Show Me Where It Hurts escrita por Luuh Jaxn


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Bem vinda de volta!
Como havia dito antes, relaxem. Deitem-se, coloquem os pés para cima e me digam como ficou depois. AHAHA Bora lá?



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Noite de verão. A chuva, porém, torrencial.

Sentada ao chão, chorava ao pensar novamente naquelas palavras. O filho no colo, também chorava por sentir que algo estava errado com sua mãe. Era inevitável, por mais que quisesse esquecer tudo, as palavras do marido voltavam a ecoar pelos seus ouvidos, machucando-a ainda mais. Porém, sabia que naquele momento precisava manter a calma para que Dom também se acalmasse em seus braços. Enxugou as lágrimas, levantando-se no chão e balançou a criança para que ficasse mais calma. Aos poucos o fazia, até enfim cair no sono. Colocando-o no berço, parou para observá-lo dormir calmamente. Pequeno e indefeso; estava tão sereno, mal podia imaginar pelo que os pais estavam passando.

Tinha alguns meses que Spencer começara a se comportar diferente, o homem doce e amável que conhecera anos antes havia se transformado em alguém diferente, estranho. Não precisava perfilar como ele para saber que sofria. Sabia que isso, em partes, estava relacionado com tiro no pescoço – as coisas realmente saíram dos trilhos naquela época. Estresse pós-traumático, talvez? Compressível, o ambiente de seu trabalho era estressante, porém ele batia no peito de orgulho ao dizer que era forte demais para ter esse tipo de transtorno. E era exatamente esse o problema: Spencer não aceitava que poderia passar por algo como isso, afinal, seus conhecimentos ditavam suas próprias regras. As brigas apenas pioraram depois de sua visita ao médico de sua mãe, quando recebeu uma ligação preocupada da clínica em que Diana repousava. Desde então, ele havia construído um alto e espesso muro à sua própria volta, da qual a impedia de transpassar. E, na vontade de fazer as coisas voltarem ao normal, como deviam estar, acabava por aumentar cada vez mais o muro, dificultando a entrada para que pudesse lhe oferecer ajuda. Estava mais transparente que cristal que algo o afligia e o fazia sofrer em silêncio, e essa angústia também estava afetando Dom, que de nada tinha culpa. O único momento de paz que o filho podia ter era o tão estimado sono, da qual sempre o observava com os olhos vermelhos e inchados de lembrar tudo o que o pai vinha lhe dizendo todos os dias antes de sair para o trabalho.

O pior de tudo era saber da série de riscos que passava todo dia no trabalho. Spencer esteve em sério risco de vida duas vezes por causa disso. Não o culpava por ter um trabalho digno, ajudando famílias a se sentirem seguras novamente. A última vez que esteve à beira da morte havia sido o tiro no pescoço. Lembrava-se daquele dia tão bem, parecia que havia sido no dia anterior. Dom estava inquieto bem antes de receber o telefonema de Derek, como se a inquietação da criança estivesse prevendo algo. Correu para o hospital com o filho nos braços, e só arredou pé dali quando o marido obteve alta. Já em casa, administrava seu tempo entre o trabalho e Spencer, já que Christie, a babá, tomava conta de Dom nos momentos mais sobrecarregados. Mas, ele não havia voltado totalmente. Estava distante, parecia agir automaticamente, o que a fez pensar que o tiro poderia ter lhe levado embora uma parte de sua alma. Pensar nesse ângulo da situação a fazia chorar por saber que aquela situação poderia se repetir, ou quem sabe ele pudesse encontrar com algum criminoso que o matasse. Deus o livre. Suas últimas e dolorosas palavras sempre ecoariam em sua mente, e se sentiria culpada por falar coisas duras, coisas que não queria dizer, sendo que não tinha certeza se ele voltaria pra casa no fim do expediente. E, mesmo assim, por mais que ele se comportasse como um idiota, não podia negar que esteve apaixonada por ele por todos esses anos em que estavam juntos. Perdidamente apaixonada, e tinha medo sim de perdê-lo. Por trás do muro erguido, sabia que ele possuía um coração puro, sensível e apaixonável, que merecia toda a felicidade que pudesse proporcionar. Sentia-se sortuda por ter sido a escolhida por fazê-lo feliz, mas era impossível se ele mesmo se blindava diante ao que tinha para lhe oferecer.

