Twenty One escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 3
Work Song


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas, estão com saudades?
Estou com plano de atualizar a fic todo dia 21, mas eu enrolei e só terminei o capítulo hoje, #sorry!
Espero que gostem e sugiro que escutem as músicas enquanto lerem.
Obrigada Daphne Di Angelo, Princess of the Darkness, Ariane3336, Lare, Garota Diferente e Cel di Angelo pelos comentários!
Boa leitura!


Playlist:
Work Song — Hozier
Scar Tissue — Red Hot Chili Peppers
Under The Bridge — Red Hot Chili Peppers
Ideologia — Cazuza
Breaking The Girl — Red Hot Chili Peppers
Welcome To The Jungle — Guns N'Roses
Back in Black — AC/DC



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A noite, o cemitério fica cheio de pequenas velas acesas, como se os mortos estivessem dando um baile infantil. E, um baile infantil, pois os mortos são inocentes como as crianças. Por mais cruel que tenha sido a vida, no cemitério existe sempre a mesma serenidade. 

(KUNDERA, Milan. A Insustentável Leveza do Ser)

 

Thalia deixou que ele lhe tomasse a mão direita nas suas e descansou a esquerda nos ombros magros do rapaz, enquanto ele lhe abraçava a cintura delgada com o braço esquerdo, depositando a palma da mão nas costas da morena, aproximando-a suavemente até que os corpos se encontrassem, o calor que emanava dele, me maneira quase febril, a aquecendo de maneira aconchegante.

Thalia estava com medo de cair e tensa, mas fechou os olhos e deixou-se envolver por Work Song, aspirando o perfume dele quando encaixou a cabeça na curva de seu pescoço. Ele deslizou as mãos para o meio das costas dela, subindo e descendo em uma carícia, aproximando da bunda dela.

— Desça mais um pouco e você vai parar dentro da terra em segundos. — Ameaçou, recebendo um riso rouco como resposta e um beijo no pescoço. Seu corpo reagiu se arrepiando, fazendo com que ele risse e repetisse o gesto, antes de mordiscar na área sensível. — É melhor você parar.

Ela sussurrou e percebeu que os pelos da nunca dele se eriçaram com o gesto dela. Pelo jeito, o Di Angelo também podia ser afetado.

— Ou o que? — Ele perguntou, a apertando contra si. Thalia moveu a cabeça e mordeu o lóbulo da orelha dele, antes de deslizar os lábios até o pescoço e dar uma mordida ali. — Isso era pra ser um argumento? — O timbre soou rouco, envolvido pelo momento.

— Não podemos só dançar? — Ele voltou ao silêncio por alguns segundos diante da pergunta dela, refletindo. — Isto é poético. — Sussurrou, por fim. — Estamos dançando sobre a morte.

— Estamos dançando em um cemitério, isso é falta de respeito. — Thalia retrucou, apesar de se sentir como em um filme francês que lhe parecia estranho, mas atraente.

— Tem medo de assombração? — Ela não respondeu, apesar de não ser isso que lhe afetava. — Acredito que os mortos regojizam-se com romances. — Ele continuou, ainda sussurrando-lhe no ouvido.

— Mais provável que fiquem com inveja.

— Só aqueles que não viveram o suficiente.

Thalia ouvi somente a respiração dele algumas vezes, em compasso a música, até ele cantar melodiosamente um trecho do refrão no ouvido dela.

— When, my, time comes around, lay me gently in the cold dark earth, no grave can hold my body down, I'll crawl home to her… — Quando chegar a hora, deite-me gentilmente na terra fria e escura, nenhum túmulo pode segurar meu corpo no chão, eu rastejarei até a casa dela.” Ótima música para se dançar em um cemitério, não acha?

Thalia o xingou mentalmente: até o timbre do rapaz fazia seu corpo lhe trair, estremecendo e arrepiando, quase como num feitiço.

— Se você morresse hoje, em qual grupo estaria? — Thalia teve vontade de protestar quando ele deixou de cantar e fazer a pergunta, mas conteve-se, pensando no assunto antes de responder.

— No grupo que acredita que descanse em paz não inclui uma boate com músicas da Katy Perry de madrugada.

Ele a afastou suavemente com a mão para que ela desse um giro, e Thalia teve um vislumbre de sua expressão curiosa. Ao término do rodopio ele a puxou mais para si, os lábios bem próximos da sua orelha.

