San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 60
Provocações


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁ! Como estão nessa manhã meio frienta com o céu nublado? Aqui tá assim, pelo menos :c

Bom, vamos lá! Espero que gostem xD

Boa leitura!



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Acordei aos poucos, me sentindo calorenta. Senti um perfume familiar e abri os olhos.

Percebi que estava com a cara grudada no ombro do James, que dormia de barriga para cima.

Vi uma coberta em cima de nós, e quando tentei me virar, senti algo na minha cintura.

Olhei para trás e vi Lili abraçada comigo. E Júlio abraçado com ela.

Meu Deus...

Cocei os olhos e devagar, tirei o braço da Lili de cima e levantei, tentando não mexer o sofá.

Fiquei de pé e pulei as pernas do James. Dei a volta e fui para o banheiro.

Depois que saí, vi Lili parada ali na porta.

— Vai lá pra fora — cochichou antes de entrar.

Estranhei, mas fui.

Puxei o banco de volta para o lugar dele e me sentei. Logo Lili apareceu e sentou do meu lado, e começou a falar numa voz baixa tudo o que acontecera de noite.

Sorri. — Eu vi vocês agarrados.

Ela me olhou, corada. — Eu não esperava que ele fosse me beijar tantas vezes.

— Nem eu.

Ela estava toda feliz, e fiquei animada por ela.

Um pouco depois, os meninos levantaram e tomamos café, todos de bom humor. Fomos para a praia, voltamos para o almoço e voltamos pra lá.

Preciso dizer que os pombinhos ficaram grudados? Mas não se beijaram mais.

Eles só trocaram um selinho quando fomos embora.

A Lili só não ficou falando do Júlio no caminho para a escola porque o pai dela estava perto.

Mas era impossível não perceber a áurea brilhante dela.

Chegamos a tempo de jantar e fomos para nossos quartos.

 

Os dois não sentaram juntos nas aulas, mas sempre ficavam virados um pro outro quando o professor não estava falando.

Passaram o almoço perto um do outro, e logo estávamos indo para o ginásio ver o jogo do dia.

Nenhum de nós lembrava qual salas iriam jogar, mas não demorou muito para descobrirmos.

Viktor estava na quadra junto de seu time.

Júlio fez cara de nojo quando nos sentamos e eu segurei para não rir. Ele estava perto do James antes de sentar, mas foi sentar do lado esquerdo da Lili.

James balançou a cabeça, rindo.

Enquanto os jogadores se posicionavam, vi duas meninas na outra arquibancada segurando cartazes.

— Vai Viktor! — Elas berraram.

Lili e eu trocamos olhares e rimos.

Olhei para elas e vi que os cartazes estavam enfeitados, e no meio o nome do Viktor estava escrito, grande.

Uau.

Júlio se recostou no banco e cruzou os braços. Lili viu e deu uma levantada de sobrancelha pra mim.

Ele definitivamente odeia o Viktor. Isso porque não sabe do namoro que os dois tiveram.

Aposto que tinham muitas meninas de olho no Viktor.

Ele se posicionou na área do saque e olhou pelas arquibancadas. Então seus olhos pararam em nós. Ou melhor...

Alguém deu a bola para ele. Ele a bateu algumas vezes no chão e a segurou com a mão esquerda, quase na altura dos olhos, parecendo a oferecer para Lili.

O sorriso dela desapareceu, parecendo estranhar.

Viktor deu o “sorriso de matar” dele e olhou para a quadra.

Notei algumas pessoas da outra arquibancada nos olhando, inclusive as duas meninas dos cartazes enquanto James gargalhava do meu lado.

Lili virou o rosto para nós, fazendo esforço para não rir.

A carranca do Júlio só aumentou e ele olhou para Lili, depois para James, querendo saber o motivo do riso.

— Eu vi uma menina tropeçando. — James disse levantando.

— Onde você vai? — perguntei.

Ele abaixou e falou no meu ouvido. — Vou sentar do lado do Júlio, pra caso ele queira ir atrás do Viktor. — E foi para lá.

Júlio o encarou seriamente até ele se sentar.

Sorri e senti alguém ocupar o lugar ao meu lado. Olhei e quem era?

— Oi, Bru — disse Yan, acompanhado de Mateus e Gabriel.

