Defenceless escrita por Lia Sky


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Pelo visto, a briga entre a Natalie e o Hunter deu o que falar, nénom? :x
Vocês mal perdem por esperar, just saying! HAHAHAHA

Esse capítulo é um dos meus favoritos, porque vocês finalmente vão conhecer um pouquinho sobre a relação da Natalie com a Anna e do Hunter com os outros garotos da banda. Espero que gostem ♥



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Natalie mal havia depositado as chaves sobre a mesa de vidro e já ouviu a porta do quarto de Anna se abrir. Quando levantou os olhos, viu a amiga se aproximando com uma xícara de chá.

— Me conta tudo! – Anna se jogou no sofá com os pés para cima.

— Oi pra você também... – Natalie começou, arisca. Arrancou a touca vermelha da cabeça e inclinou o corpo para frente, jogando os cabelos para trás em seguida. – Não era pra você estar no 1OAK?

— Oi. Era, mas o Nick apareceu por lá e não saía do meu pé. Me conta tudo. – era impressionante como Anna era capaz de fazê-la rir quando tudo o que ela queria era estrangular qualquer pessoa naquele momento.

Natalie jogou a bolsa na mesa e se juntou à amiga.

— Foi a noite mais inacreditável da minha vida, isso eu posso te garantir. – ela soltou um suspiro um tanto quanto revoltado.

— Iiii, lá vem! Achei que você ia falar que foi sensacional e não sei mais o quê... – Anna bebericou seu chá.

— Foi. Até a página dois. – Anna a encarou ansiosa. – Você acreditaria se eu dissesse que Hunter Saxton flertou comigo no meio do show? – ela estreitou os olhos, insegura.

Anna engasgou com o chá e afastou a xícara da boca no mesmo instante.

— Tá brincando??? – Natalie viu os lábios da amiga se curvarem para cima, prontos para um sorriso estridente.

— É. E você acreditaria que ele nos convidou para o camarim... – Anna segurou no braço da amiga, ficando mais animada a cada palavra que saía da boca de Natalie. – E o cretino teve a pachorra de me chamar pra ir pro apartamento dele?!

O sorriso de Anna se desfez no mesmo instante, mas a mão dela continuou apertando o braço de Natalie. As duas ficaram se encarando por alguns segundos até que Anna finalmente se pronunciou:

— E eu posso saber que diabos você está fazendo aqui que não foi?!

Os ombros de Natalie caíram e ela sentiu como se seus braços estivessem desconectados do resto de seu corpo.

— Você tá de zoação com a minha cara, né?

— Eu pareço que estou? Caralho, Nataliiiiiie! – Anna se ajeitou no sofá, cruzando as pernas. – O Hunter Saxton quer transar com você e você recusa?! É você que só pode estar de zoação com a minha cara, não é possível. Tudo bem que você sempre deixa os caras na mão na hora do “vamo ver”, mas é o Hunter Saxton, amigaaa!

Natalie passou a mão pelo rosto impacientemente.

— Ok, eu não vou discutir a minha vida sexual com você, Anna. Me recuso! – ela levantou os cabelos e fez um coque bagunçado no topo da cabeça. – Ele foi um escroto, me chamou na LATA! Que é?! Só porque é famoso pensa que me achou na esquina?!

— Você sabe quantas garotas dariam tudo por uma oportunidade dessas?

— Bom, eu com certeza não sou nenhuma dessas garotas. Tenho bom-senso e vergonha na cara, coisa que aquele idiota não tem.

Anna respirou pesadamente e rolou os olhos como se pedisse paciência aos céus. Aquilo fez Natalie segurar o riso novamente. A inconveniência de Anna era o melhor defeito e a melhor qualidade dela. Para a melhor amiga, tudo era muito prático.

— Pelo amor de Deus, Natalie... O que você falou pra ele? – Natalie abriu a boca para começar a falar, mas Anna logo a interrompeu. – Tô até com medo de saber... Você não tem papas na língua quando quer acabar com alguém. Me diga que você não usou aquela sua delicadeza de um cacto, por favor.

