Destination Works escrita por Strife, Milky


Capítulo 16
XVI. Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Demorei horrores para aparecer, eu sei.
Então, primeiramente, me desculpem a demora ;-;
Segundamente, boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698672/chapter/16

(...)

— Yah. Eu... -quando ele ia falar alguma coisa, aproveitei a deixa e o empurrei para longe, saindo a passos rápidos dali, com ele atrás de mim.

Tive que correr para tentar despistá-lo, mas ele logo me alcançou.

— Me solte. -não conseguia encará-lo.

— Olhe para mim. -senti suas mãos quentes em meu rosto e eu logo estava sendo obrigada a olhá-lo.

— Não quero. -tentei me livrar de suas mãos.

— Olha eu... Me desculpe, ok?

(...)

— ANNIE! -gritaram meu nome.

— Oi? -virei-me na direção de onde vinha a voz- Mio!?

— Annie-sshi! Graças a deus! -ela vinha correndo e logo me alcançou, se jogando em cima de mim e me abraçando.

— Err... O que aconteceu? -falei um pouco atônita.

— Fiquei sabendo do que aconteceu. Yah... você está bem? -ela me soltou e afastou-se um pouco, me avaliando de cima a baixo.

— Estou sim. -sorri.

— Não está não. Olhe só essas marcas! Meu deus, eu... Me desculpe, Annie. Foi tudo culpa minha. -seus olhos encheram-se de lágrimas.

— Não foi culpa sua... Eles me pegariam de qualquer forma. -limpei as lágrimas que escorriam por suas bochechas.

— Me desculpe... Eu só... estava chateada por saber que minha melhor e única amiga estava escondendo coisas de mim. -começou a chorar.

— Só não chora ok? -a abracei- Você também é a minha primeira amiga. -eu afagava seus cabelos enquanto ela me abraçava e chorava como um bebê.

— Sem querer ser chato, mas estamos no meio da rua e estamos chamando muita atenção. -ai como eu queria matar aquele garoto.

Ela olhou para o garoto e rapidamente se recompôs, secando as lágrimas e arrumando as roupas e o cabelo.

— Annie, esse... -me encarou.

— É o Jungkook. -falei baixo, revirando os olhos.

(...)

— O que estava fazendo com a minha amiga? -direta como sempre.

— Nada. -desviou o olhar para mim, que logo tentei ignorá-lo.

— Por que está vermelho? O que aconteceu entre vocês antes de eu chegar aqui?

— Nada. -falamos juntos.

— Não me imite! -juntos novamente.

— Você é muito irritante, sabia?

— E você é muito atirada. Eu vi você e o V hyung se beijando mais cedo!

— O quee!? -nós duas gritamos juntas.

— Eu não beijei o Tae! Somos apenas amigos.

— Annie você beijou o V!? -a garota estava incrédula.

— Não! -me virei para ela.

(...)

— Então... Vocês não se beijaram... -o biscoito me encarava com os lhos semicerrados.

— Não.

— Ahhhh! -gritamos juntos, nós três.

— Que susto! Desde quando tu tava aí criatura!? -pus a mão no peito.

— Desde a crise de ciúmes do Kookie. -deu de ombros.

— V hyung! Eu não estava com ciúmes dessa daí, nem agora nem nunca!

— Ok, ok. Se você diz... -se virou para a Mio- Oi Mio, eu sou o Taehyung, mas pode me chamar só de Tae ou V, espero que sejamos bons amigos da Annie. -ele sorriu e ela começou a ficar vermelha.

— Se recomponha, mulher! -cutuquei ela, que resmungou.

— S-Sim... -gaguejou e eu ri.

(...)

— Sim. Só queria que a Mio tivesse passado mais tempo com a gente, mesmo que fosse só por causa de vocês, garotos. -sorri, sendo acompanhada pela risada gostosa do Tae.

— Chame-a para vir outro dia, estaremos por aqui para falar com ela -fez uma cara estranha- só espero que ela não queira me matar.

— E por que ela te mataria? -não consegui controlar o riso.

— Não sei. -deu de ombros.

Peguei as chaves do apartamento e fui abri-lo ainda conversando bobagens com o V.

Preciso dizer que quase tive um infarto quando entrei? Não? Ok.

(...)

XVI. Surpresa!

— SUR-PRE-SAAA! -gritaram assim que eu entrei.