— Oi gente. — Os olhei e depois olhei para James.

Ele sorriu para mim e eu balancei a cabeça.

— Que salas são? — Yan perguntou pra mim. — Você sabe?

— É o segundo desse lado. — Apontei para onde Viktor estava. — A outra não sei.

— É a oitava, Yan — disse Gabriel. — Olha lá a menina que perguntou de você ali. — Apontou.

Como é que é?!

Olhei para ele com cara de “quê?!” ao mesmo tempo do Yan. Gabriel o olhou, me olhou e olhou para frente, como se tivesse dito demais.

Mas que história é essa??

Olhei para o time da oitava. Haviam três meninas ali. Não tinha como saber de quem ele tinha falado.

Caramba, tinha mais gente interessada no Yan...? Claro, ele é lindo, simpático, joga bem...

— Bru? — Yan me tirou de meus pensamentos. O olhei. — Você tá bem?

— Ah sim. Tô sim. E você?

— Estou. Você parece feliz. — Sorriu.

— Pareço?

— Parece. Aconteceu alguma coisa?

— Não... Não comigo pelo menos. — Sorri, indicando a Lili do meu lado.

Yan olhou e eu também. Lili estava rindo e apertando a bochecha do Júlio, enquanto ele estava emburrado.

Ele riu e me olhou. — Entendi.

Escutei o apito do juiz, iniciando o jogo. Olhei para a quadra.

Era errado eu torcer para a sala do Viktor? Eu não sei...

De qualquer forma, a sala dele ganhou.

Os dias se passaram, tiverem outros jogos e o último foi na quarta.

Na sexta, no almoço, novamente teve o sorteio para as semifinais, mas dessa vez estava só a professora Eliza e o professor de inglês.

Ele apagou as salas que estavam na lousa e esperou.

— Não queremos ser os primeiros, obrigada — disse alto.

— Cadê sua coragem, Bru? — Júlio perguntou.

— Acabou no último jogo. — Ri.

Eliza chamou a atenção de todos no refeitório e colocou a mão dentro da caixa, tirando o primeiro papelzinho.

— A primeira sala é... 1ºA!

Ah não!

Júlio levantou os braços, comemorando. James deu uns tapinhas no meu ombro.

—... contra... — Ela continuou. — 2ºB!

Arregalei os olhos e olhei para Lili. Ela colocou a mão na boca, rindo.

Isso não é final pra eu jogar contra o Yan!!

Eu falei que íamos jogar, mas olhando agora... Isso vai ser muito vergonhoso.

Eliza continuou falando as outras salas, mas eu nem prestei atenção. Procurei Yan pelo refeitório e logo o achei. Ele parecia animado.

Pudemos treinar no lugar de uma das salas que tinha perdido, já que nosso jogo seria na segunda.

Bom, no ensaio, os três já estavam lá. Nos sentamos na fileira da frente.

— Se prepara, Bruninha! — Mateus riu.

— Vocês que têm que se preparar. — Dei risada.

— Veio mais cedo do que a gente esperava, né? — Yan riu.

Balancei a cabeça, fingindo estar triste. — Fazer o quê, né? Vocês vão perder.

Gabriel abriu a boca como se estivesse ofendido e eu caí na gargalhada.

Não houve cenas constrangedoras, então o dia passou logo.

De noite, fui para a casa da Lili. Fiquei com um pouco de medo quando Viktor apareceu lá, no sábado, mas ele ficou brincando com o Alex.

***

Pisquei e estávamos almoçando depois das aulas na segunda.

Parecia que era o primeiro jogo de todos. Acho que eu estava mais nervosa do que no primeiro.

— Vai comer só isso? — Lili perguntou ao nos sentarmos.

— Não tô com fome. — Olhei para o prato. Tinha pego comida demais, até.

— Agora fica a dúvida pra quem torcer, né? — Riu.

— Até parece.

Mesmo com o estomago agitado, comi tudo e depois Lili e eu subimos.

— Espero que eu não caia ou algo do tipo... Eu vou ficar quase de frente pra ele — choraminguei, deitando.

— Ele fica na rede, né? — Lili riu, sentando na cama.

— Sim... Eu vou defender os ataques dele... E preciso ser rápida para os bloqueios também.

