua cara.

— Caramba, obrigada! — Lili a abraçou. — É lindo. — Deixou a caixa na ilha e colocou o colar.

— Júlio me ajudou a escolher. Ele que pegou esse.

Júlio estava com a cabeça baixa, olhando para a pia, mas pude ver sua maçã do rosto ficando vermelha. Olhei para Roberta e ela piscou para mim, sorrindo.

Dei risada.

— Quem diria que ele sabe escolher um pingente bonito. — Lili riu o provocando. — Eu adorei.

— Que bom que gostou.

Olhando melhor para ela, havia poucos traços que lembrava Júlio. Acho que o formato dos olhos e o desenho da testa só. Tanto ela, quanto Leo tinham o cabelo castanho.

— Rô. — Ouvimos Leo chamar da porta. Olhamos ao mesmo tempo. — Vem me ajudar numa fase.

Roberta o seguiu para a sala.

Lili sentou na banqueta, apoiando os cotovelos na ilha. — Vai demorar aí?

— Vai. — Júlio disse ensaboando um copo. — Quer ajudar? — Fingiu irritação.

Sentei na outra banqueta.

— Eu não. — Lili riu. — Mas se demorar muito eu e a Bru vamos primeiro.

— Isso não é justo. — James riu.

Ficamos conversando até eles terminarem. Depois, voltamos a sala, pegamos nossas mochilas e seguimos Júlio e James para o segundo andar.

O corredor era quase em “L”. Subimos, demos três passos para a esquerda e um para a direita, virando no corredor. Entramos na segunda porta da parede da esquerda.

Entramos no quarto do Júlio. Havia uma escrivaninha encostada na parede da esquerda, uma cama de casal centralizada na parede do fundo, junto com uma janela grande e seguindo, um guarda roupa grande na parede da direita.

Júlio foi direto para a mesa, onde tinha um computador. Mexeu em algo e desligou o aparelho.

Lili colocou a mochila na cama e a abriu, procurando algo. Ele me entregou o biquíni que eu escolhera — listrado azul escuro e branco — e pegou o dela — preto floral — e me puxou para fora, indo para uma porta quase de frente a porta do quarto.

Entramos em um banheiro espaçoso e branco.

Lili começou a se despir e eu não sabia se fazia o mesmo ou ficava envergonhada.

Decidi me trocar de costas para ela.

— Esqueci de pegar a outra roupa, droga. — Lili falou, já de biquíni. Ela abriu um pouco a porta e colocou a cabeça para fora. — James? Ei... Pega nossas mochilas ai, por favor... Valeu. — Voltou com nossas mochilas, fechando a porta.

Procurei a roupa. Peguei um short preto de um tecido leve e uma regata branca. Lili estava parecida, mas seu short era turquesa.

Me vesti e deixei um elástico de cabelo no pulso.

— Peraí — Lili me olhou. — Melhor a gente passar o protetor agora. — E começou a tirar as roupas.

— Ai, caramba. — Tirei as minhas.

Lili me emprestou seu protetor e o passamos. Nos ajudamos a passar nas costas uma da outra e conversamos um pouco até a pele o absorver. Nos vestimos de novo e colocamos chinelos, pegamos nossas coisas e voltamos ao quarto.

— Já passaram protetor? — James perguntou.

— Claro. Você sabe que tem que passar antes de ir pro sol, né? — Lili falou, deixando a mochila na cama.

— Claro que sabia. — James pegou sua mochila e saiu do quarto.

Lili deu uma risadinha e sentou na cama. — Cadê seus gatos?

— Estão lá fora, tomando sol. — Júlio mexia em uma gaveta. — Ah, minha mãe achou um filhote na rua essa semana.

— E ela pegou? — perguntou animada.

— Sim. Já levou no veterinário, tomou vacina, foi castrado e tudo.

— Está lá em baixo também?

— Sim.

Lili levantou. — Vamos lá, Bru. — Me puxou para fora do quarto.

Descemos, atravessamos a cozinha e saímos pela porta de correr dos fundos.

O quintal era um jardim lindo, com alguns caminhos de pedras cinzas. No fundo tinha um canteiro de plantas pegando toda a extensão do muro. No canto esquerdo, havia um pedaço com uma certa de madeira branca.

Lili agachou próximo a porta. Estávamos em uma varanda coberta.

Quando olhei para onde Lili estava, vi que haviam quatro gatos deitados no chão de cimento queimado.

Lili estava brincando com um filhote. — Aí, que fofo. Olha isso, Bru.

Me agachei ao seu lado. — Não sabia que você gostava de gatos.

— Eu gosto de qualquer bicho. Se pudesse teria vários. Mas meus pais dizem que já é difícil cuidar do Alex, então um bicho está fora de questão. Você tem algum?

— Uma gata e um cachorro.

— Nossa e eles não brigam?

— Não. Quer dizer, as vezes rola umas discussões, mas nada grave.

— Que fofo.

Um gato laranja que estava deitado se aproximou, cheirando Lili e depois eu. E depois se esfregou em nossas pernas, deitando de barriga para cima em seguida. Ficamos fazendo carinho nele e brincando com o gatinho.

— Vamos?

Olhamos para trás. Júlio e James estavam na porta, já vestindo roupas diferentes.

Levantamos.

— Peraí. — Lili falou, tirando o colar.

— Por que vai tirar? — Júlio perguntou.

— Não quero perder. — E entrou.

Júlio mordeu o lábio, escondendo um sorriso e olhou para baixo, entrando. Entramos e fomos para sala, onde Leo e Roberta ainda estavam jogando.

Lili desceu as escadas com duas toalhas de praia e me deu uma.

— Estamos indo. — Júlio falou perto da porta.

— Tá, tomem cuidado. — Os dois falaram ao mesmo tempo.

Saímos. Júlio trancou o portão e jogou a chave por cima do muro.

Começamos a andar. Viramos uma esquina e andamos reto. Já dava para ver o mar de longe.


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Notas finais do capítulo

Sacaram essa mãe do Júlio, né? shauhsuahs



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