Astronaut: ReFlying escrita por Kaline Bogard


Capítulo 33
Extra (Oficial) - 01


Notas iniciais do capítulo

Complete a frase corretamente e ganhe um prêmio:

Quem é vivo sempre...

Boa leitura!! 8D

Importante: essa cena é o corte da festa. O que aconteceu entre o Petey dormir enquanto conversava com os amigos e ele acordar no dia seguinte nos braços do Wade. Se não me engano coloquei algo com CE01 no lugar em que se encaixa lá no capítulo... vish não lembro o número xD



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Extra (Oficial) - 01

Kaline Bogard

 

Ei — Tony tomou a palavra — Lembram da festa em que o Barton misturou licor de morango com as outras bebidas e quase matou todo mundo com a ressaca?

 Loki ficou mais atento aquele ponto. Já ouvira menções uma ou duas vezes ao que acontecera, mas não conhecia a história completa.

 Desembucha, Stark. Essa eu quero saber.

 E a ordem de Loki Laufeyson foi a última coisa que Peter Parker ouviu antes de adormecer nos braços de Wade.

 E é aqui — Wade Wilson disse para ninguém em específico — Que você, leitor sem vida social dessa história frustrante, decide o rumo do próximo capitulo. Opções: a) Sexo Spideypool, b) Sexo Wade x Peter, c) Menage Wade x Peter x Wade, d) Dicas da autora para perder peso ou e) todas as alternativas anteriores. Votem através de reviews. Recomendações valem o dobro.

 Os outros Avengers acharam por bem ignorá-lo.

 

—--

— Por que os novatos sempre apagam antes? — Tony levou a mão ao queixo e fingiu estar refletindo — Lembram do Loki? Foi o primeiro que dormiu.

— Nos meus braços — Thor gracejou naquela voz de trovão, ganhando um dolorido soquinho de Loki no ombro — Olha como terminamos, meu irmãozinho e eu.

— Eternos apaixonados — Tarika riu, bêbada, deitada no colo da namorada — Estilo Comeu Emilieta. Não... Émeu e... carai... aquela tragédia lá. Do Xisqueper.

— Romeu e Julieta — Niat ajudou, antes de girar os olhos — Do Shakespeare.

— Owwwn já disse que te amo? — Tarika riu — Essa garota sabe de tudo.

— Céus. É por isso que eu nunca vou me apaixonar — Tony fez um som estranho com a garganta, demonstrando todo o seu desprezo — Amor deixa as pessoas numa condição ridícula. Vou dedicar minha vida à ciência e ao meu querido amigo Bruce Robert Banner. Você sempre será meu braço direto, jovem segundo mais inteligente do colégio.

— Capaz! Pretendo me casar e ter muitos filhos — Bruce afirmou mais do que depressa.

— Mas... mas... você não pode engravidar! Quer que adotemos algumas crianças ou vamos chamar os cães de filhos?

— Não vou casar com você, Tony!

— Existe ingratidão nessa vida. E ela se chama Bruce Banner — Tony exagerou no drama e acabou fazendo os outros rirem.

— Sem querer acabar com o showzinho — Loki se meteu na conversa — Mais alguém estranhou o silêncio do Wilson ou sou só eu?

A frase fez todos virarem os olhos na direção de Wade, flagrando o rapaz abraçado com força a Peter e ninando o garoto adormecido como se ele fosse um bichinho de pelúcia tamanho família. Era estranhamente fofo...

— Está tudo bem aí, Zé Lelé? — Tony perguntou por via das dúvidas.

— Todos vivos — Wade respondeu felizinho.

— Menino Parker apagou mesmo — Tarika enrolou um pouco as palavras — A gente podia passar batom no pirralho.

— Ninguém vai passar batom no meu filhote — Tony decretou.

— Pasta de dente? — Loki palpitou — Devíamos lambuzar a cara dele.

— Maquiagem completa! — Tarika insistiu.

— Esmalte? — Thor mostrou sua completa falta de noção no assunto.

— Não podemos passar esmalte no rosto do Peter — Banner explicou cheio de paciência. Desde o ano passado era difícil tirá-lo realmente do sério.

— Então algo comestível — Tarika não sabia a hora de parar — Tipo molho de tomate.

— Tipo minha porra — Wade insinuou com um sorriso cheio de dentes Consigo um monte rapidinho.

Fez-se silêncio por quinze longos segundos, até o estupor os deixasse ter alguma reação.

— Eca, isso foi horrível — Tony recriminou. E os outros adolescentes concordaram. Só mesmo Wade Wilson pra sugerir algo desse tipo — Melhor arrumar um lugar seguro pra colocar o Peter antes que...

Por algum motivo logo explicado, o assunto da discussão resolveu acordar naquele segundo, arregalando os olhos um tanto alheio de onde estava.

— Preciso... ir ao banheiro! — Peter exclamou, antes de ficar em pé meio cambaleante.

— A gente ajuda o baby boy — Wade tratou de imitá-lo, taxativo e sem dar brecha pra alguém recusar sua decisão.

— Isso é uma boa ideia? — Natasha expressou a dúvida vendo os dois se afastarem para dentro da casa.

— Não se preocupe — foi Niat quem respondeu — Esquizofrenia e burrice são duas coisas bem diferentes — afirmou misteriosa.

De alguma forma, os outros souberam o que ela queria dizer, cada um a sua maneira perspicaz. Wade Wilson podia ser muitas coisas, inclusive louco. Mas mesmo naquele jeito imprevisível e surpreendente de ser havia... algo. Wade sabia bem o terreno em que pisava. Ele avaliava e reagia à altura. De um modo insano ou genial, vai saber. E isso, pensava principalmente Tony Stark, era com certeza um dos fatores que chamara a atenção da S.H.I.E.L.D..

