“ Há alguns anos atrás, eu me perguntava se nós realmente poderíamos dar certo, mesmo eu sendo incrivelmente apaixonado por você, duvidava, que, um dia, você retribuiria este amor. Mas, hoje em dia, já não posso negar que fui um idiota por sequer duvidar de você.
Por isso, é com amor que lhe escrevo esta carta. Todavia, ainda a considero clichê, e resolvi citar todos os motivos pelos quais me apaixonei por você:
—Com você tudo parece mais divertido, e realmente é.
—Mesmo que eu quisesse um pouco de paz, não poderia ter, pois sua sublime presença já me causa emoções que nem mesmo uma montanha russa seria capaz de causar.
—Tua boca me hipnotiza, e teus olhos tem o poder de me fazer esquecer até do compromisso mais importante.
—Todos dizem que esse seu temperamento (muitas vezes esquentado) te tornam menos bela, mas, acredito que seja inveja desse teu brilho único.
—E, o que eu considero o mais importantes dos motivos, você me completa. Apenas por ser você, incrível e única.
Sei que não são muitos motivos, mas bastaram eles para eu me apaixonar... Seus motivos devem ser muito mais interessantes, mas, pensando em todos os obstáculos que tivemos, eu prefiro não saber.
Feliz aniversário, minha esposa amada.
Daquele que te ama, hoje e sempre, Usui...”
Misaki lia tudo emocionada, sentada em uma poltrona. Nunca pensou que amaria aquele alienígena pervertido como o amava agora.
— Estou de volta! – ouviu a voz de Usui, vinda da entrada, assim como os passos apressados da filha.
— Papai! – gritou Hana, ao descer as escadas, correndo como louca.
É, ela tinha uma família linda, um marido maravilhoso, e uma filha inteligente. Mas, naquela noite Usui estava merecendo um agrado, e, quem sabe a família não pudesse crescer mais um pouco?
Pegou a carta nas mãos, e a apoiou na mesinha ao lado da poltrona, escrevendo no verso, em letras bem feitas: “Casa na árvore, depois que Hana dormir”
É... Ela era feliz.