Nove Meses escrita por Miriã Melo Lima


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Olá serumaninhos, bem vindos!

Comentem, favoritem e acompanhem ☺

Capitulo revisado e editado 13/06/2017



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Um mês o tempo voa… Eu já sou… e você nem descobriu…”

Eu me sentia diferente. Dizem que as mulheres têm sexto sentido, talvez fosse por isso que eu estivesse com essa sensação esquisita, a pelo menos duas semanas, de que algo diferente estava acontecendo comigo… Quando você é uma adolescente de dezessete anos, e sua maior preocupação no momento é com seu futuro, você simplesmente ignora alguns sinais interessantes que seu corpo lhe envia, sempre que algo fora do habitual acontece.

Duas semanas, seria tempo o suficiente para fazer com que eu me interessasse por aquela sensação constante, entretanto, com as horas de estudos multiplicadas e toda tensão de estar no sétimo ano em Hogwarts, simplesmente me fizeram ignorar aquilo. Era bobagem, coisa da minha cabeça.

***

Era tudo muito estranho, de repente, eu me via nauseada com o perfume que Dominique costumava usar desde sempre, ou então, não conseguia sentir o cheiro de frango assado que todo o Salão Principal emanava na hora do jantar, e aquela vontade incontrolável de comer pastéis.

E toda vez que eu acabava de devorar uns três, às vezes cinco, tinha que sair correndo para o primeiro banheiro que encontrasse pela frente, colocando toda minha refeição pela privada.

Tinha algo errado… Eu sabia, todo meu corpo estava me avisando aquilo, no entanto, preferia ignorar, uma hora ou outra aquilo ia passar.

Não passou… E agora, não era apenas eu que estava reparando naquela situação inusitada, Dominique e Lily estavam em constante alerta, cada vez que eu resolvia comer algo diferente e colocar todo o conteúdo para fora, meia hora depois.

Os enjoos pela manhã eram os piores, o café me fazia mal, o pão revirava minhas estranhas… O bendito perfume amadeirado de Alvo, e até o cheiro da espuma mentolada de barbear de Scorpius.

Já havia virado rotina, naquelas últimas três semanas, eu saí correndo pelos corredores de Hogwarts, em busca de um banheiro, onde eu colocava todo o conteúdo consumido para fora, sem pestanejar.

Foi em uma segunda de manhã, quando já iam completar quatro semanas daquela tortura, que Dominique e Lily entraram pelo dormitório com um potinho de poção.

Não precisava ser muito inteligente para saber do que se tratava, no entanto, era preciso muita coragem para fazê-lo; quando praticamente já se tinha certeza do resultado.

— Não custa nada tentar, não é? – Dominique sorriu, confiante.

— Só para tirarmos completamente a dúvida, e você poder ir à Madame Charlie, para ela lhe examinar e passar uma poção que cure, seja lá o que você tenha. – ela sorriu e eu assenti.

Aquela era a forma da minha prima dizer, que talvez, houvesse uma pequena chance das coisas não serem o que pareciam.

E eu torci com todas as minhas forças para que realmente não fossem.

São dois e chega perto… Mais eu ainda sou, pequeno demais, viu?”

Aquele era o terceiro teste que eu fazia, nas últimas duas horas. Primeiro havia feito com uma poção, depois, consegui testes trouxas de farmácias – testes rápidos – que identificavam o hormônio que uma gravidez, mesmo que no começo, produzia no corpo de uma mulher – e mesmo não sendo 100% confiável, lá estava eu, com o terceiro teste em minhas mãos, e todos com o mesmo e único resultado: positivo.

Duas tirinhas rosas fortes e bem visíveis em todos eles, e a única coisa que eu conseguia fazer era olhar para eles, inexpressiva e pálida.

Aquilo não podia ser verdade, não deveria ser verdade! Não, eu era Rose Granger Weasley, filha preferida de Ronald Weasley, conhecida como uma segunda Hermione, vivia enfiada dentro da biblioteca, lendo, estudando e me preparando para o futuro.

Nerd, como noventa por cento dos meus primos e amigos gostavam de dizer, simplesmente, a garota com o futuro brilhante, segundo todos os meus professores.

Como, sendo assim, tão inteligente e sensata, fui cometer a mais clássica das burradas?

Eu não era descolada, não fazia parte da prole popular do castelo, não saía transando com qualquer um, não saía nem beijando qualquer um, dificilmente ia as festas e mais dificilmente ainda, me permitia ser descuidada a esse ponto.

Como foi que aquilo havia acontecido? Ok, tudo bem, eu sabia como havia acontecido, aquela maldita noite ainda me perturbava até hoje, e parece que vai continuar me perturbando por muito tempo.

Não, eu definitivamente não estava conseguindo raciocinar direito, as coisas simplesmente não faziam sentindo nenhum em minha cabeça, todo meu esforço, dedicação e empenho, no lixo! Não haveria mais futuro brilhante, nem viagens incríveis, nem muito menos orgulho naquilo.

Que merda eu havia feito?

“Não, Merlin, não, por favor, não!”, me exaltei, jogando os testes pelo quarto, incrédula demais para acreditar naquilo, não era verdade, era uma pegadinha… Não podia ser verdade, não ia ser verdade.

— Rose, calma! – Lily suspirou, me amparando com os braços pequenos, enquanto meu coração batia acelerado no meu peito.

— Preciso de outro teste… Esses estão com defeito, preciso de outro, Lily, por favor, preciso de outro! – supliquei, em choque, enquanto minhas primas me olhavam em um misto de tristeza e desespero.

— Rose, não vai adiantar…

— Domi… – Lily cortou, rapidamente. – Arranja outro, por favor, vai logo, eu cuido dela.

E Dominique foi, silenciosa, mesmo sabendo que outro teste não mudaria o fato comprovado que todas nós já sabíamos.


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Notas finais do capítulo

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