Destination Works escrita por Strife, Milky


Capítulo 12
XII. Um sequestro


Notas iniciais do capítulo

Yo-ho
Não tenho muita noção, mas acho que não demorei tanto dessa vez :3
Boa leitura!



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Annie POV

— Ei, levante! - alguém chutou minha barriga.

Estava tudo escuro, eu não conseguia ver nada. Senti outro chute e gemi de dor. Ah, eu estava de olhos fechados. Abri os olhos vagarosamente e meus sentidos voltaram. Eu estava em algum tipo de galpão abandonado. O teto estava cheio de falhas, e a luz do sol iluminava o local, que era super empoeirado. Eu estava deitada de lado, as pernas encolhidas e amarradas. Meu pulso latejava, a corda estava bastante apertada. Na minha frente havia três pessoas, todas encapuzadas, o que não permitiu que eu os identificasse.

— Você é a Annie? - embora eu não visse seu rosto, poderia jurar que ele sorrira, um sorriso maléfico.

Fiquei sem responder. Vai ver se eu afirmasse ele me mataria. Tentei controlar minha voz de desespero.

— O que isso importa? Quem são vocês? O que... -um deles chutou minha barriga, segurei-me para não gritar.

O mais baixo segurava uma corrente de metal, e veio caminhando na minha direção. Estremeci. Um nó se formava na minha garganta, mas eu não ia chorar, não ali, na frente das pessoas que me sequestraram.

— Não se preocupe. - foi ai que percebi que ele era ela. - Não vamos lhe bater, ainda.

Ela passou a corrente entre minhas mãos e apertou firme -como se a corda já não tivesse apertada o suficiente-, depois enrolou a outra ponta da corrente em algum lugar acima de mim que eu não vi e prendeu com um cadeado. Após fazer um sinal de "O.K.", senti que meu corpo subir. Oh, deus! Eu estava sendo erguida! Eles pararam quando fiquei na ponta dos pés. Desmembramento?! Eu iria morrer! Mas depois meus pés tocaram no chão. Suspirei aliviada, mas nem tanto. Que em sã consciência fica aliviada sendo que tem três pessoas querendo te matar?

— Dentre todos os métodos de tortura, os antigos ainda são meus prediletos. - uma quarta pessoa chegou por trás de mim. Olhei de soslaio e vi uma corda em suas mãos.

O desespero era mais visível do que quando um tinta vermelha é derramada sobre um papel branco.

Mordi os lábios com força na tentativa inútil de conter as lágrimas que tentavam fugir. Cerrei os olhos com força. Usei o fato de estar sozinha nesse mundo como consolo, afinal, minha única amiga não queria mais me ver nem pintada de ouro. Mas ai eu lembrei da doce voz do Suga, de como o rosto do Kookie ficava vermelho quando estava com raiva, e lembrei-me de quando todos cantaram para mim. As lágrimas corriam como cachoeira pelo meu rosto, mas eu não fiquei acordada por tempo suficiente para lembrar de mais coisas.

(...)

    Autora POV

— Ótima ideia! - V quicava na cama de emoção.

No dia seguinte, depois que todos já haviam descansado o bastante, os sete se reuniram no quarto do Rap Monster. Algumas horas de discussão e as ideias que prevaleceram foram as do J-Hope e Taehyung: V iria levá-la para dar uma volta, enquanto os outros entrariam no quarto da Annie -sem ela saber, claro-, Jin e Jimin preparariam os comes e bebes e o resto  aprontaria o lugar com decoração de festa e essas coisas mais.

— Boa sorte. - Suga deu tapinhas nas costas de V. Todos esperariam que ele convencesse ela a sair com ele para invadirem.

E lá estava ele na frente da porta com aquele seu sorriso quadrado. Seu coração batia rápido. Mesmo que fosse apenas para dar uma volta e fazer uma surpresa a ela, ele estaria chamando uma garota para sair.

— Anda logo! - reclamou o mais novo, num tom baixo.