Passos no térreo chamou sua atenção, voltando para a realidade. Enxugou as lágrimas do rosto; caso quisesse vir dar um beijo no filho, não o deixaria vê-la assim. Mas não ouviu passos na escada, pelo contrário. Só havia silêncio na casa. Teve a impressão de que a pessoa que entrou não havia sequer passado da porta. Lembrou-se da medida de segurança que Spencer havia ensinado quando foram morar juntos, então andou até o criado mudo do quarto do filho, abrindo a gaveta e pegando a pistola, descendo para a sala com a arma em punho. Surpreendida, assustou-se quando viu a figura do marido, encharcado da chuva, ainda parado na porta. Abaixou a arma assim que ele colocou os olhos sobre ela em suas mãos, e saiu para ajuda-lo, qualquer que fosse o problema dessa vez. Fechou a porta atrás dele, que ainda não havia se movido, trancando-a. Spencer não havia se movido até então, quando finalmente olhou para seu rosto com um olhar vago. Parecia um estado de intensa hipnose.

— Spencer? – chamou-o.

Parecia ter ligado o botão de funcionar. Demorou alguns segundos para responder.

— Olá. – disse, embora ainda meio automático.

Franziu o cenho para ele.

— Por que está aqui agora? Você não estava indo para Chicago? E por que está agindo assim? – disparou.

Ele pareceu um pouco confuso.

— Hotch me pediu para que acompanhasse o caso daqui de casa. Não tenho me sentido muito bem.

— O que está acontecendo?

Andou até o sofá, deixando a bolsa da viagem no chão junto com a outra bolsa de ombro, antes de se sentar no sofá. Teve vontade de lhe chamar a atenção por estar todo ensopado da chuva, mas aquilo o levaria a se fechar ainda mais, e não queria isso. Fez vista grossa e observou suas expressões. Não fazia perfis como ele, mas com a convivência, já sabia que estava no limite de suas emoções.

— Não estou me sentindo bem. – voltou a dizer, dessa vez num tom agressivo.

— Spencer, eu só quero te ajudar! – rebateu, tendo raiva do tom de sua voz.

— Não foi o que me disse algumas horas atrás.

Aquilo foi como apunha-la no peito.

— Viu só? Estou tentando aqui, mas você não deixa! – acusou-o. – Droga, Reid, sou sua esposa e parece que nem essa aliança faz com que tenha confiança em mim.

— Já parou pra pensar que não preciso da sua ajuda?

Novamente, apunhalada. Doeu ouvir aquilo. Era como se reconhecesse que não tinha importância nenhuma em sua vida.

— Está dizendo que não significo nada para você, é isso?

Ele não respondeu. Parecia estar inerte em um mundo completamente diferente, alheio às suas expressões. Respirou forte, já tomada pela raiva de toda aquela situação.

— Ah, quer saber? Pra mim, já deu o que tinha que dar. Não aguento mais ter que suportar todo esse circo sem sentido estando de mãos atadas sendo que tudo o que quero é apenas ajudar. – foi enfática na última palavra, para acertá-lo. – Mas quem sou eu para oferecer ajuda, se você mesmo não quer, não é? Você tem razão, Reid, você não precisa de mim, nunca sequer precisou, portanto, o que ainda faço na sua vida? Se eu sou tão insignificante para sua vida como um todo, então por que seguir com esse casamento? Por que não se divorcia?

Citar aquela palavra pareceu ter dado um baque nele, por algum milagre. Indignou-se de repente, porém, permaneceu sem dizer uma única palavra.

 - Vamos, Reid. Por que continuar casado se não represento nada em sua vida?

— Está pondo palavras em minha boca.

Bufou.

— Para com isso agora. – advertiu-o. – Está agindo com agressividade, não se abre para ajuda... Está agindo como quando Tobias drogou você!

— O que? – perguntou horrorizado.

Ali, soube a verdade.

Foi para perto dele, pegando seu rosto entre os dedos, olhando para os olhos do marido. Spencer tentou contrariá-la, porém, foi em vão. Conseguiu ver as pupilas estavam dilatadas, e soube exatamente o que estava provocando esse comportamento. Imediatamente, soltou de seu rosto e olhou para aquele homem com nojo, numa reação enfática de total desgosto.

— Está se drogando novamente. – concluiu, seguindo o tom enojado.

O marido permaneceu em silêncio. Era inteligente demais para saber que qualquer coisa que dissesse, voltaria contra ele.

— Isso tudo está acontecendo depois que foi visitar sua mãe. Disseram algo para você lá e desde então está descontando todas as suas frustações em todos que conhece. Está angustiado. E, no ápice da sua burrice, voltou com o dilaudid. – cuspiu as palavras, a fim de feri-lo. – Você é desprezível.

— Para com isso. – ele pediu, de repente.

A voz estava branda, mas a sua raiva era muita.

— Parar com o que? Estou dizendo a verdade, você é fraco, e jamais aprenderá a confiar nas pessoas que te amam.

— Eu confio... – ele começou.

— Confia? – perguntou em um tom de raiva, rebatendo quase alto demais a ponto de acordar o filho. – Então, por que não conta o que tanto está te afligindo a respeito de sua mãe?