— Deixe que eu te mostre como o primeiro grupo é bem melhor. — Di Angelo sussurrou em seu ouvido, fazendo com que mais um arrepio lhe passasse pelo corpo. — Deixa que eu te ensine como é bem melhor viver do que encoleirar-se na morte.

— E qual o preço para isso? — Ela sussurrou, nervosa.

— Despir-se. — Ele novamente a fez girar, antes de voltar a posição inicial, abraçando-a. — Dispa-se dos medos, dispa-se dos pudores, dos ideais alheios, da culpa, do que acha ser errado, dispa-se dos pecados. Dispa-se de toda a hipocrisia. — Ela sentiu a garganta apertar, o corpo arrepiando-se ainda mais, e o motivo não era o ar gelado da noite. — E por fim... — ele parou, afastando-se suavemente para encará-la nos olhos. — Dispa-se das tuas vestes.

Thalia se viu hipnotizada, o corpo ainda colado ao dele, seus olhos acariciando-se, preto contra azul, uma força os atraindo. Thalia o viu aproximando o rosto, sentiu o aroma da loção pós-barba, do hálito com cheiro de avelã, o viu inclinar levemente a cabeça, os lábios prestes a se tocarem.

— Ghost! — Thalia ouviu um grito masculino e se afastou do Di Angelo, ciente que o clima havia se despedaçado. O garoto xingou, afastando-se dela e indo em direção ao dono da voz.

— Qual é, Perseu?! — Di Angelo reclamou, enquanto apertava a mão do garoto que havia lhe chamado e o puxava pra um meio abraço estranho masculino.

— Sinto muito por interrompê–los!

O recém-chegado se desculpou e Thalia o observou, notando o porte saudável, a maneira como os cabelos negros estavam jogados em várias direções que o deixava belamente descontraído, principalmente ao se combinar com o sorriso malicioso destacado pela barba rala.

— Não sente nada, seu filho da mãe! — Di Angelo exclamou, sorrindo. — Você adora fazer isso!

— O que posso dizer se adoro salvar belas donzelas de seus truques? — Deu de ombros. — Ah, acabei de conhecer seu mais novo favorito, que aliás estava jogado sozinho. — O garoto apontou para trás de si e Thalia viu Will parado há alguns metros, as mãos no bolso da calça jeans, parecia se divertir ao ver a discussão. — Por que não me apresenta a moça que acabei de salvar?

— Não preciso que ninguém me apresente. — A garota em questão deu um passo a frente, sorrindo e estendendo a mão para um aperto. — Sou Thalia. — O garoto sorriu e tocou-lhe a mão suavemente, levando-a até os lábios e depositando um beijo.

— É um prazer conhecê–la, senhorita. — Ele sorriu e Thalia pode ver que seus olhos eram de um verde interessante. — Eu, por outro lado, gosto dos bons costumes. Di Angelo, seja o cavalheiro que finja ser.

— Que seja. — O Di Angelo revirou os olhos e gesticulou pro garoto. — Lady Thalia, permita-me apresentar-lhe meu tediosamente hétero primo, Perseu Jackson. A vergonha da família devasta.

— Eu não sou a ovelha negra, caríssimo primo. — Perseu retrucou, mantendo os olhos em Thalia. — Aliás, pode me chamar de Percy. Só essa alma penada me chama de Perseu.

— O prazer em te conhecer é meu, Percy. — Thalia sorriu, apreciando as formalidades.

— Tenho certeza que vocês adorariam se conhecerintimamente agora, — O Di Angelo interveio em um tom entediado. — a ponto de você descobrir a marca de nascença que meu amável primo possui na nádega esquerda, mas possuímos um compromisso. Tenho certeza que usufrutuaríamosmuito de sua companhia, senhorita.

— Você vai, Will? — Ela perguntou, ciente que era uma péssima ideia entrar em um carro preto no cemitério com desconhecidos.

— Claro, — Will deu de ombros, se aproximando. — Nico é um maldito egocêntrico, mas é uma boa pessoa.

Thalia franziu a testa, primeiro por perceber ser a primeira vez que ouvia o nome de batismo do Di Angelo: Nico; Em segundo, pela maneira que Will o descreveu, com certa intimidade. Eles se conheciam fora do café?

