San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 54
Se achando A beijoqueira + Sorteio


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! Estão bem?

Adoro essa cena que vocês vão ver. Ri muito enquanto escrevia kkkk

Boa leitura!



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James sentou do meu lado. Eu não sabia se ficava nervosa ou não.

Eu me sentia muito bem perto dele.

Enquanto ele e Júlio ainda falavam sobre músculos, Lili me olhou com uma cara ansiosa.

Revirei os olhos e olhei para James, virando um pouco o corpo.

Lili pigarreou, chamando a atenção dos dois. Quando James a olhou, ela me olhou.

James me olhou. — O que foi?

O olhei, não sabendo se minha cara estava séria ou surpresa.

Segurei o rosto dele com as duas mãos, quase o fazendo fazer um bico.

Ele travou, olhou para os dois rapidamente e depois para mim.

Olhei para Lili, não sabendo o que fazer.

— Vai! — Ela quase gritou, impaciente.

Vi Júlio dando um pulo de susto e segurei o riso, voltando a olhar para James, que não sabia se ele queria rir ou estava com medo.

Rapidamente, puxei James e o beijei, fechando os olhos com força como se fosse doer.

— Mas que p... — Ouvi Júlio falando baixo.

Me afastei, ainda o segurando. Ele estava muito surpreso.

O soltei quando Lili começou a gargalhar. Ri, mas não tanto quanto ela.

— O que tá acontecendo? — James perguntou confuso e surpreso. — Vocês beberam?

Júlio olhava para nós três, sem entender.

— A Lili achou que eu deveria fazer um teste — falei.

— Que teste?

— Para o teatro.

— Como assim?

— Ah... — Eu não posso dizer o motivo real... seria vergonhoso! — Por... por causa das próximas cenas, né.

Ele pareceu considerar e olhou para Lili. — Mas por que ela tá rindo igual uma macaca doida?

Até Júlio começou a gargalhar depois daquela.

Dei risada. — Sei lá, acho que foi a sua cara.

Esperamos até Lili se acalmar.

— S-sim, foi a sua cara. — Passou as mãos nos olhos. — Incrível.

James revirou os olhos. — Você queria o quê?

— Nada, nada. Foi engraçado.

Pouco depois subimos, e Lili ainda estava rindo quando foi para seu quarto.

Tomei banho e desfiz minha mala e mochila. Demorei uma hora para arrumar tudo e deixei o material no jeito.

Deitei, lembrando do dia e apaguei quase instantaneamente.

***

Quando levantei, fiquei pensando se tudo aquilo tinha acontecido mesmo.

Toquei minha boca, procurando vestígios. Mas claro que não haveria nada.

Só de pensar em olhar para Yan me deixava quente. De vergonha!

Como eu fiz aquilo? Alguém me explica?!

Levantei e fiz minhas coisas. Logo Lili e eu estávamos descendo, encontrando os meninos e indo comer.

James estava brincalhão como sempre, então o beijo não o afetou de uma forma “negativa”.

As aulas passaram rápido, e fomos almoçar.

Achei estranho, a professora de educação física estava no refeitório, junto com o professor de inglês e uma mulher que Lili disse que era a diretora.

Eles ficaram olhando o povo comer, e meio dia e vinte, a diretora chamou a atenção de todos.

— Iremos fazer o sorteio do campeonato, e tudo ficará registrado aqui no quadro. — Apontou para um quadro branco na parede atrás dela, que eu nem tinha reparado. — Vamos começar!

Todos cochicharam entre si, ansiosos.

Eliza, a professora de ed. Física estendeu uma caixa de plástico e a deixou em cima de uma mesa vazia.

O prof. De inglês ficou responsável por anotar as salas no quadro.

A diretora tirou o primeiro papel e começou a abri-lo.

Uma áurea de tensão invadiu o refeitório.

— A primeira sala é... — falou alto. — 1º A!

Nós quatro nos olhamos, surpresos.

— Contra... — Continuou, e tirou o próximo papel. — 3º C!

— O quê?! — Júlio falou meio irritado. — É pra chutar nossa bunda logo?!

— Você não disse que era o bonzão? — Lili perguntou.

— Caramba... Pagasse uma bebida antes...

No quadro havia as datas. Nós seriamos os primeiros a jogar, no dia 2.

Que maravilha.

Todo mundo ficou no refeitório até acabar as salas.

A sala do Yan iria jogar só no dia 6 contra a 8º B. Coitados.

Procurei Yan. O achei em uma mesa não muito longe. Ele falava algo para Mateus e Gabriel. De repente, eles caíram na gargalhada.

— Vamos? — Lili me cutucou.

Levamos as bandejas e saímos. Lili e eu subimos e fizemos algumas lições.

Descemos depois para encontrar James e fomos para o auditório.

Olhei para o palco enquanto descia, lembrando do beijo do Yan...

Caramba... Ainda não acredito.

Não sabia se era bom ou não, mas hoje não teria nenhuma cena com ele.

Hoje íamos fazer o casamento de Jasmim e Gregório.

Sentamos e esperamos. Erica veio, mas nada de Yan.

Quando fomos para o palco, ele apareceu. Tentei não olhar diretamente.

Começamos.

Estávamos no casamento. Haviam vários figurantes e um garoto que eu não conhecia, era o padre.

James estava na frente dele, posicionado no altar.

Me deram um buquê de flores de plástico e andei de braços dados com Ricardo, o pai de Jasmim.