— Porque você não iria entender o meu lado na história.

Bufou novamente, a raiva subindo ainda mais. Recusava-se a acreditar naquilo. Mas respirou fundo. Lembrou-se dos conselhos de Derek sobre aquela época em que ele se drogava, e resolveu ter paciência.

— Já tentou me contar para saber como vou reagir?

Ele permaneceu quieto, parecia pensativo.

— Tenho medo... – e parou, como se algo o estivesse impedindo.

Lágrimas se formarem nos olhos do marido e, por alguns segundos, pensou que estaria pressionando-o do jeito errado. Sentiu pena. Suspirando, reconheceu que estava errada, ajoelhou-se no chão, de frente para o marido, que agora mais parecia uma pequena criança indefesa. Olhou-o com ternura, como se lhe dissesse que poderia confiar qualquer coisa. Pegou suas mãos geladas, as aquecendo. Nesse momento, ele pareceu, enfim, colocar os pés no chão e voltar de vez para a realidade.

— Não precisa ter medo de nada, Spence. – disse a ele, com a voz aveludada, a fim de transmitir segurança. – Não tenha medo de me contar o que aconteceu entre você e sua mãe, por favor... – a linguagem corporal dele ainda transmitia insegurança. – Vamos fazer o seguinte, vamos esquecer tudo o que dissemos e fazemos um para o outro de ruim, porque não vale a pena. Então, perdão se te machuquei. É que você não sabe como fico com raiva quando você simplesmente bloqueia todo mundo à sua volta... – iria falar mais se não tivesse sido interrompida.

— Isso é um defeito da qual não consigo me livrar. Eu sinto muito se a machuquei, eu não... Não tive a intenção... O fardo está grande dessa vez e eu não sei se eu consigo... – e soluçou.

— Confie em mim. – pediu, apertando-lhe as mãos. – Não há ninguém no mundo que te ame mais que eu além de Diana e Dom. Por favor... – e beijou as mãos do marido, como se pedisse perdão ao mesmo tempo.

Ele respirou profundamente diante do gesto, parecia ter, enfim, entendido a sua postura. Ao apertar os olhos, uma lágrima caiu, misturando-se com a água que caía dos cabelos encharcados e, com a ponta do dedo, limpou-a. Sentiu o coração reduzido a pó de vê-lo daquela maneira.

 - Quando me ligaram da clínica, disseram que haviam mudado a medicação e que isso a havia feito ficar agitada. Fui até lá saber o que estava acontecendo, saber o porquê disso. Quando olhei sua ficha médica, nada fez sentido. O medicamento deveria estar ajudando-a, e eu não entendia o que estava acontecendo para que ela ficasse tão irritada. Eu resolvi vê-la pessoalmente. No momento em que entrei em seu quarto, eu vi. – ele fez uma pausa, olhando para as suas mãos unidas e engoliu em seco. – Por três segundos, ela não sabia quem eu era. Pedi que a examinassem naquela manhã e no cair da noite, o resultado mostrou que ela está no estágio inicial de demência. Provavelmente Alzheimer. – e apertou os lábios numa linha fina para segurar o choro. – Por mais que viva sabendo que isto está maior e pior agora, estou vendo acontecer. Todas as memórias que compartilhamos estão morrendo aos poucos. – e olhou-a profundamente nos olhos, enfim abrindo seus sentimentos. – Eu não posso ajudá-la. Eu não posso fazer nada a não ser ficar aqui sentado, vendo tudo o que vivemos perder-se no tempo.  – e chorou, enfim, jogando pra fora toda a aflição.

Ouvir tudo aquilo foi, com absoluta certeza, um choque. Era como se tivessem transpassado seu coração com uma adaga em brasa, tamanho a dor que sentiu por ele. Sentiu culpa de não tê-lo feito se sentir bem e, num ato de arrependimento, puxou-o para que ficasse de pé e pudessem se abraçar e chorar tudo o que havia guardado para si durante tanto tempo.

— Eu sinto muito, Spence. – disse, com a voz embargada. – De verdade, sinto tanto. – e lhe acariciou os cabelos molhados, beijando a têmpora.

Ele permaneceu quieto, apenas se aconchegou em seu corpo, enterrando o rosto em seu pescoço, apertando-a contra ele. Parecia ter medo de soltá-la. Um breve silêncio pairou pelo ambiente antes que ele voltasse a quebrá-lo.

