Destination Works escrita por Strife, Milky


Capítulo 6
VI. Desculpas e Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Olha o segundo saindooooo! u.u
Ah é
Obrigada a todos que comentam e acompanham a fic, apesar da autora demorar horrores para postar.
Agradeço aos leitores novos -e antigos também- e mais uma vez, perdoem a demora.



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Annie POV

Tive um sonho estranho noite passada, tive a impressão de que estavam me vigiando... É uma sensação horrível de se sentir, ainda tenho calafrios por conta disso.

Me levantei da cama toda descabelada, fui para o banheiro, fiz minha higiene matinal e saí do quarto ainda bocejando e com os cabelos assanhados. Assim que fechei a porta pude ouvir o barulho de outras três, só que abrindo.

— Você! -nós... oito? gritamos juntos, feito doidos.

Olhei em volta. Do quarto que ficava em frente ao meu saíam o mimado e o Jin, do lado esquerdo Jimin e J-Hope e do lado direito todo o resto. Ai meu deus. Estou cercada!!

— Ei... -o mimado me chamou.

Olhei para ele e ele deu alguns passos em minha direção, olhei para os lados, dei dois passos curtos para trás e com uma agilidade que faria o Flash ficar com inveja, entrei de volta e bati a porta na cara do coitado.

— Grossa! -ele esmurrou minha porta.

Estava um fuzuê danado lá fora, mas se eu não corresse iria me atrasar, então o jeito foi suspirar e abrir a porta, mas como todo mundo me ama né, fui surpreendida quando uma mãozinha inconveniente tapou minha boca e me jogou para dentro de novo.

— O que quer!? -tirei bruscamente sua mão.

— Pare de gritar. -me encarou.

— Se não o que, hein?

O bostinha se aproximou perigosamente de mim enquanto eu recuava.

— Se não terei que te calar de novo, só que com outros métodos. -se inclinou em minha direção e eu gelei. Minha nossa senhora! Que sorriso safado era aquele?

— Pode falar então. -resmunguei e ele riu, mas não se afastou.

— Vim para pedir desculpas... -como é?- e não faça essa cara de besta.

— Desculpe mas é a única que tenho no momento -cruzei os braços.

— Eu te chamei de... coisas horríveis, não? -assenti e ele deu um peteleco em minha testa- Aquela foto... é muito importante para você. -começou a andar pelo cômodo- Me desculpe.

— Como é? -o que? eu estava chocada.

Ele veio até mim e se ajoelhou. A-J-O-E-L-H-O-U.

— Me perdoe. -segurou minha mão.

— Ok. Só não faça essa cara fofa de desentendido para mim outra vez. -puxei minha mão e ele se levantou rindo.

—É natural. -falou.

— Haha. Claro que é. -abri a porta bruscamente e uma cambada invadiu minha "casa".

— Err... Nós... Bem... -o líder? tentou argumentar.

— Tá. Só... saiam. -fiz uns gestos estranhos e eles saíram e me deixaram passar- Ai meu deus! Olha a hora! -gritei e senti muitos pares de olhos sobre mim.

— É melhor correr.

— Muito obrigada pelo incentivo Suga. -mostrei a língua para ele- Ah. Jong. -chamei- suas bochechas são estranhas. -foi a última coisa que eu disse antes de sair correndo e antes de gritarem.

— ESTRANHA É VOCÊ! -esses maknaes...

(...)

Três dias! Faziam exatamente três dias, duas horas e 32 minutos que eu não os via. Tem coisa melhor que isso? Ain. Acho que não.

Ah é. Eu havia encontrado a garota viciada em BTS que caiu em mim outro dia, dei o boné autografado para ela e disse que tinha conseguido em um daqueles... como chama? Ah. Encontro de fãs, ela gostou tanto do presente que se transferiu para meu colégio e me obrigou a assistir alguns MVs de BTS. O que eu posso dizer? Err... Bom... VICIEI!

Por que aqueles garotos tinham que ser tão fofos? Confesso que não era lá muito fã de rap, mas depois de ver o primeiro vídeo clip deles foi amor à primeira vista.

Por falar nisso estão acontecendo coisas bem estranhas nesses últimos dias. Tipo vasos de plantas assassinos caindo do céu, almas desorientadas me empurrando de escadas, comidas não digestivas, telefonemas no meio da noite/madrugada... Ehh vidão.