Fiquei de cabeça baixa o tempo todo, mostrando como Jasmim estava triste.

Ricardo “me deu” para James, que pegou meu braço e me posicionou ao seu lado.

O padre começou o discurso dele — lendo em um papel —, e pouco depois tivemos que repetir algumas partes que ele recitava para nós, um de frente para o outro.

Eu estava conseguindo ficar séria...

Trocamos nossas alianças imaginárias e olhamos um para o outro enquanto o padre falava mais.

Começamos a torcer a boca para não rir, e só fazíamos caretas, o que nos fazia querer rir ainda mais.

Olhei para baixo, tentando controlar minha cara com todas as minhas forças.

— ... pode beijar a noiva. — O padre falou.

Levantei o rosto. James estava na mesma situação que a minha.

Ele segurou meu queixo e se aproximou.

Mas a poucos centímetros de distância, nós dois caímos na gargalhada.

Todo mundo começou a rir sem entender.

— Posso saber qual a piada? — Professora Eduarda perguntou, tentando ficar séria.

— Desculpa. — James a olhou rapidamente, respirando fundo. Pigarreou e voltou a me olhar. — Para de rir. — Bateu de leve no meu braço.

Olhei para cima, controlando minhas feições. Tentei me concentrar na arquitetura do teatro. Meus olhos varreram rapidamente a plateia e acabei vendo Yan.

Desviei de volta para James, ficando séria na hora.

Yan estava com uma cara... séria.

Não sei por que, mas aquilo me gelou um pouco.

— Pode beijar a noiva. — O padre repetiu.

Novamente, James segurou meu queixo e se aproximou.

Fechei os olhos, fazendo um pouco de cara de choro.

James colocou a mão na base das minhas costas e me puxou contra ele, me beijando ao mesmo tempo.

Eita...

O beijei de volta, apesar de Jasmim ser contra.

Me afastei, o olhando com raiva. James deu um sorriso malicioso, já que Gregório estava pensando “agora você é minha”.

Nos viramos e James ainda segurava minha cintura.

Antes de baixar o olhar, vi que muitas pessoas nos olhavam com cara de surpresa. Inclusive a professora Eduarda.

Olhei para James. Ele também tinha percebido e me olhado.

— Fizemos algo errado? — perguntou a ela.

Ela piscou. — N-não! Claro que não.

Meu olhar foi direto para Yan. Ele estava com a mesma cara de todo mundo, mas ele parecia mais perdido do que surpreso.

— Então por que essa cara? — James a olhou.

Todos olharam para ela. — É que... foi... perfeito.

Olhei ao meu redor, e vi que algumas meninas estavam coradas.

Talvez perfeito não seja a palavra...

Lili era a única que parecia feliz ali, já que ela sorria e batia palmas rápidas e silenciosas.

Eduarda começou a bater palmas, olhando para os figurantes. Eles acordaram do transe e começaram a bater palmas.

Retornei minha cara de tristeza e seguimos a cena.

Tivemos que repetir mais três vezes por causa do resto dos personagens, e eu sentia que as pessoas ainda ficavam surpresas quando James me beijava.

Acabamos ficando de fora enquanto Eduarda explicava para eles algumas coisas.

Sentamos nas primeiras cadeiras da primeira fileira, longe de todos que estavam assistindo.

— O que você tomou, James? — Ouvimos Lili sussurrando atrás de nós.

Viramos. Ela tinha ido até ali sorrateiramente.

— Como assim? — Ele perguntou, confuso.

Lili colocou o dedo no queixo, pensando. — Aquilo foi constrangedor. — Nos olhou. — Até eu fiquei com as bochechas vermelhas.

— Isso é bom? — James perguntou e me olhou.

— Acho que sim. — Lili disse. — Mas o problema é que só tem adolescente com os hormônios à flor da pele aqui. — Riu.

James virou pra frente e passou as mãos no rosto, ficando vermelho.

— O quê? É verdade.

Olhei para ela, esperando uma explicação, mas ela apenas sorriu para mim.

Meu olhar levantou um pouco, e vi o rosto do Yan virando para frente.

Era impressão minha ou ele estava olhando pra cá?

Lili se aproximou, colocando a cara no ombro do James. — Acho que a Erica vai querer aquilo, hein — Deu risada.

— O que quer que eu faça? O personagem faz aquilo.

— Ahaaam. Me engana que eu gosto. Eu te conheço.

— Deixa ele, Lili. — Dei risada.

Ela sorriu, brincalhona.

Um pouco depois, fomos liberados, mas Eduarda andou até nós.

— Desculpa aquela hora, gente. Eu fiquei bem surpresa com vocês.

— Eu não entendi a reação de todo mundo, prô — falei.

— Como posso explicar... — Olhou ao redor e ficou alguns segundos olhando algo, e sorriu. Olhei e vi que Yan estava olhando para ela. — Lembra que falei que você e o Yan tinham química? — Balancei a cabeça. — Então, você e o James também têm, só que é algo mais complexo. Vocês conseguiram mostrar “amor” e ódio ali, com certa raiva, e isso deixou as pessoas com vergonha.

Eu e James nos olhamos, surpresos.

— Vocês foram muito bem. Agora vão lá.

Levantamos e viramos o corredor. Olhei para o meio da plateia, mas Yan não estava mais ali.

Quando subimos, vi que ele tinha acabado de sair pela porta.


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Notas finais do capítulo

Pessoas do team James estão felizes nesse momento ahsahsuh

Até o próximo o/



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