— Eu tive medo de fazer os meus exames. Tive medo não somente por descobrir que posso estar esquizofrênico e possivelmente desenvolver Alzheimer, como também me assustava o fato de realmente ter essas doenças e esquecer-me de Dom. Esquecer-me de você. – ele a apertou mais contra ele. – Eu não suportaria perder você e nosso filho assim como estou perdendo Diana. Eu não suportaria causar a dor que sinto em vocês. Assim que soubesse dos resultados, sabe-se lá Deus como poderia reagir... Você e Dom são as pessoas que eu mais amo e procuro preservar em todo o mundo, perde-los é como morrer e eu não quero isso. Não quero perder você, não quero perder Dom, não quero...

— Shh. – e beijou novamente a têmpora. – Você não vai nos perder, tudo bem? Não vai, porque você não tem nada disso. Você é completamente saudável, Spence, completamente saudável. Sei que viverá por muitos anos fazendo todos à sua volta se encantar com seus conhecimentos e com a doçura de seu coração.

Ele desatou o abraço de repente, para poder olhá-la nos olhos.

— Como pode saber disso?

— Otimismo. Você deveria exercer isso também.

— É difícil ser otimista quando não sei qual é minha condição.

— Se não quer fazer isso por mim, eu entendo. Mas o que acha de tentar pelo Dom? Pense nele quando as coisas ficarem ruins. Ele é a melhor coisa que te aconteceu, e ele pode ser seu bálsamo. Por favor, só não perca as esperanças. E, por mais que me afaste, saiba que ainda estou aqui para cumprir o que prometi no dia dos nossos votos.

Spencer passou as mãos pelo rosto em direção ao cabelo, olhando-a com ternura em seguida. Suas palavras aparentaram ter tido um efeito positivo nele, que pareceu mudar totalmente a postura. Embora permanecesse triste, não havia mais aquele olhar de acusação.

— Eu sinto muito. – ele disse, depois de muito ensaiar. – Perdão por tê-la feito passar por tudo isso praticamente sozinha.

— Não precisa. – interrompeu-o. – Você teve suas razões, eu entendo. Mas eu invadi seu espaço do jeito errado, portanto, me perdoa.

— Não, não faz isso. – pediu, compadecido. – A culpa é minha por não saber confiar em você. Não sei onde estava com a cabeça quando fiz isso. – e pegou sua mão, puxando-a para mais perto dele. – Me perdoa.

— Está tudo bem.

Spencer chegou mais perto, encostando seus lábios. O beijo foi suave, como um pedido significativo de desculpa. Logo tomou ritmo, aprofundado, as línguas entrelaçando-se. O gosto salgado das lágrimas e o frio de seu rosto apenas atiçaram a vontade. Passeando as mãos pelas costas do marido, teve vontade de tirar-lhe aquela roupa molhada ali mesmo e fazer amor até que sua pele se incendiasse, mas pensou que talvez precisasse de tempo para processar novamente a recente condição da pessoa que ele mais prezava pelo bem estar. Dar-lhe espaço era o ideal a se fazer no momento. Deixou que suas mãos grandes pegassem em seu rosto, limpando as marcas das lágrimas com os dedos enquanto a beijava, até parar e encostar a testa na sua.

— Por mais que eu aja como um babaca, por favor, nunca duvide do tamanho do amor que sinto por você. Eu passei toda a minha vida praticamente sozinho e aprendi com o tempo a me fechar para as coisas, mas eu juro, vou melhorar. Por você e pelo Dom, juro...  

Selou seu lábio, um beijo pequeno. Ele não sabia parar de falar quando se empolgava.

— Eu sei que me ama, porque te amo tanto quanto. Nunca vou desistir de você, fique tranquilo. Escolhi você para amar e ser pai do meu filho por alguma razão que infelizmente desconheço, e nada pode me separar de você.

Viu o primeiro sorriso em meses formar em seu rosto. Ficava lindo sorrindo.

— Eu te amo. – ele disse; a voz aveludada.

— Eu te amo. – respondeu. – Agora suba e vá tomar um banho, antes que pegue uma gripe.

— É impossível, não se pega gripe por estar no frio. Gripe apenas se pega por costumarmos ficar em locais isolados nas épocas mais geladas, o que facilita a transmissão do vírus.

— Sobe. Agora. – ordenou, brincando.

Ele fez um não com a cabeça, roubando outro beijo. Em seguida, fez o que ordenou a ele.

Era mesmo verdade. O amava como a vida, demais para se desistir. De longe, ele havia sido a melhor coisa que havia acontecido em sua vida, Dom era apenas uma extensão de sua importância, do que nutria por Spencer. Se precisasse dar sua vida para salvar a dele, não pensaria duas vezes. E, se ele precisasse curar as feridas, que lhe mostrasse onde machucava, para que pudesse agir.

Fim


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Notas finais do capítulo

Aí está! Espero que tenham gostado! Se tiver algum erro ortográfico, espero que perdoem...
Nos vemos em breve!



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