Astronaut: ReFlying escrita por Kaline Bogard


Capítulo 4
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada: avisos de m-preg e deathfic adicionados. Por favor, leia os gêneros e avisos com atenção.

(EDIT: gente, é mentirinha, não mudei nenhum aviso, só fiz piada! Não me matem, poxa)

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Mais Avengers!

Boa leitura :D



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Astronaut: ReFlying

Kaline Bogard

Capítulo 04

 

O laboratório do colégio era similar a vários outros espalhados pela cidade. Não tinha nada demais em sua estrutura física ou em seus aparelhos. A grande diferença estava na pessoa que fazia parte do clube de ciências: Tony Stark.

Peter não sentia a menor vergonha de admitir que ficava meio fanboy diante do pensamento de fazer parte de alguma coisa com o rapaz. O sobrenome Stark associava-se a grandes sucessos da tecnologia. O próprio Tony já dava mostras de ser um gênio da engenharia, apesar da pouca idade.

Quando chegou a porta do laboratório, Peter sentia o coração disparado de ansiedade, mas a sensação agradável desapareceu assim que o celular vibrou no bolso da calça, alertando de um novo SMS.

No curto período de tempo que saíra do jornal, já recebera 45 pequenas mensagens de texto recheadas de emoticons, solicitação de amizade e alertas de new follow em 100% das suas redes sociais.

Wade Wilson era oficialmente um stalker.

Peter acabou ficando mais impressionado com a velocidade com que Wade o encontrara na Internet do que assustado com o assédio. Talvez ele se sentisse solitário na escola nova, e por isso a euforia com a amizade recém formada.

Não podia deixar de pensar no rosto marcado com chagas, na postura pouco receptiva, em toda a somatória da figura de Wade, além da fama de “problemático”, tudo isso contribuindo para dificultar que fizesse amigos.

Precisava ser tolerante com ele.

Ignorou a mensagem como fez com as anteriores e entrou no laboratório. Olhou ao redor sondando o lugar. O som de vozes chamou sua atenção para a terceira bancada, onde dois garotos estavam parados em frente a um tubo de ensaio. Reconheceu a ambos no mesmo instante.

— Claro, claro — Tony Stark ia dizendo com ironia e os braços cruzados — Continue falando e fazendo papel de bobo. Não está me entediando nem um pouco.

— Você pode levar isso mais a sério, Tony? — Bruce Banner devolveu em um tom complacente de quem já está acostumado a certas coisas.

— Eu estou levando a sério. Seriamente digo que não vamos fazer um projeto sério de esterco como a séria tarefa interdisciplinar.

— Mas eu te disse que tenho uma nova idéia para usar o Processo Birkeland–Eyde, a fixação do azoto pode ser manipulada com...

— Basta, Bruce. Não entendo esse seu fetiche por manipulação molecular. Vamos construir um vulcão. — decretou.

A esse ponto Banner ergueu a cabeça e olhou incrédulo para o amigo. Vulcões eram experimentos de nível do Ensino Fundamental. Antes que respondesse, Tony apresentou uma expressão ansiosa demais:

— Está ficando irritado?

— Não, Tony. Não estou — girou os olhos com enfado, para a decepção do outro.

Dando-se conta de que sua presença ainda não fora notada, Peter limpou a garganta, anunciando-se.

— Com licença... — acabou soando mais tímido do que gostaria. Afinal, falava com Tony Stark — Vim trazer minha inscrição para o clube de ciências.

Ambos os alunos do terceiro ano sorriram.

— Excelente! — Tony adiantou-se para recolher o papel de inscrição e leu rapidamente as informações — Peter Parker.

— Seja bem vindo — Bruce cumprimentou.

— Obrigado.

— Esse ano recebemos poucas inscrições. E a maioria dos novatos não passou no teste. Espero que você tenha mais sorte.

A frase pegou Peter de surpresa. Não esperava que houvesse algum tipo de teste ou prova para entrar no clube. Pelas regras da escola todos podiam se inscrever. Seria alguma forma de trote?

— O que eu tenho que fazer? — olhou ao redor se indagando se precisaria provar seus conhecimentos em ciências ou algo do tipo. Duvidava que envolvesse atividades físicas.

— Você saberá na hora certa, faminto e impaciente gafanhoto. O que acha da ideia de fazer esterco e apresentar como trabalho interdisciplinar?

— Parece... — Peter começou a falar enquanto ajeitava os óculos sobre o nariz. Mas Tony não deixou que completasse.

— Ridículo, não? Não vejo vantagem em fazer plantas crescerem mais rápido, já temos adubo demais por aí. E a moda é comida orgânica.

— Fertilizante, Tony. O termo é “fertilizante”. E a vantagem é acabar com a fome no mundo! — Bruce respondeu com paixão, antes de virar-se para Peter — Não é um objetivo maravilhoso?