— Lamento, Will. — Percy interveio. — Mas temo que a mentira tirou toda a sua credibilidade. Ghost jamais poderia ser descrito como uma boa pessoa. É mais para uma péssima influência com bom gosto musical.
— Tem razão, Percy. —Will concordou, rindo.

— Aprecio os elogios, — Di Angelo, ou melhor, Nico, interferiu com um sorriso zombeteiro. — mas estão tentando a senhorita nos abandonar e isso me entristece. Creio que o senhor Solace queira gozar da liberdade em nossa companhia e ficaria imensamente feliz em provar que meu primo tem a mais perfeita das razões: Eu sou uma péssima companhia.

Luke a mataria por isso, pensou Thalia, mas ela sempre se divertia com o que o amigo discordava, por isso, acreditou que desta vez não seria exceção.

— Para onde vamos? — Thalia perguntou.

(...)

Thalia e encontrava no banco traseiro da BMW ao lado de Will, observando pela janela aberta, as árvores em volta do cemitério passarem, a brisa noturna fazendo seu cabelo balançar e seus pensamentos voarem, embalados interpretando Scar Tissue.

Nico estacionou o carro quando o último acorde da música finalizou. Thalia o seguiu para fora do carro junto aos demais, percebendo que se encontrava no meio de uma ponte larga, sobre um riacho que cortava o bosque atrás do cemitério. Ela observou as águas escuras correram abaixo, a maneira como reproduziam a lua cheia com perfeição.

— Linda, não é mesmo? —Nico falou ao seu lado, como se adivinhasse seus pensamentos. — Combina tão bem com o silêncio.

Thalia pensou em retrucar que o silêncio não incluía as músicas mais populares de Red Hot Chili Peppers, mas se viu somente sorrindo e concordando. O Di Angelo lhe estendeu uma garrafa transparente com um líquido azul e Thalia a pegou, solvendo um gole. Tinha um gosto suave, gelado e doce, ela sequer sentia algum vestígio de álcool, completamente diferente da vodka barata que era acostumada. Nico se afastou, indo em direção aos amigos e pegando outra garrafa com líquido colorido — rosa, desta vez —, entornando a bebida sem pensar suas vezes, dançando suavemente ao som de Under The Bridge.

— Existem três coisas que fazem a vida valer a pena… — Falou suavemente, como que para o céu. — Bebidas, sexo e música.

Uma versão mais específica de Drogas, Sexo e Rock Roll, Thalia pensou. Nico di Angelo parecia um daqueles garotos mimados que queria dar uma de bad boy. Algumas pessoas discordavam, principalmente quando sabiam o que o levara a ser quem era. Infelizmente, muitas dessas pessoas se afastavam de propósito ao saber o motivo.

Percy estendeu a garrafa para o céu, como um brinde em honra as palavras do primo, os olhos verdes perscrutando enquanto o Di Angelo subia no parapeito da ponte, equilibrando-se em pé ali. Thalia franziu a testa: Aquilo era uma péssima ideia.

— Duas mentiras e uma verdade! — O Di Angelo gritou, os braços estendidos enquanto caminhava sobre a proteção da ponte. — Percy começa.

O rapaz deu de ombro, sentando-se sobre o capô do carro. Thalia quase infartou: Quem sentava no capô de uma BMW?! Mas o dono do carro pareceu se importar mais com o desanimo do amigo do que possíveis danos ao automóvel.

— Eu falo então. — Nico resmungou, sentando-se no parapeito, as pernas balançando enquanto entornava mais uma vez o líquido. — Thalia e Will tem que descobrir o que é verdade e o que é mentira. Simples assim.

A garota revirou os olhos: ela sabia como funcionava o jogo. Mas assentiu ainda assim, observando Nico franzir o cenho pensativo.

— Um: — Começou, encarando Percy. — meu caro primo Perseu perdeu a virgindade aos vinte e um anos, dois meses e um dia.

Thalia observou a reação de Percy, que apenas sorriu. Vinte e um anos, dois meses e um dia era bem específico, Thalia pensou, mas Percy era bonito demais para ter permanecido intocado por tanto tempo. Ela duvidava da veracidade disso.

— Dois: Percy já beijou um garoto. — Bom, Nico havia o chamado de tediosamente hétero e garotos não eram acostumados a beijar os amigos para saber como era, certo? O Di Angelo sorria encarando Thalia e Will, mantendo um silêncio misterioso. — E três: Ele teve o coração partido e nunca mais acreditou no amor. Qual é a verdade, Thalia?