— Eu o tratei como ele merecia ser tratado, oras. - a castanha deu de ombros.

— Então você tratou ele com um boqu...

— Cala a boca! – Natalie acertou uma almofada no rosto de Anna, arrancando risadas dela. Não se conteve e acabou rindo também. – Ele veio com um papinho que me viu olhando pra ele de uma forma sugestiva... Fiquei puta da vida. O cara não sabe flertar, não? Aí já lancei que olho daquele jeito pra todos e acho que ele se ofendeu com o fora. Aí ele já veio tentar marcar ponto, falando que eu era do tipo marrenta e me convidou para, abre aspas, mostrar a minha marra no apartamento dele, fecha aspas. – só de repetir o acontecido, já sentia o sangue subir.

— Meu. Deus, Natalie... O que voc...

— O chamei de imbecil e disse que não era do fã-clube de tietes dele.

— Creio em Deus Pai! – Anna escondeu o rosto na almofada. – Você deu um fatality no cara, eu não acredito nisso!

— Pô, Anna... O cara foi nojento e mega inconveniente! Me chamou na caruda, sem nem se importar que eu estava com a Georgia lá!

— Miga... – Anna respirou fundo com um sorriso divertido nos lábios. – Não adianta você me falar mais nada. Eu ainda estou parada na parte em que ele te chamou pra ir no apartamento dele e você se RECUSOU. Socorro, na boa. – Natalie rolou os olhos. – Se fosse eu, a essa hora, já estaria no segundo round.

Natalie se levantou abruptamente do sofá.

— Ok, já vi que a gente não vai conseguir conversar. – Anna gargalhou da reação da amiga.

— Brincadeira, amigaaaa! – ela segurou Natalie pelo pulso. – Me conta o resto, sério.

— Não tem resto.

— Como não tem?

— Não tendo! – ela abriu os braços, gesticulando. – Falei que tinha nojo dele e vazei. Deixei a Georgia com os cinco minutos do paraíso dela e fiquei esperando por ela no carro. That’s it!

Anna soltou o pulso da amiga perplexa e acompanhou Natalie ir em direção ao quarto com o olhar.

— Ai, Natalie, você é impossíveeeel! – gritou, rindo em seguida.

**

Naquela noite o único que estava de carro era Hans, então ele ficou encarregado de levar cada um dos garotos em seus respectivos apartamentos. Todos moravam próximos, então não seria um problema.

— Pelo amor de Deus, Hans. Já passou da meia-noite, você não precisa ficar respeitando todas as sinalizações. Geeez, não vamos chegar nunca! – Hunter reclamou no banco de trás.

— Você sabe quantas multas eu já tomei? – o irlandês o encarou pelo retrovisor do carro e ouviu Hunter soltar um muxoxo raivoso. – Que raivinha é essa?

— O H tá fodido da vida porque a garota do show deu o maior fora da vida dele! – Thomas, que também estava acomodado no banco de trás, soltou uma gargalhada.

Hunter lhe lançou um olhar mortal.

— Ela só fez aquilo pra aparecer. – ele comentou com indiferença enquanto voltou seus olhos verdes para encarar as ruas através da janela fechada.

— Aparecer pra quem? Pra gente? Se toca, Hunter, não tinha ninguém lá... – Luke debochou enquanto apoiava os pés no painel do carro, no banco do passageiro. – Aceita que ela foi a primeira garota que não quis dar pra você, que doi menos, mate.

— Oh, tadinho...! O H vai dormir sozinho...! – Hans riu.

— Vocês querem, POR FAVOR, calar a boca? Eu tô exausto e só quero chegar em casa. – Hunter bufou em resposta.

— Se a tal da... Como era mesmo o nome dela? – Thomas fingiu ter esquecido o nome de Natalie. – Ah, é! Natalie! Se a tal da Natalie tivesse vindo, duvido que estaria exausto pra dar uma. Aiai... A vida como ela é, e o menino Hunter tendo que aprender a ganhar um “não”... – Thomas comentou divertidamente.