Respirando fundo, deu três batidas rápidas na porta e esperou que alguém abrisse. Nada. Bateu novamente, mais forte dessa vez. Ninguém atendia.

— Annie! - chamou e nada de resposta. Virando-se para os outros, que olhavam pela porta semi aberta do quarto, continuou: - parece que ela não está... - abaixou a cabeça.

Kookie foi ao encontro do hyung e começou a bater na porta também.

— Annie, você está ai? Abra essa porta! - falava num tom autoritário, mas logo desistiu e suspirou derrotado. - Nenhum sinal de vida.

Logo, todos saíram do quarto e começaram a bater na porta. Alguns extremos até chutaram, porém Suga não se movia, lembrando do acontecido do dia anterior.

— Talvez... - começou, e todos viraram para ele - ela só não queira abrir.

— E por que ela não abriria?

— Porque esteja com raiva.

Eles se encararam confusos.

— Vamos parar por hora. Tentaremos mais tarde.

Dando por derrotados, voltaram para seus quartos, e ao entardecer, já estavam batendo na porta novamente.

— Quer saber... Agora ela irá abrir por bem ou por mal.

Um estrondo foi ouvido. Todos estavam boquiabertos. Jimin havia chutado a porta com força, tanta força que ela havia aberto... à força, mas tinha aberto -vulgo quebrado-.

O primeiro a entrar foi Tae, que já esperava por uma bronca, um soco, ou algum objeto voando, mas não houve nada, nem mesmo um grito.

— Xiiii... - Jimin olhava para o arrombo da porta. Preocupado, mas satisfeito consigo mesmo.

— Viu, Kookie? Se malhar pode ficar que nem o hyung aqui.

Jungkook revirou os olhos e ignorou.

A primeira coisa que notaram foi o cheiro de comida estragada, logo depois perceberam que não havia ninguém, e por ultimo, um papel branco na mesinha de centro da sala.

— Que é isso? - perguntou J-Hope, analisando o papel.

Todos se aproximaram e o mais novo pegou o papel e o desdobrou, e como viu que estava em inglês passou a vez para o líder.

— Cadê ela?! - três garotos entraram no quarto, assustando os sete que já estavam ali.

Um deles segurou na gola da camisa de Jin, que ficou sem reagir. Rap Monster interveio empurrando o rapaz de olhos castanhos para longe e ficando na frente do mais velho. Suga também tomou a frente, mandando Jin mais para trás. Os intrusos e os dois membros se encaravam de um jeito intimidador. Jimin entrou no meio dos cinco antes que eles começassem a brigar.

— Calma, galera. O que vocês querem aqui? - e virou para os três rapazes.

— Eu quero socar a cara daquele branquelo! - investiu contra Jimin, mas foi segurado pelos dos capangas que o seguia.

Jimin recuou o passo, talvez com medo ou só assustado pela reação do garoto. O que estava sendo segurado pareceu se acalmar e soltou um suspiro pesado. Os dois que o seguiam o soltaram e ficaram retos, como se fossem seguranças ou algo do tipo.

— O que vocês querem aqui? - Namjoon tomou a frente novamente, empurrando Jimin para trás. - Não devemos apelar para a violência, a não ser que vocês queiram. - seus olhos faiscaram.

— Só queremos ela de volta.

Os sete se entreolharam, confusos.

— Ela quem?

— Não se faça de besta! - pareceu perder a calma novamente. - Vai dizer que não foram vocês que mandaram isso?! - reitou um papel amarelado e amassado do bolso, sacudindo-o na frente do líder.

Sem pestanejar, Rapmon pegou o papel e seus olhos se arregalaram. Ele fez um aceno e o maknae lhe entregou novamente o papel que acharam e o mostrou para o rapaz agressivo.

— Você acha que se tivéssemos mandado isso perderíamos tempo escrevendo a mesma coisa pra nós mesmos?

Agora foi a vez dos três rapazes trocarem olhares confusos.

— E agora? Como vamos pegá-la de volta? - fez a pergunta mais para ele do que para o Rap Monster.