Entrementes, Peter seguiu como se um vento o ajudasse a caminhar, hora pendendo para a direita, hora pendendo pra esquerda. Estava meio lento para desviar das pessoas que ainda estavam na sala, conversando com animação e isso obrigava os outros a abrirem passagem.

Wade apenas seguia, como um cachorrinho cuidando do dono, ainda que esse mesmo dono parecesse não notá-lo, com aquele olhar perdido de bêbado.

O andar vacilante de Peter durou apenas mais alguns passos, momento em que até mesmo o olhar abobalhado mudou por completo. Ele viu algo do outro lado da sala que despertou totalmente seu interesse, mudando a direção como se tivesse turbinas nos pés.

— Ei, baby boy...? — Wade não entendeu nada, apenas seguindo a nova trajetória.

Peter caminhou rápido até parar em frente a um adolescente solitário recostado na parede e saboreando um copo da mistura alcoólica que Clint distribuía por aí. Ele ficou surpreso por Peter parar tão abrupto em sua frente.

— V-você! — Peter tentou falar, quase irradiando de alegria.

Wade olhou pro desconhecido, tentando lembrar se era alguém famoso. Mas o cabelo liso escuro um tanto longo e rosto redondo com algumas espinhas não lhe eram familiar de maneira alguma. Era um terceiroanista que fazia algumas aulas consigo.

— Quem é você? — Wade perguntou um tanto rude.

Antes que ele respondesse, Peter o fez, no auge da empolgação.

— Doutor Sheldon Cooper! Você é real!!

Tanto Wade quanto o outro quase caíram para trás. De onde Peter tirara aquela? O rapaz abordado não podia ser mais diferente do que o personagem fictício. Mas a bebida parecia ter colocado um véu sobre os olhos de Peter Parker, pois ele continuou falando com empolgação, num tom meio enrolado de embriagues:

— Sou seu fã numero um! A Teoria das Cordas me fez ver o mundo totalmente diferente... é... nada menos que incrível! Quando eu tirei as partículas pontuais do meu experimento da sexta série... adivinha só?! — ele perguntou e nem esperou a resposta antes de emendar empolgado — Consegui justificar a quarta dimensão como elemento base! Quarks! Quarks!! Acredita? Era tão óbvio — e ele riu.

O pobre garoto fez uma careta que deixava clara a sua total confusão. Desviou os olhos para Wade, em busca de ajuda, mas o outro apenas deu de ombros.

— O modelo padrão com léptons é muito básico. Mas ainda não pude aplicar de acordo com as supercordas. Você sabe... férmions são todo um mundo novo a respeito de discorrer os universos. Já pensou nisso? A dimensão recurvada que incide na carga elétrica levando em consideração a massa e a até então indivisibilidade do elétron? Brilhante não? E aí? A teoria de Kaluza e Klein! Muito obrigado por isso, doutor Cooper. Você mudou minha vida! Eu sempre soube que o senhor é real.

E o garoto não podia parecer mais emocionado com o encontro. Até estendeu a mão, para cumprimentar o outro, porém o gesto foi ignorado.

— Meu nome não é Cooper. Meu nome é Barnes, maluco.

E o rapaz saiu dali, deixando Peter com a mão erguida. Fato que não desanimou o garoto em nada.

— Ele tem uns problemas de interação social sabe? — Peter justificou o comportamento do outro naquele tom pastoso de quem está muito bêbado — Mas é um dos cientistas mais brilhantes que você respeita.

— Claro, baby boy. Vamos diminuir a dose da birita na próxima fez, okay? — Wade deu tapinhas carinhosos nos cabelos castanhos como forma de consolo.

Peter sorriu meio bobo e fez menção de seguir o suposto Dr. Sheldon Cooper muito provavelmente para continuar a conversa, contudo Wade o segurou pelas costas da blusa e o impediu.

— Banheiro, Petey. Minha missão imediata é levá-lo em segurança antes que molhe as calças.

A frase quebrou o encanto em que Peter estava preso, fazendo-o arregalar os olhos.

— Banheiro... — ele resmungou — Depois me ajuda a achar o Dr. Cooper de novo? Tenho um monte de teoria pra falar com ele.

Wade deu uma risadinha. A última que o tal Barnes ia desejar era um pivete embriagado destilando teorias de pura física em seus calcanhares. Mas aqueles olhos grandes e brilhantes derreteram seu coração. E, obviamente, Peter podia falar horas de teoria com Wade que, mesmo não entendendo, adoraria ouvir cada palavra que viesse com aquela incontrolável empolgação.

— Claro, baby boy. A gente faz tudo o que você quiser — garantiu, fazendo Peter sorrir — Prioridades, okay? Banheiro.

Peter Parker balançou a cabeça e virou-se para sair dali. Mas estava tão bêbado que quase caiu. Wade e seus reflexos invejáveis evitaram o pior! Não imaginava que ele estivesse assim ruim. O que era bobeira de sua parte, afinal, ele acabara de debater com Sheldon Cooper.

— Vamos lá, baby boy. Um passo de cada vez.

Com paciência o ajudou, sem sequer desconfiar de que a embriagues de Peter Parker ia render mais cenas engraçadas até o final da noite.

Engraçadas e nerds.


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Notas finais do capítulo

Continua na parte 02.

Vejo vocês um dia... ou uma semana... ou um mês... ou um ano.

Zoeira. A gente se fala no próximo século!

HASHAUSHAUSHUASHUASHUAHSUAHSUA

'-'