— Ai meu Deus. -estava atônita com tudo aquilo.

— Gostou da surpresa? -o branquelo veio até mim.

— Err... -eu estava sem palavras diante de tudo aquilo.

— Gostou da surpresa? -Tae chamou minha atenção, parecendo meio temeroso.

Ah. Por isso ele ficou tão estranho quando eu disse que não gostava de surpresas.

— Eu... Amei. -me joguei em cima dele, o abraçando.

— Que bom, Saeng. -riu- Se bem que eu fiquei bem preocupado quando você disse que não gostava de surpresas. -passou a mão pelos cabelos alaranjados.

— Percebi. Mas eu retiro o que disse, eu amei a surpresa. -sorri- Mas pra quê isso tudo? É meu aniversário e eu não sei? -eles riram com a pergunta.

— Nunca te agradecemos por o que tem feito por nós de uns tempos pra cá, não? -Rapmon sutilmente me tirou do meio do Suga e V.

— Que coisas? Que eu lembre nunca fiz nada por vocês. -confesso que estava bem confusa.

— Coisas. -ele simplesmente me respondeu isso.

— Que tipo de "coisas"? Hein? -me indignei com a resposta.

— Apenas aproveite, ok? 

— Namjoon! -retruquei, mas ele apenas riu e foi em direção ao projeto de cozinha do meu apartamento.

Sentei-me no sofá e fiquei emocionada olhando o trabalho que eles fizeram. Havia um cartaz bem grande com meu nome, desenhos e autógrafos dos membros. Haviam balões coloridos enfeitando o teto -não me perguntem como eles conseguiram essa proeza-. Não pude evitar de sorrir enquanto fitava a mesinha de centro. 

— Hey. - era o Suga - Não precisa chorar.

— Eu... - toque meu rosto e percebi que meus dedos ficaram úmidos. - o que...? -tratei de enxuga-las o mais rápido que pude e sorri.

Um olhar diferente passou pelo rosto do Suga, mas antes que eu pudesse saber o que era, Rap Monster chegou segurando um bolo nas mãos.

— Congratulations. - colocou o bolo na mesinha. - Esse é o nosso agradecimento por tudo.

—Pelo que...

— Apenas aceite. É de bom agrado. - Jimin deu um tapinha nas minhas costas e sentou-se no outro sofá de frente para mim, sorrindo.

Assoprei as velas -ainda não entendi pra que elas- e partimos o bolo. Em vez de colocarem música ou algo para tocar, Namjoon cantou um rap freestyle para mim, depois Suga tentou fazer o mesmo e ai os dois começaram a brigar, mas no final todos cantaram ao vivo. Foi um momento maravilhoso. 

Nunca vou esquecer isso.

— Que bom. -Jin riu.

— Eh...? Eu disse isso em voz alta? 

— Em alto e bom som! 

Todos foram para a cozinha e estavam concentrados em arrumar a bagunça. Me ofereci para ajudar mas eles foram relutantes. Hoje eu não faria nada. Não que isso fosse uma coisa ruim.

A porta rangeu de leve. Olhei sem muito alarde, vendo se não tinha sido fechada direito, e vi o JungKook gesticulando para que eu fosse com ele. Os outros estavam tão ocupados em limpar que nem reparariam se eu sumisse um pouco. 

— Kookie? O que houve?

Ele se pós a andar e nem ao menos olhou para trás. Eu o segui, meu coração batendo na garganta. O que será que aconteceu para ele estar agindo assim, suspeito? Será que está com raiva de mim ou algo do tipo? Comecei a me questionar, mas logo abandonei os pensamentos. Entramos no elevador e subimos para a cobertura. Ele segurou em minha mão e me levou para perto da grade de proteção. Era um belo por do sol. O céu banhado em laranja e lilás e as luzes coloridas da cidade piscando como pérolas.

— É lindo. - eu disse inconscientemente.

— Não tanto quanto você.

Me virei para mandá-lo repetir o comentário. Será que escutei direito ou estou ficando louca? Antes que alguma palavra saísse de minha boca, ele me beijou e segurou minha cintura antes que eu pudesse empurra-lo. Não tive nem chance de retrucar porque foi... Bom. Meu Deus! Oh meu Deus!

