Defenceless escrita por Lia Sky


Capítulo 16
Capítulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

Genteee, espero que estejam curtindo os últimos acontecimentos! Fico ansiosa por vocês, pode isso, produção?!

Sei que o Hunter só tá cagando no rolê e tem hora que não dá nem pra defender, mas tenham um pouquinho de paciência com o moço! HAHAHAHA ♥



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Quando Hunter percebeu o que havia acabado de fazer, levantou-se amaldiçoando e xingando a si próprio mentalmente. Seguiu o mesmo caminho que Natalie, a fim de se desculpar. No entanto, ela tinha pernas mais rápidas do que ele estava contando.

Precisou descer as escadas correndo para alcançá-la no segundo andar do bar. (FOTO)

— Ei... Espera... Espera! – Hunter finalmente conseguiu alcançá-la e puxou-lhe pelo braço delicadamente.

— Me larga, idiota. – Natalie se desvencilhou da mão dele no mesmo instante, virando-se em seguida para encará-lo. Seus olhos estavam arregalados e emanavam ódio.

— Esquece o que eu falei, eu não pretendia dizer nada daquilo.

A castanha deu um sorriso falso.

— Já esqueci... Você acha que é tão importante assim pra eu ficar me martirizando? Nada do que você pensa me interessa. – ela respondeu entredentes.

Natalie já havia girado os calcanhares para ir em direção das escadas que davam acesso para o primeiro andar quando um homem se aproximou deles, barrando sua passagem.

— Sr. Saxton. – chamou o homem, o que fez Natalie parar para escutar. – Receio que não seja uma boa ideia o senhor e a sua acompanhante deixarem o estabelecimento pela porta da frente. – Hunter respirou fundo em resposta, depositando as mãos na cintura. Natalie olhou para o homem com uma expressão confusa. Logo seu questionamento foi respondido quando ele completou. – A entrada está cheia de paparazzi e fãs tentando entrar. Os seguranças estão tentando contê-los.

Natalie soltou um muxoxo frustrado, mas repensou e tentou passar pelo homem, que ela finalmente julgou ser o gerente do lugar.

— Onde vai, senhorita? Não escutou? – ele perguntou educadamente.

— Eu não me importo, não tenho nada a ver com isso. Ele que se vire.

O homem olhou para Hunter sem entender nada. Este balançou a cabeça negativamente em resposta.

— Ela está de mau humor, Carl, perdoe-a.

Carl assentiu com um sorriso humorado na face.

— Mau humor... – Natalie repetiu quase em um rosnado. Virou-se para o castanho. – Escuta, eu não vou ficar aqui como se fosse refém de um assalto. Vou sair daqui com ou sem você, com ou sem paparazzi. Na verdade, eu prefiro morrer pisoteada por suas fãs a ter que ficar aqui.

— Você COM CERTEZA não sabe do que está falando. – Hunter riu no mesmo instante. Ele olhou por cima do ombro dela para falar com o gerente. – Carl, alguma chance de sair pelos fundos?

— Claro, posso pedir que deixem seu carro na próxima quadra.

— Perfeito. - Natalie passava seus olhos de um para o outro, assistindo os dois conversando como se aquilo fosse uma situação rotineira. Vai ver o tal do Carl já estava acostumado com missões de salvamento de celebridades. – Obrigado.

— Quando precisar, Sr. Saxton. – Carl sorriu e girou os calcanhares na direção oposta da qual Natalie estava indo momentos antes. – Queiram me acompanhar.

Hunter o seguiu de prontidão e Natalie demorou alguns segundos antes de entender o que estava fazendo.

Passaram pelo balcão e entraram na cozinha do segundo andar, que mais parecia um labirinto, cheia de estantes que dividiam o ambiente. A cada passo, os corredores iam ficando mais estreitos, e Natalie se lembrou dos vários filmes americanos em que aconteciam perseguições em cozinhas de restaurantes. Segurou-se para não rir sozinha, afinal aquele não era o momento.

Ao final de uma das ramificações havia uma porta pelo qual Carl passou, seguido de Hunter, e depois Natalie. A escada tinha caminhos para subir para o rooftop ou descer para o primeiro andar, que era o destino deles.

Assim que chegaram ao andar debaixo, passaram por uma porta que os levava a uma segunda cozinha. Dessa vez apenas tiveram de andar em linha reta até chegarem à porta dos fundos.

— Aqui estamos. – Carl abriu a porta e deu passagem para que eles passassem. – Demorem o tempo que precisar! Vou conter a multidão da porta da frente.

— Obrigado mais uma vez, Carl. Vou pedir que entrem em contato com você. Não vou esquecer o que fez. – Hunter estendeu a mão simpaticamente ao gerente, que a apertou no mesmo instante antes de lançar um sorriso e se retirar dali.

O castanho finalmente se virou para Natalie. Ela o observou parecer tirar alguma coisa da parte de trás do cós da calça. Quando trouxe a mão para frente, ela pôde ver que era um boné azul-escuro, que ele logo a ofereceu.

— Toma.

— Pra quê? Não uso isso de jeito nenhum. – cruzou os braços como uma criança emburrada.

— Para de frescura. – ele balançou o braço em direção dela, ainda com o boné na mão.

— Já disse que não. – continuou firme, encarando-o.

— Depois não reclama se a sua cara estampar a próxima edição daquela revista como a minha mais nova “presa”. – Hunter franziu a testa, sustentando o olhar.

