Defenceless escrita por Lia Sky


Capítulo 58
Capítulo Cinquenta e Oito


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora!
Eu comecei a trabalhar essa semana e ainda estou me acostumando à nova rotina, sabe como é hahaha

Sei que tá todo mundo ficou bem chateado com as tretas que rolaram nos últimos capítulos, mas essas coisinhas demorarão um pouquinho para se resolverem! Mais precisamente depois da viagem! Mas não se deprimam porque MUITA coisa vai acontecer essa trip muito louca:x



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O voo pareceu uma eternidade. É verdade que 3h20 de duração já era tempo suficiente para que Natalie ficasse impaciente dentro de um avião. No entanto, aquela viagem em especial a deixara muito mais agoniada. E o motivo estava do outro lado do avião: Hunter Saxton.

Tentou se concentrar no filme que ela e Hans haviam escolhido no iPad para poder assistir juntos com um adaptador de fones. Mas diversas vezes perdia o fio da meada e tinha de ficar pedindo a Hans que voltasse um trechinho. Isso quando não o enchia de perguntas que o faziam rir.

Ficava revisitando a sua memória e tentando lembrar de alguma coisa que houvesse feito a Hunter para que ele não quisesse nem se sentar ao lado dela. Mas não conseguia se lembrar de absolutamente nada.

Hans lhe cutucou algumas vezes durante o voo para que ela olhasse disfarçadamente na direção de Hunter, pois este estava constantemente os observando de seu assento, que ficava na diagonal. Bastava que ele virasse um pouco o pescoço para espioná-los.

— Se ele não queria sentar comigo, por que caralhos fica nos olhando agora? – ela cochichou para Hans, que riu do termo utilizado pela garota.

— O Hunter é um mistério, Natalie. – o loiro cochichou de volta, observando-a - Eu tô até agora tentando entender o que foi que deu nele. Mas olha só... ele é meio de lua mesmo. Vai ver que quando chegarmos no hotel e descansarmos um pouco ele já vai estar melhor.

 

**

 

Natalie deixou suas malas no primeiro canto que viu em seu quarto de hotel e se jogou na cama. Estava exausta. Eram quase 6h da manhã e só havia dado tempo de ela arrancar os tênis com os próprios pés para se cobrir com o edredom mais pesado e macio que seu corpo já havia tido contato.

Quando acordou, o mostrador do seu celular marcava 10h da manhã. Ainda não havia sido uma noite de sono bem dormida, mas era o suficiente para que seu corpo fosse capaz de se arrastar até o primeiro compromisso da Elite Four, que era em uma rádio local de New Orleans, às 13h30. Fez manha para si mesma antes de sair da cama. Sua testa deixou uma marca de expressão nascer. (GIF)

O corpo já estava acordado, mas ainda faltava um elemento para que sua mente despertasse: café.

Quando se sentou na cama para espreguiçar-se, quase engasgou com a própria saliva. Estava tão cansada quando chegou, que sequer havia prestado atenção em seu quarto.

Era exageradamente grande. Imaginou que quase todo o seu apartamento cabia dentro daquele quarto.

O cômodo tinha toda a decoração branca, com exceção do piso de madeira clara. Era todo iluminado com luzes de spot sobre a cabeceira de sua cama e sobre o gigantesco espelho com penteadeira que ficava à sua direita, cobrindo toda a parede até o chão. A penteadeira, por sua vez, era como um balcão branco cheio de gavetas. Ainda ao lado direito ficava a porta para o banheiro e a saída. Do lado esquerdo da cama um grandioso armário ocupava toda a parede.

No pé da cama havia um pufe igualmente branco. O tapete era felpudo e cobria quase toda a extensão do quarto. Ainda logo à frente da cama, havia uma poltrona que parecia bem confortável para uma curta leitura. E a janela, que ficava atrás da poltrona... era gigantesca. (FOTO)

Só então se lembrou que não dera a mínima atenção para o hotel no qual estava hospedada.  Não se lembrava nem da sua jornada até o quarto. Aliás, o hotel não era um hotel comum.

Foi informada apenas quando chegaram de que dividiria um apart hotel com os quatro integrantes da banda. Fazia sentido, já que parte do trabalho dela era fotografar os garotos em momentos descontraídos do dia-a-dia. E para isso, ela teria de estar sempre com eles.

Isso significava que durante aquele período, ela estaria praticamente morando com quatro roommates no que seria um apartamento. Riu sozinha imaginando que aquele com certeza era o sonho de qualquer Eliter. Na verdade, nem precisava ser uma fã para desejar ter uma experiência como aquela. Precisava confessar a si mesma de que aquilo estava sendo incrível e que ela nunca havia sido tão sortuda em toda a sua vida.

