Defenceless escrita por Lia Sky


Capítulo 2
Capítulo Dois




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Natalie já dirigia o Audi Q5 da família DiLaurentis. Seus dedos tamborilavam instintivamente ao ritmo da música que Georgia havia selecionado. A garota havia preparado um setlist especialmente para aquela noite, e é claro que eram apenas músicas da Elite Four. A loirinha de olhos esverdeados se remexia no banco do passageiro, dançando animadamente.

— Ainda não acredito que estamos indo ao show da Elite Four para ficar na área da IMPRENSA! – a voz de Georgia havia saído esganiçada.

— Eu também não... – Natalie soltou um suspiro inconformado.

— Minhas amigas vão MORRER de inveja quando souberem! Vou postar tudinho no Instagram! – a garota gargalhou enquanto puxava seu celular para digitar alguma coisa. Estava tão animada que não conseguia parar de falar. Falava tão rápido que Natalie quase não conseguia entender. – Não sei nem como te agradecer! AH! Aliás, sei sim! Meus pais ficaram super felizes pelo o que você está fazendo por mim! Estavam até comentando sobre dobrar seu salário da noite e... AI, AMO ESSA PARTE! And nobody loves you, baby, the way I do!

Natalie soltou um riso baixo e observou a menina pelo canto do olho. Apesar da situação de constrangimento pela qual havia passado para conseguir a credencial, no fundo estava feliz por poder agradar Georgia, que sempre fora um doce. Aliás, Natalie via muito de si mesma na garota de 14 anos.

“É... até que vai ser divertido. Ainda mais se a grana dobrar.”, pensou.

— Estava contando os dias para o show. Não via a hora de ter algo em New York. – Georgia começou a falar novamente enquanto mascava seu chiclete. – Acho super injusto os caras morarem aqui e demorarem tanto pra fazer um show na cidade.

— Eles moram aqui? – Natalie a encarou rapidamente enquanto dirigia.

— Aham! Se mudaram tem uns quatro meses. Ainda possuem casa em Londres, claro... mas decidiram morar em New York porque é aqui que tudo acontece, né...

Natalie assentiu. Para uma menina de 14 anos, Georgia sabia bem das coisas.

 

**

 

A tela do celular de Natalie marcava 8:02PM enquanto ela corria com Georgia em seu encalço até a entrada do Madison Square Garden. Estava preocupada em fazer Aaroon esperá-la. Ele já estava fazendo muito conseguindo uma credencial para ela e uma permissão de entrada para Georgia... seria o cúmulo deixá-lo plantado.

Olhou para os lados, mas não conseguia encontrá-lo na multidão de gente que estava por ali – além da fila quilométrica de fãs já histéricas e vestidas a caráter com camisetas, faixas e cartazes. Finalmente estava agradecendo aos céus e percebeu que aceitar a ajuda do amigo havia sido a melhor opção.

Sentiu o celular vibrar. Puxou-o do bolso mais uma vez e viu a mensagem na tela de bloqueio com o nome de Aaron.

 

Já estou te vendo, moça bonita. Continua andando em direção a bilheteria, mas mais à direita.

 

Ela riu baixo, balançando a cabeça negativamente e seguiu as instruções da mensagem enquanto puxava Georgia pelo pulso para acompanhá-la. Não demorou muito para ver o rapaz com as mãos enfiadas nos bolsos do moletom escuro que vestia. Ele sorriu enquanto se desencostava da parede.

— Desculpa o atraso! – ela começou a falar um pouco sem ar, devido à corrida. – Os estacionamentos ao redor estão uma loucura!

— Você chegou... cinco minutos depois do combinado, que afronta! – ele brincou, arrancando uma risada dela. Instintivamente seus olhos dançaram dos pés a cabeça de Natalie, analisando-a. – Uau... Você tá...

— Linda. – Georgia acabou completando a frase de Aaron quando viu que o rapaz havia se perdido e não conseguira concluir.

Natalie deu um sorriso tímido.

— Obrigado. – o castanho agradeceu Georgia, sorrindo timidamente. – Aliás, vocês duas estão! – ele indicou as duas com as mãos.

Natalie ficou feliz com o elogio, porque apesar de ser apenas um show, gostava de se produzir de acordo com a ocasião. Não quis confessar, mas ficou horas tentando montar o look perfeito. Até pediu a ajuda de Anna.

Havia optado por uma combinação escura com uma blusinha de mangas compridas, calça e jaqueta de couro por cima, já que no outono o frio já dava boas-vindas a New York. Os pés também adornavam botas pretas, juntamente com uma bolsa da mesma cor. Os únicos acessórios que quebravam o estilo “dark” eram a touca vermelha e a camisa xadrez amarrada na cintura, que também trazia tons vermelhos, azuis e brancos. (Link)

Georgia também havia caprichado, já que para a pré-adolescente aquela noite prometia ser a melhor do ano. Pelo menos foi o que ela disse umas cinco vezes dentro do carro, enquanto estavam a caminho do show.

Vestia uma camiseta branca com a estampa de uma mulher vintage, calças escuras com botinhas marrom-escura e um blazer azul-marinho. Na cabeça, um chapeuzinho estilo côco de cor preta, o que lhe dava um ar inocente e jovial, perfeito para a idade. (Link)

— Obrigada, Aaron. – Natalie respondeu com um sorriso. – Aliás, não só pelo elogio, mas pelo o que está fazendo por nós nesta noite. – ele sorriu, assentindo. – Tá vendo, G? É a ele que você tem que agradecer!

— Muito MUUUITO obrigada! – a loirinha deu alguns pulinhos animadas. – Hoje vai ser a melhor noite da minha vida! Não sei nem como agradecer!

— Ah, mas eu sei. – ele começou sério, e isso a fez ficar séria também. Natalie conteve o sorriso, prestando atenção nos dois. – Quero que se divirta loucamente nesse show. E se a Natalie chorar em alguma música, GRAVE. Isso ficará para a posteridade da NYU.

— Idiota! – Natalie gargalhou, dando um soco fraco no ombro do amigo, arrancando risadas dele e da garotinha. – Bom, é melhor irmos, não é?

— Sim, não vão querer perder o show. Tão perto, tão longe! – o castanho enfiou a mão no bolso da calça e puxou dois crachás presos a correntinhas de tecido para serem penduras no pescoço, e entregou cada um à sua respectiva dona.

Natalie analisou o seu crachá antes de vesti-lo. Viu seu nome estampado nele logo abaixo da escrita “Press”. Encarou os olhos verdes de Aaron e o puxou para um abraço apertado.

— Obrigada. Como sempre.

— Não precisa agradecer. – ele a apertou de volta contra si.

Ele teria continuado a abraçar Natalie mais tempo se Georgia não tivesse soltado um pigarro forçado.

— Hm, melhor irmos! – Natalie começou. – Até mais, então! Depois conto como foi.

— Beleza! Bom show pra vocês! – ele acenou quando as duas já estavam mais afastadas.

— Meu Deus, esse cara é louco por você. – Georgia comentou entre risadinhas.

— Nada a ver. – a castanha já estava acostumada a se desvencilhar desse comentário que muitos dos seus amigos faziam.

— Como você é boba. O cara é um gato... – as duas mostraram os crachás para os seguranças, que abriram as portas para que elas entrassem meia hora antes do show começar. Aquela era apenas uma das vantagens de se ter uma credencial.

— O que você sabe sobre isso? Só tem 14 anos! – Natalie rolou os olhos.

— Muito mais do que você imagina! – Georgia enganchou o braço no da “babá”. – E pra sua informação, tenho 14 anos e MEIO!

 


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