Ela apertou os olhos, processando as informações. A última informação era tão clichê, mas Percy parecia o tipo de garoto que quando encontrava uma garota que realmente gostasse, entregaria seu coração e sua alma sem pensar duas vezes, mergulharia de cabeça e isso frequentemente levava a desilusões. A morena observou Perseu bebendo deitado sobre o capô da BMW, alheio as informações da sua vida passada para estranhos.

— Coração partido. — Chutou e Nico deu um sorriso de lado.

—Solace? Diga suas apostas.

Will sorriu, encostando-se na grande perto do Di Angelo, os olhos azuis fixos em Percy.

— Eu diria que todas são mentiras.

— Você não conhece o jogo? — Nico retrucou, sorridente.

— E você não quebra regras? — Will revidou, flertando ao mesmo tempo, olhando diretamente para Nico.

— Perseu? — O Di Angelo chamou, sem tirar os olhos do Solace.

— Duas mentiras e uma verdade. — Percy murmurou, defendendo o primo que ergueu a sobrancelha.

— Eu diria então a segunda, aposto como foram os seus lábios que ele tocou.

— Sortudo seria ele, não? — Nico piscou, sem confirmar ou negar. — Senhor Solace? Poderia dizer suas mentiras e a verdade?

— Seria uma honra. — Will falou, fitando o Di Angelo e Thalia percebeu que provavelmente sobraria ali.

Bom, ela estava invadindo o encontro alheio, não? Ela foi para perto do carro e escorou nele, perto de Percy que cantava baixinho, olhando as estrelas. Ela tentou focar no timbre do garoto, mas sua atenção estava na voz de Will que entrava no jogo.

— Um, — O loiro disse. — Eu já me apaixonei perdidamente e tive o coração quebrado.

— Se quiser posso concertá-lo pedacinho por pedacinho… — Nico flertou e Will riu, ignorando-o.

— Dois: — Continuou. — eu nunca transei com uma garota.

— Você não sabe o que está perdendo, — Nico suspirou. — mas pode garantir que nenhuma se equivale a mim.

— E três: eu nunca tomei no cu, literalmente, pelo menos.

— Podemos resolver isso rapidinho… — Thalia revirou os olhos diante do último flerte do Di Angelo e Percy riu ao seu lado.

 — Ele é terrível, não é? — O garoto sussurrou para Thalia. — Não perde uma chance.

— Então, Nico, quais são as mentiras? — Will sussurrou, aproximando-se do outro garoto. Thalia olhou de soslaio e percebeu que eles estavam muito perto, Nico sentado no parapeito alto o suficiente para ficar acima do umbigo de Will, que encontrava-se entre as pernas abertas do moreno.

— Seriam todas? — Ele sussurrou. — Eu adoraria descobrir.

Will riu pelo nariz antes de entornar mais um gole da bebida em suas mãos.

— Duas mentiras e uma verdade. — O Solace afirmou. — O que chuta, Thalia?

A morena se assustou ao ouvir seu nome, não esperando que se dirigissem a ela.

— Não sei — Afirmou, se dando conta de que não conhecia muito do amigo. —, mas há garotas suficientes atrás de você pra duvidar que nunca tenha dormido com elas.

— É por não conseguirem o que querem que as pessoas enlouquecem, Thalia. — Foi Nico quem retrucou e ela se perguntou se era esse jogou que ele estava fazendo com ela. — Eu acho que o senhor Solace teve o coração quebrado, possui alma de artista e nenhum artista sabe amar pela metade, todos tem a alma destruída.

— Você também? — Ela se viu perguntar ao se lembrar que ele adorava desenhar. — Já teve o coração partido?

— “O meu partido é um coração partido...”, Citou. — E as ilusões estão todas perdidas”. Verdade ou mentira?

Ele desafiou e Thalia franziu a testa.

— Fale as outras que eu julgo. — Rebateu.

— Por favor, senhorita, primeiro as damas. Adoraria ouvir suas mentiras antes da minha rodada.

Thalia se afastou do carro, aproximando-se da ponte e ficando ao lado de Nico na ponte, encostada no batente. Will se retirou entediado, buscando outra garrafa no carro.

— A primeira sentença, Thalia. — Nico pediu, a olhando nos olhos.

