Doce Apocalipse escrita por Mattheyuz Klavyster


Capítulo 5
Capítulo 3 – Corredores de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Quantos "deles" cabem dentro de um colégio?



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Enquanto estávamos esperando chegar as 5 horas, fiquei acompanhando o que deva pelo mundo. Pelo que parece desde o meio da madrugada vários deles apareceram pelo mundo, primeiro no sudeste asiático e no caribe, depois na África e na Oceania e por último nas Américas e na Europa. Parece que mesmo lugares isolados como Islândia, Havaí e a Nova Zelândia foram atingidos. A sede governo brasileiro foi transferida para o porta aviões NAe São Paulo, na costa da Bahia e o exército está se preocupando em manter somente cidades grandes. A 2° Divisão do Exército, responsável pelo estado de São Paulo se concentrou em defender a capital do estado e cidades como Santos, Campinas e Guarulhos, uma das maiores preocupações deles é manter os portos e aeroportos, mas isso está sendo uma terrível missão, principalmente em Cumbica e Congonhas.

 

— Bem, já está na hora, alguém quer matar alguns “deles” comigo? – Perguntei a todos.

— Ainda não sei como você consegue dizer uma coisa dessas, você conhecia todos eles, eram seus amigos, você ficou com metade das garotas daqui, como você consegue? – Novamente a Dan indignada.

— A partir do momento que eles passaram a querer me devorar eles deixaram de ser meus amigos e viraram um risco a minha vida. – Comecei a ficar sem paciência com ela.

— Ele está certo, não tem um jeito fácil ou bonito de dizer isso. – Disse a Isa me defendendo.

— Obrigado, bem, se ninguém quer sujar as mãos, eu sujo – Terminei de falar isso e senti a mão da Isa no meu ombro, ela fez uma força pequena querendo dizer para eu me inclinar um pouco.

— Tente não morrer e achar outra arma para eu poder te ajudar – Sussurrou a Isa no meu ouvido, depois ela colocou a outra mão na minha bochecha e me beijou.

Depois de ter acabado com uns 15 “deles”, achei um cassetete retrátil com um “deles”, o garoto que levou esse cassetete vira e mexe trazia ele para ficar se mostrando. Dei o cassete para a Isa para ela me ajudar a acabar com “eles. ” Realmente não é tão fácil como nos filmes, afinal “eles” ainda não estão podres o suficiente para terem a cabeça esmagada por uma pisada. A faca de mergulho conseguia chegar no cérebro deles pelos furos dos olhos, por de trás do queixo e pela nuca, então o ideal era derrubar “eles” e deixá-los atordoados antes de atacar esses lugares.

Depois de ter passado quase 40 minutos matando vários “deles”, entrei na sala de luz do prédio velho do colégio, achei a Cat, Darling, Ginger, Roqueira e a Santinha. As cinco quase morreram de susto quando eu bati na porta, mas logo ficaram aliviadas por ouvir a voz de outra pessoa ainda viva. Felizmente a Darling tinha um canivete borboleta, ela ganhou esse canivete do seu pai quando ele descobriu que ela “brincava” com ele desde os 5 anos, hoje em dia ela deixa qualquer profissional no chinelo, por isso pedi para ela ajudar eu e a Isa a acabar com o resto “deles”, a essa altura deviam faltar uns 150 no máximo.

Aproveitei para fazer alguns testes com “eles”, descobri que não enxergavam muito bem; se guiavam principalmente por sons, mas também por cheiros e não conseguiam correr bem, além de subirem escadas se arrastando e descerem elas caindo, isso me ajudou a matar vários, eu atraia “eles” para as escadas e depois que caiam era só enviar a faca em suas nucas, a Isa e a Darling estavam fazendo o mesmo.

Já eram 17:53 quando cheguei na portaria do colégio, usei alguns bancos para fazer uma barricada para evitar que mais “deles” entrassem. Nosso colégio tinha três entradas, uma bem pequena e estreita para carga e descarga que sempre ficava fechada, eu torço para estar agora; a entrada dos alunos no pátio que era bem larga, mas que felizmente não deve estar aberta, já que sempre fecham ela as 14:30 e só abrem de novo as 16:30 e a entrada da portaria que ficava na fachada do prédio velho, primeiro tinha uma mureta com um portãozinho, depois tinha uma escada de cada lado da varanda que levava a portaria. Fiz as barricadas nessas duas escadas e deixei a varanda livre para poder olhar a rua, o portãozinho da mureta estava aberto, mas não liguei muito para isso.

Eu tinha estranhado não terem tantos “deles” na portaria, quando cheguei no pátio descobri o porquê, deviam ter quase 100 “deles” entulhados lá, quando eu dei de cara com todos “eles” fiz sinal para a Isa e a Darling voltarem, dei um passo para traz e todos “eles” começaram a tentar correr na minha direção.


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