Eu estava voltando para casa, depois de mais um dia cheio. Tive que passar na farmácia para comprar bandaid, e outros remédios ruins, quando terminei de espalhar os bandaids pelos pequenos cortes quase não acidentais do meu corpo acabei me assustando. Estava toda cheia daqueles negócios que amam arrancar os seus pelinhos fora. Triste minha vida. Enquanto eu lamentava por aí, me bati em um poste, depois escorreguei em um tomate e quase morro e para completar me bati contra alguém assim que pisei para fora do elevador. Eu mereço! Ou não né.

— Ai, ai... me desculpa, eu sou uma desastrada. -olhei para a pessoa que ria na minha frente.

— Tudo bem, percebi isso assim que nos encontramos. -me ajudou a levantar.

— Haha. Muito engraçado. O que você está fazendo aqui... e sozinho? -olhei para os lados.

— Só vim buscar meu celular, já estou voltando. -balançou o aparelho na minha cara- E eu moro aqui também tá.

— Não sou cega. -dei um tapa em sua mão e ele sorriu. Muito lindo sorrindo viu Jimin.

— Ok senhorita visão, vou indo.

— Ok senhor baixinho, pode ir. -ele me encarou parecendo meio surpreso e fez biquinho.

— Nos resolvemos depois. -me ameaçou antes de sair emburrado.

— Eu hein, que povo estranho. -entrei no meu apartamento e bati a porta antes de me jogar na cama, super animada com não sei o que.

Peguei meu notebook e comecei a ver TUDO de BTS, não sem me certificar que não morreria de fome nem de sede antes né. Peguei 2 pacotes de batata frita, 2 de bolacha recheada de chocolate -porque chocolate é vida-, 2 latinhas de refrigerante e acho que só.

(...)

Quando vi que horas eram, dei um pulo de tão surpresa que estava. Sério que eu passei todas essas horas vendo coisas daqueles... coisas?

— E porque o Jung tem que ser tão fofo!? Ahhh! -abafei um grito enfiando meu rosto no travesseiro.

Fiquei retardando deitada na cama até dar umas dez da noite, eu estava quietinha, deitada, enrolada, abafando meus delírios no meu pobre amigo e amante travesseiro quando começo a ouvir uns barulhos estranhos.

— Dane-se, não é aqui mesmo. -resmunguei.

Foi o pior erro do dia. Aquilo era ali SIM. Ai minha nossa senhora protetora dos animais, não me deixe morrer por favor!

Uma batida na janela. Duas. Três. É HOJE QUE EU MORRO! Como eu não estava com vontade de morrer hoje, tive que ficar bem paradinha. Estátuas morreriam de inveja se me vissem. Os barulhos pararam de repente e assim que eu coloquei meu rosto pra fora do cobertor puxaram meu pé. Pronto. É o cão querendo me levar.

O que? Ficar aqui e morrer? Nunca! Chutei a coisa e corri desesperadamente para a porta do quarto, que misteriosamente estava aberta. Peguei a chave cartão (?) e travei a porta. Merda. E agora? Sem celular, sem dinheiro, sem roupas... OMO. Corri em direção ao elevador. Ocupado. Me virei e vi um... ninja? Mas que diabos!? Corre que ele tá vindo, lesada!!!

— Ahhhhh!!!! -gritei tanto que minha cabeça doeu.

O ninja, quer dizer, o ser de outro mundo com máscara ninja, me deu uma rasteira e eu cai no chão. Traduzindo, fui me arrastando de costas (wtf?) até a coisa pegar meu tornozelo e sair me puxando.

— GYAAHHHHHHHHHH! -me debati- Pai nosso que estás no santa maria... Puta merda. Esqueci como rezar. Sou BUDISTA! Terço de Buda, cadê você.

Com a ajuda de Buda consegui me levantar, bem na hora que uma porta se abriu. O que eu fiz? me enfiei lá dentro e chutei a porta com o pé, até porque chutar com a mão não é pra mim.

— Por que diabos você está gritando? -olhei para cima. Ahh... ainda estou no chão.

—  Eu juro que... nunca fiquei tão feliz em ver essas caras estranhas de vocês. -me levantei, ainda arfando.


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Notas finais do capítulo

Comentem.
E até o próximo!