— Mas isso é em qualquer jogo, Bru.

— Eu sei! — Passei as mãos no rosto.

— Quando você estiver jogando nem vai lembrar dele. — Começou a mexer no meu cabelo.

— Duvido muito... Ok, vai dar tudo certo.

— Isso. Eu sei que você vai jogar bem. Por que não dorme um pouco? Eu te acordo na hora.

— Tá... — Suspirei e fechei os olhos.

Tive sonhos vagos e não lembrei de nenhum quando Lili me acordou.

Me troquei para o uniforme de ginástica e fui ao banheiro porque tinha me dado dor de barriga.

Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e me olhei no espelho.

Não posso ficar pensando no Yan. Preciso me concentrar no jogo. Não vou me deixar distrair. Mantenha o foco, Bruna.

Descemos e encontramos os meninos lá no ginásio.

— Preparada para o jogo do século? — James perguntou.

— Jogo do século?

— É. Isso é tipo Romeu e Julieta. Times rivais que têm integrantes apaixonados que vão lutar entre si. — Esticou o braço, como se mostrasse o lugar.

— Ai, James. — Balancei a cabeça, negando e rindo.

Ele riu. — Eu sei que você tá nervosa. Vai dar tudo certo. — Me puxou para um abraço.

O abracei pela cintura, relaxando um pouco.

— Eita, eles já estão treinando. — Ouvi Lili dizer.

Virei o rosto e olhei para a quadra, ainda encostada no peito de James.

O time já estava se aquecendo.

— Vamos, Bru. — Júlio disse e foi na frente.

James me soltou e me deu um tapinha no topo da cabeça, e seguiu Júlio. Lili segurou minha mão gelada e andamos.

— O Yan viu vocês abraçados.

— Sério?

— Uhum. Mas ele não fez uma cara fácil de ler.

Por que ele sempre vê essas coisas?

Descemos. James e Lili nos desejaram boa sorte e pegaram seus lugares.

Seguimos para dentro da quadra e nos reunimos com o restante do time e começamos o aquecimento.

Terminamos e ficamos “soltos” na nossa quadra.

Eu estava perto da rede e olhei para o outro lado, procurando Yan.

Tínhamos que desejar boa sorte um pro outro, não?

Ele estava falando com dois colegas, e um deles me viu e o cutucou. Yan se virou e me viu.

Por que ser indicada pelos outros era tão vergonhoso?

Yan andou até mim e parou do outro lado da rede, sorrindo. — Preparada?

— Na verdade, não. — Ri, nervosa. — Eu, como uma boa jogadora, vim desejar boa sorte — falei com a cabeça erguida.

— Uau. — Fez uma cara de surpresa exagerada. — Que gentileza da sua parte. Mas eu não posso desejar de volta, sabe como é o time. — Deu de ombros.

Fiz uma cara chocada, fazendo drama e me virei para sair.

— Pera aí! — Ele riu e segurou minha mão. — É brincadeira.

Me virei e o vi abaixando pra passar debaixo da rede. Então ele me puxou e me abraçou.

— Te desejo toda a minha sorte desde que você me deseje a sua.

O abracei e ri. — Claro. Te desejo toda a minha sorte também.

Yan me soltou e segurou minha mão direita. — Vou jogar com todas as minhas forças. Vai conseguir defender meus ataques?

Como ele gosta de provocar. — Claro que vou. Por que acha que me escolheram pra defesa? Eu sou uma muralha.

— Uma mini muralha, né? — Riu.

— Vai cagar, Yan. — Dei risada e me soltei, dando um tapa de leve em sua mão.

Alguém tocou o apito.

— Boa sorte. — Se aproximou e rapidamente deu um beijo em minha testa.

— Igualmente. — Corei e fui para meu lugar.

Todos se posicionaram.

Yan me olhou através da rede, tentando parecer sério. Só tentando.

Mostrei a língua pra ele, e novamente o apito foi tocado, iniciando o jogo.


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Notas finais do capítulo

FAÇAM SUAS APOSTAS AQUI! Quem você acha que vai ganhar? Bruna ou Yan? Kkkk
E pra quem vão torcer? :p

Vamos descobrir no próximo capítulo, então até lá! o/



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