— Ela que você fala é a Annie? - Suga se apressou em perguntar.

— E quem mais seria? - revirou os olhos. - Temos que pegá-la de volta.

— Você fala como se ela fosse um objeto. - retrucou Jungkook.

O rapaz abriu um sorriso cínico e malicioso.

— É bom brincar com ela pra passar o tempo.

 Depois de algumas brigas e trocas de olhares nada amistosos, o trio se apresentou.

— Park Jin. - disse seco. Pelo que parecia, era ele que "comandava" os dois garotos atrás dele.

O mais baixo retirou o capuz e sorriu torto, como que se desculpasse pela conduta do Park Jin.

— Sou Yun Liam, prazer em conhecê-los. - fez uma mesura* meio desajeitada, mas o sorriso torto não lhe escapava do rosto. Seus cabelos lisos e curtos eram negros e em contrapartida, seus olhos tinham uma cor forte de verde.

— Choi Ayung. - seu tom era indiferente, mas não era frívolo ou desconfortante. Cabelos castanhos e olhos negros, só que não eram profundos. - Muito prazer. - completou para não deixar "em branco".

Os sete membros apresentaram-se de um por um. Parecia ter uma rixa entre o Park Jin e Namjoon, que se encaravam com os olhares em  chamas. Todos haviam se acomodado na pequena sala da casa de Annie para discutir o assunto que pairava como uma nuvem negra por cima das suas cabeças: "Cadê a Annie?". Aquela discussão não estava levando-os a lugar algum, enquanto liam e reliam o bilhete.

— "...Ele é sempre quem você menos espera. Os mais próximos, vizinhos, talvez. Podem ser melhores amigos, basta pensar com sensatez..." - Ayung leu em voz alta, refletindo. - Isso nos fez pensar que foram vocês "... Os mais próximos, vizinhos, talvez..." - citou novamente. - Vocês são vizinhos, certo? Digo, da Annie.

Assentiram em sincronia.

— Nós nunca faríamos mal a ninguém, principalmente à ela. - Jimin apressou em dizer.

— Há, há. Acham que só por serem Ídolos são santinhos? Ainda tenho sérias dúvidas sobre vocês. -Park Jin riu alto, mas logo voltou a pensar novamente.

— Aaahhh! - o líder levantou de súbito, esfregando as mãos sobre a cabeça, bagunçando seus cabelos.

— Ficar sentados não nos levará a lugar algum! - gritou novamente e respirou fundo, tentando retomar a calma.

— Se me lembro bem, - começou Suga. - da ultima vez que a vi ela havia acabado de discutir com uma amiga. Mio, se não me engano.

— E como sabe disso, hyung? - Rap Monster encarou-o curioso.

O branquinho revirou os olhos instintivamente.

— Nossa prioridade agora é achar a Annie. - tentou, sem muito sucesso, fazer-se de indiferente. Ainda o deixava abatido pensar na cara triste que ela fez nesse dia.

— Então vamos caçar essa Mio e fazer-lhe perguntas. - um sorriso estranho brotou nos lábios do líder do trio.

Antes que os dez se levantassem e se dirigissem para a porta, um toque de celular foi ouvido, e vinha da porta que levava ao quarto. Desconfiados, entraram no quarto -espremendo-se para ver quem passava primeiro pelo pequeno espaço da porta- e Taehyung atendeu sem pestanejar, deixando os outros boquiabertos -menos seus companheiros de grupo, que já haviam se acostumado com a estranheza do garoto-

— Alô?... A Annie?!

— Coloca no viva-voz! - Suga deu um tapa em seu braço, fazendo-o quase derrubar o celular.

V obedeceu o hyung e uma voz fria saia do celular, dando coordenadas não muito exatas de onde poderia estar quem procuravam, e antes que pudessem perguntar algo mais, a ligação caiu.


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Notas finais do capítulo

Ahahahahahaha
O que acharam?
Sugestões? Críticas? Alguma coisa? '-'
Até o próximo, pessoinhas ♥



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