— Eu estou realmente exausto, mas se você continuar, Tom, juro que me esforço pra chegar até você e encher a sua cara de porrada. – Hunter comentou enquanto cruzava as pernas e depositava a cabeça no encosto do banco.

Os garotos gargalharam.

— Mas falando sério agora, H... – começou Luke. – Se você ficou assim tão a fim da garota, dá uma ligada, manda uma mensagem pedindo desculpas, ué.

— Fala que você havia bebido... As garotas sempre caem nessa desculpa e o coração logo amolece. – completou Thomas.

— Nem fodendo. Primeiro que eu não fiquei a fim dela. O que tem demais em querer transar casualmente? Segundo que ela vai ficar se achando demais se eu entrar em contato. – Ele colocou as mãos nos bolsos da calça escura que vestia e fez uma expressão de desdém.

— Pera... – Luke conteve o riso. – Primeiro: o que tem demais? Tem, que transar casualmente é DE VEZ EM QUANDO, não depois de quase todos os nossos shows. Segundo: se você não vai entrar em contato, porque caralhos pediu o número dela pra menina? Sinceramente, não faz o menor sentido.

Thomas encarou Hunter no mesmo instante, ansioso pela resposta dele. Hans o olhou pelo retrovisor e Luke virou seu corpo minimamente para também poder olhá-lo. O silêncio pareceu perdurar por longos segundos enquanto Hunter tentava encontrar uma boa resposta para o que ele havia acabado de ouvir. Teve vontade de se jogar pela janela quando percebeu que Luke tinha razão sobre o argumento dele não ter sentido algum. Sentiu-se um idiota.

— Saco, Luke... Será que não dá pra mudar de assunto? Desde que a garota vazou vocês estão falando dela! Quem mais tá querendo pegar ela?! Se quiserem eu dou o número e vocês transam com a porra da menina. Geez! – Hunter respondeu irritado, puxando o capuz do moletom que vestia e se aconchegando melhor no banco.

Os garotos se entreolharam em silêncio e começaram a fazer alguns barulhos para conter a gargalhada.

— Já que você comentou, H... Eu meio que fiquei a fim dela. – começou Thomas enquanto os outros dois estavam vermelhos por segurarem a risada. – Será que você não pode me passar o número dela? Já vi que o negócio dela não é o estilo do Hunter Saxton, o comedor. Talvez eu tenha mais sorte com ela. Posso até te contar como foi depois... AI! Ai, caralho, Hunter! – ele começou a rir, tentando se defender dos socos que o castanho começou a desferir em seu ombro. – Tá com ciúmes?

Hans e Luke caíram na gargalhada enquanto assistiam à cena que acontecia no banco traseiro.

— Sério... Vocês não dão um descanso? – ele parou, encarando os amigos, um de cada vez.

— Você realmente ficou doído com isso, né? – Hans começou sério daquela vez.

— Não fiquei doído, não fiquei arrependido, não fiquei porra nenhuma. Só que já deu. Vocês já me zoaram e é isso aí. E a verdade é que eu nem sei porque eu pedi a merda do número dela, porque eu não vou ligar de forma alguma. A menina foi uma escrota comigo.

— Mas você foi escroto primeiro. – observou Luke.

— Eu só a chamei pra transar, só isso. Não quer, ótimo. Tem milhões que querem. Sinceramente, vocês estão fazendo disso uma coisa gigantesca.

— Tem certeza que é a gente que está fazendo disso uma coisa gigantesca? Você ficou todo irritadinho depois que a menina te deu um fora. Acho que eu nunca te vi tão frustrado. – Hans fez a curva para a direita.

— Não estou frustrado. Agora será que dá pra encerrar esse assunto? – ele abriu a porta assim que Hans parou o carro. – Gastamos o caminho todo com vocês falando disso. Sinceramente... – Hunter bateu a porta do carro e foi em direção da entrada do seu condomínio sem nem se despedir.

Os três assistiram o amigo desaparecer, depois se viraram para encarar uns aos outros.

— Tá frustrado sim... – Concluíram em uníssono antes de começarem a rir novamente.


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