Animagus escrita por Maga Clari


Capítulo 1
Pequena apresentação




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A maravilhosa, linda, inteligente e exímia aluna de marotagem nível avançado tem o enorme prazer de apresentar quatro das maiores pestes que Hogwarts já conheceu.

Tudo bem, não é somente ela, eu só sou a primeira a falar. Dorcas deveria ser a primeira, mas ela sabe que somente eu tenho o dom da escrita, sabe como é. Por este motivo, resolvi apresentá-lo aos que um dia resolvi chamar de meus amigos.

Estamos todos prestes a segurar um diploma e jogar a beca para cima, você sabe. Aquele ritual quando se termina o último ano. E somente agora esses imbecis resolveram revelar um grande (do tamanho do Hagrid) segredo. Sim, meus caros amigos, eu fiquei realmente chocada. Não me refiro a segredinhos infantis, como o nome do meio, ou algo constrangedor sobre seu corpo. Mas pensando melhor, não é que foi isso mesmo?

— Lene, precisamos conversar — quem disse isso foi o Black. Sirius Black.

— Uou. Acho que as coisas resolveram se inverter hoje, não? — respondi.

— Lene, isso é importante — ele foi categórico. Atrevo-me a dizer que ele estava nervoso, o que é algo inédito. Bom, pelo menos para mim — Venha por aqui — Black puxou minha mão até o Salgueiro Lutador — Preciso lhe contar uma coisa.

— Conte logo! Odeio rodeios e você sabe! — cruzei os braços, aborrecida.

— Prongs, Wormtail e eu somos animagos! — ele disparou, de uma vez, com os olhos fechados. Então, após uma pausa dramática, levantou uma das pálpebras — Não está... brava?

— Brava, eu? Por que deveria? — meu tom era acidamente irônico.

— Porque nunca contamos? — ele tentou, um pouco inseguro.

— Olha só! Parece que você está começando a me entender.

— Lene, me perdoa. Eu nunca contei porque prometi aos garotos — ele confessou, mas, ao ver meus olhos apertados, apressou-se em completar: — Mas eu amo você, Marlene. Não poderia conviver com esse segredo.

— Ah, você acha?

— Lene, entenda. Imagina nós dois casados — nesse momento, havia um sorriso no canto de sua boca, seus olhos eram a marotagem pura — Cheio de pelos pela casa. Ou, ou, ou. Imagina nós dois na cama. Ia ser realmente constrangedor.

— Muito, não é?

— Marlene! — ele parecia uma criança com birra. Batia os pés no chão com força, aborrecido porque eu não conversava com ele direito — Pelo amor que Merlin comia Morgana você tem que me entender!

— Merlin era avô de Morgana, você prestou atenção na aula?

— Puta que pariu, Marlene!

— Só tem uma coisa que ainda não se encaixa.

— O que é?

— E o Lupin?

— Ah, o Lupin? — ele deu uma risadinha — Lobisomem. Esse é o motivo de tudo. Não queríamos que ele ficasse sozinho nas noites de lua cheia.

— Oh, que meigo!

— Você faria isso por suas amigas. Sei que faria.

— É, mas talvez eu lhe contasse, não é? Há quanto tempo?

— Conseguimos de verdade lá pelo quarto ou quinto ano.

— Maravilha.

— Lene? Marlene, volta aqui, não era isso que eu queria. Não era pra gente brigar. Marlene!

Mas eu já estava de volta ao castelo, sentindo-me traída, boba. Como eu nunca havia percebido? Deveria ter notado os indícios, as entrelinhas. A primeira coisa que fiz foi sair correndo atrás das meninas. Elas precisavam saber também.

Não me importava o mínimo com a reação dos meninos quando suas namoradas soubessem. Elas eram minhas amigas e deveriam tomar conhecimento deste segredo tamanho Hagrid.

Quando cheguei à Sala Comunal, tudo parecia o mesmo de sempre: Lily estudava sem prestar atenção em nada. Havia olheiras em seus olhos. Dorcas estava esparramada no chão, de barriga para baixo, desenhando num pergaminho velho. Emmeline fazia as unhas. Típico!

— Emergência — falei o nosso código de alerta. Todas olharam para mim imediatamente.

Então eu contei tudo.

As reações também foram esperadas: Emmeline revirou os olhos, como se não acreditasse no que havia escutado. Dorcas apertou a testa, pedindo para eu ser mais clara. Mas a reação que mais me surpreendeu foi a de Lily. Ela deu um gritinho agudo e saiu da sala. Mas não antes de dizer:

— Aquele mentiroso!

Não entendi de imediato. Depois, Lily me disse que já havia desconfiado e o Potter negou descaradamente. E ainda trouxe evidências da loucura de sua suposição.

Descobrimos, mais tarde, quem se transformava no quê. Pettigrew era um rato, Potter um veado e Black um cachorro. A princípio, rimos um bocado. Aquilo era mesmo engraçado, afinal, combinava mesmo com cada um deles.

Todos estão muito putos comigo por ter contado as meninas e convencido elas a me ajudarem a escrever essas coisas com tinta permanente. Bem, estamos escrevendo isso atrás do Mapa do Maroto, para lermos mais tarde, na cerimônia de formatura. Lily está tão brava, mas tão brava, que mesmo sendo a queridinha de Dumbledore e a oradora, prometeu ler em voz alta no momento certo.

Pois então, passarei a palavra para minha amiga Dorcas Meadowes falar sobre o sonso que é Remus Lupin.


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