O vocalista nem precisou contar quanto tempo depois Natalie demorou para puxar o boné para si, pois ele nem havia terminado a frase por completo quando ela o fez. Deu um sorriso torto antes de colocar a cabeça para fora da porta e se certificar que ninguém estava ali.

Quando virou-se para olhá-la novamente, se deparou com Natalie já com o boné na cabeça. Riu baixo.

— Não tem a menor graça.

— Viverá um dia de famosa.

— Estou morrendo para saber como é. – ela ironizou, fazendo cara de desprezo.

Hunter se aproximou e ficou de frente para ela, encarando-a. Ela se surpreendeu, achando que ele ia cuspir na cara dela ou algo do gênero, e chegou a dar um passinho para trás quando viu as duas mãos dele virem em sua direção. Para a sua surpresa, ele estava concentrado em ajeitar o boné em sua cabeça, garantindo que a aba lhe tampasse o rosto corretamente.

— Não queremos correr o risco, não é? – ele pressionou a mandíbula enquanto a linha de expressão voltava a aparecer em sua testa e ele apoiava o queixo na própria mão para analisá-la.  (GIF)

Natalie instintivamente prendeu a respiração naquele momento, estudando cada detalhe daquele rosto que parecia ter sido tão perfeitamente desenhado. Os olhos de um verde vivo, a mandíbula marcada e emoldurada pelo mar de cabelos que insistiam em cair em seus olhos de tempos em tempos, e que o obrigava ele a jogá-los para trás com a mão... (GIF)

 

O barulho de alguns pratos tintilando a fez despertar, piscando algumas vezes seguidas, o que fez Hunter conter um sorrisinho. Natalie respirou pesadamente, passando por ele a passos curtos e rápidos, irritada.

— Vamos logo. – ela soltou.

Hunter saiu logo atrás, tentando acompanhar os passos de Natalie. Puxou-a pela mão, entrelaçando seus dedos nos dela. No mesmo instante, sentiu sua mão formigar em contato com a pele da garota, mas tentou ao máximo disfarçar a sensação. Natalie parou, meio sem reação e o olhou novamente. (GIF)

— Por aqui. – Hunter a encarou profundamente, puxando-a para o lado oposto.

Os dois começaram a andar apressados de mãos dadas, olhando sempre para todos os lados para se certificando de que não havia nenhum movimento suspeito por perto.

Assim que alcançaram o Audi R8 preto que Natalie logo assumiu ser de Hunter, ela se desvencilhou da mão dele. O castanho deu a volta no carro e tirou a chave do bolso, destravando-o com um botão.

Assim que abriu a porta do carro, percebeu que Natalie continuara estática no mesmo lugar em que se soltaram.

— O que está fazendo? Entra logo no carro. – ele a olhou agoniado.

— Quem disse que eu vou com você? A operação “resgate do soldado Saxton” foi concluída com êxito. Agora cada um pode seguir o seu caminho. – Natalie respondeu com tom de ironia, o que fez o rapaz rolar os olhos de maneira impaciente enquanto segurava a porta do carro aberta.

— Anda, Natalie, para de gracinha e entra na merda do carro! – Hunter falou mais firme dessa vez, e sua atitude fez Natalie o encarar com desdém. – Você não vai querer estar aqui quando as fãs e os paparazzi chegarem, acredite. – ele completou em tom de aviso, já com a metade do corpo dentro do carro. Natalie o ignorou, girando seus calcanhares na direção oposta. – Caralho, menina. Você é teimosa feito uma porta! – Após fechar a própria porta, abriu o vidro do assento do passageiro para enxergá-la. – Vem.

— Até nunca, Saxton. – ela acenou para ele sem nem olhar para trás. Pelo tom de voz da garota, ela sorria irritantemente.

Porém, o sorriso da castanha logo se desfez quando ela viu alguém ao longe vir correndo em sua direção. Estreitou os olhos para enxergar melhor e pensou que fosse ter um ataque do coração quando viu que mais pessoas vinham correndo. Umas gritavam histéricas e outras carregavam câmeras com lentes de grande alcance. Só pôde concluir que eram as fãs e os paparazzi. Seus olhos se arregalaram e ela sentiu o desespero tomar conta de cada terminação nervosa de seu corpo.

— VEM PRA DENTRO DA PORRA DO CARRO AGORA! – Hunter já estava mais desesperado que ela, e estava completamente fora do controle, batendo algumas vezes com as mãos no volante para apressá-la. Chegou até a buzinar.

Natalie se virou mais do que rapidamente, abaixando ainda mais a aba do boné para tampar o rosto quando percebeu alguns flashes virem em sua direção. Sentiu que seu coração sairia pela boca enquanto ela corria o mais rápido que suas pernas eram capazes de aguentar na direção do carro.

Hunter se esticou por cima do banco do passageiro para abrir a porta para ela. Natalie se jogou para dentro do carro, fechando a porta com uma batida mais forte que o necessário. Esperou Hunter xingá-la, mas percebeu que o rapaz estava com os ânimos exaltados por outro motivo.

Ele deu a partida e pisou no acelerador com força. Fez uma curva tão fechada para ir na direção oposta da multidão que os pneus do carro gritaram contra o asfalto. O barulho assustou Natalie o suficiente para que ela afivelasse o cinto no mesmo instante.


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Notas finais do capítulo

Aposto que esse capítulo rendeu boas risadas, vai! :x A Natalie é teimosa demais, não dá pra lidar! HAHAHAH



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