Prendeu o cabelo em um coque frouxo para que não ficasse marcado e escovou os dentes o mais rápido possível. Estava ansiosa para ver o apart hotel com a devida atenção que o lugar merecia.

A porta de seu quarto dava saída para um corredor com mais outros quartos que ela imaginava ser dos garotos. Seguiu pelo lado esquerdo, já que não havia nenhum outro caminho para a direita.

Quando o final do corredor chegou, ela se surpreendou, apoiando-se no parapeito do mezanino. Aquele apart era simplesmente um duplex, e dali de cima, ela conseguia ver toda a extensão da sala. Antes de descer, havia uma pequena saleta de vidro onde julgou ser uma sala de tv. Ela passou por ali e conseguiu ver a mesa de vidro de jantar que ficava no mesmo ambiente da sala de estar de baixo. A decoração seguia o padrão clean de seu quarto, mas com tons brancos e pasteis que davam ao apartamento o ar de que nunca havia sido habitado na vida. (FOTO)

Desceu as escadas com receio de sujar até mesmo os degraus daquele apartamento. Nunca havia estado em um lugar tão luxuoso como aquele. Passou pela mesa de jantar julgando que a cozinha ficasse naquela direção. Acertou.

O apartamento estava em completo silêncio. Com certeza nenhum dos garotos havia se levantado. Ficou aliviada, pois teria tempo para se recompor do choque de estar ali e fazer o seu café sossegada.

 

**

 

O plano de tomar café e voltar para a sua suíte para tomar um banho sem ser vista deu certo. Estava muito ansiosa e não queria ter de dividir aquela agonia com mais ninguém. Se ela e Anna estivessem se falando, ela poderia simplesmente ligar para a amiga para aliviar a tensão. Reprendeu a si mesma e lembrou-se de que precisava ser mais independente.

Saiu do quarto carregando uma case com a câmera, uma bateria extra, uma lente comum e uma lente macro para as fotos no estúdio de rádio.

Ao descer as escadas, Natalie notou que o ambiente já não era silencioso como da primeira vez em que esteve ali. Os garotos estavam correndo pelo apartamento, dividindo-se entre tomar café, pegar o violão e se preparar para sair.

— Alguém viu a minha palheta? – era Hans quem passava de um lado para o outro na sala.

— Você quem tem que saber, estava tocando com ela até agora. – Thomas respondeu enquanto passava escovando os dentes.

— Galera, tá na hora de ir, pelo amor de Deus. Por que nós nunca podemos sair no horário combinado? – Luke levantava as almofadas desesperadamente à procura da palheta de Hans. – O Steve já ligou e disse que o motorista está lá embaixo.

— Por que ele continua com essa porcaria de motorista? – Hunter se levantou da mesinha de centro na qual estava sentado.

— Justamente porque nunca conseguimos chegar no horário quando estamos por conta própria? – Luke respondeu retoricamente com tom de deboche.

— Justo. – Hunter concordou meio risonho enquanto Luke vibrava ao achar a bendita palheta.

— Achei! Vamos antes que o Steve se materialize aqui e... ah, oi Natalie, bom dia! – Luke finalmente notou a presença de Natalie no recinto. Estavam tão agoniados que sequer a haviam percebido ali. – Está vendo só, pessoal? Ela é a ÚNICA garota nesse apartamento e parece ser a ÚNICA pronta há horas!

Natalie riu timidamente enquanto se encaminhava para a porta e Thomas lhe cumprimentava com um beijo no rosto.

— Tá bom, Steve II, já chega. – Hunter brincou, seguindo a garota. – Estamos todos prontos e é isso o que importa.

— Bom dia, Nats! – Hans apertou o ombro dela de leve. O gesto fez Hunter desfazer o sorriso debochado no mesmo instante.

— Bom dia, loiro. – ela lhe sorriu.

Natalie sentiu seu corpo ser levemente empurrado para o lado. Era Hunter quem passava por entre ela e Hans, fazendo-os se separar instantaneamente. Os dois se entreolharam e Natalie lhe lançou um olhar confuso, curvando os lábios para baixo. Hans voltou seu olhar para Hunter, que já estava à espera do elevador e torceu a boca, um pouco impaciente. As atitudes do amigo não estava lhe cheirando bem. Algo lhe dizia que era muito mais do que um ciúmes bobo, e iria descobrir do que se tratava.


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Notas finais do capítulo

Gente... Alguém consegue entender o que tá acontecendo, afinal????

(O link no nome da Natalie foi pra indicar o look dela... Sei lá, me deu vontade :x)



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