Ele meu soltou e cambaleou para trás. Estendeu um embrulho na minha direção e eu o peguei, ainda sem palavras. Kookie me fitou, os olhos intensos mas sem sinal de vida. Ele estava tão surpreso quanto eu. Então se virou e correu... 

...

Abri a porta do apartamento vagarosamente, rezando para que ninguém notasse minha pequena fuga.

— Annie!

Todos olharam para mim. Enfiei o embrulho no bolso do casaco antes que alguém reparasse.

— Que susto você nos deu, sua... - Jimin abandonou a frase no ar. Provavelmente ele iria me xingar ou algo do tipo.

— Namjoon foi a sua procura mas não te achou em lugar nenhum. Tu se meteu aonde, criatura? - J-hope vinha chegando, sendo seguido por Jin que tinha um pano de prato pendurado no ombro.

— Desculpa... Não pensei que notariam a minha falta... 

— Pensou errado. -Suga cruzou os braços.

—Bem, que seja. Annie está aqui e é o que importa. Não vamos brigar. - Rap Monster interveio. Ele estava mais para anjo do que para monstro. 

V olhou para um lado e para o outro, procurando algo. Franziu o cenho.

— Ei, gente, cadê o Kookie?

Voltei meu olhar para o chão inconscientemente. Meus sapatos estavam mais interessantes do que nunca. Senti meu rosto esquentar. Droga. Eles vão perceber que tem algo errado.

— Talvez ele já esteja no quarto. - a voz do líder saiu meio alterada. - Vamos, a Annie deve estar cansada. - ele olhou para mim e sorriu. - Não é?

— Aish... Boa noite,  então.

— B-boa noite!

Assim que todos saíram, tranquei a porta e corri para o quarto. Me jogando na cama e tirando o embrulho do bolso. Ele era azul com bolinhas brancas e tinha um lacinho vermelho. Puxei o lacinho e o embrulho caiu. Revelou-se uma linda caixinha transparente, como aquelas que se coloca anéis. A abri. Fofo. Um colar de prata com um pingente de borboleta em pleno voo, prateada com pequenas pérolas azuis cintilantes.

Peguei o colar e o ergui. O que o JungKook estava pesando quando me deu isso? Suspirei. Coloquei o colar de volta na caixinha e o deixei ali, sobre a cômoda. Não estou com o mínimo humor para usá-lo. E nem o farei. Não antes de saber com que intenção ele me deu isso e porquê ele me beijou.

(...)

Meu celular tocou. Já era bem a terceira vez. Meu Deus! Quem pode ser a uma hora dessas?!
Se bem que oito horas da manhã não é tão cedo, mas não muda o fato de uma ligação a essa hora ser um incômodo. Rolei na cama e apalpei a mesinha de cabeceira até tocar num objeto quadriculado. Atendi a chamada e levei o celular à orelha.

— Alô~? - reprimi um bocejo.

— Annie? Até que enfim! Sabe quantas vezes eu te liguei?

— Hum-m. 

— Ei, minha tia abriu uma loja e não tem empregados o suficiente. Eu queria saber se dava pra tu vir ajudar..

— Hum-hum

— EBA! Vou te passar o endereço de onde vamos nos encontrar. Tchau.

— Espera.

— O que?

— ... Quem é você mesmo?

A risada do outro lado da linha foi abafada.

— Aish... É a Mio!

— Hum... Tchau.

— Até daqui a pouco.

Coloquei o celular debaixo do travesseiro e sentei na cama, meus pés tocando o piso frio. Afastei as mechas que cobriam meu rosto e esfreguei os olhos. Hoje está um dia tão frio... Estremeci com o pensamento. Pelo menos vou fazer algo produtivo.

Me arrumei o mais rápido que pude. Vesti uma calça, moletom bege e coloquei um casaco felpudo por cima, de cor verde que realçava o tom vermelho do meu cabelo. Calcei meu par de botas curtas de cor marrom claro e sai. Percebi que tinha esquecido o celular e voltei para pegar. Achei-o sobre a cama e o resgatei. Não pude deixar de olhar para a caixinha e lembrar do dia anterior. Meu estômago revirou. Deve ser a fome. Vou comprar algo na lanchonete, pensei, e sai do apê. Quando estava trancando a porta novamente, alguém me chamou.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, espero que tenham gostado.
Até mais, pessoinhas ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destination Works" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.