— Eu...

— Claro, madre Teresa. É um objetivo lindo, mas não está entre as prioridades do dia. E pare de perguntar para o garoto, está deixando o pobrezinho sem jeito. É óbvio que ele concorda comigo, só não quer ferir seus sentimentos.

— Anthony.

— Enfim, é... Parker? — tentou lembrar-se do sobrenome do candidato ao clube, assim que Peter confirmou com um aceno de cabeça, continuou falando: — Hoje depois da aula nós vamos para a casa do Clint. Clint Barton. Seria legal aparecer por lá.

— Posso me encontrar com você na rua Três, por volta de quatro e meia — Bruce se ofereceu.

— Claro — Peter apressou-se em concordar — Obrigado.

— Perfeito — Tony falou em tom de fim de papo e Peter pegou a deixa. Provavelmente fariam o tal teste nessa ocasião.

O último compromisso do dia era com o clube de idiomas. Peter, como o bom nerd que era, gostava de aprender todo o tipo de coisas novas, inclusive formas de comunicação.

No caminho teve apenas que ignorar as mais de 100 notificações do Facebook de comentários deixados por Wade e 125 menções no Twitter. Desistiu de olhar as outras redes sociais, uma única certeza se formando cada vez mais: a problemática de Wade era a chatice!!

Passava pouco das quatro horas quando se pôs a caminho da rua três para encontrar-se com Bruce Banner. Começava a ficar ansioso com o tipo de teste que lhe fariam e se conseguiria vencer o desafio. Mentalmente resgatou conhecimentos aleatórios, pro caso de rolar algum tipo de quiz ou algo similar. Talvez uma análise de currículo, com tudo o que fizera durante os anos do Fundamental...?

Apesar de imerso em pensamentos, seu excelente sexto sentido lhe deu a impressão de estar sendo seguido. Acabou parando na calçada, olhou ao redor e não reconheceu nenhum dos transeuntes. Virou-se para trás e nada, a não ser uma figura suspeita que tentava esconder-se atrás de um poste alguns metros de distância. Contudo o moletom e o capuz encobrindo a face eram inconfundíveis.

Peter passou a mão pelo rosto e suspirou.

— Wade...

Sabendo-se descoberto, o outro acenou feliz.

— Baby boy — saiu detrás do poste e veio caminhando até Peter — Que coincidência...

— Coincidência? Você estava me seguindo!

— Aprendi com o melhor — Wade devolveu com simplicidade.

A essa provocação Peter não pôde rebater. A situação de mais cedo se repetia, mas dessa vez ele era a vítima.

— Sinto muito por ter seguido você na escola. Eu...

Antes que terminasse a frase Wade passou um braço pelos ombros do outro garoto e o puxou para um meio abraço.

— Não tem problema, Petey. Tá de boa, relaxa. Só quis ter certeza da sua segurança — enquanto falava, usou a mão livre para bagunçar-lhe os cabelos castanhos — Ruas perigosas hoje em dia.

— Não precisa se preocupar — Peter forcejou para escapar daquele agarrão, a alça da mochila escorregou pelo ombro e quase foi ao chão — Eu sei me cuidar muito bem! Wade, você precisa parar de me mandar tantas mensagens. E nada de me seguir. Vamos ser amigos, mas respeitando o espaço pessoal um do outro, entendeu?

— Claro, baby boy. Meu espaço pessoal é desse tamanho — e colou o dedo indicador no polegar, antes de exibir para Peter, junto com um sorriso vitorioso — Pode-se dizer que é nulo.

Peter apenas girou os olhos e ajeitou a mochila nas costas.

— Me dá um tempo, cara. — disse como despedida e virou as costas para ir embora.

— Se cuida, Petey! — a voz alta de Wade chegou aos ouvidos de Parker.

— É Peter! — soou bem irritado. Então deu uma olhadinha por cima do ombro e verificou que o outro estava parado no lugar, apenas observando enquanto partia. Pelo visto acatara seu pedido.

Problema resolvido.


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Notas finais do capítulo

Sobre os avisos de m-preg e Deathfic: #EuMenti

Hhasuahshsuhsuas você foi lá conferir o índice da história? Conta aí... eu acho que foi! xDD

Importante:
Acabei a fic. Geeeeente, demorei mais de quatro anos pra retomar esse universo e a porra toda fica pronta em duas semanas. O baguio é loco. Total: 30 capítulos. E to pensando em 03 extras, mas ainda não decidi. Tudo depende da aceitação da história :D Se o pessoal curtir eu escrevo os extras.

Por fim, esse final de semana vou pra Sampa, pro evento Anime Friends. Quem estiver por lá, a agenda é essa:
16/07 (Sábado) - Liberdade, no Tanabata Matsuri
17/07 (Domingo) - Anime Friends :D

Quem sabe a gente não troca um abraço?

Boa semana!!