— A primeira… — Ela pensou, mordendo os lábios. — eu já levei um tiro.

— Mentira. — Nico afirmou e ela ergueu as sobrancelhas.

— Não quer nem esperar as outras informações?

— Invente mentiras melhores, Thalia.

Ela sorriu maliciosa, prosseguindo:

— Segundo, eu já engravidei uma vez. — Nico franziu a testa, balançando a cabeça.

— Válido. — Afirmou e Thalia aumentou o sorriso.

— E por último… Eu já me apaixonei e tive o coração partido.

— Não, não teve. — Nico desceu da ponte e se aproximou dela, prendendo-a contra a ponte.

— Como sabe? — Thalia flertou, analisando os olhos escuros.

— Todos que tiveram o coração partido sabem reconhecer uma alma destruída pelo mesmo motivo.

— Eu estou entediado, — Percy reclamou. — E Breaking The Girl está me deixando deprimido.

— Troque de música, — Nico retrucou, afastando-se de Thalia. — e vamos nos divertir…

Ele entrou na BMW e a música cessou em “Think you're so clever, but now you must seve”. Thalia foi até onde Will estava e encostou-se no carro ao seu lado, o silêncio os envolvendo até os acordes de Guns N'Roses soarem de dentro do carro e Nico sair dançando ao som de Welcome To The Jungle.

Thalia observou enquanto ele balançava os quadris de maneira estranha, indo até Percy e o puxando pelo braço, para que descesse do carro. O moreno de olhos verdes resmungou, mas desceu, acostumado com o jeito do primo e ciente que era desnecessário dizer “não”.

Will também teve o olhar atraído para os dois garotos quando eles começaram a dançar de maneira completamente estranha e assincrônica, pulando e balançando como loucos, girando um ao outro de mãos dadas, antes de se separarem e girarem pulando sozinhos para depois repetir novamente.

 — Ele são loucos… — Thalia murmurou e Will riu, pensando que a garota não fazia ideia.

Nico se aproximou dos dois, ainda dançando, e puxou Will pela cintura contra seu corpo, movimentando a cintura no ritmo da música e fazendo com que o loiro o acompanhasse ao repousar uma mão no ombro do moreno. Thalia os observou dançando colados sensualmente por alguns segundos, até que Nico se afastou, dançando sozinho e cantarolando, puxando a morena pela mão e a fazendo girar.

— Vamos, Thalia, dance! — Pediu, a puxando contra si da maneira como havia feito com Will, e Thalia pode sentir a respiração dele mais uma vez no pescoço dela, arrepiando-a.

O corpo dele estava novamente quente, a pele começava a brilhar pelo suor que se formava apartir dos movimentos rápido do rapaz, mas ela não se importava, até sentiu falta quando ele a largou e se afastou, a deixando dançando sozinha para subir em cima do parapeito de novo, rebolando de olhos fechados.

— Ele não vai cair? — Se viu perguntar, parando para observar o garoto.

— Ele faz isso sempre. — Percy retrucou. — Por isso o chamo de Ghost, ele já está morto há tempos e é impossível de matá-lo

Ela pensou em retrucar, mas Percy a puxou pelo braço, girando-a, ainda dançando.

— Vamos garota, — Pediu, abraçando-a pela cintura. — não se preocupe, apenas dance.

Ela aceitou o conselho, movendo-se ao som da música e só parando quando os acordes acabaram, apenas para iniciar Back in Black e ela ser girada por Percy até Will, que abraçou pelas costas, fazendo com que Thalia seguisse seus movimentos ao dançar, a cintura do loiro contra a bunda da moça.

— Well, I'm back in black! — Nico gritou a letra junto à AC/DC e Thalia percebeu que o moreno dançava sobre o parapeito sem a camisa, exibindo um físico magro e pálido.

— Isso é um streap-tease? — Ela perguntou para Percy, que riu.

— Algo assim. — O moreno retrucou, tirando a própria camisa. — Me diga uma coisa, Thalia: Você sabe nadar?

 


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Notas finais do capítulo

E aí, pessoinhas? O que acharam?
Perceberam que o narrador não disse o que era verdade ou o que era mentira de nenhum, certo? Quais são as apostas de vocês sobre o que é verdade?
Sugestões de músicas pro próximo capítulo? Aliás, o que acharam das músicas destes?
Enfim, obrigada por lerem!