Defenceless escrita por Lia Sky


Capítulo 4
Capítulo Quatro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696872/chapter/4

Hunter havia ficado extasiado com a beleza da garota com quem havia acabado de trocar olhares. Era comum encarar as fãs durante os shows, mas aquilo nunca havia lhe acontecido. Ele até havia achado graça segundos antes, quando notou, antes de conseguir vê-la direito, que ela o estava observando através da lente da câmera.

E tão de repente o jogo virou. Não conseguia sequer prestar mais atenção no show direito. Seus olhos ficavam caçando-a onde quer que ela fosse. Notou-a intrigada toda vez que o flagrava.

Ele respirou fundo depois de cantar mais uma de suas partes de uma nova música e recobrou seus sentidos. Estreitou seus olhos como se ela fosse mais uma de suas “presas”. Aliás, ele a trataria como tal. E como toda presa, ele precisaria cercá-la.

Aproveitou que ainda demoraria para chegar a sua vez de cantar novamente e foi para perto de Joe, o segurança da ponta direita do palco. Se ajoelhou para falar com o eterno parceiro.

Desde que Joe passou a fazer parte da equipe de segurança do grupo, sempre foi o braço direito de Hunter na hora da conquista, afinal, ele sempre se encantava com algum rostinho em meio ao público. E era papel de Joe contatá-la para uma visita ao camarim do grupo. Se ele se interessasse... A noite se alongava entre quatro paredes.

— Joe! – ele se apoiou nos ombros do segurança careca.

— Fala H! – o homem respondeu já rindo, sem se virar para o cantor, pois precisava ficar em posição de alerta. – Qual é a sortuda da vez, moleque?

— A fotógrafa de touquinha vermelha. Sabe de quem eu tô falando? – Hunter falou bem próximo do ouvido do ouvido dele, o rosto escondido no homem.

— A mocinha dos degraus?

— Ela mesma.

— Xacomigo. – Ele gargalhou. – Qual a mensagem?

— A de sempre.

— Mas você sabe que ela está acompanhada da garotinha loira lá da frente, né?

— Manda ela entrar também. Os moleques distraem a baixinha pra mim! – Ele falou alto em meio ao show.

— Pode deixar!

— Valeu, super Joe. Te devo mais uma! – Ele deu alguns tapas no ombro de Joe antes de voltar correndo para o centro do palco e cantar a sua parte. Isso, é claro, sem perder a castanha de vista.

 

**

 

Natalie estava estupefata com o olhar que havia trocado com Hunter Saxton, apenas o vocalista de uma das bandas mais famosas do momento.

Primeiro achou que era coisa da sua cabeça, mas depois de ver o cantor lhe olhar mais umas cinco vezes seguidas, teve certeza de que não estava maluca. Ele estava realmente flertando com ela. Riu sozinha.

— A Anna vai pirar quando eu contar essa. Aposto que ela nem vai acreditar. – Falou consigo mesma.

Se sentiu tão superior internamente que decidiu ignorar as olhadas de Hunter. Não era todo dia que ela podia debochar de um famoso, e ela estava adorando a sensação de empoderamento que aquilo deu ao seu ego.

Voltou para perto de Georgia e continuou seus cliques dali mesmo.

Aquela hora de show passou mais do que rapidamente e logo a banda estava na sua última canção. Era possível ver no rosto das fãs o desespero de saber que o concerto já estava quase no fim. Era engraçado ver como aquelas garotas faziam daquilo uma filosofia de vida.

— Obrigado, New York! – ela ouviu Luke gritar, começando a se despedir.

Os garotos foram para a extensão do palco e se reuniram no “T”. Ela deu uma olhada rápida e disfarçada a Hunter, completamente suado com os cabelos pingando. Respirou fundo.

Pela visão periférica o flagrou encarando-a novamente. Atreveu-se a encarar-lhe de volta. Porém, diferente da primeira troca de olhares, percebeu um brilho diferente naquele par de esmeraldas claras. Franziu o cenho e desfez a conexão entre eles.

— Obrigado por terem vindo! – ele começou com aquele sotaque britânico que ela tanto adorava. Sim, ela tinha um fraco por sotaques. – Espero que tenham se divertido!

As luzes se apagaram e a banda abandonou o palco de uma vez.

Aos poucos as luzes comuns foram se acendendo para dar visão ao público. Natalie foi em direção de Georgia novamente, que naquele ponto já estava quase sem voz de tanto cantar e gritar.

Natalie finalmente retirou os protetores auriculares e deu graças a Deus por tê-los usado, pois evitou que ela ganhasse o famoso zunido “pós-show”.

— E aí? Curtiu? – ela perguntou, pegando a bolsa que havia deixado com Georgia de volta.

— Foi a melhor noite da minha VIDA, Nats! Obrigada OBRIGADA, de verdade! – ela começou a pular na castanha, que ria.

— Que bom que você se divertiu, fico contente. – as duas estavam se direcionando para o contorno das grades para acompanhar a fila de pessoas até a saída.

Estavam passando pelo segurança quando este as chamou. As duas se entreolharam, confusas. Natalie até chegou a olhar para trás para se certificar que ele estava realmente falando com elas.

— Ei...

— Ei. – Natalie respondeu, desconfiada.

— Em todo fim de show algumas fãs são convidadas para conhecer os garotos no camarim. Estariam interessadas?

— Hm...

— ESTAMOS! – Georgia arregalou os olhos de maneira quase selvagem, interrompendo Natalie de conseguir proferir qualquer coisa.

Pensou em contra argumentar, mas desistiu. O que falaria para a garota que a pudesse convencer? Não era todo dia que se era convidada para entrar no camarim do ídolo, não é mesmo? Depois pensou no quão bem a loirinha falaria dela para os pais. Viu cifrões imaginários pularem de todos os lados e não pensou duas vezes.

— Qual é o caminho do camarim mesmo?

O segurança lhe deu um sorriso em resposta antes de dar espaço para que elas passassem, deixando que elas fossem na frente.

— Basta subir as escadas do canto e seguir por aquele corredor. Podem ir na frente, estou logo atrás.

Por um momento Natalie ficou preocupada enquanto avançavam para trás do palco. Pensou que talvez fosse alguma emboscada e elas seriam sequestradas. Ficou imaginando o que diria aos DiLaurentis se algo do tipo acontecesse. Depois chacoalhou a cabeça para afastar o pensamento absurdo que inventara. Conteve a risada por ter pensado naquilo.

Estava tão absorta em seus pensamentos que acabou tropeçando em Georgia quando esta estancou os pés no chão de uma forma impressionante.

Pensou em perguntar porque diabos a garota havia brecado daquela maneira, mas depois chegou à conclusão de que não precisaria perguntar, pois a resposta estava bem na sua frente.

Estavam paradas diante da porta do camarim com os seguintes dizeres:

 Elite Four


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Defenceless" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.